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domingo, dezembro 16, 2012

A incrível história de Cássio, o herói do Corinthians que tem o "corpo fechado"

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“Goleiro bom tem que ter sorte”, já dizia a máxima do futebol. E isso é algo que nunca faltou a Cássio. Nem estou falando da bola que quase passou por baixo do corpo dele no primeiro tempo da final contra o Chelsea, muito menos desmerecendo seus méritos técnicos, até porque, como diria o novelista e músico francês Romain Rolland, “o acaso encontra sempre quem saiba aproveitar-se dele”. Ou, se você prefere Buñuel, pode lembrar que “o acaso é o grande mestre de todas as coisas”.

Passadas as citações do almanaque Biotônico Fontoura, é preciso lembrar como o herói da conquista corintiana chegou aonde chegou. E o Futepoca acompanhou. Em um post de 2009, o companheiro Olavo lembrou como ele, sendo quarto goleiro do Grêmio, depois de Saja, Marcelo Grohe e Galatto, chegou a ser convocado para a seleção brasileira principal pelo técnico Dunga. A lembrança do nome do então gremista pelo comandante da seleção se devia ao seu bom desempenho no Sul-Americano sub-20, que o credenciava como um possível goleiro a ser convocado para as Olimpíadas de Pequim. Mas acabaram indo Diego, do Almería, e Renan, do Inter.

Para chegar à seleção, Cássio contou com uma sucessão de acasos fabulosa. No post Corpo Fechado, já se comentava aqui a respeito das defesas do arqueiro no Sul-Americano sub-20, apesar da equipe do então treinador Nelson Rodrigues não empolgar. Mas como ele chegou ao time? Relembre: “Ele não estava presente na convocação inicial do treinador Nelson Rodrigues, e foi convocado graças ao corte de Felipe, do Santos, pego no exame antidoping. Já na seleção, juntamente com Edgar, foi o único que não sofreu com um surto de gastroenterite que atacou os atletas da seleção brasileira. O goleiro Muriel, do rival Inter, foi um dos que sofreu mais com tal doença, tendo cedido o lugar antes para Cássio, por conta de dores musculares.”

O santo forte de Cássio funcionou à época também em relação à disputa pessoal que travava no Grêmio. “Marcelo Grohe, titular do time em boa parte do ano passado, vinha sendo convocado seguidas vezes e tinha lugar certo na seleção sub-20. Porém, se contundiu no fim de 2006 e não pôde ir até o Paraguai. Na pré-temporada do time gaúcho, ainda sofreu nova contusão, dessa vez um entorse no tornozelo. Curioso é que Grohe também assumiu a condição de titular do Grêmio graças à contusão de Galatto. Com tantos acasos a seu favor, se é verdade a máxima de que goleiro bom tem que ter sorte, Cássio logo, logo será titular da seleção principal.”

Vendido ao PSV, quase não jogou e, depois de ser emprestado para o Sparta Roterdã, retornou ao Brasil, no Corinthians em 2012, onde o acaso novamente ajudou. Após trágica atuação nas quartas de final do Paulista, Júlio César foi sacado e Cássio, mais uma vez, estava naquele dito lugar certo, no momento oportuno.

Para quem acredita em destino, a trajetória do herói corintiano é um prato transbordante.

quinta-feira, dezembro 13, 2012

Corinthians: primeira missão cumprida

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POR Mauricio Ayer

Estádio Toyota lotado, bandeirões, bateria, e mais milhões de loucos plugados no mundo inteiro. A invasão alvinegra no Japão mostra como este torneio veste bem a camisa do Timão. A paixão corintiana foi é será assim, desloca multidões, se faz sentir, incomoda, dá vexame, ocupa lugares, abafa. Às vezes deve ser insuportável ser anti-corintiano, dá pra entender. Mas a vida é assim.

Muito bem, vencido o “Cabo Mazembe” diante do Al Ahly, o Corinthians cumpriu sua maior missão do ano: chegar à final da Copa Toyota Mundial Interclubes. Esta semifinal é um pequeno purgatório entre o inferno da zoeira eterna e a possibilidade do paraíso. Qualquer adversário que venha será difícil, mas nenhum é o Barcelona, o que permite acreditar que é possível. Em campo, o Corinthians regrediu aos tempos dos empates e vitórias de um a zero que celebrizaram o estilo Tite durante pelo menos todo o primeiro ano em que esteve à frente da equipe. Um jogo truncado, sem criar muitas oportunidades, mas sem dar chances ao adversário.


No primeiro tempo, é verdade, o time egípcio armou uma sólida plateia no meio campo para ver se o Timão conseguia jogar. Trancou a rua, e muito pouca coisa aconteceu. Os erros na narração do Teo José foram reveladores: ele chamou o Danilo de Douglas, Paulinho, Guerrero, Ralf e até de Paulo André; parecia que tinha um time em campo, mas quem se deslocava e dava algum movimento ao jogo era principalmente o Danilo.

 Mas o gol só poderia sair de dois lugares: poderia ser de um contra-ataque iniciado pelo Paulinho,  mas o meio-campista não esteve bem. Mas o gol saiu de um toque genial de Douglas, um totó de pé esquerdo meio improvável, esquisito, mas nem por isso menos preciso, que encontrou o peruano Paolo Guerrero livre na cara do gol, e ele completou com uma cabeçada também um tanto esquisita, igualmente precisa.

