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quinta-feira, dezembro 03, 2015

Um pra cada e um sem nada

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Time do Palmeiras levanta a primeira taça em sua nova e moderna arena

Como eu desconfiava (leia aqui), o lado alviverde da força venceu a Copa do Brasil. Ao contrário de 2014, quando o futebol paulista não ganhou nada (leia aqui), encerramos este ano com um título para o Santos (Campeonato Paulista), um para o Corinthians (Brasileiro) e um para o Palmeiras (Copa do Brasil), enquanto o São Paulo (de novo) termina uma temporada sem nada. A recuperação palmeirense, que, do quase rebaixamento para a Série B do Brasileiro há exatamente um ano, reergueu-se com um novo estádio, várias contratações, duas decisões disputadas este ano e um título conquistado, demonstra que a partir de agora haverá um novo "Trio de Ferro" no Estado, depois de seis anos de predomínio corintiano e santista.

Corinthians venceu o Brasileiro, oitavo título conquistado de 2008 pra cá

De 2008, quando o São Paulo ganhou seu último título importante, o Campeonato Brasileiro, pra cá, o Corinthians levantou oito taças (Mundial, Libertadores, Recopa Sul-Americana, dois Brasileiros da Série A e um da Série B e dois Paulistas), o Santos sete (Libertadores, Recopa Sul-Americana, Copa do Brasil e quatro Paulistas) e o Palmeiras, três (duas Copas do Brasil e um Paulista). No período, além do Brasileiro, o Tricolor venceu uma minguada Copa Sul-Americana. Detalhe: o São Paulo é único que nunca venceu uma Copa do Brasil, assim como foi o último a conquistar um título do extinto Torneio Rio-São Paulo, já nos anos 2000, quando na década de 1950 os três arquirrivais - e até a Portuguesa! - já tinham esse troféu. E se autointitula "soberano"...

Santos ergue o troféu do Paulistão: sempre revelando garotos bons de bola

O prognóstico realista, para os próximos anos, é ainda mais sombrio para os sãopaulinos. Imerso em crise administrativa e financeira, que reflete dentro de campo, o clube vê Corinthians e Palmeiras inflarem seus cofres com patrocínios forte e suas novas, modernas, acessíveis e multifuncionais arenas, que geram grandes contratações e, lógico, títulos, e o Santos mantendo sua rotina de revelar moleques bons de bola, que são vendidos a peso de ouro, e sempre beliscando um troféu aqui ou acolá. Neste fim de temporada, o Tricolor, milagrosamente, ainda tem chance de conseguir uma vaguinha da Libertadores. Mas, como já questionei aqui, pra quê disputar a Libertadores? Caindo no grupo de Palmeiras ou Corinthians, vai passar vexame (de novo)...

Fim de feira: Tricolor vê rivais campeões e é massacrado dentro de campo

E se o Goiás vencer o São Paulo no domingo, o Feliz Natal dos rivais será completo...



