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sexta-feira, setembro 21, 2012

Palmeiras: três motivos para alento e para desespero

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O palmeirense precisa de alento. Mas tem motivos de sobra para o desespero. O Futepoca prefere, então, de forma democrática, oferecer tanto alguns fios de esperança aos alviverdes que compartilham a lanterna dos afogados na tabela quantos motivos para novas troças dos torcedores rivais.

Verde esperança em três tons

Exemplo do Fluminense de 2009
Foi há três anos. O Palmeiras era líder do campeonato, e o Fluminense vivia o drama das últimas posições. Em uma recuperação histórica e contrariando todos os prognósticos de bom senso, o Tricolor carioca escapou da degola em uma campanha de recuperação com 28 pontos somados em 13 jogos. O final feliz para os cariocas só aconteceu na última rodada, para desespero do então centenário Coritiba, que terminou rebaixado.

Quem diria que a previsão de fim do mundo em 2012 do 
calendário Maia aplicar-se-ia exclusivamente a palmeirenses. Na foto, a pirâmide Kukulkan

Basta ao time paulista, agora em 2012, somar 25 dos 39 pontos (64%) em disputa para o ano da conquista da Libertadores pelo Corinthians não se converter no pior ano da história da humanidade para os palestrinos. É desempenho de time campeão, que pode até não ser provável, mas não é impossível.

Catarinenses
Ainda em 2009, faltando as mesmas 13 rodadas para o final, o Fluminense tinha 18 pontos, dois a menos do que possui hoje o Alviverde outrora imponente. A "arrancada da virada" se iniciou contra uma equipe catarinense, a saber: o Avaí, por 3 a 2.

A próxima partida do Palmeiras acontece contra outro time barriga verde, desta vez o Figueirense. Vai que...

Primavera
O Flu chamou Cuca no início de setembro para comandar a recuperação. Igualmente, antes do início da primavera, dá-se a troca de comando no Palmeiras neste ano, com Gilson Kleina assumindo a direção (?) do time do banco de reservas. E a estação das flores pode ver o renascimento do futebol no Verdão neste ano.

Foto: mauroguanandi no Flickr 
Uma das poucas chances de ver Palmeiras bem na foto no ano

Tripé do desespero

Segundona na veia
Em 2005, o Santo André derrubou o próprio Palmeiras e o Flamengo na semi e na final da Copa do Brasil. Da Série B do Nacional, foi percorrer as Américas para participar da Libertadores. Fez papel coadjuvante, mas debutou na fórmula. Uma queda depois de garantida a vaga no torneio continental nem representaria, assim, feito inédito. Só seria uma reprise indigesta.

Maldição da semifinal da Copa do Brasil
Mais grave: desde 2004, entre os quatro semifinalistas da Copa do Brasil ou havia um representante da Segundona ou um dos quatro acabou caindo. Em 2012, só times da suposta elite, ou seja, a maldição do rebaixamento assombraria ao menos um dos quatro. A escrita não poderia ser riscada assim, sem mais nem menos. Qual uma maldição, recairá sobre o vencedor da competição o fardo de reequilibrar esse retrospecto?

Semifinalistas rebaixados
Ceará e Avaí – 2011
Vitória – 2010
Coritiba – 2009
Semifinalistas que não estavam na Série A
Corinthians - 2008
Brasiliense – 2007
Ipatinga – 2006
Paulista e Ceará – 2005
Santo André, XV de Novembro, Vitória (rebaixado) – 2004
Brasiliense – 2002

Retrospecto de Série B
Na Copa do Brasil, foram disputados 11 jogos. Se fosse no Brasileirão, valeriam 33 pontos. Desses, apenas quatro foram contra adversários da Série A. Para conquistar o título, foi preciso bem menos esforço de elite do que para se manter na primeira divisão do Brasileirão. Acreditar que um time manco poderia se dar bem em uma competição de pontos corridos é motivo de alegria para os adversários.

Por um triz

Pontuação de quem escapou da degola na era dos pontos corridos

Ano Pontos Time Aproveitamento
2011 43 Cruzeiro 37,7%
2010 42 Atlético-GO 36,8%
2009 46 Fluminense 40,4%
2008 44 Náutico 38,6%
2007 45 Goiás 39,7%
2006 44 Palmeiras 38,6%
2005 51 Ponte Preta 40,4%
2004 51 Botafogo 37,0%
2003 49 Paysandu 35,5%

* Até 2004, eram 24 clubes, o que correspondia a quatro jogos a mais. Em 2005, foram 22 participantes. Em 2003, foram dois rebaixados apenas.

segunda-feira, dezembro 07, 2009

Confusão no Couto Pereira e a publicidade mais mal colocada da história

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Agora cedo, fui assistir ao vídeo da confusão no Couto Pereira. Torcedores do Coritiba, revoltados com a queda para a segunda divisão após o empate com o Fluminense, invadiram o gramado, entraram em confronto com os policiais militares – que, dentro do gramado, ficaram completamente na defensiva – e destruíram bancos de reservas, placas de publicidade e o que viram pela frente. Além da queda para a série B, o clube tem agora de lidar com os prejuízos. Para piorar, um torcedor do time foi baleado e outras nove pessoas ficaram feridas, das quais três ainda estão internadas.

Foto: Reprodução

Mas teve uma coisa que conseguiu chamar mais minha atenção do que as imagens, foi a publicidade inserida nos vídeos do campeonato no GloboEsporte na internet. Para um anúncio do SportTV, surge uma mensagem no canto esquerdo:

Publicidade
O Brasileirão 2009 pegou fogo
O anúncio faz uma brincadeira com os destaques da competição, tratando-os como incendiários, por usarem "artilharia pesada" e outros trocadilhos com metáforas-chavão comumente usadas em transmissões esportivas.

Só que o anúncio sobre os policiais e torcedores em conflito, ficou uma coisa bem ruim, de mau gosto mesmo.

