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segunda-feira, dezembro 03, 2007

Acabou, mas ano que vem tem mais

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Difícil escrever sobre isso agora, mas é preciso. Não vou falar de dor, isso é coisa que a gente sofre sozinho, além do que, não teria palavras para tratar do assunto. Todo mundo sabe porque o Corinthians caiu. Os erros e absurdos de Dualib e seus comparsas estão registrados. Dado trágico trazido por André Rizek em seu blog: a folha de pagamento do elenco corintiano é de R$ 1,8 milhões, o mesmo valor gasto pelo Grêmio. Comparem os dois times para ver onde começa um rebaixamento.

A imensa torcida anti-corintiana comemora e zomba. Faz parte. O Corinthians não acaba aqui, como não acabaram o Palmeiras, o Atlético Mineiro, o Grêmio e outros. Mas é preciso fazer como esses times e trabalhar sério e duro para dar a volta por cima. Não tenho muita fé em Andrés Sanches, mas acredito que a situação e a pressão da torcida criaram um clima no clube de pressão por um trabalho decente. Vamos ver o que acontece.

O elenco tem alguns jogadores que podem ajudar e outros que podem vir a ser alguma coisa, como Dentinho, Lulinha, Everton (o lateral-esquerdo), Carlos Alberto, Finazzi, Betão, Fábio Ferreira, até Zelão. Tem o Nilton, volante das categorias de base que começou jogando muito bem e se machucou, e Marcelo Oliveira, outro volante que começou o ano de ala esquerdo, cara inteligente, também machucado. E Felipe, claro. O primeiro passo acho que é segurar o goleiro.

Agora, ter caras como Gustavo Nery, Vampeta, Ailton, Iran, todos provavelmente com salários de alguns milhares de reais, não dá. E Nelsinho, claro, pode pegar o chapéu. Ele, justo ele, ter sido contratado para recuperar o time mostra o quanto a diretoria corintiana entende do riscado. Espero que o baque faça os caras procurarem alguém do ramo para fazer as contratações. Um técnico seria um bom começo (quem vai querer assumir o time nessa situação é outra história...).

Bom, de qualquer jeito, acabou, fazer o que? Pelo menos este ano. Ano que vem começa de novo, outra história, que eu nunca vivi, que o Corinthians nunca viveu. Vai ser difícil, mas sempre é difícil. É assim com o Timão.

8 comentários:

Anselmo disse...

a rigor, o Corinthians disputou a série B do Brasileiro em 1982. Na verdade era a Taça de Prata, equivalente à segundona, por ter feito péssima campanha no paulista, que pré-classificava pra Taça de Ouro, o nacional.

Marcão disse...

O Paulo Vinicius Coelho lembrou essa história ontem, dizendo que a adversidade foi a gênese do time intitulado "democracia corintiana", com Sócrates, Casagrande & Companhia. Mas o raio cair duas vezes...

No mesmo programa (da ESPN), Juca Kfouri telefonou e demonstrou extrema preocupação com o futuro imediato do Curintia. Ele está temeroso pela sorte do time no Paulistão, pois o time será desmontado e não há tempo hábil - muito menos dinheiro - para montar uma equipe minimamente "incaível" (pronto, neologismei).

Kfouri foi sarcástico: "-A solução para todos os problemas, agora, é Antônio Carlos e seu cartão de visitas, Bóvio". Realmente, se eu fosse curintiano, ficava preocupado.

Já no programa do Milton Neves, outro curintiano, Juarez Soares, tentou esbravejar contra o "corpo mole" do Inter e o "roubo" do bandeirinha, mas depois se conformou e defendeu "um time e um técnico de Série B" para o Curintia, em 2008. Para ele, Vagner Benazzi é a solução...

Mas patético, mesmo, foi o Chico Lang na TV Gazeta. Visivelmente mordido, frustrado e enraivecido, Chico disse que os palmeirenses podiam zombar dos curintianos, mas os são-paulinos não, pois "empataram um jogo e perderam outro" do Curintia. Ué, o Santos também não empatou em 1 a 1 na Vila e perdeu por 2 a 0 no Pacaembu? Mas os santistas não foram "proibidos" de zombar por Chico Lang.

Pior: inconformado com os retornos das cobranças de pênalti em Goiânia, Chico Lang perdeu as estribeiras e fez um discurso de 10 minutos contra Rogério Ceni. O apresentador não demonstrou ódio nenhum do Inter, do Grêmio, Goiás, Vasco, Palmeiras, Santos ou mesmo do péssimo time para o qual torce. Toda sua ira foi contra o São Paulo, que não teve nada a ver com os resultados que influíram no rebaixamento (e, como disse, ainda ajudou o Curintia durante o campeonato).

É, deve estar doendo. Freud explica.

Edu Maretti disse...

cara, acho que Chico Lang nem merece ser citado. Entre ele e o nada, fico com o nada.

Anônimo disse...

Triste dia em que o Imperialismo mostrou suas garras. Conquistando duas vitórias sobre o povo... Mas o Curíntia e Chávez se reerguerão!!
Hasta la victória, siempre!!

Anselmo disse...

Maretti, que crime!

O Marcão conseguiu (isso é tema para um épico) assistir a todo discurso do Chico Lang. Isso é algo para poucos.

Ou será que, depois dos resumos das novelas, os jornais estão publicando também o "resumo das mesas-redondas". Se for isso, será que vão publicar adiantado?

Marcão disse...

Guilherme, eu já vi todo tipo de tentativa de demonizar e esculhambar o Hugo Chávez, mas associá-lo ao Curintia foi, de longe, o golpe mais baixo sobre o presidente venezuelano...

Gerson Sicca disse...

Se a folha está nesse valor, o problema então não foi a diretoria anterior. Foi a atual, q não soube contratar. Esse Sanchez é um abobado falador.

Anônimo disse...

Como continuam batendo na mesma tecla, não tenho outra escolha que não fazer o mesmo.
Ocorre que, culpar a torcida é no mínimo infantil, se não for tendencioso e hipócrita.
Confundem ódio pelo time com repúdio àquele que vibrou com os gols de Carlitos e CIA. num time jovem, recém e “mais ou menos” montado no aspecto tático, de jogadores bons, outros razoáveis e até alguns medíocres, cuja máscara caiu depois, com a debandada da MSI.
O torcedor médio não acompanha de perto as questões de bastidores, ao contrário de “nós”, esclarecidos, com acesso à Internet, jornais, revistas... “Formadores de opinião” da instável classe média.
Culpar quem tinha real consciência da nocividade da MSI, e que também vibrou com as jogadas que levaram à conquista de 05, que viria até mais cedo não fosse o Inter ter sido beneficiado em, pelo menos, seis confrontos, é como culpar os quase noventa milhões que vibraram com os gols de Pelé e CIA. em 1970. O fato de termos uma ditadura na época, para a maioria, não era motivo para deixar de torcer pela seleção. Mudando o que deve ser mudado, não fosse a hipocrisia anti-corinthiana, o raciocínio seria o mesmo.