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segunda-feira, dezembro 21, 2015

Saideira(s)

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Aloísio e o ex-goleiro degustando o 'danone' prometido
Aloísio Chulapa cumpriu o prometido e tomou um "danone" com o colega Rogério Ceni, na despedida do goleiro dos gramados. Mesmo com tantas - e intermináveis - saideiras, o centroavante de 40 anos, que chegou a pendurar as chuteiras e ensaiar um retorno neste ano (leia aqui), anunciou que pretende defender as cores do Maranhão Atlético Clube em 2016. Melhor arrumar, pra já, um personal trainer (para o fígado...). Quanto a Rogério Ceni, a possibilidade de se tornar treinador parece estar mesmo em seus planos e ele disse que vai acompanhar treinos de Juan Carlos Osorio na seleção mexicana. Já o São Paulo contratou mais um gringo, o argentino Edgardo Bauza, que pretende trazer vários jogadores estrangeiros, a exemplo do que fez (sem sucesso), em 2014, seu compatriota Ricardo Gareca no Palmeiras. Melhor seria apostar nos garotos da equipe sub 20, que conquistaram três títulos neste ano. Bom, depois de tantos vexames na última temporada (relembre aqui, aqui e principalmente aqui), o que inspira justificado receio para 2016, melhor tomar um - engradado de - "danone" pra esfriar a cabeça. E passa a régua!


quinta-feira, agosto 27, 2015

09, 10, 11 e 12 são dezenas do burro

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Com um pênalti mandrake, uma expulsão providencial e um "pombo sem asa", de fora da área, do Thiago Mendes, o São Paulo eliminou o Ceará na Copa do Brasil e deu alguma sobrevida ao técnico Juan Carlos Osorio. Mas ele - sabiamente - ainda não descartou a oferta da seleção mexicana (que, curiosamente, também foi atrás do Muricy Ramalho em 2008). A melhor definição que vi sobre a situação do treinador sãopaulino - e a draga que é a equipe que ele comanda - foi a de um torcedor, numa rede social: "Para o bem do time, tem que ficar. Mas, para o bem dele próprio, tem que ir embora!"

Cabe aqui registrar, também, o que o Chico Palhares me disse sobre o técnico do São Paulo:

- Parece aqueles bicheiros de antigamente, que ficavam anotando jogo na esquina!

Pois é: fica anotando coisas pro Pato, pro Ganso - e depois ainda ouve a côro de "burro" da torcida! Só resta saber que bicho vai dar nesse fim de temporada futebolística...


terça-feira, abril 14, 2015

Pra 'roubar' técnico alheio, que fosse Marcelo Oliveira

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Sabella, como jogador do Grêmio-RS
Enquanto Carlos Miguel Aidar prossegue soltando bravatas (vide episódio "peixada") e aguarda resposta de Alejandro Sabella até sexta-feira pra definir o novo técnico do São Paulo, o auxiliar e treinador interino Milton Cruz simboliza a improvisação e a falta de planejamento da atual diretoria sãopaulina. Caso o argentino recuse a proposta, Cruz será efetivado no cargo mesmo contra sua vontade, na base do "se não tem tu, vai tu mesmo". Sabella, que nos anos 1980 foi jogador do Grêmio-RS, trabalhou como auxiliar de Daniel Passarella em sua malfadada passagem no Corinthians, em 2005, e treinou a Argentina na Copa de 2014. Como técnico, venceu a Libertadores de 2009 com o Estudiantes de La Plata. Mas de concreto sobre a troca de comando no Morumbi, até o momento, apenas o descarte de dois nomes que têm compromisso com outros clubes: Vanderlei Luxemburgo, técnico do Flamengo, e Abel Braga, indicado por Muricy Ramalho, que diz ter acordo com um time árabe.

