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terça-feira, janeiro 06, 2009

Som na caixa, manguaça! - Volume 31

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ROMANCE DE UMA CAVEIRA
(Alvarenga/ Ranchinho/ Chiquinho Salles)

Alvarenga e Ranchinho

Eram duas caveira que se amava
E à meia-noite se encontrava
Pelo cemitério os dois passeava
E juras de amor então trocava

Sentado os dois em riba da lousa fria
A caveira, apaixonada, ansim dizia
Que pelo caveiro de amor morria
E ele, de amor, por ela vivia

Ao longe uma coruja cantava alegre
Ao ver os dois caveiro ansim feliz
E quando eles se beijava, em tom funébre
A coruja, batendo as asa, pedia bis

Mas um dia chegou de pé junto
Um cadáver novo de um defunto
E a caveira pr'ele se apaixonou
E o caveiro antigo ela abandonou

O caveiro tomou uma bebedeira
E matou-se de um modo romanesco
Por causa dessa ingrata caveira
Que trocou ele por um defunto fresco

(Gravação de 1957 no CD "Violeiro Triste", Revivendo, 2005)


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5 comentários:

Nicolau disse...

Que bela canção, impressionante! Uma pérola da produção artística realizada sob efeito do alcool.

Olavo Soares disse...

Meu Deus. Se essa música não teve álcool como influenciadora, mais nenhuma teve no mundo.

Olavo Soares disse...

Achei a preciosidade no Youtube:

http://www.youtube.com/watch?v=tNbSM9JwwyY&feature=related

Glauco disse...

A primeira referência de que me lembro dessa música é quando a campanha do Antônio Ermírio - em 1986 era candidato a governador de SP pelo PTB - fez uma paródia onde as duas caveiras eram Quércia e Maluf. Coisa de alto nível.

Marcão disse...

Eu aprendi essa música na escola (a primeira parte, e com letra um pouco diferente) e, por isso, imaginava que era uma invenção da molecada - como Sabão Crá-Crá, dos Mamonas Assassinas. Fiquei muito surpreso quando soube que tinha autores e que era tão antiga. A gravação de 1957, que aparece no CD citado, é antológica: começa e termina com os gemidos de um "fantasma" com eco (reproduzido ao final de cada frase - por exemplo, "que se amaaaaavaaaaaaaaaaaa") e, quando eles cantam sobre a coruja, entra o barulho de uma corneta de caminhão. Puro nonsense, muito antes de Monty Pyhton, TV Pirata ou Casseta & Planeta.