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quinta-feira, junho 19, 2008

Carrasco brasileiro pode ir para o Manchester United

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Mesmo eleito o melhor jogador da América do Sul em 2007, o paraguaio Salvador Cabañas, por conta de seu físico, digamos, peculiar, era motivo de troça até bem pouco tempo no Brasil. Mas depois de ser decisivo na eliminação de Flamengo e Santos na Libertadores e na derrota do Brasil para a seleção do Paraguai nas eliminatórias, os brasileiros que só olham pro umbigo e para a Europa começaram a vê-lo de forma diferente.

E parece que a Europa também começa a enxergar Cabañas. O jornal mexicano Milenio divulgou o interesse do campeão europeu, Manchester United, no futebol do paraguaio de 27 anos. Segundo o periódico, a proposta deve ser formalizada nos próximos dias para o América do México. O contrato do atleta vai até junho de 2009 e o time mexicano, caso não aceite negociá-lo, pode ficar sem qualquer dinheiro com sua saída.

A proposta do clube inglês para Cabañas envolveria um salário anual de dois milhões de euros por ano para o paraguaio. Se algum clube brasileiro quiser concorrer, já sabe quanto vai ter que desembolsar...

sexta-feira, maio 23, 2008

Motivo de todo o meu riso, de minhas lágrimas e emoção

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A única vez que vi o Santos perder nas mais de 50 vezes que fui à Vila Belmiro foi em uma partida contra o Corinthians, em 1986. Um dois a zero que só não me deixou tão chateado por conta de um lance. Uma bola longa chega até Lima, autor dos tentos paulistanos, que vai em direção a ela, mas o goleiro Rodolfo Rodriguez chega antes. Dribla o adversário com classe, e incentiva o time a ir pra frente. Ainda menino, a cena nunca mais me saiu da cabeça.

O fato de lembrar do uruguaio nesse lance até hoje é porque ele sintetizava tudo o que eu acreditava que devia existir em um jogador do meu Santos. Era um excelente atleta, mas tinha um algo a mais que faz o torcedor se identificar com ele. Tinha alma. Alma que junta a garra, a raça, o amor e o respeito a quem torce e vibra por um símbolo sem nem saber direito o porquê. Mas ainda assim, irracionalmente, sofre, se alegra e se emociona.

E alma, esse time do Santos tem. A partida de ontem mostrou uma equipe aguerrida, que foi pra cima do adversário o tempo todo, jogando limpo, pra frente, sufocando um rival "covarde inteligente", como definiu Leão. Imagino o que os jogadores do Peixe devem ter sentido após uma partida em que o América não levou perigo ao seu gol sequer uma mísera vez.

O Santos, na Libertadores de 2007, tinha uma equipe muito superior à atual, além de Zé Roberto, o melhor jogador do Brasil naquela ocasião. Mas foi covarde contra o Grêmio na primeira partida e só teve a alma, a gana de vencer, no jogo da volta, quando já era tarde. Muitas vezes, assistindo àquele time jogar de forma fria, pensava: "não é possível, eles não sabem quanta gente sofre por causa deles?".

Ontem, tive certeza que aqueles homens com a camisa branca em campo sabiam o quanto era importante jogar por eles mesmos e também pelos torcedores que, como eu, sentiam a mesma ansiedade que viviam em campo. Mas quando Kléber Pereira sofreu o pênalti não assinalado pelo árbitro, veio a mesma sensação de quando estava no Pacaembu, em 2005, e Marcio Resende de Freitas anulou o gol de Camanducaia na final do Brasileiro. Àquela altura, começava a me conformar com o destino daquela partida.

Mesmo assim, desci pra Santos e fui à Praça Independência saudar os legítimos campeões de 95, já que alguns jogadores foram até lá agradecer os torcedores. E, ontem, após a vitória/derrota, tive vontade de cumprimentar cada um daqueles que entrou em campo. Alguns que vieram desacreditados; outros que superaram lesões sérias; sem contar os estrangeiros que penam pra se adaptar e o técnico sabotado por membros de uma diretoria inepta e por parte da torcida.

Parabéns a eles, que honraram o verso do hino do Santos que é o título desse post. Mas vencer um duelo de mata-mata com pelo menos dois erros capitais contra si é algo que nem a superação consegue.

sexta-feira, maio 16, 2008

Ainda dá, Santos...

