Destaques

Mostrando postagens com marcador cbf. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador cbf. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, julho 21, 2014

Pra FRENTE, Brasil! (Só que não...)

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Para a CBF, nosso futebol sempre está DE VOLTA para o 'futuro'
Seria uma boa piada, se não fosse a mais dura e cruel verdade: pressionada por "renovação" total, completa e absoluta, a conservadora, retrógrada e obsoleta CBF está prestes a anunciar como "novo" técnico da seleção... Dunga! Sim, Dunga! Ele é a RENOVAÇÃO! Insisto, não é piada, não (ou é, mas de muito mau gosto). Uma derrota para a Holanda, na Copa de 2010, o tirou do comando da equipe, e, após nova derrota para os holandeses, em 2014, ele volta ao comando. Extremamente simbólico isso. O remédio para um fracasso é demitir o treinador e, para outro, readmiti-lo (!). O que desperta, na cabeça de todos os torcedores, a pergunta óbvia (eternizada por Vinicius e Toquinho na música "Cotidiano nº 2"): "Se foi pra desfazer, por que é que fez?". Pra quê Mano Menezes? Pra quê Felipão?

O retorno de Dunga é só mais um motivo que explica o fato de eu não conseguir torcer pela seleção brasileira já há 28 anos - mais especificamente depois da Copa do México. Um mundial em que, curiosamente, o atual presidente da CBF, José Maria Marin, chefiou a delegação canarinho (ou seja, como diria o sábio Leo Jaime, "Uou-ou-ou-ou, nada mudou...". E vou além: ganhar as Copas de 1994 e 2002 fez MUITO MAL para o futebol brasileiro. Porque ganhou jogando mal, retrancado, dependente de valores individuais (Bebeto & Romário; Rivaldo & Ronaldo) e com a mesma falta de organização, de base, de estrutura, de planejamento, de conjunto e de RENOVAÇÃO que teve nas derrotas de 1990, 1998, 2006, 2010 e 2014, por exemplo. Sim, isso mesmo. Num torneio mata-mata de "tiro curto" como é a Copa do Mundo, essa mesma seleção que hoje está sendo trucidada pela torcida e pela imprensa poderia muito bem ter desviado da Alemanha e da Argentina - ou Neymar resolvido sozinho nesses jogos - e conquistado o hexacampeonato. Felipão seria "canonizado", a CBF louvada como "exemplo" e NINGUÉM estaria falando em "crise" ou "renovação" no futebol brasileiro. Muito menos em Dunga. Exagero?

Pois agora haverá mais uma "perfumaria" e tudo continuará como dantes no quartel de Abrantes. Os interesses econômicos sempre em primeiro lugar (Rede Globo, Nike, Traffic, mega-patrocinadores, empresários de jogadores etc etc etc), a mesma "meia-dúzia de três ou quatro" comandando a CBF, os mesmos nomes de sempre treinando a seleção, as mesmas convocações e escalações arbitrárias, sem qualquer critério ou lógica aparente, enfim, MAIS DO MESMO. E daqui a quatro anos todos os brasileiros que estão "revoltados" e "indignados" hoje com a seleção vão vestir suas (caríssimas) camisas oficiais do Brasil, pintar a cara, as ruas, soprar vuvuzelas, sintonizar a TV no último volume com o Galvão Bueno berrando e cantar "sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor". Afinal, é "dever patriótico" torcer pela seleção.... É isso mesmo? Eu passo.

sexta-feira, julho 18, 2014

Se vai resolver lá na CBF, não sei - mas o homem já deu prova, em campo, de que sabe decidir sob pressão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Gilmar no São Paulo: de 85 a 90
Anunciado ontem como novo coordenador geral de seleções pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o ex-goleiro Gilmar Rinaldi já enfrenta ceticismo, desaprovação e desconfiança por parte da imprensa. Principalmente porque, do ano 2000 para cá, ganhou a vida como empresário de jogadores. Por isso, a possível convocação de algum deles, a partir de agora, vai dar o que falar - mesmo que o ex-goleiro tenha abandonado suas atividades como agente de atletas.

A pulga é colocada atrás da orelha devido a um episódio ocorrido logo após a única experiência de Gilmar como administrador, a curta passagem como superintendente de futebol no Flamengo, entre 1999 e 2000, marcada de forma polêmica pelas multas e repreensões a Romário, que teve o contrato rescindido naquele ano e voltou ao Vasco (não por outro motivo, o ex-atacante, hoje deputado federal, detonou a escolha de Rinaldi pela CBF e o chamou de "incompetente e sem personalidade").

Vampeta no Flamengo: fracasso
Em 2001, ao se tornar agente de jogadores, Gilmar cooptou três jovens revelações flamenguistas: o zagueiro Juan (hoje no Internacional) e dois atacantes recém-profissionalizados,  Reinaldo (que passaria por São Paulo e Santos) e Adriano (futuro "Imperador"). Daí, na ânsia e na oportunidade de emplacar seus empresariados no futebol europeu, intermediou uma das transações mais lamentadas pela torcida rubro-negra. O volante Vampeta, que tinha metade de seus direitos econômicos divididos entre o Inter de Milão e o Paris Saint Germain, veio para o Flamengo; em troca, o clube deu Adriano para o Inter e Reinaldo para o PSG, mais 5 milhões de dólares.

O fiasco do time da Gávea naquela temporada, em que escapou do rebaixamento no Brasileirão por pouco, ficou eternizado em uma frase exatamente de Vampeta: “O Flamengo finge que me paga, eu finjo que jogo”. Pra piorar a situação, Adriano brilharia no Inter de Milão e Reinaldo conquistaria até uma Copa da França pelo PSG. Como ex-funcionário do Flamengo (o que possibilitou o contato e o aliciamento das "pratas da casa" do clube), Gilmar ficou em "saia justa" por ter intermediado esse clássico "negócio furado" para o Flamengo. Relembrado, agora, para botar desconfiança em sua contratação pela CBF.

Gilmar atuando pelo Cerezo Ozaka
Bom, como o futuro - na e da CBF - a Deus pertence, só me resta relembrar, aqui, um pouco da (vitoriosa) carreira de Gilmar dentro de campo. Revelado pelo Inter de Porto Alegre, pelo qual foi tetracampeão gaúcho entre 1981 e 1984, jogou depois pelo São Paulo (campeão paulista em 1985, 1987 e 1989 e brasileiro em 1986), Flamengo (campeão carioca em 1991 e brasileiro em 1992) e Cerezo Osaka, do Japão, onde encerrou a carreira. Pela seleção brasileira, ganhou a medalha de prata como titular nas Olimpíadas de Los Angeles, em 1984, e a Copa de 1994, também nos Estados Unidos, dessa vez como terceiro goleiro. Mas o que vou guardar na memória para sempre, de seus tempos sob as traves, foi uma das decisões mais instantâneas, lúcidas, incisivas e espetaculares tomadas por um jogador em uma situação de pressão extrema.