A partir daí, o time egípcio teve que ir pra cima e criou bem mais. A confiável defesa do Corinthians segurou o resultado por mais ou menos 60 minutos. Um desempenho medíocre. Mas, missão cumprida.

O grande acontecimento desta edição do Mundial está mesmo por conta da torcida: 31 mil torcedores, sendo uns 30 mil corintianos, segundo a transmissão da Band. E que venha o outro finalista! Contra o Chelsea, trata-se de jogar de igual pra igual, com um grande time. Com o Monterrey aconteceria de transformar a conquistada boa esperança em possibilidade de novas tormentas, a obrigação voltaria inteira aos pés dos nossos jogadores. Que vença o melhor e vamos nos concentrar no nosso trabalho.

segunda-feira, novembro 19, 2012

Em clima de ensaio, Corinthians ganha de um Inter desorganizado

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Para o corintiano, esse campeonato brasileiro tem sido um pouco como dançar com a irmã. É divertido, vale o treinamento para situações futuras, mas você sabe que não passa disso. Não quero com isso, destaco, dizer que naõ me importo com o nacional. Pelo contrário, adoraria não ter perdido aqueles pontos odos no comecinho e estar disputando o título até o final. E os resultados recentes do time, após entrar oficialmente na fase final de preparação para o Mundial da Fifa, mostram que daria pra brigar pelo caneco tupiniquim.

Peguemos o jogo deste domingo, contra o Inter, no Beira Rio. O Corinthians venceu sem forçar muito o ritmo, mas mantendo a organização coletiva e com boas atuações de Douglas, Danilo e Guerrero. Não levou sustos e criou bem mais que o Colorado, que teria até mais motivos para correr por jogar em frente a uma torcida já bem descontente pela temporada mais ou menos.

Um parágrafo para o centroavante peruano, que depois de um período de adaptação ao time, marcou em 3 dos últimos 4 jogos, como informou o colega Ricardo, do Retrospecto Corintiano. Se continuar assim, estará bem acima dos donos da posição que passaram pelo time nos últimos tempos e mesmo dos outros atacantes, talvez com exceção de Sheik. Nosso árabe voltou ontem, aliás, depois de temporada no estaleiro que coincidiu precisamente com a fase do campeonato que não interessava. Não, não chamei ninguém de chinelinho, essa acusação fica por sua conta.

A boa sequência do Timão inclui uma sacolada no Coritiba e vitórias contra o café-com-leite Atlético Goianiense e o Vasco, que disputava vaga para a Libertadores – de nada, tricolores. Fecha o Brasileirão contra Santos e São Paulo, duas pedreiras, ainda que o Peixe não conte com Neymar por uma decisão questionável da arbitragem. Está hoje em quinto lugar, posição nada desonrosa para uma equipe que jogou a meia bomba metade do torneio.

Ano que vem, espero um planejamento que consiga realmente disputar Libertadores e Brasileiro para ganhar, mesmo com esse calendário estranho e picotado que CBF e Comenbol propõem e os clubes aceitam ano após ano. Se não vão brigar por uma organização das datas que seja mais razoável para seus interesses, que se virem para montar elencos que aguentem o tranco.

Inter

Fernandão protagonizou uma situação eticamente duvidosa algum tempo atrás quando, como diretor remunerado do Inter, presumivelmente participou da decisão de demitir Dorival Júnior, e assumiu seu cargo. Os resultados não foram até agora lá grande coisa: o time que focou exclusivamente o Brasileiro está em 8º lugar, com 51 pontos, longe da Libertadores mais ainda do título. Pior que isso: o time que vi ontem está desorganizado, apesar de ter bons nomes como D'Alessandro, Leandro Damião e Forlan, craque da última Copa e uma das maiores contratações do ano no país.

O uruguaio, aliás, é um exemplo do problema. Não sei se por falta de adaptação (o que Seedorf no Botafogo desmente), problemas pessoais ou seja lá o que for, o cara não jogou nada. Mas tenho aqui uma teoria: Fernandão o colocou aberto pela ponta direita, longe de Damião, deixando os dois isolados e distantes um do outro no ataque. Forlan jogou como centroavante boa parte da carreira e na Copa, como uma espécie de meia-atacante centralizado, de onde distribuia passes e aproveitava seus excelentes chutes de fora da área.

Pode não ser sua culpa, mas o treinador estreante não está conseguindo retirar o melhor de uma contratação milionária. Outro problema do time pode ser o vício em seus dois ídolos argentinos, D'Alessandro e Guiñazu, donos do time há várias temporadas. Uma renovação – ou um enquadro bem feito – podem ser necessários para 2013.

Ah, e se Forlán quiser aparecer no Corinthians e disputar a centroavância com Guerrero, será bem vindo. O convite também vale para Leandro Damião.

Palmeiras

Não pretendo tripudiar sobre o rebaixado alvi-verde, como fizeram corintianos mais cruéis da torcida e do elenco. Só destacar duas informações interessantes, uma de cada lado da moeda.

Primeira: no fatídico jogo contra o Flamengo, o grito de parte da torcida palmeirense foi este: “Olele, Olalá, se cair pra Série B, se prepara pra apanhar”. Não é exatamente um convite para que bons jogadores venham reforçar o fraco elenco do Palmeiras.

