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Foto: Divulgação
Isso é um comentário ao post anterior. Por minha própria sugestão (a esquizofrenia se agrava?), publico como novo texto.
Concordamos com os excessos dos comentaristas seduzidos pelas curvas, ou melhor, pelos acertos nas primeiras atuações da Ana Paula. Se ela estava bem, tem que elogiar. Se erra, tem que criticar. Se peca por excesso de personalismo e por posar pra Playboy (acharam as fotos*) e fica fora de forma, não acompanha os lances etc., também tem que criticar – ao que consta, ela permanece em forma, embora seja discutível se desconcentrou-se ou não com tanto assédio.
Mas o "cavalheirismo" criticado não é explicitado no texto link. Diz -se que os testes são femininos, mas não que pontos não são exigidos. Acho que valeria tentar descobrir qual a diferença nos testes.
Ainda assim, desqualificar uma mulher por ela ter passado por um teste físico menos pesado é tão ruim quanto atribuir-lhe capacidades extraordinárias. A crítica do "cavalheirismo" desconsidera toda e qualquer possibilidade de política de ação afirmativa, de cotas para negros nas universidades, a cota de mulheres nas eleições legislativas (1/3 das listas) até incentivos fiscais para setores com dificuldades conjunturais ou estruturais.
Há diferença do objetivo dessas políticas para a presença de mulheres na arbitragem do futebol. Deseja-se negros nas universidades. Deseja-se mulheres na política. Deseja-se que setores economistas não sejam levados à bancarrota. Pergunta-se: deseja-se mulheres na arbitragem?
Senão, proíba-se de vez, como ao sacerdócio na Igreja (forcei, forcei). Se sim, deixa o teste pras moças menos rigoroso.
O que não pode é ter critério diferente para avaliar a atuação na prática. Adianto que discordo que um teste físico menos rígido cause atuações mais fracas.
P.S.: No site da Ana Paula Oliveira, tem uma enquete com a pergunta: "Você acha que a Ana Paula deve continuar na arbitragem?" Às 21h10, o resultado era 53,6% "Não", contra 45,6% "Sim". Apenas 0,8% optaram por "Talvez", muito abaixo dos 3% históricos que "não souberam ou não quiseram opinar". Ao contrário do histórico, votei "Sim". Faltou a opção: "Agradeço se não for nos jogos do meu time", para evitar que minhas convicções sejam postas à prova.
*O parênteses descontextualizado continua a ser um esforço para atrair acessos de buscadores tarados.