A decisão do Brasileiro de 1986, disputada na noite/início de madrugada de 25 para 26 de fevereiro de 1987, em Campinas, foi uma das mais emocionantes do futebol brasileiro em todos os tempos (já escrevi sobre ela aqui). Na metade do segundo tempo da prorrogação, quando São Paulo e Guarani empatavam por 2 x 2, o rápido bugrino João Paulo aproveitou uma falha do zagueiro Wagner Basílio e botou os donos da casa na frente do placar, garantindo, ali, o título. Depois, quando faltava só um minuto para o jogo acabar, o mesmo João Paulo, em vez de segurar a bola em seu pé no ataque e aguardar o apito final para comemorar, tentou mais um chute, que foi para a linha de fundo. Na reposição, Gilmar pegou a bola e tocou para o - até ali - desafortunado Wagner Basílio.

Careca: milagre na prorrogação
O outro zagueiro, Darío Pereyra, contaria mais tarde que recriminou o goleiro: "Pô, falta menos de um minuto, pra quê sair jogando? Dá um chutão pra frente!" Naquele momento, o hino do Guarani soava nos auto-falantes do estádio Brinco de Ouro e o juiz José de Assis Aragão já olhava o relógio para apitar o fim do jogo. Mas Gilmar, ao tocar para Wagner, ordenou: "Toca pro Careca, que ele resolve!". No vídeo do lance (abaixo), é possível ver João Paulo chutando a bola para fora e depois fazendo o gesto de "Calma, que já acabou" para o time do Guarani; Gilmar tocando a bola para Wagner e Darío Pereyra olhando para trás e reclamando; a bola viajando e resvalando na cabeça do meia Pita; e depois pingando na frente do centroavante Careca. Que, para milagre supremo e confirmação do palpite de Gilmar, soltou a bomba, de primeira, e empatou o jogo!


Sábio Gilmar! Que depois ainda pegaria um pênalti na série de cobranças que deu o título ao São Paulo - e cujo último gol, ironicamente, foi de Wagner Basílio. Um título que, aos 14 minutos do segundo tempo da prorrogação, estava (quase) irremediavelmente perdido.

quinta-feira, julho 17, 2014

Pra (não) variar, 'a culpa é da Dilma'...

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Mais uma da série "Oi? Acuma?" lá pelos lados do São Paulo Futebol Clube (notório por "dificultar a vida de seus fãs de esquerda"): depois que Ney Franco, como treinador do time, tentou desviar a atenção da mídia sobre a campanha vexatória que quase levou o clube à Série B do Campeonato Brasileiro citando o "mensalão", agora é a vez de Rogério Ceni diagnosticar a crise da CBF e do futebol brasileiro como culpa da... presidente da República, Dilma Rousseff (!).

- A CBF deveria pensar menos em si, em lucrar, e mais nos clubes, que estão em uma pindaíba desgraçada. Quem sabe agora, com campanha, a presidente não tenta se mexer um pouco. Em época de eleição, as pessoas acabam se mexendo. - disse o goleiro.

Mas... peraí. Num "intindí". A CBF não é uma entidade privada, mantida com recursos privados? E os clubes de futebol também não são, da mesma forma, entidades privadas mantidas com recursos idem? E o governo de Dilma Rousseff não foi (e ainda é) duramente criticado exatamente por gastar dinheiro com futebol, na organização da Copa do Mundo e liberação de verbas para a reforma e construção de estádios? E Rogério Ceni não cai em contradição ao exigir intervenção pública no futebol quando, nas últimas eleições presidenciais e municipais, apoiou publicamente José Serra, agressivo defensor do estado mínimo e do mercado privado como regulador da economia?

Pois é. Como disse o goleiro, "em época de eleição, as pessoas acabam se mexendo". Pessoas como ele próprio, notório eleitor do PSDB, que sempre aproveita microfones, câmeras e holofotes para misturar alhos com bugalhos, sem qualquer "bom senso", e favorecer (desinteressadamente?) interesses políticos de sua preferência. Públicos e privados.

terça-feira, maio 07, 2013

Torcedor do Galo move ação contra arbitragem

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Simon: apito amigo botafoguense
Coisa inédita: um torcedor do Atlético-MG reclamando de arbitragem! Mas a causa é justa: depois de o árbitro Carlos Eugênio Simon ter admitido que errou ao não marcar um pênalti escandaloso sofrido pelo Galo em 2007, em partida contra o Botafogo-RJ que selou a desclassificação do clube mineiro da Copa do Brasil, um atleticano resolveu pedir na Justiça indenização por danos morais. De acordo com o site Terra, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai analisar hoje o processo.

O autor da ação - que é advogado - afirma que o caso deve ser tratado sob as cláusulas que protegem o direito do consumidor e que a CBF deve responder pelos atos de seus prepostos, já que fornece o "produto", ou seja, o jogo de futebol - se analisarmos a qualidade do "produto" nas últimas temporadas, pode configurar até fornecimento de droga.... Porém, o torcedor perdeu a ação em primeira e segunda instâncias: o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro considerou que o erro não gera para o torcedor-consumidor qualquer direito de cunho moral ou muito menos material e que a CBF, ao organizar as partidas, não se compromete a conseguir resultados favoráveis a qualquer dos times.

Insistente, o torcedor entrou então com um recurso especial dirigido ao STJ. O ministro Luis Felipe Salomão determinou a subida do recurso ao STJ para um melhor exame, já que há "peculiaridades" no processo. Acho que por "peculiaridade" podemos entender descaramento, pois não há a menor dúvida de que o pênalti não marcado aconteceu. No lance, dentro da área do Botafogo, o jogador Alex derruba sem dó o meio-campista Tchô, do Atlético-MG. Vale a pena ver de novo (no vídeo abaixo, a partir de 02:03):


terça-feira, janeiro 22, 2013

Escolhas de Felipão apontam para time mais estático

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Felipão gesticula ao explicar seu objetivo: resgatar
o futebol-bailarino (Silvia Izquierdo/AP)
Feita a primeira convocação, podemos começar a afinar as cornetas contra Felipão. O resumo da ópera das escolhas do veterano treinador é exatamente o envelhecimento da equipe, trazendo de volta jogadores mais "experientes", no caso, Ronaldinho Gaúcho, Luiz Fabiano, Júlio César e Fred.

Começando pelo gol, a volta de JC é meio estranha. O goleiro saiu da Inter de Milão e foi para o pouco expressivo Queens Park Rangers, o que indica que os grandes clubes não se interessaram por seu futebol. Enfim, não vi o cara jogar pra avaliar e a posição estava meio em aberto mesmo.

As mudanças mais estruturais acontecem do meio para a frente. Felipão sinaliza que seu time vai ter um centroavante mais pesado e mais preso dentro da área. Uma mudança em relação ao time leve que vinha sendo tentando por Mano Menezes, com muita movimentação. Vamos ver como funciona.

Achei estranha a troca de Kaká, que jogou bem e vinha se entendendo com Neymar, por Ronaldinho Gaúcho. O meia do Atlético fez um bom Brasileirão, é fato. Mas não sei se o bastante para apagar o mau desempenho que teve nas convocações mais recentes.

A coisa complica também por questões de estilo: Gaúcho no Atlético nem finge que vai tentar marcar alguém. A pressão no ataque é feita por Bernard e Guilherme, nas beiradas, enquanto o lento meia fica livre. Na Seleção, Neymar e, sei lá, Lucas não farão este papel nem a pau – e nem devem se sacrificar tanto para isso, ainda que eu ache fundamental que todo o time tenha um papel na recomposição defensiva.