Provavelmente é algum sistema automatizado que inseriu esse anúncio em tudo quanto era vídeo. Mas que neste ficou bem ruim, isso ficou.

Foto: Reprodução

domingo, dezembro 06, 2009

O Flamengo campeão e as mudanças (ou não) do futebol brasileiro

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Foi emocionante, ora o Flamengo era campeão, ora o Internacional. Mas a vitória – mais do que esperada – do rubro-negro (sem o Grêmio entregar, apesar do time reserva que jogou com mais vontade do que jogaria o titular), traz algumas novidades para um futebol brasileiro que vinha se acostumando a uma certa mesmice nesse era de pontos corridos. Não só quebra a hegemonia DO São Paulo no campeonato, como também a DE São Paulo. Isso porque desde 2004 o título sempre ficava nas mãos de um paulista, o que não aconteceu agora.

Além disso, desta feita ocorreu algo inédito desde 1992. É a primeira vez que um time paulista não fica entre os dois primeiros. A última oportunidade em que isso tinha ocorrido foi justamente na final entre Flamengo e Botafogo, há 17 anos.

Isso significa o fim da tal hegemonia paulista? Não, até porque no Brasileirão de 2010 teremos um time sem tradição como o Barueri, e outro paulista, por enquanto o Guarani (pode ser que seja a Portuguesa conforme a Justiça Desportiva), na dita elite do futebol. Uma sobre-representação que faz mal ao futebol, mas também deixa evidente o tamanho das desigualdades regionais que parecem mais pétreas no mundo da bola do que no resto da sociedade. Isso por conta, em grande parte, da distribuição grotesca de direitos televisivos que pune os pequenos, médios e até mesmo alguns grandes.

Já que o modelo de pontos corridos foi feito para se adequar ao estilo europeu, justo seria que a distribuição de recursos vindos dos direitos de televisão também o seguisse, certo? Errado, por conta do monopólio de uma rede de TV e de alguns clubes que não querem abrir mão de seus privilégios.

Assim, em um campeonato de pontos corridos, os pequenos vão sendo mais afetados, sujeitos a malas brancas e de outras cores e não tendo chances de competir nem sequer perto de qualquer igualdade com os grandes. Claro que no futebol sempre haverá quem tenha mais valor de marca e quem tenha menos, e isso se reflete no valor dos patrocínios individuais e mesmo na negociação de jogadores para fora, mas já que os pontos corridos são um modelo europeu, olhem para a Europa no quesito direitos de transmissão e vejam como é lá. Ou vamos continuar com nossa fórmula jabuticaba e conviver com a força da grana sendo preponderante. E torcer para que a incompetência de quem tem mais recursos equilibre o campeonato, como ocorreu em 2009.

*****

Outro ponto interessante desse Brasileirão foi uma revisão no que diz respeito à importância dos treinadores para levar uma equipe à glória. Andrade, além do que já falou o Olavo aqui, é humilde, um interino que deu certo, que soube motivar o grupo. Aliás, semelhante em trajetória ao Carlinhos, treinador campeão brasileiro de 1992, como bem lembrou o Moriti outro dia.

Muricy Ramalho, comandante badalado – de forma justa, diga-se – sentiu como é ter um elenco com poucas opções de suplentes, como é o Palmeiras. Conseguiu abrir cinco pontos de vantagem mas, quando se viu às voltas com as contusões de Cleiton Xavier, Pierre, Maurício, e as convocações de Diego Souza, sentiu como é lidar com um elenco mal montado (pelo seu antecessor). A não-classificação para a Libertadores coroou o processo.

Já Ricardo Gomes, com aquele que talvez seja o melhor elenco em número de opções do campeonato, até pareceu que ia vingar, mas não segurou a instabilidade emocional de um grupo que corria, brigava... Mas brigava demais. Acabou na mão e não soube lidar com a pressão na hora H. Pode ser que melhore no ano que vem, mas os planos B da diretoria tricolor já devem estar sendo traçados.

E o “gênio” Luxemburgo? Esse demorou meses para achar a formação ideal do Santos, que se assemelhava muito à de Mancini no primeiro semestre. Pastou, ficou chorando pelos cantos, ressentido com a demissão do Palmeiras, e acabou no olho da rua mais uma vez com a mais que bendita eleição da nova diretoria do Santos. Sombra do bom técnico que já foi, simulacro do gênio que nunca será.

sexta-feira, dezembro 04, 2009

São Paulo corre riscos: Gilmar Mendes vai domingo ao Morumbi

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O risco não é o de ter o Cícero Pompeu de Toledo invadido por agricultores sem-terra. Porque se isso acontecer, a sentença de reintegração de posse seria imediata.

O risco que o São Paulo corre é com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) no jogo entre o time da casa e o Sport de Recife, pela última rodada do Brasileirão. Se ele funcionar como José Serra para o Palmeiras e para Rubens Barrichello, as notícias serão ruins para os lados tricolores.

Como acumula a função de presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ele vai dar o pontapé inicial programa Começar de Novo, que prevê a reinserção social de presos e egressos do sistema carcerário, por meio da capacitação e da abertura de oportunidades de trabalho.

Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

Gilmar Mendes, presidente do STF e do CNJ, copia a
coreografia dos atletas de Cristo


É uma parceria entre o CNJ e o Clube dos 13, que deve ser assinada na terça-feira, 8. A iniciativa faz parte do mesmo esforço que motivou os mutirões carcerários por todo país

Mas há uma esperança. No Maracanã, para ver Flamengo e Grêmio, conselheiro Nelson Tomaz Braga – presença mais inofensiva – faz papel semelhante.

terça-feira, dezembro 01, 2009

Acesso delirante de um "gênio"

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"Com todo respeito ao Muricy (Ramalho, atual técnico do Palmeiras), mas eu teria sido campeão com duas ou três rodadas de vantagem"

"O Muricy era fortíssimo no São Paulo porque conhecia e dominava o clube, assim como eu dominava o Palmeiras. Se eu tivesse colocado a vantagem que o Palmeiras colocou, teria ganhado o campeonato, pois a minha história mostra isso"

(Vanderlei Luxemburgo, em entrevista à Sportv. Ainda ressentido com sua demissão.)

segunda-feira, novembro 30, 2009

Reta final do campeonato brasileiro, a paranoia e a mistificação

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O Futepoca é bom de mesa de bar e melhor ainda de ouvir histórias sem sentido. Conheça as melhores histórias sobre por que o Brasileirão 2009 tem mais sobe e desce que vida de ascensorista às 18h de sexta-feira.