Ainda bem. Fora o fato de ser totalmente condenável assediar funcionários alheios, nem o "pofexô" nem Abelão me pareciam dignos de uma transação tão desesperada. Se fosse pra investir alto, pagar multa e sofrer a pecha de "roubar" técnico de outro time, na minha opinião, que fosse logo o Marcelo Oliveira! Óbvio que o bicampeão brasileiro nem de longe pensa em abandonar tudo o que construiu no Cruzeiro, mas, já que "sonhar não custa nada", que fosse ele em vez de Luxa ou Abel. Oliveira é, para mim, um dos dois melhores técnicos brasileiros, ao lado de Tite - e ambos poderiam muito bem estar treinando nossa seleção.

Milton Cruz em figurinha de 1978
Enquanto nada se decide, o auxiliar e treinador-tampão Milton Cruz se vê na - nem um pouco invejável - "sinuca de bico" de ter que classificar o São Paulo para a próxima fase da Libertadores e, logo em seguida, enfrentar o "indigesto" Santos na semifinal do Paulistão (no alçapão da Vila Belmiro e em jogo único eliminatório). A primeira "pedreira" será contra o Danubio, amanhã, em Montevidéu, com obrigação de vitória. E um detalhe curioso: pesquisando na inFernet sobre Milton Cruz, descobri que foi lá, no Uruguai, há mais de três décadas, que seu destino cruzou justamente com o do citado Marcelo Oliveira. Lá, os brasileiros jogaram juntos.

Nascido em Cubatão, Milton foi um centroavante que começou jogando em um time chamado Comercial, em Santos (cidade onde enfrentará a segunda "pedreira" desta semana, no próximo domingo). Depois de passar pelo Aliança, de São Bernardo, chegou ao juvenil do São Paulo em 1975, aos 18 anos. Na temporada seguinte, foi o artilheiro do Campeonato Paulista de Aspirantes, com oito gols, o que o credenciou a subir para o time profissional. Logo de cara, integrou o elenco tricolor que conquistou o Brasileirão de 1977, derrotando, na decisão, o Atlético-MG - onde jogava Marcelo.

Marcelo, como atacante do Atlético-MG
Mas a grande chance de Milton surgiu quando Serginho Chulapa, o maior artilheiro da História do São Paulo, pegou um ano de suspensão após ter chutado a canela de um bandeirinha. O garoto de 20 anos entrou em seu lugar e marcou 14 gols no Brasileirão de 1978. Mas Chulapa voltou no ano seguinte e Milton foi emprestado ao Dallas, dos Estados Unidos, e ao Guadalajara, do México, antes de desembarcar no Nacional do Uruguai, onde jogou entre 1980 e 1983. E foi lá que, no penúltimo ano de sua passagem, partilhou a linha de ataque com o Marcelo, dois anos mais velho. Foi jogando pelo Nacional, aliás, que os dois começaram a ser chamados como Cruz e Oliveira, pois os uruguaios costumam tratar os jogadores pelo sobrenome (veja seus nomes na reprodução de um pôster logo abaixo).

Mineiro de Pedro Leopoldo, Marcelo chegou ao Atlético-MG aos 14 anos, em 1969, e foi efetivado como profissional três anos depois pelo técnico Telê Santana, que havia levado o Galo ao título do Brasileirão de 71. O jovem atacante disputou os Jogos Pan-Americanos de 1975 e a Copa América, além das eliminatórias para a Copa da Argentina. Em 1977, era titular do Atlético-MG invicto que, nos pênaltis, perdeu a decisão do Campeonato Brasileiro para o São Paulo no Mineirão. Depois de ser vendido ao Botafogo-RJ em 1979, Marcelo comprou seu passe o alugou para o Nacional do Uruguai, em 1982 - onde jogou com Milton.