Ele voltou, mas não vai marcar ninguém (Getty)
O resultado deve ser que os volantes vão ficar mais presos, perdendo um pouco da mobilidade e dos elementos surpresa que vinham aparecendo nos últimos jogos. Claro que o novo treinador vai imprimir sua marca, mas se é pra deixar volante preso não faz muito sentido convocar Paulinho, Ramires e Arouca.

O resultado do conjunto parece ser um time mais estático, com posições e funções mais fixas. Para o meu gosto, parece um retrocesso.


E o meu medo

Concordo com Felipão ao convocar Hernanes, mas discordo quando o técnico diz que o jogador é um meia mais ofensivo. Pra mim, ele é pode se tornar um baita armador, para jogar e marcar. Entraria no meu time como segundo volante, fazendo a transição da defesa para o ataque, cadenciando o jogo com seu bom passe, coisa e tal. Como meia, recebendo a bola mais à frente, me emociona menos.

Um elemento que Felipão teria levantado na coletiva é que poderia usar David Luiz como volante, posição em que ele já apareceu no Chelsea. Juntando isso tudo, começa a aparecer meu medo: Felipão vai meter David Luiz de terceiro volante e tentar me convencer que Hernanes é meia.

Não agora, mas mais pra frente, se e quando a coisa começar a apertar. Vai deixar dois zagueiros, dois laterais, David Luiz como volante limpa-trilho na frente da zaga, Paulinho e Hernanes de segundos volantes e estabelecer o “joga no Neymar” que foi tônica do Santos ano passado.

Foi mais ou menos o que ele fez em 2002, quando Edmilson era um zagueiro disfarçado de volante e Juninho Paulista não podia passar muito do meio campo – até ser substituído por Kleberson, caracterizando de vez os três volantes. Funcionou, dirão os otimistas. Sim, sem dúvida. A diferença é que, lá, Rivaldo e Ronaldo estavam voando, secundados por um Ronaldinho Gaúcho em ascensão. Resta ver como a coisa anda.

A lista dos convocados:

GOLEIROS
Julio Cesar - QPR (ING)
Diego Alves - Valencia (ESP)

LATERAIS
Daniel Alves - Barcelona (ESP)
Adriano - Barcelona (ESP)
Filipe Luís - Atlético de Madri (ESP)

ZAGUEIROS
David Luiz - Chelsea (ING)
Leandro Castán - Roma (ITA)
Dante - Bayern de Munique (ALE)
Miranda - Atlético de Madri (ESP)

VOLANTES
Paulinho - Corinthians
Ramires - Chelsea (ING)
Arouca - Santos

MEIAS
Ronaldinho Gaúcho - Atlético-MG
Hernanes - Lazio (ITA)
Oscar - Chelsea (ING)
Lucas - PSG (FRA)

ATACANTES
Luis Fabiano - São Paulo
Neymar - Santos
Fred - Fluminense
Hulk - Zenit (RUS)

sexta-feira, novembro 23, 2012

A saída de Mano Menezes, a lógica da CBF e o futuro da seleção

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Com a saída de Mano Menezes, a seleção brasileira, ou melhor, a patroa da equipe, CBF, vai para o divã. Na prática, o técnico não tinha um desempenho brilhante, nem deixará saudades para o torcedor, em que pese ter tido apoio quase incondicional do maior grupo de comunicação do país. Mas, para saber o que virá depois dele e o que significa a alentada “virada filosófica”, é preciso retroceder um pouco na recente história da seleção, que mostra como a direção do futebol brasileiro reagiu até agora na troca de técnicos, sempre negando aquilo que o anterior deixou (ou teria deixado).

Em 2006, Parreira colocou em campo jogadores com adiposidade em excesso, o que refletiu no desempenho do time. Cortar a balada e o descompromisso era a palavra de ordem após o fracasso diante dos pés de Zidane e por isso o símbolo do trabalho duro na seleção foi chamado, mesmo nunca tendo sido técnico anteriormente. Dunga usou, na prática, a receita moldada por Parreira em 1994, que não conseguiu repetir em 2006, e que Felipão também utilizou em 2002. “Fechou” o grupo, formando uma dita família que implicou na convocação da jogadores de qualidade duvidosa em função da “coerência” e “confiança”. Diferentemente de seus antecessores, achou por bem ser escudo de seus jogadores, topando com a imprensa e irritando o império global. Novo insucesso em 2010, apesar de uma trajetória vitoriosa até o Mundial, mesmo sem encantar.

Mano não conquistou a torcida nem com força da Globo
Veio Mano Menezes, segunda opção após a recusa de Muricy Ramalho, com a missão de “renovar” a seleção (sim, há excessos de aspas nesse texto, mas se tratando de prática e intenção da CBF e de seus contratados, é preciso). Primeiramente, recusou a herança dos atletas de Dunga, que não deixou muitos atletas jovens com experiência de amarelinha para o ex-corintiano trabalhar. Mesmo aqueles que teriam condições de continuar, não foram convocados por Mano ou, quando foram, já era tarde.

Mas, como diria conselheiro Acácio em suas ponderações de bar, uma coisa é ser técnico da seleção, outra é ser comandante de um time, quando se tem tempo pra treinar e impor um padrão. Não é à toa que os treinadores de priscas eras usavam bases de um e/ou outro time para dar consistência a um selecionado. 

Depois de testar, tentar, e não conseguir ser inovador, Mano perdeu para seleções fortes e só ganhou de equipes menos qualificadas. Fracassou em Londres e, quando tentava ajeitar seu time com dois volantes móveis e um quarteto ofensivo, ganhou o Superclássico das Américas perdendo, com um time B+ do Brasil, para um time C da Argentina. Não caiu pelo resultado em si, mas a peleja não ajudou em nada a sua permanência.

A política e o futuro

Como bem lembrou oNicolau, citando o Menon, há na saída de Mano uma questão política. José Maria Marín tem mais simpatia pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, para ser seu sucessor. Mano é homem de Andres Sanches, diretor de seleções – por enquanto – e homem de confiança de Ricardo Teixeira, que o nomeou, assim como a Ronaldo no COL, para assegurar o seu “legado”.

Sanches é alguém cuja trajetória mostra a habilidade de crescer em um tipo de cenário, ver o cenário ruir, e depois seguir adiante como se nada tivesse com o assunto. Fez parte da diretoria que levou o Corinthians ao rebaixamento em 2007, sendo um dos parceiros principais de Kia Jorabchiaan na gestão. Sucedeu Alberto Dualib e fez o corintiano rapidamente esquecer o seu passado recente. Levado à CBF por Ricardo Teixeira, foi fundamental para levar Mano, seu ex-comandado, para a seleção brasileira. Tem um grande serviço prestado à CBF de Ricardo Teixeera e à Globo ao ser o principal articulador da implosão do Clube dos Treze.

Com esse currículo político, claro que era (e é) uma ameaça aos planos de poder de Marin, que tratou de escanteá-lo. Além do fator político puro, há o desempenho técnico da equipe da Confederação, que também influencia nos rumos do poder. E esse, sob a batuta de Mano, não ia bem das pernas. Juntando-se os ingredientes, está pronta a receita da troca de treinador.