São Paulo, DEM e o foco
Para tirar holofotes do governador do Distrito Federal José Roberto Arruda, cujas denúncias contra si são claras e fortes, e sugerem um esquema de corrupção amplo, antigo e complexo, o São Paulo Futebol Clube teve que bagunçar o coreto (como já diriam nossas avós). São conhecidos os elos entre a diretoria tricolor e o DEM, além de ser o partido de Marco Aurélio Cunha, vereador da capital, o prefeito Gilberto Kassab foi homenageado pela diretoria em evento que constrangeu são-paulinos de esquerda.
Por isso, diante dos supostos apelos da executiva do partido, teria sido necessário entregar o jogo para tirar os holofotes do escândalo de corrupção. É o futebol se submetendo à política.
Quase plausível, né?

Muricy é agente infiltrado
Segundo um palmeirense manguaça me garantiu, a demissão de Muricy Ramalho pelo São Paulo e sua posterior contratação pelo Palmeiras nada teve a ver com o até então fraco desempenho Tricolor e com a desgovernada ação de Vanderlei Luxemburgo. Tudo não passou de uma estratégia armada nos domínios do Cícero Pompeu de Toledo para minar as forças alviverdes no Brasileirão.
Muricy receberia, ainda segunda a ébria e nada confiável fonte, do ex-clube para tumultuar as coisas no Palestra Itália e deu no que deu. Claro, faz todo sentido.

Os cariocas sempre conspiram
Do tradicional bairrismo paulista de ver tudo no futebol contra o estado de São Paulo, vem a teoria da conspiração eterna pró-Rio de Janeiro. Tudo começou com a escalada do Flamengo pelo título, do Fluminense contra a degola, incluindo a volta do Vasco. Tem a partida entre rubro-negros e o Corinthians com supostos erros de arbitragem e o apito do Carlos Eugênio Simon pró-Fluminense e contra o Obina. Há ainda o interesse da Globo em prejudicar o Palmeiras e o São Paulo com arbitragens e decisões da Justiça Desportiva. Porque, segundo corintianos, tanto o STJD quanto a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) têm interesse em fazer do Flamengo o campeão. Os indícios passam por suspensões de jogadores do São Paulo e pela retirada da partida entre Corinthians e o agora líder do Pacaembu.
As variações da teoria só não explicam como o Botafogo pode estar também na zona do agrião. Mas conspiração não precisa explicar tudo.

Tirar o brilho do Vasco
Essa está num Fórum de Vale Tudo (o esporte ou luta). O São Paulo só perdeu para o Flamengo para tirar o brilho da volta do Vasco à Série A. Com o rubro-negro na liderança a uma rodada de ser campeão, toda mídia seria ganha pelo carioca que desfruta da taça da elite. Será que o Eurico Miranda estaria envolvido nessa ou é muito coisa de antivascaínos?

E tem a sua
Qual é a sua teoria para explicar porque o futebol brasileiro vem oferecendo tantas emoções?

domingo, novembro 29, 2009

Agora sim: Flamengo campeão

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Semana passada eu até fiz um post semelhante, mas refuguei, animado com o empate arrancado no Maracanã pelo mesmo Goiás que, hoje, decidiu o Campeonato Brasileiro de 2009 no Serra Dourada, com a maiúscula goleada de 4 a 2 sobre o ex-líder São Paulo. Como eu tinha previsto há três semanas, o Flamengo, que venceu tranquilamente o Corinthians em Campinas, pintou como campeão. Quanto a decisão de hoje, em Goiânia, o time de Hélio dos Anjos foi irretocável, tanto na defesa quanto no ataque, matando o jogo quando virou o placar para 2 a 1, após 15 minutos de (eficiente) sufoco, o que possibilitou se trancar atrás para construir o elástico resultado em dois perfeitos contra-ataques. Palmas para Fernando, ex-São Paulo, Tolói, Iarley, Vítor, Rithely e Fernandão. E para o goleiro Harlei. Mas o mais louco é que o São Paulo, novamente, jogou muito bem. Talvez, se tivesse Dagoberto ou Borges, até teria conseguido um empate (não acredito que o Goiás pudesse perder jogando o que jogou). Esse foi o castigo para o tricolor paulistano nessa edição do Brasileiro: o time venceu partidas em que jogou pior que o adversário - como, por exemplo, contra os rebaixados Sport e Náutico - e perdeu contra Botafogo e Goiás fazendo ótimas partidas. Coisas do futebol. Por isso mesmo, nada a reclamar de Ricardo Gomes, que fez o que tinha que fazer. Parabéns ao Flamengo, Andrade, Petkovic, Adriano & Cia., que domingo que vem vão fazer a festa contra os gremistas no Maracanã.

Palmeiras joga bola e vence o Atlético-MG quando já é muito tarde para pensar em título

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Na penúltima rodada, quando a hipótese de título havia sido perdida por sucessivas derrotas na reta final, o Palmeiras voltou a vencer. Contra o Atlético-MG, no Palestra Itália, fez 3 a 1, com direito a um golaço de Diego Souza do meio de campo, de primeira, em uma rebatida de dividida.

Para a última rodada, o Palmeiras precisa pelo menos empatar para se classificar para a Libertadores. Mas o Botafogo precisaria vencer para se livrar do rebaixamento, além de torcer para que o Coritiba ou o Fluminense tropecem. É que o Atlético-PR venceu a Estrela Solitária, se livrou do risco de queda e deixou o rival em situação complicada.



