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terça-feira, setembro 09, 2008

Humanidade virou sedentária para beber cerveja

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Todo o apoio recebido até agora pelo projeto Manguaça Cidadão, os milhares de emails e as reivindicações a políticos de todos os níveis da administração pública já eram esperados, dado o apelo popular do projeto. Mas agora a idéia ganhou também explicações científicas surpreendentes. De acordo com o biólogo e historiador natural alemão Josef H. Reichholf, em entrevista à Agência EFE, a espécie humana tornou-se sedentária e desenvolveu a agricultura não para conseguir alimentos com mais facilidade, mas sim para garantir a cerveja e se embriagar. A idéia é defendida no livro Warum die Menschen sesshaft wurden (Por que os homens se tornaram sedentários).

Ele defende que, em princípio, o cultivo de alimentos não apresentava nenhuma vantagem em relação aos métodos anteriores, como caça, pesca e coleta, já que as primeiras colheitas eram muito pequenas e o cultivo, muito trabalhoso. Assim, a caça continuava. A única vantagem de ficar parado em um lugar era a produção de álcool por meio de cereais.

"A agricultura surgiu de uma situação de abundância. A humanidade experimentou com o cultivo de cereais e utilizou o grão como complemento alimentício. A intenção inicial não era fazer pão com o grão, mas fabricar cerveja mediante sua fermentação", disse Reichholf à imprensa na apresentação do livro.

Todos os loucos do mundo sabem, mas o alemão fez questão de afirmar que isso aconteceu porque a humanidade sempre sentiu necessidade de alcançar estados de embriaguez com drogas naturais que "transmitem a sensação de transcendência, de abandono do próprio corpo".

É a filosofia manguaça rompendo fronteiras!

10 comentários:

Anselmo disse...

"filosofia manguaça"? é filosofia e ciência manguaça.

comovente.

Glauco disse...

Sem dúvida, é comovente ver como a cerveja impulsionou a evolução humana desde tempos imemoriais.

Maurício Ayer disse...

nossa, thalita, que importante essa notícia. me faz sentir que não estamos sós nessa cruzada pelo reconhecimento da manguaça como fundamento da vida social, contra toda moral ou religião que não perceba essa evidência.

Anônimo disse...

Um amigo aqui de Porto Alegre defende que cada cidade tenha o "Bar do Governo", onde seriam distribuídas cervejas gratuitas, públicas, geladas e de qualidade.

Nicolau disse...

Cassol, sua contribuição (ou do seu amigo, que seja) ao debate do Manguaça Cidadão é inestimável como a de todos os brasileiros. A idéia de um Boteco Popular, algo como os Restaurantes Populares previstos no projeto do Fome Zero, é muito boa. É uma forma de garantir o suprimento necessário de manguaça em cidades com número insuficiente de botecos credenciados, se elas virem a existir.

Sobre a notícia, eu sempre soube que havia algo de transcedental na manguaça. Achei que era efeito da mesma, já que tal observação sóp me ocorria bêbado. Mas agora vejo que se trata de memórias coletivas da humanidade, louvando o elemento que cessou seus tempos de nomadismo. Jung explica.

Marcão disse...

Depois a mulherada reclama quando os homens ficam sedentários, sentados no sofá, tomando cerveja e assistindo futebol. Essa é a tendência natural da raça humana, pô!

Marcão disse...

Aliás, sedentarismo começa com sede. Sede incontrolável de cerveja! E, para que eu não me desloque e não contrarie a índole sedentária, bem que podia ter um bar aqui. Ou, pelo menos, o Disk Moskão...

Marcão disse...

Só o Glauco vai entender: "Óia eu mi disloco/ Óia eu mi disloco/ Óia eu mi disloco, loco/ Loco eu mi dis".

Nicolau disse...

Po, eu lembro dessa também, participei da criação, haha!

Anselmo disse...

Grande Cassol e amigos. O Manguaça Cidadão/Bebe Brasil já tem núcleos constituídos em São Paulo, Brasília e Porto Alegre. é o Brasil nessa luta.

Agora, o nome "bar do governo" talvez encontre resistência em um grupo que ultrapassa a oposição citada pelo Maurício. A idéia de que o poder pública não deve se interessar pela qualidade do goró que o manguaça consome precisa ser combatida. Pode ser o "Copo cheio" ou "Bom Copo".

Só não pode é esse marketing funcionar como batismo em cachaça, porque é sacrilégio.