A dúvida em relação ao futuro da seleção é: o que vai importar de fato, um time que ganhe e “cale a boca dos críticos” ou uma tentativa de ressuscitar o futebol arte, magia, moleque (seguem adjetivos), aquele que encanta mas não necessariamente ganha porque assim é o esporte?

Se seguirmos a lógica do “fácil é o certo”, que costuma ser a cebefista, a opção Felipão é a mais acertada. Foi ele quem assumiu o barco que navegava em águas intranquilas na última vez que um técnico não cumpriu um ciclo de quatro anos na seleção. Contudo, o fato de o treinador só ser anunciado em janeiro abre margem a especulações como o nome de Tite, que, vencedor do Mundial de Clubes, chegaria com pompa e circunstância no comando do time verde-amarelo. Os mais otimistas dirão que é o tempo necessário para convencer Pep Guardiola, sendo que já tem até abaixo-assinado para que ele seja o novo treinador do Brasil (ver aqui). E ao que parece, Guardiola gostou da ideia de treinar o Brasil. Ainda acho pouco possível, mas não custa torcer.

Caiu Mano Menezes

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A CBF demitiu Mano Menezes do cargo de treinador da Seleção Brasileira de futebol. Segundo Andrés Sanches, diretor de Seleções da entidade e assumidamente voto vencido na decisão, o presidente José Maria Marin quer uma "nova filosofia" no trabalho do escrete canarinho. Os nomes cotados na imprensa para trazer estes ares de novidade e renovação são Muricy Ramalho, Luís Felipe Scolari, Vanderlei Luxemburgo e Tite. Aguarde e confie.

Para o parceiro Menon, a demissão é mais um lance no jogo de poder da confederação, com Marin e Marco Polo del Nero agindo para isolar Sanches e tirá-lo do tabuleiro da sucessão, em 2014. Faz sentido.

Ainda que não conte com minha oposição, os números do trabalho de Mano são pouco defensáveis: disputou 33 partidas e teve 21 vitórias, seis empates e seis derrotas, aproveitamento de 69,69% (69 pontos de 99 disputados). Perdeu os dois torneios relevantes que disputou: Copa América e Olimpíadas.

sábado, agosto 11, 2012

As cornetas e o aprendiz de feiticeiro Mano Menezes

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Depois da derrota, vem as cornetas. Mas antes da derrota elas já se ouviam. Há que ser feita, no mínimo, algumas reflexões, inclusive sobre algo que foi dito aqui. Mano Menezes tem direito a convocar três jogadores acima de 23 anos. Um dele é o lateral esquerdo Marcelo, pois o treinador não confia no outro lateral esquerdo da equipe, Alex Sandro. Eu também não confiava quando ele jogava no Santos (onde nunca foi titular absoluto). Daí, na semifinal contra a Coreia do Sul, Mano saca Hulk, o outro dos três convocados acima de 23 anos, para colocar... Alex Sandro. Fora da sua função! Não jogou bem, mas o time ganhou, e ele virou titular. 

É com esse que a gente vai em 2014? (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)
Titular até os 31 do primeiro tempo da final, quando Mano desfez o que havia feito antes. E Hulk fez o gol brasileiro, além de ter dado a assistência para Oscar quase marcar naquele que seria um empate improvável (e injusto, diga-se). Fazer experiência na fase aguda de uma competição não parece ser das coisas mais sensatas, segundo a literatura ludopédica.

Outra mudança do técnico durante as Olimpíadas, a entrada de Rafael como titular, também se mostrou equivocada. O garoto errou no gol relâmpago do México, boa parte da culpa é dele mesmo, mas não só. Quem viu a partida entre México e Senegal, assistiu a dois erros da equipe africana na prorrogação que resultaram na sua eliminação, porque o México faz esse tipo de marcação no campo rival – a diferença é que os senegaleses entregaram depois dos 90 minutos, não aos trinta segundos. Mas a seleção mostrou que não estava preparada para sair desse tipo de marcação. Com um volante que só toca a bola pra trás, Sandro, e outro que prefere tocar de lado, Rômulo, o Brasil penava pra sair com qualidade da intermediária, dificultando o trabalho na ofensiva.

Na segunda etapa, o Brasil adiantou a marcação, parte por conta do próprio México, que se postou atrás e preferiu atuar no contra-ataque. Novos erros individuais atrás, inclusive de Thiago Silva que, no mano a mano, perdeu para Fabián, que desperdiçou. Desperdiçaria, aliás, outras duas chances. Tomou outro gol em nova falha de marcação, embora seja necessário reconhecer o mérito do lance ensaiado dos mexicanos (a seleção tinha alguma jogada ensaiada?) e da execução do ótimo Peralta. O Brasil poderia ter empatado, mas não merecia.

Uma derrota em Jogos Olímpicos, mesmo descontando-se o frisson desnecessário sobre a tal medalha de ouro no futebol, não seria tão doída se não fosse o retrospecto brasileiro em Londres. Sofreu contra equipes medíocres como Honduras e contou com erros de arbitragem para chegar à final. É uma equipe de garotos e são eles, em sua maioria, que vão representar o país na Copa de 2014. Os meninos podem e devem amadurecer até lá, mas o nosso técnico vai “amadurecer”?

Acho curioso quando falam algo do tipo: “ah, mas vai jogar todo o trabalho feito até agora pelo treinador fora?” Bom, depende da avaliação desse trabalho. Qual o esquema da seleção? Os jogadores jogam mais, a mesma coisa, ou menos, muito menos do que nos seus times? Se o tal trabalho fosse interrompido hoje, que legado deixaria? Aguardemos o que virá depois do amistoso contra a Suécia. Se é que virá alguma coisa.

sexta-feira, março 09, 2012

Ricardo Teixeira

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A licença médica de Ricardo Teixeira do comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é uma das melhores notícias sobre a Copa do Mundo de 2014 desde o anúncio que o Brasil sediaria o vigésimo mundial do ludopédio da história. Mas é uma notícia que pode durar seis meses.

Curiosa foi a escolha do e-mail como forma de avisar sobre a condição de saúde ganhar os títulos das primeiras notas que davam conta do afastamento. Curioso também que, na página da CBF na internet, não há menção ao fato. E, no organograma da firrrma, nem sinal de afastamento no nome do ex-genro de João Havelange.

Em uma outra crise política envolvendo a CBF, em 2000, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Nike, ele se afastou. Como em 2002 a seleção venceu a competição disputada na Coreia do Sul e Japão.

Mau sinal.

Foto: Ricardo Stuckert/CBF

Ricardo Teixeira, animado na volta do carnaval


Houve ainda licenças médicas por problemas, digamos, médicos. Consta que, em outubro de 2011, o cartola ficou internado com diverticulite. E ele tem problemas cardíacos.

Coincidência interessante lembrar que o relator daquela CPI era o atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Para além do talendo de fazer rugirem moto-serras por aí, ele se diz amigo de Teixeira.

Mas a pressão vinda de investigações em Zurique, todo o imbroglio do tio demitido com indenização milionária e mesmo as caneladas desastradas de Jêrome Valcke e nossos traseiros chutados formam um quadro curioso.