O jogo
Com Diego Souza de volta ao ataque, agora ao lado de Vagner Love, a situação foi melhor. O time conseguiu superar as ausências de Maurício e Obina, demitidos, e Pierre e Armero (suspensos). Cleiton Xavier, de volta, ajudou.

Aliás, foi do camisa 10 o primeiro gol, a um minuto de jogo. O empate veio com Diego Tardelli, aos 12. Apenas quatro minutos depois, Vagner Love dividiu com o goleiro Carini na entrada da área. A bola foi isolada para o alto e caiu no meio do campo, nos pés de Diego Souza que emendou de primeira. O esférico viajou, viajou, viajou e foi dormir nas redes. Um lance que não acontece todos os dias. Vagner Love daria números finais ao jogo ainda no primeiro tempo.

O Galo criou chances, deu trabalho a Marcos. A segunda etapa foi mais morna e as atenções estavam no jogo entre São Paulo e Goiás.

Se tivesse tido esse tipo de sorte em rodadas anteriores, o Palmeiras não estaria apenas sonhando com improváveis combinações de resultado e temendo até encontrar problemas para se classificar para a Libertadores. Também facilitaria se tivesse apresentado a vontade e a qualidade que teve hoje.

Bora para a última rodada ver o que vai sair.

quarta-feira, novembro 25, 2009

Corinthians, Lula e 2010

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O Corinthians, que perdeu de 3 a 1 do Avaí, jogando mal, e de 3 a 2 para o Náutico, não muito melhor, dificultou minha vida esse final de ano. Ele e o presidente Lula. Explico.

Ao perder a chance de disputar o Brasileiro com chances até o final, o foco no Timão passou a ser a montagem do time para 2010 e minha cabeça não pára de girar tentando imaginar qual será time do ano que vem. O problema é que ainda não há elementos suficientes para essa análise. As negociações só devem ser anunciadas oficialmente depois do fim do campeonato e só depois disso é que o esquema vai começar a se desenhar.

O mesmo acontece na política, onde Lula e o PT anteciparam o debate eleitoral para dar mais visibilidade à ministra Dilma Roussef. Montagem dos palanques estaduais com o PMDB, Ciro Gomes em São Paulo, Aécio e o DEM atacando o Serra, e minha cabeça fritando tentando montar o cenário da disputa eleitoral, mais uma vez sem os elementos necessários. As definições só vão começar a aparecer no começo do ano, segundo análises que li por aí.

No futebol, não pretendo gastar muitos caracteres com os nomes que vêm sendo especulados – alguns interessantes, como Iarley; úteis, como Tcheco e Alex Silva; e de potencial explosivo (para o bem ou para o mal), casos de Roberto Carlos e Riquelme. Quando as situações se definirem a gente comenta.

Dá pra falar sobre as carências do time? Um pouco, já que isso depende do esquema tático. Com certeza, em qualquer cenário, faltam dois laterais esquerdos. Considerando o esquema vencedor do primeiro semestre, o time precisaria também de um meia que jogue centralizado e cadencie o jogo (Riquelme? Tcheco?).

Alguns dirão que também falta um reserva “à altura” para Ronaldo, mas acho que isso não existe. Quer dizer, não existe pelo salário que o Corinthians parece disposto a pagar por um reserva. O Gordo não só é responsável pelos gols, mas também é o cara das jogadas imprevisíveis da equipe. O drible, o chute de fora da área, o passe diferente, tudo vem dele. Quem é o centroavante que faz tudo isso? Acho que Mano Menezes terá que pensar numa forma de jogar sem Ronaldo, ou seja, sem um atacante centralizado, pouco móvel e com essas qualidades.

Das esfarrapadas

Diante da falta do que falar sobre o Corinthians, o pessoal anda engolindo qualquer historinha. Aproveitando o espaço, os sãopaulinos estão jogando no ventilador esse papo de que o Coritnhians iria entregar o jogo contra o Flamengo para prejudicar o Tricolor. Ora, vamos falar sério. O Corinthians não tem mais nada o que fazer no Brasileirão faz pelo menos um mês. Por mim, tinha mais é que botar os reservas pra treinar e avaliar o time pro ano que vem. Esse Brasileirão, minha gente, já acabou.

É nessa situação que o Timão enfrenta um Flamengo embaladíssimo e disputando título. É apenas razoável supor que o time carioca vai vir com a faca entre os dentes e os paulistas não. Se isso podia ser dito um mês atrás, o que dá pra falar agora, depois do time perder para Avaí e para o provável rebaixado Náutico, esse último no Pacaembu? Estranho seria se o Corinthians desse o sangue contra o Flamengo, não o contrário.

Essa é a realidade dos fatos. O resto é desculpa antecipada dos sãopaulinos, temendo deixar de ganhar esse título que todos os times parecem fazer questão que eles levem. Se não é o juiz, é o STJD; se não é o tribunal, é corpo mole do Timão. Deviam ficar mais tranquilos e preparar o lugar pro caneco. Ah, sim: e ganhar seus dois jogos, já que é o único time que só depende das próprias pernas.

terça-feira, novembro 24, 2009

Querem mais motivos para achar ruim?

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Por Moriti Neto

Foi ruim, sim. A derrota do São Paulo para o Botafogo, no Engenhão, pelo placar de 3 x 2, é daquelas duras de engolir e de descrever também (por isso, a demora para a saída deste post).

O Tricolor, com seis desfalques, entrou em campo desfigurado, saiu perdendo, virou o placar, mas tomou dois gols que normalmente não leva. Tudo bem, a defesa estava desmantelada. Sem André Dias na cobertura e Jean combatendo à frente da zaga, o setor, que é o esteio do time, mostrou muita vulnerabilidade. Renato Silva, por exemplo, que sempre é carregado nas costas pelos parceiros, desfilou toda a grossura no Rio de Janeiro. Ofensivamente, Dagoberto fez muita falta. Embora Marlos tenha atuado bem, a experiência do atacante titular provavelmente pesaria em certos momentos.