A outra pode ser algum alento: de acordo com o PVC, Arnaldo Tirone e os presidenciáveis do clube, que tem eleições no próximo janeiro, se reuniram para formar um comitê de transição e montar a equipe que enfretará o paradoxo de disputar a Série B e a Libertadores ano que vem. Gilson Kleina fica, pelo jeito.

Um adendo de menor relevância: o colunista Clóvis Rossi escreveu na Folha de hoje um texto assumindo sua traição ao verdismo e seu novo amor pelo Barcelona. De minha parte, achei pra lá de tosco.

domingo, dezembro 18, 2011

Barcelona, hoje eu sonhei contigo e caí da cama

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Muito falei aqui sobre o “sonho” de vencer o Mundial em cima do time catalão, tido por muitos como um dos melhores da História. Mas hoje de manhã, meu perturbado inconsciente que me fazia acordar de tempos em tempos durante a madrugada, desenhou um 3 a 0 para os azuis-grenás. Tentei dormir de novo naquele momento, trapaceando a mente para alterar o resultado. Não consegui.

Falar o que?
Se foi assim pra mim, imaginem para os jogadores peixeiros... No último clássico contra o Real Madrid, os alvos da capital espanhola saíram com 1 a 0 a menos de um minuto, dentro de casa. Mas, ao tomar o empate, veio todo o peso da superioridade rival e o Barça venceu por 3 a 1. No caso do Alvinegro, o peso já vinha antes da partida. Jogadores sentiram o fardo de tentar parar o melhor time do mundo e se impor.

Muricy falou durante a semana que era preciso “encurtar” o campo do rival. Ou seja, compactar o time e não cair na armadilha de correr atrás da roda de bobinho catalã, o que é um teste para a paciência e para os nervos de qualquer um. O natural seria ele fazer isso com o time atuando atrás, saindo para o contra-ataque, ou adiantando a marcação e fazendo a linha do impedimento. A segunda opção, o time fez na segunda etapa, mas, na primeira, enquanto os atacantes marcavam na intermediária espanhola, o meio de campo ficava muito atrás, dando espaço para que se articulassem as jogadas na meia cancha. Deu no que deu, o que era uma prevista superioridade, virou massacre.

Ontem, na rádio Bandeirantes, Claudio Zaidan, quando perguntado sobre o que mudaria no Santos em relação à equipe que venceu o Kashiwa Reysol, opinou: tiraria Durval e colocaria Léo. Algo que não vi (e vi muito palpite) ninguém mais cogitar. Dada a surpresa do interlocutor, ele falou da fase técnica do zagueiro, que foi muito mal enfrentando os japoneses e já vinha numa toada ruim há algum tempo.

E ele tinha razão. Muito se falou que seria preciso que o Santos não errasse e aproveitasse as chances que surgissem. Borges não aproveitou, Neymar também não; Ganso, idem. E Durval, ah, Durval, errou, duas vezes, nos dois primeiros gols, e errou em inúmeras outras oportunidades durante a partida. Era, de longe, o mais perdido. Foi herói na Libertadores, merece a gratidão da torcida, mas não é possível esconder que hoje deu uma ajudazinha ao adversário. Que nem precisava de auxílio.

Mas a verdade, doída para o santista como uma queda da cama, é que venceu o melhor e, como diria o poeta, “foi um sonho medonho/Desses que, às vezes, a gente sonha/E baba na fronha e se urina toda e quer sufocar”. O Santos está de parabéns pelo que fez na Libertadores, e o Barcelona tem que ser mais que parabenizado pelo que fez no Mundial. E pelo que ainda fará.

E o Brasil com isso?

Sempre que alguém falava da chance do Santos derrotar o Barcelona, invariavelmente vinha a argumentação de que “é uma partida só”, não ida e volta. Pois era isso: contar com uma jornada infeliz do adversário, com um Neymar que resolvesse e um Rafael que segurasse tudo lá atrás.

Claro que essa análise não se dava apenas pelo fato do Barcelona ser superior ao Santos e a todos os outros esquadrões do mundo. Mas se baseava o próprio histórico recente dos Mundiais. Desde 2005, foram cinco títulos europeus contra dois sul-americanos. E, mesmo nas duas conquistas do continente, brasileiras, não houve domínio de jogo do lado de cá. São sempre os europeus em cima, e nós nos defendendo e apostando nos contragolpes.

O Barcelona de DNA holandês é ponto fora da curva em relação aos campeões europeus anteriores (e até a ele mesmo, de 2009), mas ele escancara uma realidade para nós e para os sul-americanos: nós já tivemos toque de bola, dribles, tabelas, encantamos a todos com ginga e gols, muitos gols. Mas hoje, predominam por aqui os sistemas defensivos, baseados no contra-ataque. O Santos de Muricy é em boa parte do tempo assim, a arte fica por conta do talento individual dos jogadores. O esquema às vezes os auxilia, às vezes os atrapalha. O Corinthians, em maior medida, e o Vasco, melhores equipes do país no segundo semestre, também se estruturam a partir da defesa. Marcação, roubada de bola e estocadas eventuais. Nossos vizinhos não fazem nada muito diferente, a exceção honrosa é a Universidad Católica. Pegamos o gosto pela defesa que antes atribuíamos aos europeus? 