O lado ruim é que o afastamento tem toda a cara de manobra política para reduzir a pressão, que incluía denúncias pululando aqui e ali. Se havia possibilidades de se desvendarem suspeitas de desvios e condutas questionáveis por parte do comandante da CBF desde 1989, elas ficam menores. Se sequer existia essa chance, muda pouco no futebol brasileiro.

sexta-feira, dezembro 09, 2011

Futebol sob suspeita: resultados, propina e crime organizado

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

O futebol brasileiro ainda vive os rumores, suspeitas e estranhamentos (dependendo da fonte) pela derrota inapelável do Atlético-MG diante do Cruzeiro no fim de semana por 6 a 1, e duas notícias mostram que o mundo da bola anda mais perto do crime do que o normal.

Marmelada em resultados não é esporte exclusivamente nacional, pelo menos no que diz respeito a levantar acusações. A goleada do Lyon sobre o Dínamo de Zagreb também deu o que falar. O time francês precisava tirar uma vantagem de sete gols de saldo que o Ajax, segundo colocado no grupo, tinha de vantagem. Na terceira posição no grupo, era preciso um milagre para tirar a margem e se classificar para as oitavas de final da Liga dos Campeões. O jogo foi 7 a 1. Do outro lado, o Real Madrid surrou os holandeses por 3 a 0 (quer dizer, os conterrâneos de Tibério Cláudio César Augusto Germânico bem que poderiam ter ganho "só" de 5 a 1, o que seria praticamente insuspeito). Frank De Boer, técnico do Ajax saiu acusando para explicar por que errou tão feio no excesso de autoconfiança.

 Foto: Marca.com/Reprodução
Há quem jure que, antes da piscadela, Vida 
teria dito: "Ó!" para anunciar a hora de bater a foto

Piadinhas à parte, a suspeita pintou mesmo por causa de um sorriso maroto flagrado em foto divulgado pelo Marca espanhol. Vida, jogador do time croata parece dar uma piscadela para o atleta da equipe rival, Gomis. Manifestação de afeto na hora errada?

A culpa, claro, é do técnico. Krunoslav Jurcic terminou demitido na quinta-feira, 8. Enquanto a Uefa, federação europeia, disse não ter achado indicativos de irregularidades e arquivou o caso, o poder público francês disse que vai conferir. Pode dar em nada, mas pelo menos vão fazer as "verificações clássicas e sistemáticas".

Avalanche (sic)

A semaninha curiosa teve renúncia de João Havelanche na terça-feira, 6, do Comitê Olímpico Internacional (COI). O motivo da saída do cartola de 95 anos são indícios de que a empresa de marketing ISL teria se encarregado de distribuir propina nos anos 1990 ao ex-jogador de polo aquático e ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Ricardo Teixeira, atual mandatário da entidade nacional do ludopédio também estaria entre os beneficiados pelo esquema. Os detalhes não divulgados foram supostamente fruto de um recuo de Joseph Blatter, que comanda a Federação Internacional de Futebol (Fifa).

Acontece que, ao deixar o COI, a investigação interna no comitê se extingue automaticamente, e o material colhido é arquivado. O presidente da entidade, Jacques Rogge, havia até ameaçado Havelange, mas ficou barato. No pano de fundo está a disputa eleitoral na Fifa em 2015.

O caso é mais ou menos o mesmo que o jornalista escocês Andrew Jennings trata. Em outubro ele esteve no Brasil e descortinou o caso – embora tenha reafirmado o teor de seu livro Jogo Sujo. O cidadão diz que a "máfia é amadora" perto da Fifa. Se isso ajudar a vender livro ou a fazer investigações andarem, a retórica tem todo apoio. Mas a coisa rendeu processo contra o acusador.

Crime

Mas o crime organizado em si teve sua vez no noticiário. E nem é preciso comprar juiz nem cartola. Na quinta-feira, circulou a informação de que o Banco Mundial (Bird) encomendou um relatório à consultora Brigitta Maria Jacoba Slot. O estudo já deixou claro que o futebol em países em desenvolvimento são bons mercados para o crime organizado lavar dinheiro. Brasil, Rússia e China são citados. "Concluímos [no estudo] que o futebol é vulnerável à lavagem de dinheiro e a outros crimes, como tráfico de pessoas e corrupção."

As histórias de que o jogo do bicho financiava o futebol são antigas. Mas a contravenção é bem menos estruturada do que as máfias de que a consultora está tratando. Futebol gira muitos recursos, e onde circula muito dinheiro há espaço para negócios ilícitos também prosperarem.

segunda-feira, outubro 24, 2011

O futebol masculino no Pan e a histeria calculada

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Quem viu ontem o jogo entre Brasil e Costa Rica no Pan-Americano escutou as bravatas de sempre quando uma seleção nacional perde no ludopédio. “Tem que honrar a camisa amarela”, exultava o narrador que corroborava a filosofia zagaliana de amor à pátria de chuteiras. Romário criticava a CBF por não ter mandado “força máxima” à competição, no que foi seguido por outro jogador-comentarista, Denílson, que se manifestou no mesmo sentido no Twitter. No microblogue, aliás, jornalistas esportivos chegaram a defender a queda de Ney Franco em função do resultado.

Na história, o país ganhou 4 medalhas de ouro em Pans. Significa
De verdade, alguém aí lembra do desempenho do Brasil, no futebol masculino, no Pan de 2007, que aconteceu aqui? Claro que não, simplesmente porque não é importante. Para outras modalidades, o Pan classifica para Mundial, Olimpíadas, mas no futebol ele não leva a nada. Tem valor em si? Bom, se você considerar que as seleções sul-americanas se classificam para o Pan por meio do Sul-americano sub-17 e as da Concacaf pelo seu regional sub-20, tem-se uma dimensão da relevância.

Não é à toa que seleções do porte de Guatemala, Jamaica e Cuba já chegaram às finais da competição, e outras como Antilhas Holandesas e Trinidad Tobago já pegaram bronze. Sendo assim, por que a histeria de alguns agora?

Ver Romário “exigir” os melhores parece um acinte para os torcedores de times que estão na reta final do Brasileirão. Os europeus sequer aceitariam receber qualquer solicitação da CBF pedindo a liberação de atletas para a competição continental. Mas a razão da “exigência” parece ser outra: a Record investiu pesado não apenas no Pan, mas principalmente no futebol, deslocando profissionais dos mais competentes para a cobertura de uma modalidade secundária no contexto dos Jogos. E, segundo Maurício Stycer, “o sonho maior da Record era poder exibir a partida da seleção brasileira, pelas semifinais, na próxima quarta-feira, dia 26, no mesmo horário em que a Globo estaria apresentando algum jogo da Copa Sul-Americana. A Record julgava que poderia superar a concorrente no Ibope em função do desinteresse que existe em relação a este torneio sul-americano.”



Continua o jornalista: “Durante a transmissão da partida contra a Costa Rica, Romário criticou a CBF por ter enviado ao Pan uma equipe muito jovem e inexperiente. A Record parece acreditar que a decisão de não mandar um time mais qualificado seria uma represália de Ricardo Teixeira contra a emissora, que tem apresentado uma série de reportagens sobre o dirigente.” Será que a emissora acredita de fato nisso? Para ser verdade, anteriormente a postura da CBF em relação ao Pan deveria ter sido diferente do que foi agora, quando a seleção que jogou foi uma espécie de “Sub-20 B”. Mas foi até pior. No Pan do Rio, por exemplo, cujos direitos de transmissão foram da Globo, parceira de Ricardo Teixeira, a seleção que disputou o Pan foi a sub-17. Resultado? O Brasil não passou da primeira fase, como agora. A CBF quis boicotar a Globo também?

