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terça-feira, junho 30, 2009

Sobre o título e definições para 2010

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É um pouco tardia, claro, mas o Futepoca não poderia deixar de fazer sua análise sobre o título da seleção brasileira na Copa das Confederações.

Em primeiro lugar, é preciso destacar uma característica que raramente está presente nos elogios que se faz ao futebol brasileiro: raça. Sim, raça, algo que tradicionalmente é mais aplicado aos vizinhos argentinos e que o torcedor brasileiro tanto sentiu falta na Copa de 2006.

Diz um amigo meu - Júlio Bernardes, conhecido de tantos aqui - que sempre que um jornal define uma vitória de um time como sendo "na raça" é sinal que o time jogou mal. Até faz sentido em muitos casos, mas não sei se se aplicaria à vitória de domingo. Afinal, apesar dos 2x0 que os estadunidenses impuseram no início da partida, o Brasil teve o domínio de bola durante todo o jogo. Se não chegou a ser incisivo como deveria no primeiro tempo, talvez isso se deva até a mérito da seleção dos EUA.


Robinho ficou devendo, Kaká não fez muita coisa (apesar do gol erroneamente e compreensivelmente não marcado pela arbitragem) também e André Santos deixou claro que a lateral-esquerda será a principal dor-de-cabeça de Dunga na hora de definir o grupo para 2010 - principalmente porque seu reserva Kléber sequer merecia ter sido convocado.

Na outra mão, palmas e mais palmas para Luís Fabiano, que decididamente é um 9 em quem podemos confiar. Aliás, desde já externo aos leitores um medo que tenho: ver Ronaldo fazendo um Brasileiro e um início de 2010 meia-boca e acabando titular da seleção pelo peso que tem (literal e figuradamente). Lúcio é fera demais, nossos laterais-direitos são provavelmente os dois melhores do mundo e há também valores inegáveis no meio e gol. Enfim, Dunga deu uma boa cara à seleção. Será nosso técnico em 2010, e que me desculpe o Fora, Dunga!.



Agora é hora de pensar no que a Copa das Confederações nos representa "a nível de" (sic) 2010. Como qualquer torneio realizado um ano antes da Copa do Mundo, é óbvio que muitas definições saem a partir dali.

Ontem, no programa Linha de Passe, da ESPN Brasil, o comentarista Paulo Vinícius Coelho apontou uma lista de 14 jogadores que, segundo ele, já podem se considerar na Copa (claro, excetuando a possibilidade de alguma contusão séria ou outra catástrofe). São eles: Júlio César, Daniel Alves, Maicon, Lúcio, Juan, Gilberto Silva, Felipe Melo, Ramires, Elano, Josué, Kaká, Júlio Baptista, Robinho e Luís Fabiano.

E você, leitor? Acha que é por aí mesmo? São só esses os garantidos ou talvez mais alguém já pode arrumar as malas? E tem alguém aí nessa lista dos 14 que não merecia?

sexta-feira, junho 26, 2009

Beckenbauer defende Joel Santana e vê África do Sul como favorita em 2010

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Franz Beckenbauer defendeu enfaticamente o treinador da seleção sul-africana da futebol Joel Santana. O alemão se disse impressionado com o desempenho dos Bafana Bafana contra o Brasil, que precisou esperar até os 42 do segundo tempo para assistir ao imponderável atuar.

"Achei que a África do Sul poderia ganhar o jogo", disse Beckenbauer. "Taticamente, a África do Sul, que tem um técnico brasileiro, sabia exatamente o que estava fazendo, como jogar contra o Brasil. Kaká não teve espaço para jogar. Ele ia para direita, para esquerda, para tentar escapar da marcação no meio-campo. Taticamente a África do Sul foi excelente."

É fato.

Beckenbauer criticou apenas a necessidade de melhorar a capacidade de marcar gols. Se encontrar um artilheiro, a anfitriã pode ser considerada favorita para a Copa de 2010. "A única coisa que você pode mencionar é que a África do Sul precisa de chances demais para marcar um gol, eles precisam de um goleador", declarou o Kaiser. "Mas, se até a Copa do Mundo daqui a um ano eles conseguirem um goleador, então acredito que a África do Sul estará entre os favoritos a conquistar a Copa do Mundo", completou.

Acho que não é tão fácil. E parece que o ex-camisa 5 alemão está jogando para a torcida. Se os Estados Unidos endurecer a final da Copa das Confederações contra o Brasil, isso torna a seleção do Tio Sam favorita?

quinta-feira, junho 25, 2009

Daniel Alves salva seleção e 1 a 0 basta

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O Brasil precisou correr até os 42 minutos do segundo tempo para marcar 1 a 0 na semifinal da Copa das Confederações. Uma falta sofrida por Ramires na entrada da área foi cobrada por Daniel Alves, promovido a campo no lugar do lateral-esquerdo André Santos seis minutos antes. Entrou para fazer o gol.

Para bater a falta, um começo de impulso que lembrava Roberto Carlos. Ele foi para a bola e colocou-a no canto esquerdo de Itumelenq Khune. Quase no ângulo, distante o suficiente da mão esquerda do goleiro sul-africano. Não é todo dia.

