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sexta-feira, dezembro 15, 2006

EXCLUSIVO: Vem aí a nova copa americana

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A vitória do mexicano Pachuca sobre o chileno Colo-Colo na final da Copa Sul-Americana por 2 a 1 mostra o quanto o campeonato continental é mais um que não pegou. Da mesma forma que a Mercosul e a Commenbol antes dela, qualquer taça das Américas paralelas à Libertadores não embala.

O Futepoca, em cuja equipe estão especialistas em organizações de calendários e regulamentos mirabolantes para o futebol, formulou um modelo de taça americana extremamente dinâmica e, como não poderia deixar de ser, com a inclusão dos fatores política e cachaça.

Um clube de cada nacionalidade colocado em um grupo correspondente à linha política de quem governa o país. Um para os de chefe-de-estado vermelhinho-esquerdistas e outro para os fascistas ou neoconservadores.

Na chave Simon Bolivar (ou Luis Carlos Prestes, como queiram), com mais tradição no esporte bretão, teríamos:
- Argentina de Néstor Kirchner,
- Bolívia de Evo Morales,
- Brasil de Lula,
- Equador de Rafael Correa,
- Uruguai de Tabaré Vásquez e
- Venezuela de Hugo Chávez.

Já no grupo Ronald Reagan, a composição seria:
- Colômbia de Alvaro Uribe,
- Costa Rica de Oscar Arias Sánchez,
- Estados Unidos de George W. Bush,
- México de Felipe Calderón,
- Paraguai de Nicanor Duarte,
- Peru de Alan Garcia.

Como a vida política americana é dinâmica e tem mudanças abruptas, a formação dos grupos tende a mudar com frequência. Na década de 90, por exemplo, não sobraria ninguém do lado esquerdo. Então, o Chile completaria o grupo que, eventualmente, tivesse menos clubes, visto que os socialistas governam por lá desde 1990 com políticas conservadoras, privatização da previdência e até acordos bilaterais de livre comércio com os Estados Unidos. É um país dividido entre adoradores e odiadores do recém-morto Augusto Pinochet – mas quase todos votaram em Michelle Bachelet. Se as chaves Simon Bolivar e Ronald Reagan tiverem o mesmo número de países, a presidente decide.

Países centro-americanos com pouca ou nenhuma tradição no futebol nem precisam participar. No caso de Cuba, no máximo, poderia ser observadora, fazer número etc. O Canadá idem, mas atualmente do lado direito.

Os campeões de cada grupo disputariam uma final. Possivelmente chamada de taça Cristovão Colombo ou Américo Vespuccio. Se nem isso evitar brigas, a alternativa seria chamar de Taça Caravelas ou Novo Mundo.

Como isto é um blog sério e que inclui a cachaça entre seus assuntos, o prêmio não poderia ser outro: fornecimento de mé-local do país perdedor para o outro de graça durante um ano. As quantidades seriam definidas em uma Cúpula das Américas, antes de recomeçar as discussões sobre a Alca – prioridades são prioridades, por favor.

Será que cola?

6 comentários:

Glauco disse...

Se a gente não consegue empolgar uma competição só pelo fator futebol, vamos unir a política! Fico imaginando a tribuna de chefes de Estado na final com Bush e Chávez lado a lado...

Nicolau disse...

É o futebol colaborando definitivamente na união dos povos. E, contrariando as avaliações dos comunistas de plantão, promovendo a consciência política das massas ao forçar a diferenciação e avaliação dos governos de direita e esquerda. Imaginem a discussão no boteco: "Mas o Lula é um direitista, devia estar com o Bush!" ou "Como pode o Uribe estar na direita? Cara tão progressista!"
Realmente, uma linda proposta.

Nicolau disse...

Ah, sobre os pequenos países centro-americanos, eles provavelmente ficariam automaticamente do lado dos EUA. Aliás, um governo democrata levaria os States para qual grupo?

Glauco disse...

Um governo democrata deixa os EUA onde está. Ou o Kennedy e o Clinton eram de esquerda? Vamos lembrar que ser menos direitista que o Bush equivale a ser mais magro que o Faustão, ou seja, nãoo é vantagem nenhuma...

Tribuna dos Esportes disse...

parabéns,show de bola o post

Equipe Tribuna

Marcão disse...

Anselmo, o que você está bebendo? Socializa isso aí.