O fato é que a Record investiu no futebol dentro de um evento multiesportivo no qual o grande charme reside justamente nas outras modalidades. E que bom que pelo menos duas vezes em cada quatro anos (no Pan, em menor escala, e nas Olimpíadas), o brasileiro pode acompanhar outro esporte que não seja o futebol, ainda que a emissora insista em não transmitir ao vivo diversas competições do Pan, inclusive aquelas em que o Brasil disputa medalhas.

A CBF está errada em muita, muita coisa mesmo. Mas nesse caso, o erro não foi dela.

quarta-feira, março 23, 2011

Magoou e fez beicinho

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


"Ronaldo tem o privilégio de ser carioca. Se eu fosse carioca, talvez tivesse essa despedida. Estou tranquilo, não me preocupo com isso, outros jogadores que foram muito mais do que eu na Seleção não tiveram despedida.(...) Mas o Ronaldo é carioca, a CBF fica no Rio. (...) É que ele parou agora e já marcaram despedida. Cada um é cada um, eu particularmente não preciso e nem espero essa despedida. (...) Um jogo de despedida pela Seleção não significaria nada."

- Rivaldo, sobre o amistoso de despedida de Ronaldo Nazário que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) marcou para 7 de junho, no Pacaembu, entre a seleção brasileira e a da Romênia. Em abril de 2005, Romário, outro carioca, teve sua despedida pela seleção no mesmo estádio, contra a Guatemala.

quarta-feira, fevereiro 23, 2011

Globo e CBF racham o Clube dos 13

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Na primeira negociação em que a Globo não teria mais privilégios nas negociações sobre os direitos de TV, em que nas palavras do presidente do Galo, Alexandre Kalil, levaria quem desse o maior cheque, o que se vê é um aparente racha entre os clubes que formaram o Clube dos 13.


Não tenho nenhuma fonte, nenhuma informação privilegiada, mas parece claro o movimento em que alguns clubes foram seduzidos por ofertas, sabe-se lá quais, para quebrarem a concorrência e não negociarem em conjunto.

A única certeza é que essa divisão só interessa à Globo, que pretende manter as transmissões pagando o menos possível, e à CBF, que tenta retomar as negociações e mandar em todo o futebol, sem ter nenhuma oposição, mesmo que pálida, do Clube dos 13.

Já ficara clara a estratégia na última eleição do C13, em que Ricardo Teixeira tentou eleger um aliado seu e seduziu boa parte dos cartolas com sabe-se lá também com quais promessas. Acabou perdendo.

Mas a divisão atual, não importando quem tenha razão, não é boa para os clubes. Antes da criação do C13 os valores pagos pelos campeonatos eram irrisórios, o que contava era a arrecadação com bilheteria. Depois da criação do clube e a negociação conjunta, esses valores foram subindo paulatinamente até chegarem a ser a principal fonte de receita dos times.

Agora, em que a possibilidade de a Record ganhar a concorrência era grande, parece que CBF e Globo fizeram "propostas" para Corinthians, Flamengo, Fluminense, Vasco e Botafogo que, podem criar grande tentação agora, mas representará, com certeza, a continuidade no futebol de tudo como está e um possível enfraquecimento do poder de negociação deles mesmos no futuro.

Resta saber se os revoltosos vão pagar todas as suas dívidas e o dinheiro que pegaram antecipado do C13 antes de saírem. Se pagarem, de onde terá vindo o dinheiro?

terça-feira, fevereiro 01, 2011

Camisa canarinho com uma faixa verde. Não rolou

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Fosse toda verde, ficaria linda (do meu ponto de vista), mas a camisa da seleção brasileira anunciada pela fabricante de material esportivo que patrocina o escrete tem apenas uma a faixa verde horizontal no meio do peito. A divulgação ocorreu na tarde desta terça-feira, 1º, em Niterói-RJ. Ela revestirá os convocados de Mano Menezes que enfrentarão a França, os carrascos em copas do mundo, na quarta-feira da próxima semana, dia 9. Ah, o treinador não veio ver a peça, ficou em Lima, onde acompanha a seleção sub-20 como espectador.

Foto: Divulgação

Assim como na camisa da Copa de 2010, o tecido é integralmente feito de material reciclado. Leia-se de garrafas pet. Calções e meias têm o mesmo material como base. Se eram necessárias oito garrafas de dois litros para cada camiseta, o jogo completo deve precisar de uma dúzia.

Como (felizmente) não se embalam cervejas nem quaisquer bebidas alcoólicas de qualidade nestas embalagens, a seleção pode dizer que veste a camisa do refrigerante. Deve ser melhor ainda para outros contratos de patrocínio, não para o Futepoca.

Ainda segundo a fabricante, a inspiração da faixa é "a pintura de corpo dos guerreiros", o que faria da tal faixa um "símbolo da proteção e do fechamento do corpo de um atleta", nas palavras do diretor de marketing Tiago Pinto.

O lado bom para quem tampouco achou a faixa legal é que um uniforme novo será produzido a cada ano até 2016, ano dos Jogos Olímpicos sediados no Rio de Janeiro.

Alguém aí gostou?

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Balanço de 40 edições do Brasileirão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Se considerarmos que o bagunçado torneio de 1987 foi um só, com dois campeões, o Brasileirão encerrou ontem sua 40ª edição. Ou melhor, sua 40ª edição a partir de 1971, quando a CBF decidiu criar um campeonato nacional com caráter oficial - mas essa contagem pode mudar em breve, pois os clubes campeões da Taça Brasil (disputada entre 1959 e 1968) e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1967 a 1970) estão reivindicando o reconhecimento de seus títulos. Buenas, isto posto, o ranking dos vencedores do torneio, em quatro dezenas de disputas, é o seguinte:

1º - São Paulo e Flamengo* (6 títulos cada um)
2º - Palmeiras, Vasco e Corinthians (4 títulos cada)
3º - Internacional-RS (3 títulos)
4º - Grêmio, Santos e Fluminense (2 títulos cada)
5º - Atlético-MG, Guarani, Coritiba, Sport*, Bahia, Botafogo-RJ, Atlético-PR e Cruzeiro (1 título cada)
*Considerando que Flamengo e Sport foram campeões em 1987.

A divisão por estados, com a sequência de dois títulos cariocas, ficou assim:

1º - São Paulo (17 títulos)
2º - Rio de Janeiro* (13 títulos)
3º - Rio Grande do Sul (5 títulos)
4º - Paraná e Minas Gerais (2 títulos cada)
5º - Bahia e Pernambuco* (1 título cada)
*Considerando que Flamengo e Sport foram campeões em 1987.