Neymar X Messi

Claro que, dado o resultado da final, vão chover opiniões do tipo “tá vendo como o Messi é muito melhor que o Neymar?”. É melhor sim, mas devagar com o andor. Dizer coisas como escutei na transmissão, depois do atacante alvinegro ter desperdiçado diante de Valdés, que ele deveria “ter feito que nem o Messi e tocado por cima” é ignorar o contexto da partida. Diante das dificuldades, Neymar tinha que ser 100%, o jogador do Barça, não. Tanto que ainda chegou a desperdiçar chances de gol diante de Rafael e contou com falhas de zagueiros que Neymar não teve a felicidade de ter. Aliás, se Neymar jogasse no Barcelona e Messi no Santos, o resultado teria sido diferente?

Provavelmente não, mas o nome da partida certamente seria outro...


PS
E o Mazembe, Internacional?

sábado, dezembro 17, 2011

Final do Mundial de Clubes: o que eles dizem

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Motivação e vaidade


"Vimos pela televisão a despedida do Santos no aeroporto e vimos como é importante este título para eles, mas é importante para nós também. Queremos levar o escudo de campeão mundial na camisa por uma temporada. Na Inglaterra, não dão muita importância ao Mundial, os jornais pouco falam, mas na Espanha é como na América do Sul, os jornais falam muito. Ser campeão do mundo não é uma coisa que não se pode repetir muitas vezes."
Cesc Fábregas, meia do Barcelona.

“Eu quero estar em condição. Se não entrar, quero estar no banco e saber que ele (Muricy) pode contar comigo. Agora não é hora de vaidade. Agora é hora de estar com o grupo e preparado.”
Léo, lateral-esquerdo do Santos

Neymar X Messi 

"Messi é de outro planeta porque reúne características que poucos jogadores têm. Ele é altamente técnico com a bola nos pés. Tem um poder de fogo, de matar um jogo em uma jogada, que pouquíssimos atletas tiveram. Só os melhores do mundo. Ele faz mais gols que qualquer centroavante no Barcelona. O Eto'o, o Ibrahimovic e o Villa são exemplos. Ele tem um potencial enorme, uma técnica fina. O que faz dele de outro planeta é que ele é completo. Em 2004, sabíamos que era diferenciado, só não sabíamos até onde iria chegar. Ele deve ser o melhor do mundo pela terceira vez. Messi está no clube certo, no momento certo. E está aproveitando o máximo disso".
Sylvinho, ex-lateral-esquerdo, companheiro de Messi no Barcelona de 2004 a 2009

"O Santos tem um time tão bom quanto o Barcelona. Só que possui um gênio, um talento absurdo, fora de série que é o Neymar. O Neymar é como um ótimo restaurante, o cardápio é vasto. Você nunca sabe a jogada que ele vai fazer e melhor, o garoto nunca repete o lance. Além dele, o Ganso sabe muito com a bola nos pés, o Borges é um artilheiro nato e o Muricy é um dos melhores treinadores do mundo. Será um grande jogo, repleto de chances, e acredito na vitória do Peixe por 2 a 1."
Lalá, ex-goleiro do Santos

Neymar X Puyol

"Midiático ou não, Neymar é um grande jogdor. Ele e Messi são jogadores que fazem a diferença, são muito bons. Jogadores diretos, que no um contra um podem sair pela esquerda ou pela direita. Sabem esconder muito bem a bola, então teremos que estar muito atentos e concentrados."
Puyol, zagueiro do Barcelona

"É um cara [Puyol] que sempre acompanhei pelo videogame e na TV. Enfrentá-lo é uma honra muito grande. Parece ser uma pessoa fantástica, excelente capitão. Tenho que dar um pouquinho de trabalho para ele, só um pouquinho (risos). Se ele quiser trocar camisa comigo, será uma honra."
Neymar, atacante do Santos 

"Não vamos mudar"

"Jogamos de um jeito há quatro anos e não vamos mudar. Vamos atacar, natural que o adversário tenha contra-ataques, tomara que o Santos tenha só dois como o Al Sadd, mas sei que não será assim."
Pep Guardiola, técnico do Barcelona

“É obrigação nossa de saber de todos os times, é normal, a gente estuda os adversários. As duas equipes são bem definidas no jeito de jogar, o Barcelona no toque de bola e nós na velocidade. É a nossa característica e não vamos mudar.”
Muricy Ramalho, técnico do Santos

quarta-feira, dezembro 14, 2011

Santos afasta Mazembe japonês e vai à final do Mundial

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O título acima não é só uma ideia fraca de edição. O espectro do time africano pairava – como acho que vai pairar por algum tempo para os times brasileiros – e os jogadores do Santos pareceram sentir isso durante os 90 minutos da peleja contra o Kashiwa Reysol. Não era só a ansiedade da estreia que atrapalhou o desempenho da equipe, que até pintou que iria golear após marcar 2 a 0, mas essa tensão que o Inter deixou como legado para seus conterrâneos vindouros.

Depois de um primeiro tempo bom da equipe santista, o segundo foi bem abaixo, e os japoneses chegaram a se animar. Mesmo assim, tomaram duas bolas na trave e Danilo perdeu um gol na cara de Sugeno, após assistência de Neymar. Não, não foi uma partida de encher os olhos, mas a vantagem de dois gols em uma semifinal é a maior de um time brasileiro desde que o campeonato passou a ser disputado com esse formato, em 2005. Naquele ano, o São Paulo passou pelo Al Itthad por 3 a 2 e, em 2006, o Inter superou por 2 a 1 o Al-Ahly. Mas há alguns fatos para se preocupar.