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Vendo a partida de ontem entre América (MEX) e Santos, lembrei de um outro jogo que assisti na Vila Belmiro em 2003. Já (mal) acostumado com Diego, Robinho e companhia, minhas atenções naquela peleja contra o Fluminense se voltavam para um atacante baixinho do Tricolor. Romário já não estava no auge da sua forma, mas ainda assim era muito interessante vê-lo jogar.

Marcado pelo ótimo zagueiro Alex, quando o Fluminense atacava e o santista olhava pra bola, Romário se deslocava pro lado, sempre tentando se colocar próximo à segunda trave. Volta e meia estava sozinho para receber a pelota.

O que me trouxe essa lembrança ontem foi o atacante Cabañas, do América. Não que ele seja um Romário, longe disso, mas o estilo desse anti-atleta, gordinho e atarracado, lembra um pouco o Baixinho. Precisou de pouco para decidir o jogo. Duas maravilhosas matadas no peito e dois chutes certeiros. Não é à toa que diário El Grafico publicou, na matéria intitulada Santificado seja o seu nome: "Cabañas segue sua sina de ‘Salvador’. Resgatou o orgulho dos torcedores do América e seu nome já é santificado pelos fanáticos".

O América é um time organizado, mas o diferencial é o paraguaio. E o Santos, na Vila Belmiro, pode vencer por dois gols de diferença, como fez com a LDU em 2004. O difícil vai ser não tomar nenhum, enfrentando um furtivo jogador que se desmarca num piscar de olhos. A tarefa poderia ser mais fácil se o bandeira não tivesse anulado um gol legítimo de Kléber Pereira no final do jogo. Curiosamente (ou não), o mesmo auxiliar já havia validado um lance ilegal dos mexicanos em que Fábio Costa foi obrigado a fazer um milagre na primeira etapa.

Por coincidência, nos jogos de volta das quartas-de-final da Libertadores 2008, Santos e São Paulo estão na mesma situação de seus confrontos contra o Grêmio em 2007. Ali, o Tricolor venceu por 1 a 0 a primeira partida e perdeu por 2 a 0 na volta. Já o Alvinegro foi derrotado por 2 a 0 no Olímpico e venceu por 3 a 1 na Vila Belmiro. Maus presságios?

quinta-feira, maio 08, 2008

O que houve, Flamengo?

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Os rivais do Flamengo foram rápidos na troça...

A expressão do título acima não exprime todo o espanto com o desastre construído ontem no Maracanã. Acompanhava o jogo do São Paulo e, de forma involuntária e muito a contra-gosto, as inserções globais do desfile alegórico dos pais da menina indo pra prisão (aliás, um gol do América e outro do Tricolor saíram durante os primeiros cinco minutos do casal entrando no abre-alas).

Era algo inacreditável. Enquanto no Morumbi desenrolava-se um roteiro já visto pelos torcedores há uns três anos, com o São Paulo não jogando bonito mas vencendo seu adversário de forma eficiente e até mesmo categórica, no Rio de Janeiro ocorria um filme-catástrofe. Nem mesmo o mais otimista rival carioca do Mengão imaginaria o Rubro-negro tomando três gols e, pior, não fazendo nenhum no lanterna do campeonato mexicano.

Na partida de ida, no México, os dois times protagonizaram os melhores 30 minutos que vi na Libertadores, no segundo tempo. A vitória do Flamengo poderia até mesmo ser mais elástica, se não fosse a "tosquidão" do xodó Obina, desperdiçando chances de contra-ataque e gols. Ontem, aquelas oportunidades perdidas fizeram falta.

Ainda assim, a vantagem era ótima, a melhor de um brasileiro no torneio continental. O que aconteceu? Vendo os melhores momentos, vê-se que o Flamengo pressionou, chegou a criar, mas não da forma que poderia/deveria. No desespero por ver a iminência do desastre, foi pra cima e deixou espaços para o América, mesmo com a vantagem. Poderia ter cozinhado o galo, mas precisava justificar o apoio de 51 mil torcedores no estádio. Não conseguiu.

Mas dá pra explicar o que aconteceu ontem? Questionado a respeito na coletiva, o treinador sãopaulino Muricy Ramalho foi sintético e preciso. "O Flamengo estava comemorando o título estadual até hoje. Por isso que eu sou estressado. A bola pune." E a redonda foi impiedosa com o Flamengo, que não treinou na segunda e na terça.

Os palmeirenses mais críticos dirão que a culpa é do Caio Júnior, e que ele nem precisou sentar no banco pra fazer valer seu pé-frio... De fato, deve ser algo sobrenatural pra justificar a derrota mais surpreendente do ano.