Ataque do Nacional em 1982, com Milton (centro) e Marcelo (à direita)

Depois do Nacional, Marcelo Oliveira jogou ainda por Desportiva-ES e América-MG, onde encerrou a carreira, aos 30 anos, em 1985. Como treinador, iniciou nas categorias de base do Atlético-MG, e passou por CRB, Atlético-MG, Ipatinga, Paraná, Coritiba, Vasco e, desde 2013, Cruzeiro. Já Milton Cruz jogou pelo Internacional-RS, pelos pernambucanos Sport, Catuense e Náutico, pelos japoneses Yomiuri e Nissan e pelo Botafogo-RJ, onde encerrou a carreira em 1989, aos 32 anos, como campeão carioca - título que encerrou um jejum de 21 anos do time da estrela solitária. Em 1997, Milton Cruz assumiu o posto de auxiliar técnico no São Paulo. De lá pra cá, assumiu o comando da equipe principal em 27 oportunidades - sempre como "tampão", entre um técnico e outro. Foram 13 vitórias, 6 empates e 8 derrotas. Seus maiores feitos foram um empate em 1 x 1 com o Universidad, no Chile, durante a campanha vitoriosa da Libertadores de 2005, e a vitória por 3 x 0 sobre o Red Bull Brasil, anteontem, que botou o São Paulo na semifinal do Paulistão. O futuro, a Deus pertence...

Marcelo e Milton, em 1982: 'bola dividida' dos atuais técnicos do Cruzeiro e do São Paulo

sexta-feira, julho 05, 2013

Ney Franco não chegou ao feriadão de 9 de julho no São Paulo

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Ney Franco disse que tinha 'força' na diretoria...
Faz um mês que o Futepoca já vinha avisando:

"Questionado sobre o clamor dos torcedores, o 'He Man' Ney Franco garantiu: 'Eu tenho força!' Mas, com esse time horrível e sem opções no elenco ou perspectiva de contratações, o prazo de validade do treinador parece menor do que o Nelson Ned. A informação de que Muricy Ramalho passará duas semanas em férias nos Estados Unidos dá a entender que ele já conversou com o Velho Barreiro, digo, o Juvenal Juvêncio, que o aconselhou a aguardar quietinho os próximos jogos (e maus resultados) do São Paulo e o fim do recesso futebolístico por causa da Copa das Confederações." - em 6 de junho, após derrota por 1 a 0 para o Goiás pelo Brasileirão, em pleno Morumbi. 
"Ney Franco que se cuide. O time joga mal e outra derrota para o Corinthians, dessa vez na Recopa, acionará a guilhotina sobre seu pescoço." - em 13 de junho, após empate em 1 a 1 com o Grêmio pelo Brasileirão, em Porto Alegre. 
"Muricy vem aí. (...) Ney Franco não vai durar muito - mesmo não tendo muita culpa no cartório." - em 4 de julho, após a derrota por 2 a 1 para o Corinthians pela Recopa Sul-Americana, novamente no Morumbi.
Agora, é fato: hoje, "em comum acordo entre ambas as partes" (de acordo com o site do clube), Ney Franco foi demitido do cargo de técnico do São Paulo. Em 79 jogos,  deixou um saldo de 41 vitórias, 16 empates e 22 derrotas (59% de aproveitamento). "Hoje, completa um ano que cheguei. Não posso sair sem destacar todo o incentivo que eu tive no clube. Porém, por muitas questões, não conseguimos objetivos. Saio frustrado porque meu pensamento era que a gente conseguiria muitos títulos. Infelizmente, não aconteceu", lamentou-se, em sua despedida. De minha parte, não há muito o que comentar, além do que já foi pisado e repisado aqui nesse blog: Ney Franco pode ser mediano ou mesmo fraco, mas esse time do São Paulo - com Lúcio, Tolói, Ganso e, principalmente, Juan e Douglas - nem Jesus Cristo pode dar jeito.

