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terça-feira, fevereiro 13, 2007

Nem só de violência vive a torcida

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Em meio a brigas de torcida nos estádios e arredores em São Paulo e com a nova modalidade de "pressão" contra jogadores, no caso, ameaças como as sofridas por Marquinhos, dois exemplos interessantes vindos das arquibancadas. Retratados, aliás, do blog Arquibancada - Esporte com Paixão e História. Abaixo, a íntegra do post do jornalista pernambucano José Neves Cabral:

A emoção maior veio das arquibancadas

O torcedor costuma ir a campo em busca de emoção. Quer ver os dribles desconcertantes de seus ídolos, os gols de placa, a vitória de seu time. Mas eis que nesse fim de semana foi o próprio torcedor que levou a emoção maior aos estádios, com gestos de solidariedade, carinho e gratidão. Vamos a eles:

Em âmbito local, vimos o técnico Givanildo Oliveira, do Santa Cruz, ser aplaudido como um verdadeiro herói voltando de uma grande conquista ao pisar no gramado da Ilha do Retiro, domingo à tarde. Os aplausos vieram da torcida do Sport, time que se classificou à elite do futebol nacional no ano passado sob o comando do agora técnico tricolor.

A homenagem não estava programada, ninguém pediu à torcida do Sport que tomasse aquela bela atitude. Os aplausos atingiram em cheio Givanildo, que não conseguiu conter as lágrimas. Ele havia deixado o clube rubro-negro no final do ano porque a diretoria não quis renovar seu contrato, devido a um desentendimento que teve com o vice de futebol Homero Lacerda.

O outro gesto que marcou bastante o fim de semana esportivo foi a homenagem das torcidas de Flamengo e Botafogo antes do empate por 3x3 no clássico carioca, domingo, no Maracanã. Mais de 30 mil pessoas gritaram o nome do menino João Hélio, de 6 anos, morto barbaramente após ser arrastado em um carro por 7 quilômetros durante um assalto, em Bento Ribeiro, no Estado do Rio de Janeiro, na semana passada.

Quem nos dera que a arquibancada fosse sempre palco desses gestos. Belíssimos gestos. Mas ainda raros. E já que eles aconteceram nesse fim de semana, cabe a nós registrá-los e aplaudi-los.

2 comentários:

Anônimo disse...

Bizarra essa situação do Givanildo. Subiu com o Santa, saiu e depois parou no Sport e agora voltou pro tricolor - e consegue ser admirado pelas duas torcidas. Chega a ser engraçado!

Marcão disse...

De qualquer forma, ele foi um dos grandes heróis do Santa Cruz de 1975, primeiro clube do Nordeste a passar para a fase final do campeonato brasileiro (perdeu para o Cruzeiro nas semifinais e terminou em 4º). O Santa de Givanildo, Ramon e Luís Fumanchu surpreendeu o Palmeiras
na capital paulista por 3x2 e o Flamengo, no Rio, por 3x1.