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quarta-feira, maio 08, 2013

Pinceladas cariocas - Botafogo campeão e as férias do Vasco

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por Enrico Castro

Rafael Marques jogou a pá de cal
E o Botafogo é o Campeão Carioca de 2013! O título foi mais que merecido. Foi o único dos grandes que se preparou e encarou a competição com a seriedade que ela merece (ou merecia). Venceu com autoridade os dois turnos, revertendo duas vantagens de empate que seus adversários possuíam na semifinal e final da Taça Guanabara, e vencendo também a semifinal e final da Taça Rio, quando possuía a vantagem do empate. A alegria alvinegra contrasta com a decepção da TV Globo, que gostaria que o Fluminense tivesse vencido o 2º turno - o que garantiria a exibição de mais duas partidas. Só que o Botafogo não sentou na vantagem do empate e jogou de forma inteligente contra o combalido Tricolor, que vive da sombra das últimas três temporadas. O time de Oswaldo Oliveira encaixou contra-ataques perigosos e se portou bem na defesa contra os baixinhos Wellington Nem e Rhayner, que, em momento algum, causaram rugas de preocupação no jovem e bom zagueiro Dória e no botinudo Bolívar. Seedorf e Lodeiro engoliram o meio campo tricolor e, por incrível que pareça, Rafael Marques bagunçou a dupla de patetas Digão e Leandro Euzébio e marcou o gol do título. Nem era necessário, pois o empate já garantiria o título para os botafoguenses, que ainda se deram ao luxo de perder um pênalti no 2º tempo, cobrado por Seedorf. 
Michael enfiou carreira no nariz
E enquanto o Botafogo ganha moral para crescer e avançar na Copa do Brasil, onde decidirá no Rio de Janeiro contra o “sexta-feira” Treze da Paraíba a vaga para a próxima fase, na quinta-feira, o Fluminense vai tentar juntar os cacos amanhã para vencer o Emelec-lec-lec-lec... também no Rio, pela Taça Libertadores. Para isso, aposta todas as suas fichas no retorno do "artilheiro de vidro" Fred, que, mesmo com 50% de sua capacidade, é mais perigoso que todos os outros atacantes que o Flu possui no elenco. Uma coisa é certa: se Leandro Euzébio jogar, a chance do Tricolor se classificar será bastante reduzida. Não bastassem todos os problemas físicos, técnicos e táticos que o incentivador Abel tem, Deco e Michael chutaram o balde. O primeiro tomou medicamento que contém as substâncias dopantes hidroclorotiazida (diurético que combate a hipertensão arterial) e carboxi-tamoxifeno (metabólico do tamoxifeno), sem conhecimento do departamento médico do clube. E o segundo decidiu abreviar sua promissora carreira e complicar sua vida com o uso de cocaína. Lamentável, para dizer o mínimo. Não que os dois façam falta ao time, mas já estão previamente suspensos. Se o time for eliminado da Libertadores ainda nas oitavas (e contra um time sem expressão), a pressão do Tio Celso vai ser insuportável. Manda quem pode e obedece quem tem juízo... 
O Flamengo, que só volta a jogar no dia 15 contra o Campinense pela Copa do Brasil, viu suas esperanças de disputar esta partida no Maracanã caírem por terra. Numa boa, o Maracanã não merece ser reaberto com um clássico deste porte, por mais medo que o time da Gávea possa estar... Já o Vasco segue de férias e só volta a jogar novamente em... mas espera aí, quando é mesmo que o Vasco vai voltar a jogar?!?!????
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

terça-feira, junho 22, 2010

Maradona reencontra os gregos 16 anos depois

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Na Copa dos Estados Unidos, em 1994, Maradona surpreendeu o mundo ao ressurgir do pó (literalmente) para o futebol profissional, visivelmente mais magro e ágil. Marcou um golaço contra a Grécia (vídeo abaixo), adversário que volta a enfrentar agora, na África do Sul, dessa vez como técnico de sua querida Argentina. Aquele foi seu último gol em uma Copa do Mundo, dias antes de enfrentar a Nigéria e, depois disso, ser flagrado no exame antidoping pelo uso da substância efedrina e excluído do mundial. Uma despedida melancólica de um gênio da bola que encantou a todos na Copa do México, sendo campeão, em 1986. Agora, Maradona aposta suas fichas em Messi: "Me encantaria que Leo se inspire naquele gol. Sobretudo pela jogada, como fomos trabalhando a bola desde a defesa, como o Redondo me passa e como eu acerto o ângulo. Tomara que Leo possa fazer um gol parecido, até mais lindo". Rivalidades à parte, todos queremos que Messi brilhe. E que mantenha o nariz distante das encrencas em que Maradona se enfiou.

sexta-feira, outubro 24, 2008

Banida, Rebeca Gusmão troca natação por futebol

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É incrível, mas é verdade. Ainda esperançosa em reverter a punição imposta pela Federação Internacional de Natação, que a baniu da modalidade, a ex-medalhista Rebeca Gusmão vai agora tentar a sorte no futebol feminino. Ela já vem treinando entre universitárias e vai disputar a Liga Nacional pelo time brasiliense Ascoop.
Rebeca GusmãoA moça cursa Educação Física na Uniceub, onde defende o time de futsal. Mesmo sem ter estreado profissionalmente, ela já apresenta uma contusão de boleiro: uma fratura na tíbia por estresse a impediu de iniciar os treinos no seu novo clube, que só devem iniciar na semana que vem.
Rebeca não receberá remuneração no período em que atuar e o presidente do clube já definiu seu estilo: centroavante trombador. "A Rebeca é muito forte, é atacante, e vamos trabalhar muito para transformá-la em um Adriano, para que ela use a força e o talento na hora de fazer os gols", declarou Arnaldo Freire ao Uol . Então tá.