Quanto aos técnicos, Muricy Ramalho já está a um título de alcançar a liderança:

1º - Vanderley Luxemburgo (5 títulos: 1993, 1994, 1998, 2003 e 2004)
2º - Muricy Ramalho (4 títulos: 2006, 2007, 2008 e 2010)
3º - Rubens Minelli (3 títulos: 1975, 1976 e 1977) e Ênio Andrade (1979, 1981 e 1985)
4º - Osvaldo Brandão (2 títulos: 1972 e 1973), Telê Santana (1971 e 1991), Carlinhos* (1987 e 1992) e Antônio Lopes (1997 e 2005)
5º - Mário Travaglini (1 título: 1974), Carlos Alberto Silva (1978), Cláudio Coutinho (1980), Paulo César Carpegiani (1982), Carlos Alberto Torres (1983), Carlos Alberto Parreira (1984), Pepe (1986), Jair Picerni* (1987), Evaristo de Macedo (1988), Nelsinho Rosa (1989), Nelsinho Baptista (1990), Paulo Autuori (1995), Luiz Felipe Scolari (1996), Oswaldo Oliveira (1999), Joel Santana (2000), Geninho (2001), Emerson Leão (2002) e Andrade (2009)
*Considerando que Flamengo e Sport foram campeões em 1987.

Em relação os artilheiros, Jonas fez bonito pelo Grêmio e entrou em 6º no ranking:

1º - Washington (Atlético-PR), 34 gols (2004)
2º - Dimba (Goiás), 31 gols (2003)
3º - Edmundo (Vasco), 29 gols (1997)
4º - Reinaldo (Atlético-MG), 28 gols (1977)
5º - Careca (São Paulo), 25 gols (1986)
6º - Túlio (Botafogo-RJ), 23 gols (1995)
----Jonas (Grêmio), 23 gols (2010)
7º - Serginho (Santos), 22 gols (1983)
----Romário (Vasco), 22 gols (2005)
8º - Ramon (Santa Cruz), 21 gols (1973)
----Zico (Flamengo), 21 gols (1980)
----Viola (Santos), 21 gols (1998)
----Romário (Vasco), 21 gols (2001)
----Keirrison (Coritiba), 21 gols (2008)
----Kleber Pereira (Santos), 21 gols (2008)
----Washington (Fluminense), 21 gols (2008)
9º - Serginho (São Paulo), 20 gols (1982)
----Zico (Flamengo), 20 gols (1982)
----Edmar (Guarani), 20 gols (1985)
----Romário (Vasco), 20 gols (2000)
----Dill (Goiás), 20 gols (2000)
----Magno Alves (Fluminense), 20 gols (2000)
----Josiel (Paraná), 20 gols (2007)
10º - Paulinho (Vasco), 19 gols (1978)
-----Amoroso (Guarani), 19 gols (1994)
-----Túlio (Botafogo-RJ), 19 gols (1994)
-----Luís Fabiano (São Paulo), 19 gols (2002)
-----Rodrigo Fabri (Grêmio), 19 gols (2002)

Observação final: com as confusões em campeonatos como os de 1979, 1987 e 2005, por exemplo, é óbvio que, nestes dados, há controvérsias.

segunda-feira, julho 19, 2010

Lula: 'Não consigo imaginar Copa sem São Paulo'

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Agora o "hómi" entrou na briga de vez: durante assinatura de medida provisória que flexibiliza o limite de endividamento das cidades que irão sediar jogos da Copa do Mundo de 2014, o presidente Lula disse que vai intervir no impasse sobre o estádio que irá abrigar os jogos da Copa em São Paulo. "Eu, sinceramente, não consigo imaginar uma Copa do Mundo no Brasil sem ter São Paulo como um dos cantinhos em que os atletas vão jogar bola", afirmou o mang..., digo, o nosso presidente. "Estou disposto a entrar nessa conversa, acho que o governador já deveria ter chamado todos os envolvidos para conversar, para encontrar uma solução e não ficar brigando pela imprensa, porque o tempo urge", acrescentou, numa alfinetada explícita ao governador (?) paulista Alberto Goldman (PSDB). Mas, de novidade, mesmo, só a informação de que o ministro dos Esportes, Orlando Silva, vai se reunir na próxima quinta-feira, 22, com representantes da CBF, do São Paulo Futebol Clube e das outras partes envolvidas no imbroglio para conversar sobre a escolha do estádio. Será que o Morumbi ainda tem alguma chance?

quinta-feira, abril 15, 2010

Ora, bolas!

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Leio hoje sobre a entrega do polêmico troféu Copa Brasil (foto), ou "taça das bolinhas", para o São Paulo. Já escrevi sobre o que penso aqui e aqui, não vou me estender mais sobre o mérito da questão. Mas a decisão da CBF acabou causando ainda mais confusão. Afinal, o São Paulo conquistou seu quinto título brasileiro há quase dois anos e meio e, na época, a entidade até ameaçou entregar a taça ao clube, mas voltou atrás e calou-se. E a entrega para o time paulista só acontece agora, como possível represália de seu presidente, Ricardo Teixeira, contra o Flamengo, que votou a favor de Fábio Koff na eleição do presidente do Clube dos 13, há três dias. Kléber Leite, o candidato de Teixeira, foi derrotado por 4 votos. Curioso é que o São Paulo também votou contra o candidato da CBF, o que levanta a hipótese de picuinha de foro carioca ou, como preferem outros teóricos da conspiração, mais um episódio da novela "Morumbi na Copa", pois a Fifa insinuou novamente que a participação do estádio não está garantida. Disposta a apoiar a construção de um novo estádio na capital paulista, a CBF estaria dando a "taça das bolinhas" como "prêmio de consolação". Não creio. Acho que foi pancada no Flamengo, mesmo.

Buenas, confusões à parte e apesar de ser sãopaulino, fico chateado com o desfecho desta saga. Sim, porque dou valor à história do futebol brasileiro e objetos como esse troféu deveriam servir como chancela de tradição e continuidade, como acontece com a taça da Copa Libertadores. Acho que o grande erro foi a determinação de que a Copa Brasil fosse entregue ao clube que primeiro conquistasse cinco títulos, ao contrário da Libertadores, cuja posse é transitória e nunca será de ninguém. Porque a Copa Brasil tem sua história, estava lá no Maracanã quando o Atlético-MG derrotou o Botafogo, em 1971, passou pelas mãos dos gloriosos bicampeões do Palmeiras e do Inter-RS, nos anos seguintes, presenciou a batalha do Mineirão, em 1977, premiou o Flamengo de Zico, o Grêmio de Baltazar, o Fluminense de Washington e Assis. O mesmo objeto, em todas essas decisões. Deveria estar em disputa até hoje. E agora leva a pecha jocosa de "taça das bolinhas" e vai empoeirar numa sala qualquer do Morumbi, como pivô de intrigas das quais não tem absolutamente nada a ver.

Triste isso, mas puro reflexo da bagunça que era o futebol brasileiro antes da era dos pontos corridos. Ainda temos inúmeros problemas no torneio nacional, privilégios de certos clubes, manobras de bastidores, arbitragens polêmicas, prioridade do poder econômico, injustiças etc etc. Mas antes era muito pior. A lambança de 1987, centro das discussões sobre a "taça das bolinhas", é um exemplo. O torneio foi organizado pelo Clube dos 13, excluindo times como o Guarani, vice-campeão de 1986. Daí, entregraram o comando para a CBF, que mudou o regulamento no meio do campeonato. Ridículo, absurdo, estapafúrdio. Os times deveriam ter paralisado a competição. Mas se calaram e, no ano seguinte, voltaram alegres e contentes para os braços da CBF. É por isso que eu comemoro a era dos pontos corridos, apesar de tantos problemas. E é sintomático que essa democracia (quem faz mais pontos é campeão e quem faz menos é rebaixado, ponto final) tenha sido estabelecida a partir do primeiro ano de mandato do presidente Lula. Quer saber? Deem a taça para ele!

terça-feira, setembro 01, 2009

Convocação para o sub-20 e os problemas de sempre

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Foto: Santos FC
A CBF anunciou nessa segunda-feira a convocação da seleção brasileira que jogará o Mundial Sub-20 do dia 24 desse mês a 16 de outubro, no Egito.

