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quarta-feira, julho 03, 2013

Neymar pode jogar pela seleção da Bolívia

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Foto: Wara Vargas
Não, o título não faz referência a uma mudança nas regras da Fifa, mas a uma possibilidade concreta, realizável daqui a uns 20 anos. A notícia apareceu no Blog da Redação do Uol, e originalmente é do periódico boliviano La Razón: dois de cada dez recém-nascidos em La Paz, capital da Bolívia, se chama Neymar. Ou seja, a chance de um deles vingar e a seleção do país de Evo Morales ter o seu próprio camisa dez existe.

O diretor da maternidade do Hospital da Mulher, Gustavo Marconi, põe a culpa da moda Neymar na globalização e na mídia. “Vemos que as pessoas assistem muita TV, estão cientes do que está acontecendo no mundo, e dão a seus filhos nomes vinculados a isso. A partir daí vieram muitos Neymar, Neymar Mamani foi o último.” Ele também diz que Lionel (referência a Messi) e Cristiano (Ronaldo) também são frequentes, mas menos que Neymar.

Cena de Escalera al cielo, que inspira nomes na Bolívia
"Acreditamos que daqui a 17 anos, a maioria dos formandos [do ensino médio] serão chamados Neymar porque a tendência é forte para os homens. É o nome que está na moda ", disse o diretor do Serviço de Registro de La Paz (Sereci La Paz), Remigio Condon.

Mas, e se nasce uma menina? Aí o caso é mais sério. Muitos pais estão adotando Yung Su, Jandy, entre outros, personagens de atrizes de telenovelas coreanas que fazem sucesso na Bolívia. Yung Su é a protagonista de Escalera al cielo e Jandy, de Flowers 4. O pessoal do registro deve estar com saudades das novelas mexicanas.

Pra terminar, falando em Neymar, o que foi esse drible dado em Lugano em um amistoso disputado no Peru? E o zagueiro foi leal, só tentou fazer falta uma vez...


quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Fabricar mil tijolos é pena a motorista bêbado na Bolívia

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O candidato ao governo do departamento (estado) de La Paz, Félix Patzi, foi condenado a fabricar mil tijolos de adobe por dirigir embriagado. A sentença não foi do Judiciário Boliviano, mas da comunidade indígena aimará a que pertence o ex-ministro da Educação e aliado de Evo Morales. No domingo, Patzi pediu desculpas ao presidente na TV pela presepada.

Foto: Wikipedia

As fotos estão aqui. Adobe, pelo menos no Brasil, é um tipo de bloco feito com barro e palha seca, que seca ao sol ou em fornos, uma tecnologia tradicional que dura menos do que as peças de alvenaria.

"Irmão presidente, sei que falhei. Você é muito sábio, disciplinado, exemplar. Por isso, pediu que eu renunciasse e tem todo o direito, mas me perdoe", declarou Patzi, desta vez, sem soluçar.

O candidato fugiu de uma blitz da polícia. Na Bolívia, atualmente, o manguaça flagrado no volante tem a licença cassada. O recrudescimento da legislação é recente e polêmico, como foi no Brasil. Ele chegou a renunciar, seu nome foi vetado pelo Movimento ao Socialismo (MAS) e ficou ameaçado na eleição. Indígenas responderam reiterando o apoio.

Não faltaram críticas de sua parte à "lei seca" boliviana (ou seria também bolivariana?). Houve ainda queixas de Patzi em relação ao "entorno brancoide" que, preconceituoso, queria o indígena fora da disputa.

Mas, segundo fontes nada oficiais e inexistentes psicografadas pelo Futepoca, tudo teria sido resolvido na base da diplomacia Barack Obama: numa mesa com cerveja.

A possibilidade de uma comunidade indígena definir sentenças por infrações é assegurada pela Constituição boliviana, aprovada na gestão de Morales. Para críticos ouvidos pela Folha de S.Paulo, trata-se de manipulação da justiça tradicional desses grupos por finalidades políticas.