Joga nada esse moleque... (Leandro Amaral/Divulgação)
Primeiro, essa foi uma das piores partidas da zaga peixeira no ano. Dracena, Bruno Rodrigo e Durval abusaram do direito de ser lentos e o miolo, em especial, rifou a bola como pôde boa parte do tempo. Por conta disso, Muricy já cogita a volta de Léo, o que seria o mais acertado, mesmo que ele não tenha plenas condições físicas. O time ganharia uma opção de saída de bola e mais velocidade e toque na lateral esquerda.
  
Outro ponto é o meio de campo. Elano, pós-contusão, consegue ser um pouco pior do que o Elano pré-contusão, que já não vinha atuando bem. Só é titular porque Adriano está contundido. Aliás, o setor do meio de campo foi o mais castigado pelas lesões na temporada: vários atletas ficaram pelo menos um mês fora de jogo, entre titulares e reservas. Sem uma formação sólida no setor, a zaga sofre ainda mais. Na partida contra o Barcelona, certamente o meio jogará mais próximo da defesa, mas há de se temer a fragilidade na área onde os catalães dominam.

Pontos positivos? Bom, esse time tem Neymar. Como disse Mauro Beting no Twitter: “O gol que o destro Neymar fez de pé esquerdo poucos craques canhotos fariam”. Não, o garoto pode ainda não ser melhor que Messi, mas sua esquerda já é melhor que a direita do argentino. E o Alvinegro tem Borges, que aparece pouco, mas fez um tento que lhe dá confiança para aproveitar as minguadas oportunidades que vão aparecer contra os espanhóis (sim, estou dando de barato que o Braça está na final).

Tem mais no domingo (Ivan Sartori/Santos FC)
E há PH Ganso. O rapaz que acha que fez um grande negócio ao vender parte dos seus direitos econômicos ao grupo que só fez com que ele perdesse dinheiro em todo o ano de 2011. Segundo Caio Ribeiro, foi o melhor do time porque soube “controlar o jogo”. Não, não foi. De fato, ele marcou. Decerto, prendeu a bola. Mas... quantos chutes deu? E quantas assistências? De um camisa dez como Ganso espero lances de genialidade, que ele faça a bola correr com um toque só, como tantas vezes poderia ter feito quando Danilo se ofereceu na direita. Neymar, quando voltou para o meio, armou mais que ele.

Contra o Barcelona, a obrigação não estará mais sobre os ombros e a equipe pode jogar mais solta. Contudo, para ser campeão mundial, o time precisa de Ganso. Oxalá ele faça companhia a Neymar no domingo e seja também protagonista de uma partida histórica.

domingo, dezembro 11, 2011

Kashiwa Reysol será o adversário do Santos na semi do Mundial

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Definido o rival do Santos na semifinal do Mundial de Clubes. O adversário será o Kashiwa Reysol. Após 1 a 1 nos 90 minutos e uma prorrogação arrastada, a equipe nipônica, de Nelsinho Baptista, venceu nos pênaltis o mexicano Monterrey.

Após um primeiro tempo fraco, em que se sobressaiu a marcação, o gol do Kashiwa Reysol veio do seu lado direito, por onde atacou quase o tempo todo com o bom Sakai. Mas foi de Tanaka, eleito o jogador revelação da última J-League, o lance que resultou no bonito arremate de Leandro Domingues, agraciado com o prêmio de melhor atleta o campeonato japonês. Eram 7 minutos.

Por alguns poucos minutos, o Monterrey pareceu perdido, mas achou um contra-ataque no flanco direito da equipe japonesa, cuja marcação, que adernava para o meio, deixava uma folgada e larga avenida para o rival. Espaço, aliás, mal aproveitado pelo time mexicano. Mas, aos 12, com um lançamento longo, o atacante chileno Suazo, contundido desde a primeira etapa, conferiu.
Leandro Domingues, autor do gol do Kashiwa Reysol

Após os tentos, o time japonês deu espaço na defesa, com um meio de campo adiantado que deixava buracos significativos, mas o Monterrey, ainda que tenha chegado com algum perigo, não demonstrou força para vencer a partida. Na prorrogação, inverteram-se os papéis. Os japoneses foram superiores fisicamente, tiveram mais posse de bola, mas também não tiveram técnica para derrotar os mexicanos.

Nas penalidades, o Monterrey começou perdendo, com Sugeno, goleiro inseguro com a bola rolando, defendendo cobrança de Lucho Pérez. O mexicano Orozco, outro arqueiro pouco confiável, perdeu sua penalidade acertando a trave, mas defendeu cobrança de Tanaka em seguida. Durou pouco o sonho mexicano, que acabou com a cobrança de Hayashi.

Quem vai enfrentar o Barcelona na semifinal é o time do Qatar, Al Sadd. Comandado pelo uruguaio Jorge Fossati, ex-treinador do Internacional-RS, a equipe derrotou o Espérance, tunisiano, com dois gols anulados de forma equivocada do seu adversário. Não parece ser problema para os catalães.

segunda-feira, dezembro 05, 2011

Santos rumo ao Japão

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Aqui, a despedida o elenco da Vila Belmiro. E, abaixo, na noite de hoje, uma incrível saudação, pra lá de calorosa (e numerosa) da torcida peixeira no Aeroporto de Guarulhos. Vai pra cima deles, Santos!

terça-feira, dezembro 14, 2010

A zebra é realmente africana

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O Todo Poderoso Mazembe, do Congo, mostrou hoje o porquê de seu nome eliminando o Internacional da final do mundial de clubes.