Mesmo integrada ao ludopédio, ela ainda espera reverter o banimento na Corte Arbitral do Esporte, em julgamento que deve ocorrer até o final do ano. Para quem não lembra, Rebeca foi flagrada duas vezes em exames antidoping que acusaram o uso de testosterona. Uma vez no Troféu Brasil de Natação, em 2006, e depois nos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007.

quinta-feira, agosto 28, 2008

Álcool, doping e Olimpíadas

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Lendo o Almanaque Olímpico Sportv, que o Futepoca está dando ao leitor na Promoção Mico Olímpico, tem-se algumas informações curiosas da relação entre álcool e esporte.

A primeira delas ser refere aos Jogos Olímpicos de 1932, em Los Angeles. Aliás, quem acha que usar as Olimpíadas para enaltecer a grandeza de um país é algo inventado por chineses, não conhece a história dessa edição norte-americana. Depois do fracasso da organização em Saint Louis, em 1904, os EUA não só usaram a competição para dizer ao mundo que podiam realizar um evento desse porte (pela primeira vez condensado em 16 dias) como também ansiavam por passar uma imagem de recuperação, após o crash da bolsa em 1929. E dá-lhe uso político!

Mas, voltando à manguaça, a Lei Seca estadunidense, que propiciou o surgimento de mafiosos, livros, filmes e seriados por todo o mundo (além de cenas como essa ao lado, de puro desperdício), vigorava àquela altura. No entanto, o esporte deu uma boa desculpa para que alguns pudessem burlá-la. As delegações francesa e italiana conseguiram autorização para consumir vinho durante os jogos, alegando que a bebida fazia parte da dieta alimentar de seus atletas. Talvez não seja mera coincidência que, em meio aos sentimentos ébrios e alegres proporcionados por Baco, a Itália tenha terminado em segundo e a França em terceiro no quadro de medalhas, atrás apenas dos donos da casa. Na edição anterior, em Amsterdã, italianos e franceses foram quintos e sétimos colocados respectivamente.

Álcool é doping?

Mas o que leitor deve estar se perguntado, já que agora, motivado pelas Olimpíadas, vai passar a praticar esportes, é se álcool é considerado doping. Conta o Almanaque que nos jogos do México, em 1968, foi feito pela primeira vez o controle anti-doping. O primeiro resultado positivo foi do sueco Hans-Gunnar Liljenwall, do pentatlo moderno. O motivo: excesso de álcool.

O fato é que a boa e velha cachaça não é vetada em todas as modalidades. De acordo com a Agência Mundial Anti-Doping, somente duas modalidades olímpicas, o pentatlo moderno - na prova de tiro desportivo -, e o arco e flecha, consideram o álcool como substância proibida.

Aliás, não totalmente proibida. O álcool é permitido até o limite de 0,1 grama por litro de sangue. Isso equivale à metade da quantidade máxima permitida pela nova Lei Seca brasileira, 0,2. A propósito, os mesmos 0,1 grama são o limite estabelecido para as categorias do automobilismo nas competições da FIA, como a Fórmula-1. Já a Lei seca tupiniquim serve como quantidade máxima permitida às modalidades reguladas pela Federação Internacional de Aeronáutica, como paraglide, balonismo e similares.

quinta-feira, agosto 21, 2008

Primeiro doping brasileiro é dose pra cavalo

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E surgiu o primeiro doping brasileiro justamente em uma modalidade que nos garantiu o ouro nos últimos Jogos Olímpicos de Atenas. O cavalo de Bernardo Alves, conhecido pelo curioso nome de Chupa Chup (na foto ao lado, de toca verde), foi pego no exame juntou com outros três animais, inclusive o do conjunto que ficou em primeiro na fase eliminatória, do norueguês Tony Andre Hansen. Assim, todos foram eliminados da final individual da prova de saltos. 

A substância encontrada nos eqüinos foi a capsaicin, utilizada como analgésico. Curiosamente, é a responsável por dar o ardor característico das pimentas, e já está sendo pesquisada como uma possível solução para dores crônicas. Em associação com outras drogas, a dita cuja não causa o torpor e a falta de sensibilidade comum em remédios do gênero.

Assim, acaba o sonho de Alves de tentar sua primeira medalha olímpica. Ele tinha assegurado sua classificação na final ao ficar em 27.º nas eliminatórias. E olha que o treinador Nelson Pessoa (pai do cavaleiro Rodrigo, aquele que formou o conjunto dourado com Baloubet du Rouet) dizia que o quadrúpede estava em "em boa forma física", embora ressaltasse sua dificuldade em superar obstáculos com água. "Trabalhamos isso bem aqui, mas ele olha muito para o rio e acaba cometendo a falta", disse o treinador. 

