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O Movimento Voto Consciente divulgou um levantamento interessante sobre a Assembléia Legislativa do estado de São Paulo. Num resumo grosseiro: a pesquisa verificou que os deputados lá presentes não primam pela eficácia, perdem tempo com medidas inúteis e não participam de atividades na qual a presença seria, em tese, imprescindível.
Um dos primeiros dados trazidos pela pesquisa diz respeito ao número de comissões. Estas, como se sabe, são os locais onde os deputados passam grande parte da sua rotina de trabalho. São divididas de acordo com temáticas variadas - finanças, saúde, habitação, etc. - e sediam reuniões dos parlamentares para discussões de projetos sobre essas temáticas. A Assembléia Legislativa tem 22 comissões, contra 20 da Câmara dos Deputados. Diferença pequena? Não se olharmos em termos proporcionais. Enquanto em Brasília estão 513 deputados, na AL são apenas 94 parlamentares. Duas comissões a mais para um número quase seis vezes menor de deputados.
Claro que essa "abundância" de comissões resulta em um desprezo por algumas delas. A de Administração Pública teve apenas três reuniões no período avaliado (março de 2007 a março de 2008), e a de Assuntos Municipais, apenas duas.
A pesquisa também identificou quais os deputados mais presentes às sessões ordinárias e aos encontros das comissões. A lista é heterogênea, não dando destaque a nenhum partido em especial. Entre os que estiveram presentes em todas as sessões das comissões que integram, estão o petista Adriano Diogo, o tucano Fernando Capez e o pedetista Aloisio Vieira, entre outros.
Nos destaques negativos, também se vê essa variância. Sete deputados não estiveram em no mínimo 30% das votações nominais da Casa; entre eles, o petista Vanderlei Siraque e o democrata João Mellão Neto.
Vale a pena ler o texto na íntegra. Eu sempre tive uma impressão curiosa sobre a Assembléia. É impressionante como a Casa, no mínimo, não produz notícias; ouve-se falar muito mais da Câmara de Vereadores da capital do que da Assembléia Paulista.
6 comentários:
ah, rapaiz, no dia em que tiver CPI, ela vai produzir algo de bom.
E a CPI na AL de São Paulo só vai existir no improvável, quase impossível, dia em que algum petista ou candidato de esquerda se torne governador.
Se a nossa querida mídia, tão investigativa e interessada no bem público no que se refere ao Congresso Nacional(sic), também prestasse alguma atenção à Assembléia Legislativa e à Câmara Municipal de SP, talvez essas "casas do povo" funcionassem como deveriam. Mas, como sugeriu o "anônimo", enquanto tucanos e demos estiverem no poder, a nossa querida e prestativa mídia prefere o método Ricupero: "o que é bom a gente mostra e o que é ruim, esconde". Notícias de interesse público, com raras exceções, só mesmo na blogosfera. Parabéns, Futepoca!
Efeito Tostines: a mídia não cobre (e cobra) a Assembléia porque lá nada acontece, ou nada acontece porque a mídia não cobre (e cobra) a Assembléia?
a câmara dos deputados funciona porque é coberta pela mídia? Ter cpi é funcionar? O congresso nacional é bem coberto? Ele funciona bem?
dizer que é melhor do que a alesp não vale.
mas bem apontado, olavo.
glauco, o mais novo dos concretos.
é pôr a alesp nos cobres por causa da mídia de cobras.
O programa ABCD MAIOR leva ao ar toda quarta-feira, pelos 1.570 da Rádio ABC AM (às 18h30), uma coluna do jornalista Clóvis Messias sobre as atividades na Assembléia Legislativa. Ele desce a ripa tanto nos deputados da situação quanto da oposição, fala dos ardis do governo Serra e traça um panorama muito interessante das votações mais (e também das menos) interessantes, de forma didática. Quem tiver curiosidade pode acessar o programa, na quarta à noite, pelo site www.abcdmaior.com.br, canto superior direito, seção "No Rádio".
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