O grupo tem nomes plenamente desconhecidos do torcedor médio - até aí, essa deveria ser a regra de uma seleção de base. Afinal, tratam-se de garotos que têm menos de 20 anos e que, portanto, nem deveriam entrar em campo nos quadros principais das equipes a que estão vinculados.

Mas não é o que ocorre, e todos sabemos disso. Com a saída cada vez mais precoce de jogadores do futebol brasileiro, recorrer à garotada se tornou uma prática mais do que essencial em todos os times do futebol nacional.

Por conta disso, a lista do técnico Rogério Lourenço tem atletas que são titularíssimos em equipes desse Brasileirão.

O mais célebre é Paulo Henrique, o popular Ganso, camisa 11 do Santos e intocável na formação atual da equipe da Vila. Além dele, há outros como Sandro (Internacional, chamado recentemente para a seleção principal), Giuliano (também do Inter), Rafael Tolói (Goiás) e o corintiano Boquita, que não é titular do time de Mano Menezes, mas frequentemente vem sendo aproveitado.

É legal para esses garotos a oportunidade de jogar um campeonato mundial. Mas a torcida de seus times - incluindo este que vos fala - vai à loucura. Afinal, o Mundial será jogado no Egito enquanto o Brasileirão pega fogo por aqui e esses nomes farão falta, muita falta.

Serão no mínimo seis partidas de ausência.

O Santos, lamentavelmente, já disse que não vai solicitar a permanência de Paulo Henrique. Não sei a posição de Goiás e Internacional, postulantes ao título do Brasileirão.

Vale lembrar que a mesma CBF que tirará jogadores da disputa do Brasileirão, fez coisa igual durante a Libertadores da América e não se atreve a contestar a negativa quando um clube europeu se recusa a ceder um atleta - é só lembrar o que ocorreu em 2004, quando Kaká não pôde disputar o pré-Olímpico com o Brasil.

Sei que falar mal da CBF é chover no molhado, mas tem horas que não dá pra não o fazer.

Veja a lista completa dos convocados, acompanhada de uma boa análise, no Olheiros.

O Mundial
O Mundial Sub-20 tem 24 participantes e regulamento similar ao que a Copa do Mundo teve entre 1986 e 1994 - seis grupos de quatro equipes, com a classificação dos dois melhores de cada chave mais os quatro primeiros colocados. O Brasil está no Grupo E, ao lado de Costa Rica, República Tcheca e Austrália. A principal ausência do mundial é a da Argentina, que é (com sobras) a maior vencedora da história do torneio - são seis títulos. O Brasil busca o penta. O último triunfo canarinho foi em 2003, com um grupo que contava com nomes como Nilmar, Daniel Alves e Dagoberto.

sexta-feira, agosto 07, 2009

Governo pede calendário europeu para segurar atletas no Brasil

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Deu na Agência Brasil. Em 30 dias, uma proposta de calendário para o futebol brasileiro será apresentada. A intenção é aproximá-lo do cronograma europeu para reduzir o risco de os melhores jogadores deixarem o país no meio do campeonato, quando está aberta a janela de transferências – períodos em que os clubes do Velho Continente podem registrar novos jogadores.

Roosewelt Pinheiro/ABr
Em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o da Confederação Brasileira d Futebol (CBF) Ricardo Teixeira e o ministro dos Esportes Orlando Silva (foto), também se definiu que virão propostas para aperfeiçoar a gestão dos clubes e reduzir o endividamento.

Qualquer mudança exigiria um período de transição e não seria para 2010. Segundo o Terra, Lula teria voltado a "reclamar da venda de jogadores do Corinthians para o exterior". Incorrigível que é, continua a misturar política com futebol.

A comparação foi com uma lei de responsabilidade fiscal para os clubes. A legislação citada limita gastos com folha de pagamento e estabelece punição para administradores públicos que gastarem mais do que arrecadarem. É difícil imaginar isso aplicado a clubes com força de lei, já que os estatutos deveriam prever a boa gestão.

"Há dívidas trabalhistas, fiscais e bancárias enormes. É preciso reestruturar essas questões de modo a dar eficiência ao futebol”, resumiu Orlando Silva.

Os salários milionários de jogadores foram apontados como um dos vilões, mas como reduzi-los significaria facilitar a debandada de craques – mesmo os de segunda linha –, a solução seria por outro lado, na visão do ministro.

Lula ainda teria pedido para a CBF liberar a Copa América de 2015 para o Chile, a pedidos da presidente Michelle Bachelet.

Já pensou?
No site da CBF, nenhuma informação sobre o encontro está disponível. Segundo O Globo, Orlando Silva vai tentar aproximar Teixeira do Clube dos 13 para criar o projeto de desenvolvimento do futebol.

Outra interessada emitiu nota. "A TV Globo é contra a mudança no calendário do futebol brasileiro por considerar que não traz qualquer benefício aos clubes ou aos campeonatos disputados no país, além de descaracterizar a temporada brasileira, que termina nas férias de verão, como na Europa."

Ouvi "nada muda"?

quarta-feira, abril 01, 2009

CBF reassume Série B. Vasco e Corinthians são pivôs da crise

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Futebol Brasil Associados (FBA) não vai mais organizar a segunda divisão do futebol brasileiro. O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a decisão aos presidentes de clubes da Série B em reunião na terça-feira, 31 de março. A entidade presidida pelo ex-presidente do Santa Cruz José Neves Filho fazia a gestão comercial da competição desde o final de 2002 e tinha contrato até 2010. A decisão não teria sido comunicada oficialmente pela CBF.

Segundo o UOL Esporte, o "mentor" da mudança seria o Corinthians. Pelo menos foi o que os presidentes de clubes da segundona disseram. Uma pendência na cota de patrocínio teria criado inimizade entre o cartola e o alvinegro, amplificado por disputas com outros paulistas.

O bom relacionamento de Neves com Roberto Dinamite teria gerado favorecimento excessivo ao clube do Rio de Janeiro, na visão dos outros times. Como envolvia dinheiro a negociar com a Globo, nova detentora dos direitos de transmissão, e com patrocinadores, as pressões devem ter sido grandes.

O agravante, segundo o blogue de Erich Beting foi a relação entre a FBA e a empresa que negociava os patrocínios diretamente, a Sport Promotion. O contrato entre as partes havia se encerrado em dezembro passado, mas diz-se que a mesma corporação será encarregada pela CBF de negociar as cotas de patrocínio. Vale lembrar que a Spor Promotion já negocia os direitos de marca da confederação desde 2007.

Segundo Neves, no ano em que o Vasco disputará a competição, já havia patrocinadores com contrato assinado. Ele considerou a medida de "ditatorial" e disse que vai brigar para retomar o controle da competição.

Em 2007, Neves entrou numa disputa judicial com o Blogue do Santinha.