Obviamente que o doping deve estar atrapalhando o “emocional” do conjunto, como diria o pseudo-neurolingüista Vanderlei Luxemburgo. De quebra, alguém vai ter que dar explicações ao proprietário do animal, o empresário Jorge Gerdau Johannpeter, presidente do grupo Gerdau e cotado para ser ministro de Lula no início do segundo mandato. Aficcionado por hipismo desde os nove anos, Gerdau é o único criador do mundo a colocar três cavalos na mesma Olimpíada (Atlanta-1996, quando o Brasil obteve sua primeira medalha no hipismo, no torneio por equipes). 

Mas como em um caso de doping em competições tem sempre alguém que fica feliz por ter uma nova oportunidade, agora foi a vez da amazona brasileira Camila Mazza, com Bonito Z, que herdou a vaga de Alves. Ela foi 38.ª colocada na fase anterior. 

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Alerta aos calvos do mundo: Romário pego no antidoping

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O centroavante Romário foi pego no antidopping. A substância: finasterida. Aos calvos do mundo fica o alerta, o medicamento é usado contra a queda de cabelo, mas é proibida pelo Controle de Dopagem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Aliás, esta é a alegação do veterano de 41 anos. As amostras do exame foram coletadas no dia 28 de outubro, depois do empate entre Palmeiras e Vasco.

Originalmente incorporada pela indústria farmacêutica no tratamento de problemas na próstata, o princípio ativo mostrou-se eficiente no combate ao mal que aflige calvos e carecas. Ao que consta, há um efeito colateral em 1% da população, uma redução significativa na libido.

No livro de controle de dopagem (em PDF) da CBF, a finasterida está listada entre os diuréticos que funcionam como "agentes mascarantes", por serem "inibidores de alfa-redutase". Há uma ressalva. Uma Autorização para Uso Terapêutico (AUT) pode até livrar o atleta, desde que nenhuma outra substância proibida seja encontrada. Se houver qualquer resquício de outro tipo de doping, mesmo que em dosagem igual ou inferior à permitida, adeus AUT.

Romário diz que consome o medicamento de nome fantasia Propécia, da Merck Sharp, mas tem um monte de genéricos com a mesma dosagem de 1 mg. Uma caixa dessas de 30 comprimidos sai, em uma pesquisa rápida na farmácia, por R$ 112. Os genéricos custam 15% disso. O problema é que, pelo mesmo motivo, o zagueiro Marcão, do Inter, foi suspenso durante o Brasileiro por 120 dias.

Estaria encerrada a carreira do último (ou o primeiro?) abstêmio-boêmio do futebol brasileiro?

Pelo menos para a auto-crítica o caso serviu. Concluiu o Baixinho:

– Isso não é doping – alegou – É só olhar a minha performance: eu corro menos e faço menos gols.

quarta-feira, julho 11, 2007

Jogo de cartas marcadas?

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Lembram-se do título brasileiro do Santos em 2004? Naquele ano, depois do título, um meu vizinho, são-paulino roxo, o seu Artur, que é médico (e manguaça inveterado), ao me encontrar na portaria do prédio me disse: “Parabéns, foi o título mais bonito de vocês”. Surpreso, eu quis saber por quê. “Porque foi ganho contra tudo e contra todos”, respondeu ele.

Naquele ano, o atacante Deivid (só ele) teve acho que oito gols anulados por impedimentos inexistentes. O Santos perdeu mando de vários e vários jogos em circunstâncias nem sempre transparentes ou justas.

Digo isso porque acho que algo semelhante se passa hoje com o Botafogo. O caso de doping do Dodô (logo agora?) e a condenação a jogar com portões fechados. O STJD condenou o clube jogar contra o Juventude, dia 26, em Juiz de Fora, sem a presença de público. O presidente do Botafogo – clube que vem discordando do stablishment do futebol estadual e da própria CBF desde que Bebeto de Freitas assumiu seu comando – chiou: “Não podemos perder a torcida por isto. Não tinha estádio pra jogar no Rio, fomos jogar no Engenhão convidados pela prefeitura e o mando de campo era do Fluminense (grifo meu). Havia uma situação confusa das torcidas. A polícia disse que todos podiam entrar por todos os lugares. Por que foi o torcedor do Botafogo que jogou algo no juiz? Como conseguiram identificar que foi um torcedor do Botafogo?” (Jornal dos Sports).

Voltando ao Santos, quase toda vez que o Peixe joga com São Paulo ou Corinthians na Vila, as torcidas desses dois times jogam coisas no gramado e quem é punido? O Santos.

Sei que já vão dizer que sou santista chorão, que a Vila não tem condições e blablablá (nem ligo pra essas bobagens), mas todo mundo sabe que na CBF e no STJD vigora a velha máxima: “para os amigos tudo, para os não-amigos a lei”. Talvez o Botafogo padeça hoje desta política de cartas marcadas.