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terça-feira, outubro 07, 2008

No butiquim da Política - Com o segundo turno, as férias continuam

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CLÓVIS MESSIAS*

Férias brancas. A Assembléia Legislativa de São Paulo está com as portas abertas, mas em clima de nada acontecendo. Não está trabalhando. Semana passada foi aprovado um projeto criando a inspeção veicular anual que, entre outras coisas, prevê vistoria no chassi, para coibir a clonagem de veículos. Em resumo: outra taxa foi criada. A matéria passou praticamente sem discussão. Os prefeitos farão estas vistorias em seus municípios e cobrarão taxas pelos serviços. Todos aumentarão a arrecadação, prefeituras e o governo do Estado. E, mais uma vez, pagaremos a conta. O projeto ficou 15 dias em pauta, aguardando ser votado. Ele é de autoria do deputado licenciado e candidato a prefeito de Santo André, agora em segundo turno, Vanderlei Siraque (PT).

"-Aqui, até quando dormem, os parlamentares estão com os olhos bem abertos!", comentou um desavisado freqüentador do buteco. Bem, mas as férias continuam, uma vez que a eleição prossegue. Com o segundo turno também na capital, ninguém presta atenção no Legislativo. "-Vai ser aquela história de um olho no peixe e outro no gato", concluiu o tal desavisado no buteco. Dos 32 deputados que saíram candidatos a prefeito ou vice, cinco se elegeram: Antonio Carlos da Silva, do PSDB (à direita), que obteve 25.283 votos (50,44% dos válidos), em Caraguatatuba; Cido Sério, do PT, com 43.093 votos (43,02%), em Araçatuba; Dárcy Vera, do DEM, com 154.793 votos (52,04%) em Ribeirão Preto; Marco Bertaiolli, outro do DEM, com 103.439 votos (53,24%), em Mogi das Cruzes; e Mário Reali, do PT, com 133.893 votos (58,26%), em Diadema.

Outros quatro deputados vão para o segundo turno. Além do já citado Siraque, Orlando Morando, do PSDB, que concorre em São Bernardo do Campo; Sebastião Almeida, do PT (à esquerda), em Guarulhos; e Valdomiro Lopes (PSB), em São José do Rio Preto. Portanto, só 23 parlamentares estão voltando ao batente agora. Como cinco vão sair para assumir prefeituras, a composição da Assembléia Legislativa muda após estas eleições. Das eleições de 2006, os três primeiros suplentes da coligação PSDB-DEM já estão em exercício do mandato. Um deles é justamente Bertaiolli, eleito em Mogi, que ocupou o lugar do secretário municipal de Desburocratização da cidade de São Paulo, Rodrigo Garcia (DEM).

Os outros suplentes que tornaram-se deputados foram Eli Corrêa Filho, do DEM (à direita), que substituiu o secretário especial de Participação e Parceria do município de São Paulo, Ricardo Montoro (PSDB), e Gilson de Souza (DEM), ocupante da vaga deixada por Sidney Beraldo (PSDB), atual secretário estadual de Gestão Pública. Conforme determina a Constituição, Bertaiolli será convocado para substituir Dárcy Vera, como efetivo, mas deverá renunciar em seguida, abrindo espaço para Eli Corrêa se efetivar. Gilson de Souza, por sua vez, receberá a cadeira deixada por Antônio Carlos.

Já no caso dos dois deputados petistas eleitos prefeitos (Cido Sério e Reali), o primeiro suplente a assumir será o colega de partido e ex-deputado Fausto Figueira. Depois vem o suplente Francisco Brito, também do PT, recém-eleito prefeito de Embu. Ao optar por seu novo cargo, Brito abrirá espaço para a ex-deputada petista Beth Sahão (à esquerda), que não se elegeu prefeita de Catanduva. Todos esses suplentes serão convocados por meio de ato do presidente da Casa, deputado Vaz de Lima (PSDB), publicado no Diário Oficial. Quem optar por não assumir a vaga de deputado terá de apresentar termo de renúncia.


*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino, dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa e colabora com esta coluna para o Futepoca.

7 comentários:

Glauco disse...

Descontando o período eleitoral e os recessos (combinados com os escolares), cada deputado deve trabalhar uns dois anos a dois anos e meio a cada quatro. Vamos lutar pela extensão desse direito para todos os trabalhadores. Essa será minha bandeira nas próximas eleições.

Anselmo disse...

como assim? e o manguaça cidadão já foi abandonado?

agora, o que é a secretaria municipal de Desburocratização da cidade de São Paulo? O Rodrigo Garcia é aquele que quem sabia, sabia, votava com a turma que cantava o jingle, federal era kassab e estadual era rodrigo. Cargão, hein?

Marcão disse...

Cuidado, gente, que esse blogue corre o risco de ser acusado de homofobia...

Nicolau disse...

Uma bandeira não exclui a outra. Manguaça Cidadão e jornada de deputado estadual para todos os trabalhadores!

Marcão disse...

Bom, vejam o que diz a Desciclopédia sobre Gilberto Kassab:

"Em 2008, nomeou Rodrigo Garcia, seu marido, para a Secretaria de Desburocratização do Município. Temos, aqui, um raro caso de nepotismo gay."

A íntegra em:

http://desciclo.pedia.ws/wiki/Gilberto_Kassab

Thalita disse...

mais um motivo pra aprovarem logo a união civil dos homossexuais. Aí a contratação do dito cujo seria nepotismo!

Brasileirão disse...

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