Agora, já especulam os nomes de Paulo Autuori e Muricy Ramalho. Como se vê, depois de Paulo César Carpegiani e Emerson Leão, o presidente Juvenal Juvêncio continua pensando "pra frente"...

sábado, abril 09, 2011

Com ovos, é perfeitamente possível fazer omelete

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Fiquei no aguardo dos santistas comentarem alguma coisa sobre a contratação do Muricy Ramalho mas, achando muito curiosa a reação da mídia esportiva (ah, a mídia esportiva...), resolvi me adiantar. O que mais tenho lido e ouvido, desde quando a ida de Muricy pra Vila Belmiro era só especulação até sua oficialização no cargo, é que o treinador é retranqueiro, joga feio e não vai dar certo com o time rápido, habilidoso e de muitos gols como é o Santos, desde o primeiro semestre de 2010. Os palpiteiros insistem que ele arrumará a defesa mas prejudicará o ataque, vai mandar os atacantes voltarem toda hora e blá, blá, blá.

Não concordo. Muricy usa o que tem, não tinha como ele fazer milagres com um São Paulo de Aloísio, Alex Dias, Souza, Joílson, Jadílson. Vai daí, acertou a defesa e mandou chuveirar bola na área dos adversários ou cavar faltas ou escanteios que resultassem em gols. No Palmeiras, a mesma coisa. Tinha algum craque naquele time? Uma linha de ataque veloz e habilidosa? No Fluminense, ele tinha o Conca. E só. O resto não se comparava nem de longe aos meninos da Vila. Por isso, agora, Muricy terá a chance de provar que, com excelentes jogadores, dá pra ganhar e jogar bonito.

Ou não. Mas é melhor aguardar pra ver do que condenar o homem logo de cara, não acham? Pra mim, se o Santos passar dessa fase na Libertadores, levanta o caneco. Aposto meia dúzia de Heineken no buteco a escolher. Alguém topa?

segunda-feira, abril 04, 2011

Niquinha!

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No "Almanaque de Cultura Popular Brasil - Todo dia é dia", de Elifas Andreato e João Rocha Rodrigues (Ediouro, 2009), a data 14 de janeiro, "Dia do treinador de futebol", é ilustrada com uma historinha do folclórico João Avelino (foto), sobre quem fiz um post na época de sua morte, há pouco mais de quatro anos. Em 1986, quando ele treinava o América de Rio Preto, encheu o vestiário do time com velas e imagens de santos. Foi quando recebeu a visita do empresário J. Hawilla, que havia assistido a Copa do Mundo no México.

" - Pô, João, você é muito antiquado. Acabei de acompanhar a seleção argentina, campeã do mundo. O técnico Carlos Bilardo mostrou que os jogos devem ser ganhos com a modernidade. Aí eu entro no vestiário do meu time e vejo você com velas. Tenha dó!

Avelino abraçou Hawilla e perguntou:

- Quem é mesmo o número dez do Bilardo?

- O Maradona.

- Pois é. O meu é o Niquinha. O Niquinha!"

quinta-feira, março 31, 2011

Dessa vez, o 'Professor Pardal' errou o 'invento'

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Na semana passada, comentei em um post que, apessar da derrota para o Paulista de Jundiaí, o São Paulo tinha jogado muito bem e criado várias chances de gol. Falhas nas finalizações e na cobertura da defesa impediram um resultado melhor. Já na partida de ontem em Recife, contra o Santa Cruz, pela Copa do Brasil, a equipe não foi nada bem. Não criou quase nada, confundiu o meio de campo e, mais uma vez, contou com falha da defesa para perder por 1 a 0. Responsabilidade direta do técnico Paulo César Carpegiani (foto), que cometeu o absurdo de deixar Carlinhos Paraíba no banco na primeira etapa.

Por mim, Carlinhos, que atravessa boa fase, deveria ter entrado jogando - e justo no lugar do estabanado Rodrigo Souto, que, apesar de ter ido bem contra o Corinthians, ainda está sem ritmo de jogo e meio desentrosado com os zagueiros (seu gol contra mostrou muito disso). Não acho que a entrada de Rivaldo tenha sido equivocada. Ele acertou um belo voleio, defendido pelo goleiro do Santa Cruz, e fez outras boas jogadas. Porém, num jogo veloz e sob o forte calor nordestino, ele poderia ter entrado no segundo tempo. Marlos era o homem para ter começado como titular, para segurar a marcação e liberar mais o - hiper-ultra bem marcado - Lucas. E o problema, pra variar (ou não variar nada), é a lateral direita, onde os improvisados Rhodolfo e Jean sempre passam sufoco. Não por acaso, o atacante Gilberto (que vem para o Corinthians) fez a jogada por ali para cruzar na área e provocar o gol contra de Souto.