Consideradas as ausências, contudo, avalio a derrota como fruto da afobação, que deveria ser do rabaixável adversário e não são-paulina. Os paulistas se atrapalharam de todas as maneiras. Esqueceram de jogar nos 20 minutos iniciais, bateram cabeça na defesa e erraram finalizações por falta de inteligência.

O jogo dos afobados: um tinha motivo, o outro não

O Botafogo, lutando para fugir da degola, começou a peleja apertando o São Paulo e o golaço de Jobson, de fora da área, no ângulo de Rogério Ceni, aos 14, foi absolutamente justo. O Tricolor era apático e só depois do susto resolveu sair da letargia. Após o tento botafoguense, Marlos criou boa chance, Miranda mandou bola na trave e Washington, aos 49, de cabeça, empatou.

No segundo tempo, o confronto foi pautado pela imprevisibilidade. Washington, aos 10, fez o pivô e Jorge Vagner estufou as redes do Glorioso. Era a virada e a alegria, mas ambas duraram pouco, pois Jobson – que estava infernal – foi à linha de fundo, o sistema defensivo são-paulino deu bobeira e Renato estabeleceu nova igualdade, aos 15.

Aos 25, Richarlyson, para variar, costumeiramente afobado, foi expulso corretamente ao tomar o segundo amarelo depois de falta em Vitor Simões. Com um a mais, o Botafogo partiu para o tudo ou nada e o Tricolor teve as melhores chances. Hernanes mandou uma paulada no travessão e Marlos, num contra-ataque, tentou o gol ao invés de passar para Washington, que tinha melhores condições de marcar.

Aos 38, Juninho foi excluído e o jogo ficou 10 contra 10. Aos 44, quando o empate parecia definido, Jobson driblou Miranda e fez outro golaço. Em seguida, foi expulso por tirar a camisa na comemoração. E o resultado acabou 3 x 2, ainda que o Fogão tenha ficado com oito, já que Rodrigo Dantas também tomou o vermelho.

Depois de terminada a partida Flamengo 0 x 0 Goiás, que realmente frustrou o Maracanã lotado, ouvi muitos são-paulinos dizerem que o resultado do Tricolor acabou não sendo mau. Apesar do risco de dizer uma obviedade, derrota nunca é boa. Pior ainda em situação como a de domingo, em que a equipe foi atabalhoada e tomou três gols de um time pressionado, abalado psicologicamente pela fraca campanha no certame e com as notícias vindas de Recife, que mostravam o Fluminense goleando o Sport.

Além disso, o São Paulo, fora de casa, com os desfalques já ressaltados e um calor de derreter, chegou a inverter um placar desfavorável. Um pouquinho mais de calma não custava nada e poderia ter deixado o título nas mãos. Alguém quer mais motivos para achar ruim?


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

segunda-feira, novembro 23, 2009

Síntese sobre Santos e Coritiba

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Pra não repetir muitos dos argumentos já citados aqui anteriormente, um trecho de post de José Roberto Torero, indicado pelo companheiro Olavo, que sintetiza a goleada peixeira contra o time paranaense por 4 a 0:

Luxemburgo: Que idéia brilhante ele teve ao colocar Mádson e Neymar como titulares! Genial! Como ninguém pensou nisso antes?! Só ele mesmo para ter uma idéia dessas! Realmente é um técnico diferenciado.


O original está aqui.

Falta competência para o título

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Tá certo, os posts sobre futebol rarearam no Futepoca por esses últimos dias. Sou um dos responsáveis, confesso. Não tenho nenhum motivo para querer escrever, mas vamos lá...


Todos os times que disputam o título para valer estão titubeando. Antes dizia que ninguém queria o título, mas acho que, na verdade, ninguém está demonstrando competência para ganhar. O título ficará para quem amarelar menos.

Fora meu Galo, que há três rodadas abriu mão do Brasileirão, por deficiências próprias e por perder em casa para times melhores, como Flamengo e Inter. Ontem, o Inter fez um a zero em mais uma falha da defesa, aos 15 minutos do primeiro tempo. Depois foi jogo de defesa contra ataque no final do primeiro tempo e em todo o segundo. Mas pressão não adianta, o Inter se defendeu muito bem e o Galo foi incompetente para fazer pelo menos um gol.

Mas, na rodada, o principal amarelão foi o Flamengo. Não vi o jogo, já que estava ocupado em outra partida, mas quem empata com um Goiás sem nenhuma pretensão em pleno Maracanã lotado não merece também ser campeão.

O São Paulo conseguiu perder para um Botafogo desesperado e, no final, com dois jogadores a menos. Também vem falhando em momentos-chave. Está na liderança muito mais por incompetência dos adversários que por mérito.

O Palmeiras, depois de ter empatado com o Sport em casa, conseguiu perder para o Grêmio com briga e expulsão de dois jogadores palestrinos. Sem comentários. Palmeiras e Galo são as maiores decepções deste segundo turno. Decidem, em confronto direto, no próximo domingo quem ficará fora da Libertadores.

O Inter, sempre citado pela maioria como melhor elenco do Brasileirão, decepcionou muito até a metade do segundo turno. Pela incompetência geral de quem está na frente, ainda pode ficar com o título, já que tem adversários frágeis nas rodadas finais.

Obina acaciano

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Questionado pelo site Globo Esporte sobre quem tem mais chance de ganhar o Campeonato Brasileiro, o atacante Obina (foto), recém-dispensado pelo Palmeiras após confusão com o zagueiro Maurício, respondeu de maneira extremamente clara, direta e objetiva:

- Quem vencer as últimas rodadas vai ser o campeão.