A cota de zebra ficou restrita à outra semifinal. Agora o Brasil enfrenta os Estados Unidos na final.

Os Bafana Bafana não conseguiram a classificação e Joel Santana pode ter problemas para se segurar no cargo. Apesar de ter feito mais do que a maior parte da mídia esportiva imaginava – e menos do que os pessimistas que persistem no sempre legítimo Fora, Dunga.

A formação defensiva da África do Sul deu trabalho, porque conseguiu manter uma linha de quatro zagueiros, seguida de outra, de quem sobrasse no meio de campo. Ao mesmo tempo, conseguia avançar com três jogadores nos contra-ataques. Isso tirou o sossego do Brasil até o final da partida.

Na primeira etapa, a África do Sul foi melhor. Na segunda etapa, o Brasil teve mais domínio de jogo, mas criou menos chances claras de gol do que o torcedor esperava. Duas delas depois de tirar o zero do placar. Não deu muito gosto de assistir à partida.

Pensamento
Nas duas vezes em que o Brasil venceu a Copa das Confederações, em 1997 e 2005, foi eliminado pela França na copa do ano seguinte. Curiosamente o escrete de Zinedine Zidane é o único que também possui dois canecos da competição jogada atualmente no ano anterior ao mundial. Nas eliminatórias, os franceses têm 10 pontos em cinco partidas e está em segundo lugar, atrás da Sérvia, quer dizer, Provavelmente le bleus estarão na África do Sul em 2010. Será que o Brasil vai ganhar a Copa das Confederações para desafiar a breve escrita?

quarta-feira, junho 24, 2009

The Star-Spangled Zebra

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sexta-feira, junho 19, 2009

Com gol no ângulo e outro de pênalti, Cruzeiro despacha o São Paulo

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Eram 23h29 no relógio do micro-ondas. Mais ou menos 30 vozes foram ouvidas, vindas de apartamentos diferentes de prédios vizinhos, gritando impropérios dirigidos aos são-paulinos. Como de praxe, os secadores sugeriam todo tipo de escatologia como prática dos torcedores derrotados. Era a terceira vez que aquele mar de berros ocorria, em um coro meio tosco, cuja única manifestação publicável foi:

– Chora Bambi, eliminado! – leia-se "eliminadô".

O São Paulo está fora da Taça Libertadores da América, assim como o Palmeiras. O Cruzeiro venceu o Tricolor paulista por 2 a 0 em pleno Morumbi, resultando em vaias da torcida e pressão por vir sobre a comissão técnica. Como não assisti a partida nem sou são-paulino, deixo as análises da partida para quem é de direito. Vi os gols, o primeiro um chute no ângulo – exu forquilha? – e outro de pênalti.

Tombo das empáfias
A quinta-feira também marcou a derrota da Itália sobre o Egito na Copa das Confederações. Em comum entre os times nos campos de São Paulo e de Joanesburgo, na África do Sul, há muito pouco em comum.

Qualquer comparação entre as forças dos times e mesmo estilos de jogo seria um exercício delirante da minha parte. Mesmo o peso das derrotas também é distinto. No torneio de clubes continental, o segundo revés nas quartas-de-final é sinônimo de eliminação, ao passo que os italianos ainda estão na fase de classificação.

A única semelhança é o efeito que isso produz nos secadores – ou pelo menos em parte deles. É que os campeões do mundo na Alemanha tomaram um toco em grande atuação do goleiro egípcio El Hadary.

E mesmo anunciada, a eliminação do São Paulo também é um certo tombo na empáfia dos torcedores tricolores. Parte deles tende a vir com o tom blasé, fingindo indiferença. Outra parte reage como torcedor normal.

Aqui, a contragosto, eu apontaria outra queda que me é dolorosa, mas também derrubou uma figura arrogante. Vanderlei Luxemburgo é apontado por parte dos torcedores como o vilão da eliminação alviverde. Agora, só com o Brasileiro pela frente, o treinador diz que tinha avisado que a equipe era jovem e que o certo era o planejamento ser voltado à Libertadores de 2010. Ele reconheceu o amadurecimento dos atletas, mas manteve que o motivo de o Palmeiras não estar nas semifinais é aquele.

É ruim a eliminação do meu time, o Palmeiras. É bom ver o triunfo de importância ainda incerta do Egito. Melhor ver o São Paulo eliminado. Mas os tombos em um intervalo curto são interessantes.

Viajei?

segunda-feira, junho 15, 2009

Nó tático quase tira vitória do Brasil

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Agora é o pós-jogo

Com cinco minutos, o Brasil abriu o placar. Depois de dois minutos, sofreu o empate. Logo, já estava 2 a 1 e o primeiro tempo viraria 3 a 1. Veio a etapa final, o Egito vem avassalador sobre o Brasil. Com gols aos 9 e 10 minutos da etapa final, empatou a partida em 3 a 3. Foi só aos 45 minutos do segundo tempo que, de pênalti, Kaká garantiu a vitória do time de Dunga. E uma defesa de Julio Cesar, aos 49 minutos, ainda salvou o placar de 4 a 3.