Enfim, o São Paulo segue irregular e sem padrão tático. Se no domingo conseguiu anular o meio campo do Corinthians e isolar Liédson, no jogo seguinte muda a escalação e deixa Dagoberto e Fernandinho sem muitas opções. Outro erro foi colocar Ilsinho e Lucas pra jogar juntos, quando fazem a mesma função. Resultado: ambos bateram cabeça com Marlos e não conseguiram criar nada na maior parte da segunda etapa, quando o Tricolor jogava com um homem a mais. Tirar Junior César da esquerda, que jogou bem no domingo, e retornar Juan, que peca muito na criação e no apoio, também foi outra decisão estranha do "Professor Pardal". Tudo bem que o técnico ainda está fazendo testes e ajustes. Mas, numa fase de mata-mata, como a da Copa do Brasil e a próxima do Paulistão, apostar em muitas mudanças de um jogo para o outro pode ser um grande e irreversível erro. Aguardemos o jogo de volta...

segunda-feira, março 21, 2011

Convite tentador

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Na ânsia de contratar imediatamente o técnico Muricy Ramalho, que insiste em ficar mais 20 dias "de férias", o presidente do Santos, Luís Alvaro de Oliveira Ribeiro, resolveu apelar:

"Quando ele quiser, acertamos isso tomando caipirinha e comendo um camarão. Sei que precisa de descanso, mas desejo que a gente acerte, por mim, pelos jogadores, pelo Brasil e por você [Muricy]. Não dou palpite em escalação e o treinador merece nossa confiança, ainda mais você. Por mim, começa hoje", disse o mandatário, nesta segunda-feira, à Rádio Globo.

Será que o treinador vai resistir à tentação? Se Muricy acertar com o Santos daqui para amanhã, vai ficar com fama de cachaceiro...

quinta-feira, outubro 07, 2010

O problema da autoridade sobre o elenco

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Gabriel Saraceni, na coluna "Visão do treinador" de hoje do jornal Lance!, faz uma observação sobre os 2 a 0 do São Paulo ontem, contra o Vitória (vídeo acima), estreia do técnico Paulo César Carpegiani, que considerei reveladora: "Impressionante o que todos correram, deram carrinho, vibararam e conversaram. Nem parecia um time que não tem mais tantas pretensões na competição. Foi tudo muito diferente dos 14 duelos com Baresi à frente". Fiquei com a mesma impressão.

Tudo bem que, em qualquer lugar, os jogadores costumam "mostrar serviço" para agradar um novo treinador, e também que o sofrível Vitória, 14º colocado, foi uma presa fácil. Mas uma coisa ficou nítida: a diferença de autoridade de um técnido de fato, oficializado no cargo, e a de um interino que nunca teve respaldo da diretoria. Carpegiani parece ter recebido uma "carta branca" para tentar melhorar alguma coisa. E os jogadores perceberam sua autoridade.

Continuo duvidando do potencial do São Paulo neste campeonato. Há muitas deficiências, muitos jogadores medíocres, posições sem atletas de ofício e pouco tempo para moldar um time realmente competitivo. Além do que, Carpegiani nunca foi e não é nenhum talento excepcional como técnico. Mas ele fala e o elenco responde, isso já é um avanço incrível no apático e displicente (pra não dizer acomodado) time que o São Paulo apresentou nesta improdutiva temporada.

