Antes da partida, quase
toda a mídia esportiva lembrava que o Santos, recentemente, tem levado
a pior contra o Palmeiras, mesmo em ocasiões nas quais tinha time
superior (o que é verdade). E também destacando que Neymar tinha,
até a partida, 29%
de aproveitamento contra o Alviverde. Esta, a propósito, era uma
das três matérias negativas em relação a Neymar no portal Uol,
nenhuma delas original. As outras duas diziam respeito a uma
reportagem curiosa da Forbes sobre possíveis gastos excessivos
do atacante (ah, como ele tem pais em todo o mundo) e outra
comentando a respeito de um colunista do Ole que disse que o
atacante praticava “futebol
foca”, tal qual Cristiano Ronaldo. Realmente, está faltando
pauta.
Sempre ele. (Santosfc)
Talvez por conta desse
seu histórico contra o Palmeiras, o atacante foi individualista em
excesso na primeira etapa, buscando resolver por conta própria
quando nem sempre era a melhor opção. Com os donos da casa
procurando mais o gol (ainda que sem criar muita coisa, exceção de
um lance de Barcos, que tentou uma assistência para Mazinho), o
Alvinegro não conseguia levar perigo nos contra-ataques, a exceção
foi uma jogada do Onze santista, aos 29 minutos. Uma partida
truncada, pegada e, nesse cenário, foi o Palmeiras quem marcou aos
41, uma grande finalização fora da área de Côrrea, que ainda
tocou no gramado e ganhou velocidade antes de entrar.
No entanto, ainda no
primeiro tempo, Ganso, que pouco fazia àquela altura, sofreu uma
falta desnecessária de Valdívia que voltou pra mostrar “vontade”,
ao marcar na intermediária. Neymar cobrou a falta que vale o
adjetivo dos locutores de rádio de outrora: magistral, sem chances
para Bruno.
Na segunda etapa, o
Santos voltou tocando mais a bola, marcando melhor no meio de campo e
não deixando o Palmeiras fazer a pressão que tentou no tempo
inicial. Mais uma vez coube ao Onze peixeiro “achar” uma
finalização no canto direito do arqueiro rival. A partir dali, deu
pra perceber o quanto a situação palmeirense na tabela pesa.
Jogadores errando passes fáceis, nervosismo e poucas chances
efetivas de gol. As duas principais foram com Barcos. O avante
desperdiçou diante de Rafael e, mais tarde, cabeceou certo mas
esbarrou em uma defesa incrível do arqueiro santista.
Essa última
finalização de Barcos, aliás, veio depois de uma oportunidade
espetacularmente perdida por Ganso que, à frente do goleiro,
preferiu dar o passe – errado – para o lado. Mas o meia, ainda
santista, merece um capítulo à parte aqui.
O Santos consegue assim sua terceira vitória seguida, sendo duas em clássicos, e termina o primeiro turno em uma posição menos vexatória do que se ensaiava. Dos últimos quinze pontos, foram treze ganhos, e o sonho da Libertadores ainda está vivo, ainda que o caminho seja árduo e Neymar vá desfalcar o time em algumas ocasiões por conta da seleção.
Caso Ganso
Neymar
tem muitos “pais”. É gente querendo dar lição de ética,
moral, educação cívica, educação financeira, cortesia, relação
com a mídia, gerenciamento de carreira, de como influenciar pessoas
etc e tal. Mas Paulo Henrique Ganso, um jogador que pintou como
grande estrela e, além de estagnar, retrocedeu, não conta com tanta
gente na mídia e na imprensa esportiva, especificamente, lhe dando
conselhos ou ensinando como proceder. Talvez porque alguns – ou
muitos – joguem com a confusão e queiram mesmo que o jogador saia
da Vila, ainda mais se for para times bem quistos pelos media,
como um que “comprou”
o meia no ano passado ou o outro que tenta levá-lo hoje.
Que pena, Ganso... (Ricardo Saibun / Santosfc.com.br)
Claro
que veículos de comunicação são atores desse enredo, não os
principais responsáveis pela situação do meia hoje. Estes são o
próprio jogador e seu estafe, além da diretoria do Santos. Se a
Forbes
se preocupasse com a situação financeira de Ganso, e não de
Neymar, veria que o meia perdeu alguns milhões ao não aceitar uma
das propostas de contrato do clube, lá atrás. Talvez porque,
autossuficiente, o jogador confiasse que iria receber uma proposta
milionária pelo seu futebol. Todas as três propostas recebidas até
agora (Porto, Inter e São Paulo) não são o que se pode esperar
para um atleta que fez outrora atuações dignas de gala. Mas que
muitos enxergam serem coisa do passado.
Uma
rotina de contusões, operações e uma extrema instabilidade fora de
campo fazem de Ganso uma incógnita no futuro. E o cenário de
leva-e-traz que o envolve irritou Muricy Ramalho, que o protege em
entrevistas mas que na coletiva pós-jogo de hoje espetou o colega de
profissão e técnico do São Paulo, Ney Franco, ao afirmar que não
sabia se poderia escalar o meia hoje, já que o “cara lá até
escalou ele”. O fato é que a diretoria do Santos se vê acuada não
só pela movimentação da DIS, que detém 55% dos direitos
econômicos do atleta, mas também por clubes rivais e pela própria
imprensa, que martelou durante toda a semana que a transação
envolvendo Ganso estava concretizada e que era possível até mesmo
ele atuar no clássico de domingo. Só esqueceram de “combinar com
os russos”, no caso, o contratante Santos.
Se
Ganso sair pelo valor da multa, será ótimo para o clube, mas é
pouco provável que isso aconteça sem seus investidores colocarem a
mão no bolso, coisa que aparentemente eles não farão, a despeito
de todo apreço que tentam passar ter pelo atleta. E, caso não seja
negociado agora, a vida seguirá e o meia vai ter que lutar para
recuperar o espaço nobre perdido na seleção, no coração dos
santistas e na mente de quem gosta de futebol bem jogado.
Fora o truco, a sinuca e o dominó, esportes de buteco que todo futepoquense conhece as regras e já praticou na vida, dá uma preguiça danada dessa virada du Kassab, no dia 22, que inclui até declamação de poesia e batalha de DJs. Parece coisa de Kassab...
Como coincide com o dia sem carro, vai aí a sugestão aos manguaças futepoquenses e associados e associadas.
Praticar um esporte recordista em adesão.
A virada de copo.
Não tem regra, só precisa de um conteúdo líquido, necessariamente alcoólico, se possível praticado em grupo na mesa de boteco.
O Vavá pode até organizar o treinamento dos atletas desde hoje.
Aliás, essa história de dia sem carro é plágio do Dia sem Busão e não afeta muito os futepoquenses empedernidos, que têm no bilhete único o passaporte de acesso aos butecos.