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quarta-feira, outubro 08, 2008

Chicão, sentimentos contraditórios

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A primeira impressão foi a pior possível. A já descrita cena aqui por este escrivinhador de Chicão pisando no joelho de Ângelo, já caído na final do Brasileirão de 1977, disputada em março de 1978.

Depois vem a entrada no jogo do Brasil contra a Argentina, na Batalha de Rosário, na Copa de 1978, em que parou los hermanos, favoritos e jogando em casa, quando acabaram precisando da ajuda do Peru para chegar às finais.

Segundo entrevista dada à Gazeta Esportiva sobre esse jogo, Chicão declarou: “Eu só havia atuado meio tempo contra o Peru e meio tempo contra a Áustria. Saí jogando contra a Argentina no lugar de Cerezo porque o Coutinho queria mais pegada”. Diz que o principal pedido do treinador foi para que impusesse seu estilo, mas não fosse expulso. “Os argentinos pretendiam fazer aquela catimba de sempre e não conseguiram. Eu cheguei arrepiando e eles se encolheram”, conta Chicão, que logo no início da partida se estranhou com o artilheiro argentino Kempes, cujo desempenho foi fraco até o apito final.

Dois anos depois do vice-campeonato para o São Paulo, o volante, daqueles genuínamente xerifes, é contratado pelo Galo e torna-se um dos líderes do time que acabaria perdendo a final do Brasileiro para o Flamengo em 1980, num time em que jogavam Cerezzo, Reinaldo, Palhinha, Éder. Melhor falar, neste momento, de sua liderança em campo e um futebol de razoável para bom em times cercados de craques.

Chicão também passou por vários outros times, como Santos e Ponte Preta, mas sem o mesmo destaque dos momentos descritos acima.

Além de ser sinônimo de jogador extremamente viril, tem em seu currículo a passagem por decisões tão importantes para um jogador que nunca foi tão brilhante tecnicamente.

Mas tudo isso agora é história. Chicão, que tinha 59 anos, morreu de câncer nesta quarta-feira.

3 comentários:

Anselmo disse...

bebamos o morto, pois....

Marcão disse...

putz, não tava sabendo disso. chicão foi um ídolo de infância, talvez por ter sido convocado para a Copa de 78. só fui saber que ela "viril" (pra não dizer "carniceiro") dentro de campo muito mais tarde. mas é uma figura histórica do futebol brasileiro, não só pelos grandes clubes em que jogou como pela própria participação na Copa da Argentina. que descanse em paz.

Glauco disse...

Chicão ou Dunga? Quem foi melhor?