A sentença de mil blocos de barro começou a ser realizada na quarta-feira, 10, com 300 peças. Faltam só 700.

Como motoristas profissionais de La Paz começaram uma greve (!) de 48 horas contra as novas restrições ao álcool no volante, as coisas podem mudar, a favor dele. As incursões do ex-ministro sociólogo no ramo da olaria podem durar menos do que como governador do departamento que abriga a capital.

terça-feira, janeiro 12, 2010

Coca Colla

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O presidente da Bolívia, Evo Morales, está apoiando a criação de um refrigerante energizante à base de folha de coca, a Coca Colla, uma iniciativa de produtores do Chapare, região central da Bolívia. O nome não é apenas referência ao famoso refrigerante estadunidense, mas também faz um trocadilho com a palavra "Colla", que se usa para designar os índios do altiplano. 

Há alguns anos fui fazer uma reportagem sobre a coca na região do Chapare, na Amazônia Boliviana, e me deparei com uma população indígena extremamente pobre, que sobrevive graças e unicamente a plantação de coca. É bom lembrar que a folha de coca se masca há mais de 3 mil anos numa região que vai desde o norte da Argentina até o mar do Caribe na Colômbia. 


Na época, existia um plano de substituição de cultivo impulsionado pelo governo americano, que não funcionou. Os indígenas que plantaram palmito, abacaxi ou banana, não tinham onde vender nem como transportar o produto para os grandes centros. Segundo o Ombudsman da região, um médico de Cochabanba, o interesse americano ia além da intenção de reduzir o plantio da coca, que nunca aconteceu. Laboratórios americanos aproveitaram a planta na indústria cosmética e farmacêutica e mantinham desta maneira o controle na região amazônica dos países andinos, rica em biodiversidade e recursos naturais. 


Portanto, acho que Evo esta certo, primeiro em valorizar um costume ancestral defendendo um rasgo cultural importantíssimo de nossos povos originários e, segundo, por tomar conta de uma área estratégica que está nas mãos do exército americano desde que se implantou o plano "Coca Cero" na região andina.

sábado, fevereiro 07, 2009

Kantuta: união entre o povão da Bolívia e do Brasil

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Recentemente, estive por duas vezes na Praça Kantuta (à direita), reduto da comunidade boliviana que vive em São Paulo - em breve, a revista Fórum publicará a reportagem que fiz. A feira dominical mantida naquele espaço há 6 anos e meio é frequentada, maciçamente, por imigrantes bolivianos das classes mais populares (muitas vezes em situação irregular), que foram atraídos pelos empregos e subempregos da indústria de costura e confecção. O cônsul da Bolívia em São Paulo, Jaime Valdivia, me disse textualmente que a Kantuta é freqüentada pelo "povão". Talvez por isso eu tenha me identificado logo de cara.

Alguns indícios, na feira, me fizeram traçar um paralelo interessante entre os gostos e opções do povão de lá e o do Brasil: futebol, política e cerveja. De origem indígena e humilde, o presidente Evo Morales é celebrado em todos os cantos, em fotos, calendários e cartazes de apoio - assim como Lula no Brasil, que também tem origem pobre e goza de muita popularidade entre as classes econômicas mais baixas. E, tal como no Brasil, o futebol é onipresente entre os bolivianos. Na Kantuta, além dos campeonatos (masculino e feminino) que se desenrolam todos os domingos na quadra central da praça (foto acima), é nítida a ligação de todas as pessoas com o esporte mais popular do mundo.

