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quarta-feira, setembro 10, 2014

O maior bolo do mundo

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No próximo dia 30 serão completos 46 anos da morte do genial Sérgio Porto, cronista, escritor, radialista e compositor mais conhecido por seu pseudônimo Stanislaw Ponte Preta. Esses dias, tava folheando o primeiro volume de seu clássico "Febeapá - Festival de Besteira que Assola o País", publicado em 1966 (teria ainda mais dois volumes, até 1968), e me deparei com a seguinte pérola:
Era o IV Centenário do Rio e, apesar da penúria, o Governo da Guanabara ia oferecer à plebe ignara o maior bolo do mundo. Sugestão do poeta Carlos Drummond de Andrade, quando soube que o bolo ia ter 5 metros de altura, 5 toneladas, 250 quilos de açúcar, 4 mil ovos e 12 litros de rum: “Bota mais rum”.

Ps.: Outra passagem magistral do livro está na crônica "A conspiração", em que Sérgio Porto resume, com fino humor carioca, como a ditadura militar tratava seus opositores:

O importante é que veio a denúncia de que havia conspiração no domicílio do Coronel. Logo uma viatura [da polícia] partiu para colocar os conspiradores a par de que o regime é de liberdade...

(A íntegra desses e de outros textos pode ser acessada clicando aqui. Evoé, Stanislaw!)


sábado, abril 09, 2011

Com ovos, é perfeitamente possível fazer omelete

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Fiquei no aguardo dos santistas comentarem alguma coisa sobre a contratação do Muricy Ramalho mas, achando muito curiosa a reação da mídia esportiva (ah, a mídia esportiva...), resolvi me adiantar. O que mais tenho lido e ouvido, desde quando a ida de Muricy pra Vila Belmiro era só especulação até sua oficialização no cargo, é que o treinador é retranqueiro, joga feio e não vai dar certo com o time rápido, habilidoso e de muitos gols como é o Santos, desde o primeiro semestre de 2010. Os palpiteiros insistem que ele arrumará a defesa mas prejudicará o ataque, vai mandar os atacantes voltarem toda hora e blá, blá, blá.

Não concordo. Muricy usa o que tem, não tinha como ele fazer milagres com um São Paulo de Aloísio, Alex Dias, Souza, Joílson, Jadílson. Vai daí, acertou a defesa e mandou chuveirar bola na área dos adversários ou cavar faltas ou escanteios que resultassem em gols. No Palmeiras, a mesma coisa. Tinha algum craque naquele time? Uma linha de ataque veloz e habilidosa? No Fluminense, ele tinha o Conca. E só. O resto não se comparava nem de longe aos meninos da Vila. Por isso, agora, Muricy terá a chance de provar que, com excelentes jogadores, dá pra ganhar e jogar bonito.

Ou não. Mas é melhor aguardar pra ver do que condenar o homem logo de cara, não acham? Pra mim, se o Santos passar dessa fase na Libertadores, levanta o caneco. Aposto meia dúzia de Heineken no buteco a escolher. Alguém topa?

sábado, setembro 06, 2008

Waldick Soriano: um manguaça de respeito

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Voltando a lembrar no blogue o saudoso Waldick Soriano, que morreu na última quinta-feira (dia 4) de câncer de próstata, reproduzo abaixo um testemunho impagável de Neil Son, do blogue Quase pouco de quase tudo:

Em uma de minhas vidas passadas, trabalhei em grandes gravadoras de discos. Uma das minhas primeiras tarefas era acompanhar Waldick Soriano em uma série de entrevistas e visitas a rádios do ABC paulista. Antes, é claro, coube também a mim, montar a agenda do cara, entrando em contato com todas as rádios, marcando os compromissos, confirmando tudo com o artista, etc. Finalmente, marquei com o Waldick de encontrá-lo às 8 da manhã de uma segunda-feira no lobby do glorioso Hotel Jandaia - São João, quase esquina com Barão de Limeira. Chego lá e o cara da recepção me diz: ‘Seu Waldick tá ali no boteco tomando café’. Atravesso a rua e fico pasmo ao constatar que o ‘café’ do nosso herói era o seguinte: três copos (três!) de caracu com ovo (casca e tudo), batido no liquidificador. Me disse: ‘três vezes por semana é isso: três copos que me garantem, três vezes por semana, dar três sem tirar!’ (...)

Outra história que encontrei foi a de Toinho de Zé Antonio, dono de um dos bares mais antigos e tradicionais da cidade de Sumé, na Paraíba, e fã incondicional de Waldick Soriano (na foto ao lado, aparece abraçado ao cantor). O admirador conta outra história sobre a predileção do recém-falecido pela manguaça: "Ele veio duas vezes para Sumé. A primeira não contou porque ele estava muito bêbado e sem fala, quem levou o show foi o Maurício Reis". No documentário que Patrícia Pilar fez com Waldick, o que mais aparece é copo na mão, como conta o pesquisador musical e colecionador Josué Ribeiro, do blogue Música Popular do Brasil, que foi conferir a obra no Ponto Cine, em Guadalupe, no Rio de Janeiro: "Com dez minutos de exibição, um estudante gritou: 'Vai pro AA, bebum!'. Daí por diante, em cada cena que Waldick entornava um mé, era aquele alvoroço. 'Larga o copo, tiozinho!', 'De novo, tio?'. Confesso que nada me distraiu, até mesmo quando um fã de Waldick, cheio de álcool até a tampa, dá seu depoimento, para diversão geral da platéia".

Pra encerrar o papo, antes de abrir mais uma cerveja, fiquem com uma frase de Waldick Soriano: "Digo sempre que cachaça e mulher não fazem mal a ninguém". Realmente, vai o homem, fica o mito. Ou o bafo! Salve, Waldick! E que no céu existam muitos butecos, cabarés e churrascarias para você cantar e seguir sua trilha etílica!