quarta-feira, junho 05, 2013

Pinceladas cariocas - O embate RJ x SP no Brasileirão

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por Enrico Castro

Wellington e Carlinhos: fora do Flu?
Chegamos à terceira rodada do Brasileirão e, apesar do campeonato ainda estar em estágio embrionário, seria possível fazer algumas previsões, não fosse a temida janela de transferência para Europa, que, começando por Neymar, já está sacudindo os bastidores de diversas equipes. Só para citar alguns dos clubes que terão suas equipes enfraquecidas, o Fluminense pode ser devastado com as possíveis saídas de Wellington Nem, Carlinhos e Samuel, enquanto o Botafogo pode perder Jefferson e Dória, este para o Cruzeiro. O Atlético-MG já está se despedindo de Bernard, o Corinthians deve negociar Paulinho, Internacional pode vender Damião, e o Grêmio deve ficar sem Fernando. 
Flamengo iniciou 'sequência carioca' em 2009
A verdade é que, mesmo com baixas sensíveis, estas devem ser as equipes que não farão apenas papel de figurantes em 2013. Particularmente, aposto nos times do Rio de Janeiro, que vêm mostrando sua superioridade nos últimos anos, com três títulos contra apenas um de São Paulo. Por falar em quantidade de títulos, abro aqui um parêntesis para dizer que vou restringir a comparação feita nesta dissertação a RJ e SP. Esta área de abrangência faz-se necessária em razão dos demais estados estarem há anos luz de distância no que tange à quantidade de títulos brasileiros. Os únicos que interrompem a dobradinha RJ/SP e fazem alguma graça a cada 10 anos são os times de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com três e cinco títulos, respectivamente. Títulos de times dos demais estados acontecem com menos frequência que a passagem do cometa Halley pela órbita da Terra. 
Jornal paulista noticiando conquista do Santos após disputar 4 jogos
Apesar do RJ levar vantagem recente, historicamente SP leva a melhor. Se considerarmos apenas a era pós 1971, os times de Sampa conquistaram 18 títulos, enquanto os cariocas levantaram 13 canecos (maldito Bangu, que perdeu nos pênaltis a decisão para o Coritiba em 85...). Entretanto, se levarmos em conta a nova regulamentação da CBF, que passou a considerar campeão brasileiro todo e qualquer time que tenha vencido um torneio nacional meia-boca entre 1959 e 1970, onde em algumas ocasiões o “campeão” precisou disputar apenas quatro partidas, a diferença aumenta: SP 28 x 15 RJ. Sejam honestos, “paulistada”! Equiparar um título conquistado no atual formato do Campeonato Brasileiro com os do século passado, listados abaixo, é uma afronta! 
1960 – Palmeiras (quatro jogos, três vitórias e um empate) 
1963 – Santos (quatro jogos, quatro vitórias)
1964 – Santos (seis jogos, cinco vitórias e um empate)
1965 – Santos (quatro jogos, três vitorias e um empate) 
1966 – Cruzeiro (oito jogo, sete vitórias e um empate)
Guarani, primeiro time do interior a vencer o Brasileirão, há 35 anos
Estes torneios deveriam, no máximo, com muita boa vontade, terem a equivalência de uma Copa do Brasil. Se assim fosse, a diferença entre RJ e SP seria reduzida. Placar moral: SP 24 x 15 RJ. No duelo entre capitais, onde seriam descartados os títulos de Santos (8) e Guarani (1), o jogo está empatado: SP 15 x 15 RJ. Confesso que comecei a simpatizar com a visão por este prima. E para ratificar minha aposta nos times do RJ para este ano, apesar de ainda ser cedo, basta olharmos a tabela de classificação. Temos dois cariocas e um paulista no G4, sendo que o Fluminense tem um jogo a menos, tendo portanto a possibilidade de se tornar líder. Enquanto isso, na outra ponta da tabela, temos um paulista e nenhum carioca no Z4. Mero acaso?
Enrico Castro é tricolor (do Rio!), analista de sistemas, servidor público. Entende tanto de futebol que tem certeza que o Dimba (aquele mesmo do Goiás, Botafogo e etc) é um craque e brilharia na Champions League. Não é preciso dizer mais nada.

quinta-feira, maio 16, 2013

Com nação e sem noção

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Em 2011, quando o Corinthians foi eliminado da Libertadores, um amigo comentou sobre as gozações ouvidas por um corintiano chamado Roberto Lima. Pois bem, depois do golaço do Riquelme no Pacaembu, ontem, surge a notícia de que um outro integrante da nação corintiana está passando por situação ainda mais embaraçosa: além de ter batizado o filho como Juan Riquelme (porque o Boca Juniors venceu o Palmeiras nas Libertadores de 2000 e 2001), Rodrigo Guimarães ainda tatuou o nome do jogador - e do filho - nas costas. Pois é. O mundo (da bola) dá voltas...