Alguém discorda?

domingo, novembro 22, 2009

Errei

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Com o surpreendente empate sem gols entre Flamengo e Goiás no Maracanã, decidi apagar o post que havia feito sobre o título carioca como favas contadas. Agradeço os comentários, que infelizmente foram apagados no processo. E tomara que o Goiás também não apronte para cima do São Paulo.

quinta-feira, novembro 19, 2009

Falou e disse

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Na polêmica que se avizinha sobre o Corinthians facilitar ou não uma vitória do Flamengo para prejudicar o São Paulo na reta final do Campeonato Brasileiro, o atacante Washington, do tricolor paulista, bateu no ponto principal:

- Se fizermos nosso serviço, o Corinthians pode até perder de dez que seremos campeões, disse o centroavante, que terá toda a responsabilidade de estufar as redes nas próximas duas rodadas, pois Borges e Dagoberto foram suspensos pelo STJD.

O detalhe é que, em 2004, Washington quase foi campeão brasileiro pelo Atlético-PR, mas perdeu a taça para o Santos nas últimas rodadas. O que decidiu a disputa foi uma derrota para o Vasco no Rio de Janeiro. E agora o São Paulo vai até o estado vizinho para enfrentar o Botafogo...

Em queda livre, Palmeiras perde mais uma e dá adeus ao título

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Foi por 2 a 0 a nova derrota do Palmeiras na reta final do Brasileirão. No estádio Olímpico, a partida foi bem diferente no primeiro tempo, antes do primeiro gol do Grêmio, em relação ao que aconteceu na segunda etapa.

A derrota para o Grêmio mostrou que a vizinhança são-paulina estava muito mais confiante no Palmeiras do que eu, tamanha fanfarra provocada por cada tento marcado pelos gaúchos. Teve até fogos de artifício no fim da partida. Não era para tanto.

O resultado mostra também um Palmeiras em queda livre, trabalhando para não se classificar para a Libertadores. O futebol apresentado novamente não seria suficiente para pleitear o título e pode nem ser suficiente para garantir classificação para o torneio continental de mais tradição.

Analisar o futebol apresentado pelo alviverde não resolve, porque a partida foi para lá de peculiar. Mas se o Grêmio tivesse motivo e interesse, poderia ter imposto pressão e emplacado uma goleada sem grande dificuldade.

Na primeira etapa, o jogo não teve grandes desequilíbrios, embora os mandantes tenham criado mais chances. Tudo até os 45 minutos, quando o Grêmio fez um a zero com direito a passo de capoeira do argentino Max Lopes. Ele levantou o pé até a quase dois metros de altura, mostrando toda sua elasticidade. Como o zagueiro Danilo estava longe, o árbitro Heber Roberto Lopes preferiu não marcar. Seria um lance mais polêmico se a infração fosse assinalada.

Aí veio o intervalo. Obina e Maurício discutiram, trombaram, e ameaçaram se estapear. Ameaçaram porque erraram a pontaria. Na volta para a etapa final, o homem do apito mandou ambos para o chuveiro mais cedo.

No sábado, André Dias e Hugo se desentenderam, mas levaram apenas o amarelo diante do Vitória. Wagner Mancini chegou a questionar na entrevista coletiva: "Se fossem dois jogadores do Vitória, será que seria só o amarelo?" Se fosse o Palmeiras, seria o vermelho, respondeu Heber Roberto Lopes na noite desta quarta-feira. E mais errado não está Leandro Pedro Vuaden que apitou a outra partida.

Não é por causa da arbitragem que o Palmeiras está fora da disputa pelo título, mas porque seu futebol se esvaiu pelo ralo durante a competição. No segundo tempo da partida do Olímpico, com dois a menos, mostrou aplicação na marcação e controle emocional que foi mais eficiente pela falta de disposição gremista do que pela eficácia da ação verde. É que com Marcão na defesa a emoção é garantida.

Mas tivesse mostrado esse nível de disposição em partidas como a contra o Fluminense, no primeiro tempo contra o Sport ou diversos outros jogos, a história poderia ser diferente.

Mas não foi.

A raiva das últimas rodadas já virou só tristeza.

terça-feira, novembro 17, 2009

Vitoria, saudosismo e inversão de papéis

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Por Moriti Neto

O comentário chega atrasado, pois não assisti São Paulo x Vitória no sábado. Convidado para um casamento, passando um calor danado e esperando ansiosamente pela festa (que foi regada a muita cerveja, diga-se de passagem) só consegui ouvir alguns lances e saber do resultado por meio de um MP3, que não permitia transmissão de boa qualidade.

Mas como é bom ter amigo fanático por futebol! Pude ver o jogo completo na noite de domingo, pois um camarada “exacerbadamente tricolor” gravou a peleja em VHS (valeu, Marcelinho!). Óbvio que a emoção não foi a mesma, o resultado era conhecido, mas saudosista que sou, tive a chance de contemplar a partida de maneira que lembrava a época dos VT’s completos, tão comuns em outros tempos.

Quanto ao confronto, com a presença de 55 mil pessoas no Morumbi, o São Paulo passou com tranquilidade pelo Vitória. Os 2 x 0 no placar não ilustram o que foi o jogo. O domínio dos donos da casa foi claro. Rogério quase não trabalhou. Hernanes, e principalmente Washington (ô, meu filho, vivo te defendendo como “homem de área” e tu perdes tantas oportunidades?) desperdiçaram vários gols,

O elenco tricolor pode não ser brilhante, mas é forte e equilibrado. O time não depende de super-craques. O conjunto se notabiliza. Para que se tenha ideia, Ricardo Gomes não tinha Dagoberto, Jean, Borges, Rodrigo e Zé Luís à disposição, além de Richarlysson, que estava meia boca, tanto que começou no banco. Hugo entrou no ataque, Adrian González na lateral-direita e Arouca atuou de primeiro volante.