E nem pode reclamar, não houve nenhum tipo de roubo ou qualquer coisa de anormal.

Apenas um time aplicado, bem fechado e que aproveitou duas chances para fazer seus gols em contra-ataques por meio de atacantes velozes e de boa técnica.

O que resta para os brasileiros nessa história (com exceção dos contentes gremistas) é ver como o futebol está se desenvolvendo em outros centros, tornando-se um esporte muito mais rápido e com jogadores fisicamente fortes. Não basta a decantada técnica brasileira para ganhar mais nada.

É necessário crescer física e tecnicamente. Até porque os resultados não são bons em decisões contra times africanos, como se viu em seleções olímpicas.

O jogo

Rafael Sóbis deve ter perdido pelo menos umas três finalizações, que acabaram com defesas acrobáticas do goleiro Kidiaba.

O goleiro Renan falhou pelo menos no segundo gol e o técnico Celso Roth errou, pelo menos, ao tirar Sóbis, o que mais tinha feito conclusões até o momento para pôr Oscar, garoto ex-jogador do São Paulo, que nada produziu. A saída de Tinga para a entrada de Giuliano também nada colaborou diante da forte marcação dos africanos. E o esquema com três volantes de Roth também demonstrou-se um equívoco.

Fica a lição para as próximas edições. E esperar para ver se os sul-coreanos vão aprontar também para cima da Inter de Milão, fazendo uma inédita final entre africanos e asiáticos e mostrando que algo de novo acontece no mundo da bola.


Celso Roth eterno!

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Não posso tecer comentários, pois não vi a partida (o Frédi viu). Mas, longe de subestimar o time congolês do Mazembe, só quero registrar meu espanto diante da vitória dos africanos por 2 a 0 sobre o Internacional de Porto Alegre, hoje, pelo Mundial de Clubes da Fifa. Eu sabia que um dia isso ainda ia acontecer, pois em torneio mata-mata tudo é possível. Meu próprio time, em 2005, passou aperto para vencer o Al Ittihad, da Arábia Saudita, por 3 a 2, na mesma fase semifinal. Porém, ainda que seja plausível dar zebra, quando dá sempre é inacreditável, histórico, antológico. E o técnico Celso Roth (foto), tão aclamado pelo justo e merecido título da Copa Libertadores deste ano, carregará para o túmulo esse vexame vivido no Estádio Mohammad Bin Zayed, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. Só falta o Seongnam, da Coreia do Sul, vencer a Internazionale de Milão, amanhã, para termos uma espécie de Bragantino x Novorizontino (decisão do Campeonato Paulista de 1990) dos Mundiais de Clubes. E eu imagino a festa ensandecida dos gremistas no Rio Grande do Sul, uma hora dessas...

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Final justo no Mundial de Clubes

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O duelo entre Estudiantes e Barcelona que, no sábado, definiu o Campeonato Mundial de Clubes, passou longe, mas bem longe de ser uma boa partida de futebol. Foi mais algo próximo de uma pelada, como o Manchester x LDU do ano passado.

Assisti o jogo a partir do segundo tempo, então, se a primeira metade da partida foi diferente, por favor acrescentem informações nos comentários. Mas o que eu vi foi um Estudiantes acuado, com má qualidade mesmo, refém de um Barcelona que martelava, martelava e martelava, mas sem a eficiência necessária.

Ganhando de 1x0, o Estudiantes abriu mão completamente de qualquer tentativa de ataque. A análise de Mauro Cézar Pereira, que comentava o jogo pela ESPN, foi precisa: mais do que um "recuo para garantir o resultado", o que acontecia com o Estudiantes era uma imposição determinada pelo adversário. Só o Barcelona jogava.


Mas custava a vencer. Tanto que só empatou no último instante do segundo tempo; na prorrogação, com mais qualidade técnica e condicionamento físico, obter a virada era questão de tempo. E ela veio, com Messi - que teve uma partida mais do que apagada mas, por circunstâncias do futebol, acabou o jogo como herói. Ainda conquistou o prêmio FIFA de melhor do campeonato.

De certo modo, o jogo de sábado seguiu um roteiro de tantas e tantas partidas que vimos por aí: um time de menor qualidade acha um gol e inicia um bate-rebate desesperado implorando para que o jogo acabe. Seria injusto o Estudiantes levantar a taça. Parabéns, Barcelona!

E com o triunfo, a Europa empata o placar com os sul-americanos na somatória de todos os torneios - agora são 26 conquistas pra cada lado.

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Em "pelada", Manchester é campeão do mundo

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Quem aí acordou cedo ontem para assistir à decisão do Mundial de Clubes entre Manchester United e LDU? Eu não levantei especificamente para ver a peleja, mas, já que havia acordado pouco depois de começar a partida, assisti a praticamente todo o confronto.

E afirmo que, se tivesse me programado para levantar unicamente para ver a partida, estaria reclamando até agora as horas de sono desperdiçadas. O jogo de ontem foi bem, bem fraco. De um lado, um time com inegável qualidade técnica mas que não soube abrir espaços no adversário; e do outro, atletas que pouco mais tinham a oferecer além de sua boa vontade. 