(Foto: Rafaela Gonçalves/ Globoesporte.com)

sexta-feira, março 25, 2011

Majestoso tem equilíbrio só no Paulistão

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Corinthians e São Paulo fazem, no próximo domingo, o 168º confronto válido por um Campeonato Paulista. E até aqui, em 167 jogos disputados durante 75 anos nessa competição, há equilíbrio: foram 58 vitórias dos alvinegros (235 gols marcados), 55 dos tricolores (242 gols) e 54 empates. Já no placar das decisões disputadas entre os dois clubes na competição, também há apenas uma ligeira vantagem corintiana, com vitórias nas finais de 1938, 1982, 1983, 1997 e 2003. Os sãopaulinos, por sua vez, triunfaram nas decisões de 1957, 1987, 1991 e 1998. Mas os alvinegros ainda despacharam os rivais em quartas ou semifinais nas edições recentes de 1993, 1999, 2001 e 2009, entre outras. Na semifinal de 2000, deu São Paulo.

Porém, se há equilíbrio especificamente na disputa do Paulistão, o retrospecto geral mostra que "majestoso", mesmo, é o Corinthians. Desde 1936, ano do primeiro confronto, são 290 jogos, com 111 vitórias alvinegras (424 gols marcados), 87 tricolores (390 gols) e 92 empates. A primeira partida foi um amistoso disputado no Parque São Jorge em 22 de março de 1936, com vitória do Corinthians por 3 a 1. E o último clássico ocorreu no Brasileirão, em 7 de novembro de 2010, com placar de 2 a 0 para os corintianos. O alvinegro não perde para o São Paulo há mais de quatro anos e no domingo defenderá um tabu de 11 jogos, 7 vitórias e 4 empates.

Além do tabu, o clássico terá também a expectativa pelo possível 100º gol de Rogério Ceni, de acordo com a contagem sãopaulina (a Fifa não reconhece dois gols marcados em amistosos). Do outro lado, o goleiro Julio César tentará se manter invicto e não vazado pelo Tricolor, pois, nos dois clássicos que disputou, o Corinthians venceu por 3 a 0 e por 2 a 0. Vamos relembrar, na sequência, alguns dos jogos marcantes entre os dois clubes, exclusivamente pelo Campeonato Paulista:

Corinthians 1 x 1 São Paulo (23 e 25/04/1939) - Primeira vez que o São Paulo disputava a decisão de um estadual, o de 1938, com a competição sendo estendida até o início do ano seguinte. A vitória por 1 a 0, gol de Mendes logo aos 2 minutos de jogo, garantia o troféu. Mas a partida teve que ser interrompida 20 minutos depois, por causa de forte chuva, que obrigou o adiamento do resto do jogo para dali a dois dias. Na volta, Carlito (foto) empatou e deu o título ao Corinthians, que sagrava-se bicampeão invicto. Os sãopaulinos disseram que o gol foi feito com a mão.

São Paulo 3 x 1 Corinthians (29/12/1957) - Quase duas décadas depois, os rivais voltaram a se enfrentar em uma final do Paulistão. O clima era tenso. Na primeira fase, quando empataram por 1 a 1, o corintiano Alfredo quebrou a perna em lance com o sãopaulino Maurinho. Dias depois, Luisinho, o "Pequeno Polegar" do Parque São Jorge, encontrou o artilheiro tricolor Gino na rua e lhe deu uma tijolada. No entanto, comandado pelo veterano Zizinho (foto), pelo ponta-esquerda Canhoteiro e pelo técnico húngaro Bella Gutman, o São Paulo venceu a decisão.

Corinthians 1 x 1 São Paulo (17/12/1967) - Na década de 1960, o São Paulo optou por despejar todo o seu dinheiro na construção do estádio do Morumbi, relegando o time de futebol ao décimo plano. Foram anos terríveis, com jogadores idem. Mas o jejum de dez anos sem título esteve muito próximo de ser quebrado em 1967. Na última partida, a vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians garantia a faixa de campeão. Porém, aos 45 do segundo tempo, Benê (foto) empatou para o rival e obrigou o São Paulo a disputar um jogo desempate com o Santos de Pelé. O Tricolor perdeu por 2 a 1.

São Paulo 1 x 0 Corinthians (13/09/1970) - Completo o estádio do Morumbi, o São Paulo voltou a priorizar o futebol e contratou o canhotinha Gérson, campeão na Copa do México, o tricampeão paulista pelo Santos Toninho Guerreiro e os uruguaios Pablo Forlán e Pedro Rocha. Em um Paulistão disputado por pontos corridos, a quebra do jejum de 13 anos sem títulos veio com uma vitória por 2 a 1 sobre o Guarani, em Campinas. Mas a verdadeira festa aconteceria na última rodada da competição, no Morumbi lotado, com uma vitória sobre o rival Corinthians, gol do ponta-esquerda Paraná (foto).