Tomara que, no mínimo, Carpegiani possa terminar o ano de forma digna, sem derrotas vexaminosas ou ameaça de rebaixamento. E que, ao contrário de Ricardo Gomes, que também parecia não ter autoridade alguma, ele impeça Juvenal Juvêncio de fazer mais uma dúzia de contratações ridículas no início de 2011.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Erro ou acerto?

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A surpreendente demissão do técnico Dorival Júnior do Santos, após o não menos surpreendente confronto com o craque Neymar, é o assunto na boca dos torcedores nesta quarta-feira, dia de clássico do alvinegro praiano contra o líder Corinthians, pelo Brasileirão.

Meu amigo Francisco Neto, um santista de quatro costados (já citado aqui), considerou a demissão um erro. E justificou:

- A demissão do técnico e a escalação do Neymar contra o Corinthians pode resolver um jogo, mas não o campeonato. Aliás, além de prejudicar o time na competição, compromete o projeto todo que se iniciou com Dorival, e que deveria sobreviver até a uma eventual saída do Neymar, como sobreviveu às saídas de André e Robinho.

Interessante a análise desse torcedor santista. De minha parte, acho que a diretoria deveria ter definido o prazo de suspensão de Neymar logo no dia seguinte ao jogo em que ele bateu boca com o técnico. Devia ter ficado explícito: vai ter 1 jogo de suspensão, ou 2, ou 15 dias - sem volta, sem perdão. Como não fizeram isso, ficou vago. E a torcida, naturalmente, pressionou pela volta do craque no clássico. Dorival se sentiu humilhado e peitou o clube, barrando Neymar sem falar com ninguém. Aí, a diretoria não tinha mesmo outra coisa para fazer.

Uma pena. Dorival Júnior merece aplausos pelo o que fez no Santos. E merecia o prêmio de disputar a Libertadores com o time.

terça-feira, abril 13, 2010

Perdendo a chance de ficar quieto

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Essa eu decidi postar só para o deleite e as considerações do Glauco:

- "Eu não sei se essa molecada do Santos consegue segurar a pressão. O São Paulo levou dois gols, e na volta para o segundo tempo eu vi o Hernanes cobrando um colega. Foi uma atitude de quem tem experiência e eu não sei se o Santos, caso leve um gol do São Paulo [na partida de volta], vai conseguir segurar a bronca", disse Vanderlei Luxemburgo, técnico do Atlético-MG.

- "Não sei se o Robinho aguenta, se o Edu Dracena, que é o capitão, aguenta", reforçou o treinador, confundindo o capitão santista [na verdade é Robinho].

sábado, julho 18, 2009

Vitória simples para dormir na liderança

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Depois do Atlético-MG, a manhã de domingo encontra um novo líder do brasileirão. O Palmeiras venceu o Santo André por 1 a 0, placar construído no primeiro tempo, por Diego Souza. Foi a quarta vitória seguida de Jorginho em cinco partidas, sem conhecer o que é derrota.

Se Internacional ou Atlético-MG vencerem, podem passar o alviverde paulista. Assim como os mineiros, o desempenho das últimas temporadas mina um pouco a credibilidade de que a equipe terá capacidade de manter essa regularidade. Como não há um time mostrando um futebol regular nem um de campeão, a liderança e posições próximas a ela devem ser comemoradas.



Cleiton Xavier foi bem, assim como o autor do gol. Wendel e Armero parecem ter resolvido os problemas do time pelas laterais. Edmilson, atuando como volante garante mais qualidade ao meio campo do quase efetivado no cargo Jorginho.

É curioso constatar que os jogadores mostram disposição a toda prova. Pierre continua a ser Wendel sempre foi esforçado, mas também limitado. Agora, ofensivamente, é uma alternativa e tanto, além de tapar o outrora esburacado lado direito. O camisa 7 Diego Souza e o 10 Cleiton Xavier estão acordadíssimos do começo ao fim. Obina e Ortigoza, titulares do ataque com a sombra de Willians, também. Pierre é o segundo maior ladrão de bolas do campeonato e Maurício mostra uma estabilidade que a zaga verde não conhecia desde Henrique.