Mesmo nos cartazes de Evo Morales, o chefe da Nação aparece muitas vezes envergando a camisa do Litoral, time da segunda divisão pelo qual jogou em 2008, ou mesmo abraçado ao ídolo Maradona (reprodução ao lado). Entre as camisas de times bolivianos vendidas nas barracas, mais que os uniformes dos tradicionais Bolívar, The Strongest ou Jorge Wilstermann, a camisa exposta com maior destaque é a do San Jose (acima, à direita), time de coração do presidente vizinho. Da mesma forma, o que não falta entre os fequentadores é a camisa do Corinthians, time de Lula e de torcida predominante na Zona Leste de São Paulo, onde se concentra a maior parte dos 100 mil bolivianos que habitam a cidade.

Quanto à bebida, apesar de muitos bolivianos gostarem de singani, algo semelhante à cachaça, nossa mania nacional, a pedida na feira geralmente é cerveja - o combustível do povão. E penso, particularmente, que eles fazem a melhor Pilsen que já provei na vida: Paceña (foto à esquerda). Conheci essa cerveja em 1989, quando Lula disputou pela primeira vez a Presidência. Um de meus cunhados, que trabalhava em São Paulo, costumava levar para o interior cervejas importadas que só eram encontradas na capital, para que meu pai e eu experimentássemos. Foi nessa época que conhecemos a holandesa Heineken, a estadunidense Budweiser e a mexicana Tecate, entre muitas outras. Mas a boliviana Paceña, de forma unânime, tornou-se nosso "padrão" de cerveja boa.

Encorpada, com cheiro e gosto de chope (só que mais acentuado), boa espuma e paladar que permanece. Sempre que bebo Paceña fico mal acostumado, torcendo a língua para as Brahma e Skol da vida. Pois é isso: todo domingo, das 11h às 19h, na Praça Kantuta, bairro do Pari (rua Pedro Vicente, a 700 metros da estação de metrô Armênia), o povão brasileiro pode se confraternizar com o povão da Bolívia, no melhor clima de descontração e amizade. Orgulhosos de nossos presidentes (detalhe de calendário acima) e prontos para celebrar o futebol com uma cerveja estupidamente gelada. E com democracia, lógico! Afinal, nem todo mundo torce para o San Jose ou para o Corinthians. A Kantuta recebe todos com o mesmo aconchego e respeito. Até lá!

Ps.1: Amanhã, 8 de fevereiro, haverá na praça a tradicional festa de carnaval "Diablada".

Ps.2: Não percam a reportagem sobre a Kantuta na próxima edição da revista Fórum , que destacará ainda o Fórum Social Mundial de Belém (PA).

quarta-feira, março 26, 2008

Evo Morales vai jogar pela Segundona boliviana

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A notícia é real. O presidente de Bolívia, Evo Morales, está inscrito como jogador da segunda divisão do seu país e faz parte do elenco do Litoral. O "atleta", que tem 48 anos, decidiu jogar profissionalmente como uma forma de fazer campanha a favor da prática do futebol na altitude e contra o veto da Fifa aos estádios como os de La Paz para partidas internacionais.

A equipe do Litoral pertence à polícia nacional e o capitão Juan Carlos Apaza, também diretor do clube, confirma que o presidente-jogador deve estrear contra o Deportivo Zuraca no próximo sábado. Na segunda divisão do futebol boliviano podem atuar apenas atletas com até 26 anos de idade, abrindo-se exceção para dois jogadores por equipe.

O técnico do Litoral Elmer Pardo disse ao diário La Prensa que "é uma honra" queMorales tenha concordado em jogar pela equipe e tem a esperança de que o presidente em "algum momento se apresente" aos treinos "a fim de avaliar especialmente a parte física". "Creio que está em boa forma porque joga sempre", disse Pardo ao elogiar o rendimento físico do político.

Pra quem nunca viu o boliviano jogando, é só conferir o vídeo acima do amistoso entre um combinado de seu país contra um time comandado por Maradona. O prélio foi disputado no último dia 17, a 3.577 metros de altitude, e o astro argentino declarou à imprensa local: "Com 47 anos demonstrei que se pode jogar aqui. Nem a FIFA, muito menos Blatter podem proibir que alguém jogue onde nasceu."