Destaques

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Aumento de preços da cana-de-açúcar encarece caipirinha em 52%

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Levantamento do economista André Braz, da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro, aponta que o preço de custo de uma capirinha aumentou 51,8% nos últimos 12 meses. A alta dos preços dos derivados da cana-de-açúcar explica a variação 11 vezes maior do que a inflação medida no período – 4,6% segundo o Índices de Preços ao Consumidor Ampliaco (IPCA).

A maior parte do aumento ocorreu até setembro, data do levantamento anterior do gênero. À época, a elevação acumulada era de 40%.

"A caipirinha preparada em casa está mais cara", resumiu Braz. "É efeito da alta dos derivados da cana que, como o álcool, também sofreram reajuste", analisa. O fenômeno é o mesmo que faz com que o etanol (ex-álcool combustível, esse absurdo que é queimar o destilado da cana) seja uma opção menos rentável aos motoristas de veículos flex.

Enquanto a cachaça aumentou 18%, o açúcar subiu incríveis 69,8%. O limão, por motivos de safra, aumentou 8,9%. A expectativa é de que, com o início da safra, em abril, os preços recuem. O aumento sazonal é normal, acontece todos os anos. Mas em 2009, foi maior.

A variação de preços do adoçante, adotado em versões heterodoxas da caipirinha, não foi encontrada em minhas buscas. Já a vodca, que corrompe o drinks em "caipirosca", subiu 13,7%. O estudo da FGV não avaliou o preço cobrado nos bares. Mas deu ideia para um monte deles.

Os dados constam de estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, que quis mostrar quanto de imposto se paga sobre os produtos consumidos no carnaval. O objetivo é mostrar que se paga muito imposto sobre tudo, mas isso ficou menos importante diante da variação colossal de preços da matéria-prima da caipirinha. O estudo mostra que o preço da cerveja tem 54% de impostos.

Em tempo
O estudo sobre a variação de preços das bebidas alcóolicas deve estar no Manguaça Cidadão. Uma sugestão de nome seria Medição de Alcóolicos e Mézis Ampliado (Mame).

3 comentários:

Marcão disse...

Ainda bem que, depois de um porre estratosférico de caipirinha, eu nunca mais consegui suportar nem o cheiro de pinga misturada com limão. Mas pura, com refrigerante ou maracujá e leite condensado, é sempre benvinda.

Quanto ao Mame, acho que as siglas relacionadas ao Manguaça Cidadão conseguem ser mais criativas que o próprio projeto. Me lembro do CanaMé (Centro de Análises Mais ou menos Estatísticas), do MAN (Manguaças, em oposição ao DEM dos Democratas) e do P-Mé (Partido dos Manguaças Esclarecidos). É tanta sigla que eu proponho o PINGA (Programa de Interrupção de Nomes Geralmente Abreviáveis) pra acabar com a esculhambação. Ou não.

Glauco disse...

Acho importante aproveitar o momento para limar o açúcar refinado, que quase dobrou de preço, das receitas de bebidas. Só serve pra deturpar o sabor do que é bom.

Anselmo disse...

pior é um negócio q vendem chamando de licor de cachaça, que é a chambirra com açúcar até naõ poder mais. Fica até viscoso, um xarope mesmo.