No primeiro tempo, Hugo deveria jogar mais adiantado, mas insistia em buscar a bola no meio, deixando Washington isolado. A solução foi forçar jogadas ofensivas com os homens de meio e os laterais. Hernanes e Jorge Wagner eram as melhores opções. E com bom volume de jogo, numa sobra de bola, o São Paulo fez o gol com seu camisa 7.

Ainda na etapa inicial, em ato de estupidez cavalar, André Dias e Hugo tomaram cartões por trocarem safanões. Ambos estavam pendurados e ficam fora da próxima rodada. É verdade que saíram abraçados ao final da partida, o que não diminui a irresponsabilidade de desfalcar a equipe na reta final do campeonato.

Veio o segundo tempo e Hernanes, logo no início, criou bela jogada, cruzando na cabeça de Hugo, que definiu o resultado. Depois disso, o Vitória se lançou à frente e os são-paulinos tiveram mais liberdade. André Dias e Miranda puseram o ataque baiano no bolso e o meio campo tocava a bola com eficiência e velocidade. O time até subiu de produção nos 45 finais e só não ampliou pela noite pouco inspirada dos atacantes. Apesar disso, a torcida, que fez festa de dar gosto no Cícero Pompeu de Toledo, apoiou Washington, que saiu de campo aplaudido.

O São Paulo jogou bem, foi convincente. Mais do que isso: parece consciente de que precisa de muita aplicação para ganhar o título, pois Flamengo e Palmeiras estão na cola. O Botafogo, próximo adversário, é sério candidato ao rebaixamento. O Tricolor joga fora de casa e terá desfalques, mas uma equipe que almeja a conquista do sétimo título nacional não pode, nestas alturas, perder pontos para times tão fracos como o Alvinegro da Estrela Solitária.

O mais legal de tudo? O Time da Fé estava mal no começo do certame, chegou até a ficar perto da zona da degola, teve recuperação excelente e só depende das próprias forças para ser campeão, fato que espero ser confirmado pela história no dia 6 de dezembro. E é bom deixar de ser secador e passar a objeto de secação. Desde que as pragas – que são abundantes –, não peguem.


Moriti Neto é torcedor do São Paulo e escreve sobre o Tricolor Paulista no Futepoca. Qualquer são-paulinismo exacerbado não é de responsabilidade de quem publica, hehe...

segunda-feira, novembro 16, 2009

A hora dos "quase"

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Claro que começo pelo meu time. O Galo já abriu mão do título e está "quase" fora da Libertadores. Na realidade, em quinto, decide a sorte ou o azar contra o Inter no domingo no Mineirão. Depois pega o Palmeiras, no Parque, provavelmente para saber quem perdeu mais chances este ano e disputará apenas a Copa do Brasil e a Sul-americana. Para o título a disputa agora parece ser entre São Paulo e Flamengo.


Do jogo de sábado, contra o Coxa, pouco a falar. Foi uma partida equilibrada, até bonita, com dois times correndo e jogando bola. O Galo tomou o primeiro gol para variar numa falha da defesa, que deixou o Coxa fazer uma linha de passe e achar o atacante Rômulo livre para marcar. Empatou e o jogo foi pau a pau até Benitez fazer um pênalti bizarro e ser expulso. Pontos para o Coxa, que mereceu.

Nada a lamentar. Um time que era cotado pela maioria para o rebaixamento chegou a sonhar com o título, se conseguir uma classificação para a Libertadores pode comemorar. Se nem isso, ficará o estigma de quase de Celso Roth. Quase campeão por dois anos. O técnico mais "quase" dos últimos tempos. Só falta deixar essa vaga para o Cruzeiro. Pelo menos vai me render uma garrafa de uísque, já que alguém apostou comigo que o Galo ficaria atrás do Santos neste campeonato, o que não pode mais acontecer. A diferença de onze pontos não pode mais ser tirada nas três rodadas que faltam.

Outro "quase" é o Palmeiras. Time que mais liderou o campeonato, mas que na reta final amarelou (ou ficou cor verde-limão-siciliano). Quem não consegue ganhar de um rebaixado Sport em casa não merece mesmo...

Agora, o problema é que dos dois com mais chances não torcerei para ninguém. Tenho "quase" ódio do Fla, por conta da roubalheira e os favorecimentos que sempre teve da arbitragem, além de ser péssimo exemplo em matéria de gestão. E tenho uma "quase" torcida para que o São Paulo não monopolize o título nesta década. Triste fim de campeonato.

Do lado dos rebaixados, já foram Sport, Náutico e Santo André. Resta uma disputa enorme entre Flu, Bota e Atlético-PR pela última vaga.

domingo, novembro 15, 2009

Internacional 3 X 1 Santos - Uma derrota que reflete a aposta errada

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O Santos fez um jogo com o Internacional que não surpreendeu nada quem vem acompanhando o time no Brasileiro. O visitante mostrou mais uma vez ser uma equipe desentrosada, sem esquema tático definido, um bando correndo em campo. Luxemburgo não conseguiu dar qualquer padrão ao time, passou o campeonato jogando com formações diferentes, ora com três, ora com dois volantes; com um atacante só, com dois, com três... E isso fica ainda mais evidente quando o adversário tem um padrão mínimo e um elenco com mais qualidade.

Portanto, o fato do Alvinegro ter saído da primeira etapa perdendo por 2 a 0 não foi algo inesperado. Poderia até ter sido uma diferença maior, caso o goleiro Felipe não tivesse feito três defesas difíceis. Antes do intervalo, um dado que revela bem o desarranjo peixeiro. O Internacional fez 17 faltas, enquanto o Santos cometeu apenas duas.

Uma análise apressada pode fazer com que o torcedor entenda que isso é corpo mole ou algo do gênero, impressão que sempre fica reforçada em caso de derrota, como se futebol dependesse apenas de “vontade”. Não foi o que aconteceu. Os alvinegros até correram, se esforçaram, mas quando não tinham a bola dominada sequer viam a cor da redonda. Na partida do primeiro turno entre os dois, aliás, em vários momentos o Peixe foi “colocado na roda” em plena Vila Belmiro e por pouco não saiu derrotado. Desta vez, não conseguiu fazer os gols porque o Colorado marcou em cima os homens mais criativos do Santos, que arriscavam em jogadas individuais e sofriam inúmeras faltas. Ganso quase não conseguiu respirar com Guiñazu na sua cola e Neymar e Madson corriam, invertiam posições, mas também penavam com a marcação adversária.