Corinthians 3 a 1 São Paulo (12/12/1983) - O São Paulo era bicampeão paulista e tinha três jogadores que disputaram a Copa de 1982 como titulares pela seleção brasileira, Valdir Peres, Oscar e Serginho Chulapa. Mas o Corinthians, além do "doutor" Sócrates, tinha Casagrande (foto), Zenon, Biro Biro, Ataliba e outros jogadores que marcariam a chamada "democracia" no Parque São Jorge. A vitória em pleno Morumbi deu o primeiro título àquele grupo, e o bicampeonato viria em cima do mesmo São Paulo, no ano seguinte. Os tricolores só voltariam a vencer uma decisão contra o rival em 1987.

São Paulo 3 x 0 Corinthians (08/12/1991) - Depois de perder a decisão do Brasileiro de 1990 para o Corinthians, o São Paulo se via obrigado a dar o troco na disputa do título paulista do ano seguinte. E, logo na primeira partida, o meia Raí (foto) chamou a responsabilidade para si e arrasou o rival, fazendo três gols e liquidando a fatura (no jogo de volta, o time do técnico Telê Santana só segurou o empate sem gols e levantou a taça). O Corinthians voltaria a conquistar um Campeonato Paulista jogando contra o São Paulo somente em 1997, com um empate em 1 a 1 no jogo decisivo.

Corinthians 5 x 0 São Paulo (10/03/1996) - As pessoas ainda comentavam o acidente de avião que matou todos os integrantes da banda Mamonas Assassinas, uma semana antes, quando o Corinthians literalmente atropelou o São Paulo na primeira fase do Paulistão, em jogo disputado em Ribeirão Preto. O "animal" Edmundo (foto) fez dois dos cinco gols naquela que ainda é a maior goleada do clássico. Souza, Róbson e Henrique completaram o placar contra o time recém-assumido por Muricy Ramalho, após a doença que havia afastado Telê Santana do futebol, em janeiro.

São Paulo 3 a 1 Corinthians (10/05/1998) - No primeiro jogo da decisão, o Corinthians do técnico Vanderlei Luxemburgo venceu por 2 a 1 e a imprensa falou em "nó tático" sobre o São Paulo de Nelsinho Baptista. Irritado, o técnico tricolor sacou Dodô do time e botou Raí, que tinha voltado naquela semana da França e disputaria sua primeira partida no retorno ao Brasil. Resultado: o veterano mandou na decisão, fez o primeiro gol e deu o passe para França (foto) fazer o segundo - o atacante ainda faria outro, após passe de Denílson, que se despediu do São Paulo naquele dia.

Corinthians 3 x 2 São Paulo (22/03/2003) - Depois de despachar o rival em duas fases mata-mata em 2002, na Copa do Brasil e no Torneio Rio-São Paulo, o Corinthians voltou a vencê-lo no ano seguinte. Foi a última final de Paulistão que reuniu os dois times, e o Timão de Jorge Wagner (foto), que depois jogaria pelo São Paulo, e de Liédson, que está de volta agora ao Parque São Jorge, venceu as duas partidas decisivas, por placares idênticos, e levantou a taça. A derrota teve sérias consequências no Morumbi, com as saídas de Ricardinho e Kaká logo depois, sob pressão da torcida.

São Paulo 3 x 1 Corinthians (11/02/2007) - Os sãopaulinos nem desconfiavam, mas aquela seria a última vitória sobre o Corinthians antes de um longo tabu, que já dura mais de quatro anos. Naquele jogo do Paulista de 2007, Lenílson (foto), Rogério Ceni e Leandro fizeram os gols do tricolor. De lá para cá, o Corinthians conseguiu vitórias marcantes, como nas semifinais do Paulistão de 2009. Na primeira partida, Cristian marcou o gol da vitória nos acréscimos. Já no segundo jogo, Ronaldo arrancou do meio campo para fazer um gol fenomenal.