Por isso, quando o Marcos, o Goleiro, pede definição da diretoria, parece que o plano do elenco é continuar a ajudar o treinador.

Então, fica, Jorginho, ué?!

Participações inusitadas
Do lado do Santo André, dois jogadores merecem destaque por motivos inusuais. Marcelinho Carioca foi decisivo por fazer uma falta forte em Diego Souza na primeira etapa. Cobrada por Cleiton Xavier para Obina, para a bola sobrar para o mesmo Diego fazer o gol. Para quem costumava decidir a favor do seu time, é divertido que tenha permitido a criação do lance mais importante para a partida do time adversário.

O outro foi Pablo Escobar, boliviano homônimo do comandante do Cartel de Medelín morto em 1993 e dono dos hipopótamos agora mortos. Apesar da aparente vitalidade que garantiu ao time de Sérgio Guedes no início do segundo tempo, ele não chegou a chamar mais atenção pelo futebol do que pela alcunha.

quarta-feira, dezembro 05, 2007

Mano Menezes é o novo técnico do Corinthians

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A diretoria do Timão queimou minha língua, pelo menos em parte, e se movimentou rapidamente para resolver a questão do comando do time. Nelsinho foi demitido e, poucas horas depois, Mano Menezes, ex-Grêmio, acertou com o Corinthians.

Mano se apresenta nesta quarta-feira, às 18h, no Parque São Jorge. O blog do PVC diz que o salário dele será de R$ 360 mil mais bônus de R$ 1,5 mi pela volta à Série A. Os valores são especulação, mas chamam a atenção primeiro porque são altos. Segundo, porque para ganhar o tal bônus, Mano precisa ficar no clube até o final de 2008, um ano inteiro, o que faz muito tempo que não acontece no Corinthians.

Mano, no mínimo não é Nelsinho, e isso muito me alegra. Está acostumado à Série B e a trabalhar com pouco material humano. Teve bons resultados no Grêmio com um time limitado, ainda que jogando um futebol, digamos, de limitados atributos estéticos. Na conjuntura, pode cair bem. A notícia me alegra também porque, nessas circunstâncias de fim de campeonato, o Corinthians costuma levar uma eternidade para contratar técnicos e jogadores, perdendo tempo importante de preparação.

Enfim, boa sorte Mano Menezes e vamos ver no que dá.

sexta-feira, novembro 24, 2006

Figuraça: morre ex-técnico João Avelino

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Morreu hoje o folclórico ex-técnico de futebol João Avelino (foto), vítima de complicações do mal de Alzheimer, doença que o vitimava há quatro anos. Nascido na cidade mineira de Diamantina, estava com 77 anos. Figuraça, Avelino teve passagem como treinador por Corinthians, Palmeiras, Paysandu, Nacional da Comendador Souza e América de São José do Rio Preto, entre outras dezenas de clubes. Seu último trabalho, antes de ter a doença diagnosticada, foi em um projeto da Prefeitura de São Paulo para crianças carentes, no centro olímpico do Ibirapuera.

Entre os 'causos' que o tornaram famoso no futebol, contam que, para empatar jogo, já mandou martelar as traves, para o gol ficar menor, e até soltar uma mula brava no gramado do Canindé, para esburacar o campo. No Clube Atlético Taquaritinga, onde disputou a 1ª divisão do Paulista (e caiu) em 1984, consta que mandou colocar uma estátua de Nossa Senhora no vestiário e, quando os jogadores iam se trocar, ele virava a santa de costas, "pra não ver homem pelado".

Cheguei a entrevistar João Avelino há dez anos, em Piracicaba, depois de um amistoso na fábrica da Pirelli do qual participou o Mazola, ex-palmeirense que iniciou a Copa de 58 como titular, no lugar de Pelé. Na entrevista com Avelino, ele me disse que o celular (novidade na época) ia acabar com muitos jogadores, pois "as moças não vão dar sossego pra esses vagabundos".