Então o que se viu foi um Manchester que detinha a posse de bola, mas que não atormentou como deveria a meta do goleiro Cevallos. Cristiano Ronaldo mostrou sua habilidade em alguns lances, mas não teve a movimentação que se espera dele. Carlitos Tevez, cada vez mais parecido com o Blanka, foi figura praticamente nula. As glórias então ficaram com Wayne Rooney, autor do único gol do jogo.

Rooney também levou o tradicional carro dado ao melhor jogador da decisão, e foi também o melhor do campeonato. Cristiano Ronaldo ficou em segundo e o argentino Manso, da LDU, foi o terceiro.

Parabéns ao Manchester, que chegou assim ao seu segundo título Mundial - o primeiro é aquele de 1999, de triste lembrança aos palmeirenses.

terça-feira, maio 27, 2008

Rumo a Dubai!

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O slogan "Rumo a Tóquio" imperou nos clubes brasileiros por muito tempo. Flamengo, Grêmio e São Paulo foram campeões lá, e Cruzeiro, Vasco e Palmeiras foram derrotados na decisão do Mundial Interclubes, antes de sua oficialização pela Fifa. Veio a formalização do torneio, em 2005, e o campeonato passou para Yokohama; e aí o São Paulo conquistou o mundo novamente, e no ano seguinte foi a vez do Internacional.


Mesmo com a mudança de cidade, a sede continuava sendo o Japão. E assim os brasileiros se acostumaram a ver na "terra do sol nascente" um sinônimo de Mundial de Clubes.

Pois bem, agora isso terá que mudar. A Fifa anunciou que o Mundial de Clubes sairá um pouco do Japão nos próximos anos. A "rotatividade meia-boca" determinada pelos dirigentes máximos do futebol prevê que o Mundial de Clubes sairá do Japão em 2009 e 2010, voltando ao país natal de Kazu em 2011. Enquanto isso, a sede do torneio será os Emirados Árabes.

O país, localizado na Península Arábica, tem vivido um verdadeiro boom no turismo nos últimos anos. A nação já é naturalmente rica por conta das inúmeras reservas de petróleo; os xeiques locais aproveitaram esse dinheiro para transformar a geografia local, fazendo das belas praias naturais empreendimentos turísticos de altíssimo padrão.

O Mundial de Clubes vem para coroar esse momento.

Será, certamente, o ponto mais alto dos Emirados Árabes no futebol mundial. Com a bola rolando o país não fez praticamente nada. Jogou apenas uma Copa do Mundo, em 1990, e perdeu os três jogos (contra Iugoslávia, Colômbia e Alemanha Ocidental, que levantaria a taça do torneio). Na Copa da Ásia, a seleção dos Emirados Árabes nunca foi campeã.

Como país-sede, os Emirados Árabes terão um clube entre os competidores do Mundial. A tradição futebolística local é nula; por outro lado, o dinheiro pode motivar a contratação de pesos-pesado da bola para encorpar a equipe local. E aí?

quarta-feira, dezembro 19, 2007

Inter se redime com Adriano Gabiru

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O Internacional fez, no domingo, uma baita festa em comemoração ao primeiro aniversário de seu título Mundial. A direção colorada já alardeava sobre a festa há tempos, que ocorreria simultaneamente à exibição do filme "Gigante", um documentário sobre a conquista.

Mas dias antes da realização da festa, correu uma notícia que dizia que Adriano Gabiru não havia sido convidado para o evento. Gabiru, pra quem não se lembra, foi o autor do gol da vitória do Inter sobre o Barcelona na decisão do Mundial. Antes e depois disso, a passagem do meio-campista pelo Beira-Rio foi trágica. Perseguido pela torcida, era o jogador mais hostilizado nos jogos da equipe. E o crédito que obteve com o histórico gol não durou muito tempo - meses depois Gabiru acabou sendo dispensado pelo Colorado, indo para o Figueirense e, na sequência, para o Sport.

Após a divulgação do "não-convite" a Gabiru, a diretoria do Internacional tratou de esclarecer que tudo não havia passado de um mal-entendido e que o meio-campista estava, sim, convidado para a celebração. Ele e todos os atletas e integrantes da comissão técnica colorada que participaram da campanha do título.

Ainda havia uma rusga no ar. Será mesmo que foi só um "mal-entendido" ou Gabiru efetivamente não tinha sido convidado, e a diretoria do Internacional o chamou à festa mediante pressão popular?

A cobertura da festa deixou claro que Adriano Gabiru era sim um convidado da festa. E de gala. O site do Inter traz uma reportagem em que aborda unicamente a presença de Gabiru no evento - indo desde a chegada do jogador ao Beira-Rio até suas impressões enquanto "Gigante" era exibido. A matéria é ilustradas com "belas" fotos do atleta, como essa que está ao lado.

Taí, boa homenagem do Inter. Pelo que se diz, é assim mesmo que os torcedores colorados querem que Gabiru seja tratado pela diretoria do clube: com respeito, gratidão, carinho, mas longe do campo, pelo amor de Deus!

quinta-feira, dezembro 13, 2007

Efeméride

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Hoje faz 15 anos que o São Paulo ganhou seu primeiro título mundial. O jogo contra o Barcelona de Stoichkov, Laudrup e Zubizarreta foi sensacional. Vale rever os melhores momentos. Dá pra se emocionar.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Qualidade em questão

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Notícias contraditórias sobre a exigência de qualidade futebolística em torneios internacionais. A boa: Joseph Blatter, presidente da FIFA, teria ficado assustado com o desempenho menor que pífio do Waitakere United, da Nova Zelândia, no Mundial de Clubes disputado no Japão. O representante da Oceania, que se denomina “semiprofissional” (ai!), foi derrotado por 3 a 1 pelo Sepahan, do Irã.

