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Enquanto este post está sendo escrito, Santos e São Paulo finalizam os detalhes da troca envolvendo Rodrigo Souto e Arouca. A pergunta é: quem ganha e quem perde com o negócio?
Analisando quase friamente - na medida do possível para um torcedor - a permuta pode ser interessante para os quatro lados, a saber, os dois clubes e os dois atletas. Rodrigo Souto não tem um desempenho regular desde a malfadada negociação com a Rússia, situação que só se agravou com o tal caso do doping. De jogador promissor e fundamental para a equipe, passou a oscilar boas e más atuações, falhando muito na marcação e parecendo aéreo em certos momentos durante o jogo.
Já Arouca não conseguiu se firmar em uma equipe coalhada de volantes e jogadores de marcação. Ora era titular, ora reserva. Teve até mais visibilidade que seu companheiro de Fluminense Júnior César, mas brilhou menos que o seu também colega de time e de ex-time Washington.
Para os dois atletas, a permuta é uma boa, e para os clubes? O Santos tem como segundo volante Rodrigo Mancha, jogador combativo mas com passe deficiente e excessivamente faltoso. Arouca é muito superior. Já o São Paulo pode voltar à formação onde Hernanes joga mais adiantado, com Souto fazendo as vezes de primeiro ou segundo homem da marcação - caso Ricardo Gomes insista com Jean na lateral-direita - ou mesmo como terceiro homem do meio. Acertando os termos - e tempos - de contrato, pode ser vantajoso para os dois técnicos.
O quase ex-volante santista estava no rol dos atletas que a diretoria discutia a redução salarial para se enquadrar no novo teto peixeiro. Comenta-se inclusive que a remuneração de Souto atravancou a negociação do Santos com Fábio Costa, já que o goleiro soube dos valores que recebia o volante e quis aguardar para não ficar atrás ds companheiro de time.