No começo do segundo tempo, o Santos assustou com uma bela jogada entre Kléber Pereira, Neymar e Ganso, que finalizou mal. O Inter respondeu com uma bola na trave logo no minuto seguinte e outra aos 8 minutos. Ainda assim, o Alvinegro conseguiu criar graças à postura do Inter, que recuou e passou a esperar em seu campo, abandonando a marcação pressão da etapa inicial.

O jogo seguia equilibrado quando aos 18 Luxemburgo colocou Jean no lugar de Pereira e Felipe Azevedo no lugar de Madson. E foi Felipe Azevedo quem tramou a jogada para Neymar fazer o gol aos 19, para assustar o Inter. Alecsandro teve a chance de matar a partida dois minutos depois, e perdeu.

Mas, como se fosse castigo por marcar o gol peixeiro, Neymar foi substituído por André aos 27 e o time voltou a jogar com dois atacantes pelos lados e um mais fixo na área. O resultado é que a equipe passou a render bem menos, criando muito pouco, e o Inter começou a restabelecer um relativo domínio, esfriando o Peixe.

D’Alessandro definiu aos 39, finalizando livre de marcação dentro da área. Exemplo de desorganização: sete jogadores santistas dentro da área e o meia colorado chutou sem problemas. Ainda houve tempo para Jean fazer o que sempre fez em sua carreira, perdendo uma chance incrível frente a Lauro.

No fim, quem jogou melhor a maior parte do tempo venceu. Mas os lampejos de Neymar, Madson e Ganso mostram o tamanho da aposta errada de Marcelo Teixeira no treinador mais caro do Brasil. Mais caro, diga-se, porque só o Santos pagaria o que paga por ele, senão provavelmente estaria desempregado ou recebendo bem menos em outro time. Um técnico que trabalhasse melhor com garotos e que armasse minimamente a equipe faria uma campanha bem melhor, dado que rivais que estão à frente do Santos não têm equipes tão melhores (ou nada melhores em alguns casos) que a de Luxemburgo. Perda de tempo, de dinheiro, apostas erradas e desperdício de talentos. Até quando vamos continuar assim?

quinta-feira, novembro 12, 2009

Palmeiras Robin Hood tenta, mas não impede rebaixamento do Sport

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O título pra lá de irônico é a elaboração de cabeça menos quente sobre o empate entre Palmeiras e Sport no Palestra Itália. O 2 a 2 não agradou a nenhum dos lados, já que o time permanbucano se juntou ao Náutico e está matematicamente rebaixado para a Série B.

Também foi péssimo para o Palmeiras. Com 59 pontos, o time empata com o São Paulo, fica dois na frente do Flamengo, mas aguarda, apreensivo, a conclusão da rodada do fim de semana. A sensação é de uma breve estada na liderança, quase uma despedida.

As chances de o desinteressado Vitória passar pelo time de Ricardo Gomes só não é menor do que a do rebaixadíssimo Náutico surpreender o Flamengo. Se o Atlético-MG vencer o Coritiba, o alviverde termina a rodada em quarto.

O time mostrou que não aguenta a pressão de participar da rodada por antecipação para atender aos interesses da TV. Não sabe lidar com isso. Na próxima semana, contra o Grêmio no Olímpico, a partida também foi antecipada. Contra o Santo André, também foi assim.

No segundo turno, contra Náutico, Santo André e Fluminense, a turma do G-4 dos pesadelos, foram três derrotas. Contra o Sport, que também mora por lá, de modo ainda mais definitivo do que o tricolor carioca, foi um empate. Se incluídos outros dois ameaçados, Botafogo e Coritiba, vale lembrar que o primeiro ainda será enfrentado na última rodada e o paranaense venceu o Palmeiras no jogo do carbono neutro.

Este desempenho digno de um verdadeiro Robin Hood do Brasileirão não é comportamento de time que disputa para ser campeão. Se tinha virado senso comum que é preciso vencer os "jogos de seis pontos", aqueles confrontos diretos com concorrentes ao caneco que trazem três pontos e virtualmente tiram outros três do rival, anote-se aí uma nova lição, ainda mais óbvia: vencer os times fracos é ainda mais importante.

É que a teoria do confronto direto leva em conta que a minha segunda e ululante premissa já era garantida por um escrete que quer a taça.



O futebol apresentado pelo time de Muricy Ramalho no primeiro tempo não é sequer de uma equipe que merece vaga na Sul-Americana. Na segunda etapa, foi futebol de quem, com um pouquinho de sorte, se classifica para a Libertadores.

E ainda teve a lambança de Elmo Alves Resende Cunha apitou por engano um impedimento – de fato inexistente – de Danilo no segundo gol do time da casa. Élder Granja dava plenas condições ao zagueiro. Mas o juizão não tinha nada que apitar. Os jogadores do Sport ficaram revoltados. Ao acertar, o cidadão conseguiu errar.

Neste aspecto, foi muito diferente do Carlos Eugênio Simon. Ah, mas o que o Palmeiras apresentou no primeiro tempo, foi uma continuação trágica do que havia mostrado na segunda etapa no Maracanã.

Resumo da ópera, os gols de Deyvid Sacconi e Danilo dão uma conotação de "empate suado", conquistado. Foi um desastre atenuado. Mas que continua a ser trágico. Wilson e Arce haviam marcado no primeiro tempo em jogadas rápidas e bem articuladas diante de uma defesa perdida.

Mais uma vez a estranha raiva por ocupar a liderança apenas pelo segundo critério de desempate. Será que exorcizando a fase resolve?