De acordo com agências internacionais, Blatter declarou que a diferença técnica entre os times nessa edição foi evidente, e que a discussão será posta no comitê executivo da FIFA.
Vai lá Blatter! Pelo fim da filantropia no futebol.

Ao mesmo tempo, a Conmebol anuncia a criação de mais um desses torneios sem razão de ser: o campeão da Copa Sulamericana jogara contra o vencedor da Copa Nabisco do Japão. Uau!

O torneio está garantido por pelo menos quatro anos. A primeira edição acontece em 30 de julho de 2008, no Japão. Disputarão o torneio o Arsenal, da Argentina, e o Gamba Osaka.

Apenas times que integram a Conmebol poderão participar. Se uma equipe mexicana ou americana vencer a Sulamericana, não poderá disputar a nova competição. As informações são da Lancepress. O site da Conmebol está indisponível agora, por isso não achei nem o nome do novo torneio.

sexta-feira, dezembro 07, 2007

Começa Mundial de Clubes no Japão

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Com a vitória por 3 a 1 do Sepahan (Irã), clube convidado, sobre o Waitakere United (Nova Zelândia), campeão da Oceania, começou nesta sexta-feira o Mundial de Clubes da Fifa, disputado mais uma vez no Japão. Pelo formato disputado em 2005 e 2006, o Sepahan já estaria garantido na semifinal contra o Milan, campeão europeu, no dia 13. Mas a Fifa decidiu ampliar este ano de seis para sete clubes os participantes do torneio, incluindo o campeão do país-sede, no caso, o Japão. O critério - esdrúxulo, injusto, sem sentido e estopim de polêmicas eternas - é quase o mesmo adotado no "mundial"-teste de 2000, no Brasil, que enfiou o Corinthians no balaio.

Como o Urawa, campeão asiático, é japonês, resolveram convidar outro clube no lugar (!), no caso, o Sepahan (!). E esse "corpo estranho" terá de fazer um jogo extra no dia 10, contra o Urawa, para referendar sua vaga na semifinal. Enquanto isso, o vencedor do confronto entre Etoile (Tunísia), campeão africano, e Pachuca (México), campeão das Américas Central e do Norte, no dia 9, já estará automaticamente classificado para a semifinal contra o Boca Juniors, campeão sul-americano, no dia 12. Ou seja: a insensatez da Fifa decreta que uns jogarão mais e outros menos e também que um time que não é campeão continental pode levantar o troféu mundial. Lamentável.

Mas o que interessa, além da possível revanche entre Milan e Boca na decisão (os argentinos derrotaram os italianos no Mundial de 2003, ainda no antigo formato), é que vários brasileiros participarão do torneio. Entre eles, o zagueiro Nenê e os atacantes Washington (foto) e Robson Ponte, do Urawa Red Diamonds, e Dida, Cafu, Emerson, Serginho, Kaká e Ronaldo, do Milan. Uma espécie de consolo para o país que conquistou as duas últimas edições da competição, com São Paulo e Inter-RS, e que não levou a Libertadores de 2007.

terça-feira, dezembro 19, 2006

Cruijff: "viagem ao Japão atrapalha europeus"

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Desculpa esfarrapada tem limite: ontem, o ex-craque Johan Cruijff (foto) afirmou ao jornal espanhol La Vanguardia que o Mundial de Clubes da Fifa é um torneio feito "para que os times sul-americanos sejam campeões" porque é disputado no longínquo Japão. "A viagem, a aclimatação e o fuso horário são obstáculos tremendos aos europeus", disse Cruijff, na cara larga, ignorando solenemente a maior proximidade da Europa com o Japão, em comparação aos países latino-americanos.
Estranho - e constrangedor - esse raciocínio: por que motivos, então, Porto, Bayern de Munique, Real Madrid, Manchester United, Borussia Dortmund, Juventus e Ajax sagraram-se campeões mundiais no Japão, de dez anos pra cá? Eles deram sorte ou simplesmente foram mais competentes que o Barcelona? Resta alguma dúvida?
Para Cruijff, "a competição só estaria igualada se fosse jogada no velho sistema, de ida e volta na casa de cada um dos times". Defender jogos de ida e volta é muito válido (seria o mais justo), mas dizer que só assim a disputa estaria "igualada" para o lado dos europeus é fugir da responsabilidade. Afinal, com o dinheiro e o poderio que dispõem, os times de lá sempre estão pressionados a vencer os sul-americanos, onde quer que seja.
Para completar, Cruijff tentou amenizar o sofrimento dos catalães argumentando que "surpresa teria sido se o Barcelona vencesse". Eu concordo, mas não porque a competição é no Japão e porque isso "atrapalha" os coitadinhos dos europeus, com "obstáculos tremendos" (que só eles enfrentam, nós não - até parece...). Surpresa teria sido o Barcelona vencer por um simples motivo: o Internacional foi melhor. Difícil admitir isso, né, Cruijff?
Detalhe: o holandês era o técnico do Barcelona na decisão do mundial de clubes de 92, perdida para o São Paulo. Ou seja: essa dor de cotovelo é antiga...