Se essa era a barbada do grupo, a Copa das Confederações será uma pedreira para o Brasil.

A reação do Egito foi louvável. O time voltou marcando muito bem no meio de campo e acabando com o poder ofensivo brasileiro. Se algum técnico dos adversários brasileiros assistiu a partida, é melhor Dunga inventar alguma variação tática, porque ninguém vai enfrentar o Brasil de outra forma.

Kaká foi bem, mas parte da plasticidade do primeiro gol se deveu ao nervosismo da zaga. O sangue frio do pênalti e a bola no canto esquerdo do goleiro também são mérito dele. Luís Fabiano e Juan fizeram os outros gols.

Robinho e Kléber estiveram apagados. Tanto que foram substituídos. Ramires vem se consolidando como sombra a Elano, a peça fundamental do esquema de Dunga que quase sempre é sacrificada.

Diferentemente de outras surpresas, especialmente em eliminatórias, a seleção não ficou apática ao sofrer o empate. Continuou tentando, mas pareceu estar anulada taticamente. Se algum time brasileiro quiser trazer um técnico, vale estudar o currículo do Hassan Shebata.

Brasil e Egito na Copa das Confederações, o pré-jogo

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Logo mais, às 11h de Brasília, a seleção brasileira enfrenta o Egito em sua estreia na Copa das Confederações 2009. Jogando em Bloemfontein, cidade da região central da África do Sul, o time de Dunga começa na competição contra o time mais fraco tecnicamente de seu grupo. Estados Unidos e Itália serão, nessa ordem, as próximas partidas.

É o test-drive para o clima de Copa do Mundo.

Foto: Divulgação/CBF

Funcionários do hotel onde a seleção se hospeda fazem festa
para cantar parabéns a você ao aniversariante Elano


A Copa das Confederações só ganhou essa conotação a partir de 2001, quando foi realizada na Coréia e no Japão. Desde que foi criada, em 1992, foram sete edições e cinco países vencedores. Até 2005, o caneco era disputado a cada dois anos. Nas três primeiras edições, a sede foi a Arábia Saudita. Quando o Brasil faturou o título, por duas vezes, em 1997 e 2005, o fez diante da Austrália e da Argentina. A França, hegemônica em 2001 e 2003, conquistou o caneco sobre Japão e Camarões por 1 a 0.

Nesta segunda, o palco é um estádio de rugby, o segundo esporte mais popular do país, atrás do críquete (o primeiro) e na frente do futebol. Bloemfontein é a sede do poder Judiciário do país. Pretória, cidade ao norte de Joanesburgo, é onde o presidente delibera. E a Cidade do Cabo é onde vivem os parlamentares. A divisão republicana dos poderes no país inclui uma separação de dezenas ou até milhares de quilômetros.

Primeiras partidas
No domingo, 14, a seleção da casa empatou com o Iraque em 0 a 0. Foi um jogo difícil de assistir, com poucas oportunidades criadas e a certeza de que Joel Santana vei ter trabalho para não dar vexame em 2010. O Iraque correria riscos de rebaixamento no campeonato brasileiro (exagerei?).

Na segunda partida do grupo, a Nova Zelândia não viu a cor da bola nos primeiros 25 minutos do primeiro tempo, quando o placar marcava 4 a 0. Depois, era melhor ter terminado a partida, porque foi em ritmo de treino.

Brasil
Era mais ou menos isso que o torcedor gostaria que a seleção brasileira fizesse com o Egito. Claro que não é tão simples, mas o treinador brasileiro parece até já ter combinado com os representantes do país das pirâmides. Quer uma escalação dialética na primeira fase da Copa das Confederações. Vai com uma escalação titular na primeira partida, quando abre três pontos. Depois, ainda nos planos do treinador, avança com um mistão com umas quatro substituições para enfrentar os Estados Unidos. Uma síntese emerge para encontrar os campeões do mundo.

Se depender do histórico, tá fácil. O Brasil enfrentou a seleção do país de Hosni Mubarak por quatro vezes, sempre na década de 60, sempre em amistosos, sempre com vitórias verde e amarelas. Em 1960, foram três jogos em uma semana, com placares de 5 a 0, 3 a 1 e 3 a 0. Três anos depois, a vitória simples (gol de Quarentinha no Cairo) foi a última lembrança do confronto.

Vale dizer que terminar a primeira fase em primeiro lugar pode ser importante para adiar até a final o confronto com a seleção espanhola. A Fúria só tem baba pela frente e só não fica com a liderança se o pessoal preferir parar no bar no dia anterior.

Dunga anda bravo com a mídia mundial que só quer saber do futuro de Kaká no Real Madrid e com os brasileiros que nunca estão satisfeitos com o escrete canarinho (chavão) mesmo depois das vitórias sobre Peru, Uruguai e Paraguai pelas eliminatórias.

As oscilações de jogadores-chave também favorecem a posição dos céticos. Que Dunga cale-os todos – desde que não diga que "vocês" serão obrigados a engoli-lo.