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quarta-feira, novembro 27, 2013

O descanso de um gigante: Nilton Santos (1925-2013)

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Enciclopédia. Essa era a alcunha pela qual também atendia Nilton Reis dos Santos, nascido em 16 de maio de 1925 e falecido em 27 de novembro de 2013.Um atleta que atuou em quatro Copas do Mundo, vivendo a tragédia da Copa de 1950, passando pela frustração de 1954, chegando ao triunfo de 1958 e à consagração final em 1962. Foram 18 anos de Botafogo, 792 partidas com a camisa da Estrela Solitária. E olha que ele quase parou no São Cristovão...

A passagem está no livro Recados da Bola (Cosac Naify), organizado por Jorge Vasconcellos. Em 1945, Nilton entrou para a Aeronáutica e atuava no time de lá. No fim de 1947, a equipe fez um jogo-treino contra os titulares do São Cristovão e o técnico rival, Arquimedes, quis levá-lo para o clube. Mas um major da Aeronáutica o aconselhou: “Se for para tentar um clube, que seja um clube grande”, disse o oficial Honório, que tinha um tio, Bento Ribeiro, à época diretor social do Botafogo. E o então meia foi para General Severiano tentar a sorte. Mas quem deu sorte foi o Alvinegro.

Carlito Rocha, presidente do clube carioca, recebeu o aspirante a jogador e perguntou sua altura. “Um metro e oitenta e um”, respondeu Nilton. “Você é do meio pra trás”, vaticinou. E assim nascia um dos maiores – se não o maior – laterais esquerdos da História. Um jogador que tinha a vantagem de ser ambidestro. “Eu usava as duas pernas, saía jogando para onde estivesse virado; se estivesse voltado para dentro do campo, saía com a esquerda; se estivesse virado para o outro lado, saía com a esquerda. Nunca fiz gol contra. Veja o Roberto Carlos, que nem tem tanto tempo de Seleção [a entrevista foi feita em 1994] assim e já fez gol contra. Por quê? Porque vai correndo para dentro da área, bate na perna ruim e entra”, diz, em depoimento retratado em Recados da Bola.

Da tragédia de 1950 à consagração de 1962
Na obra, ele reclama do técnico da seleção de 1950, Flávio Costa, o acusando de autoritarismo. Foi convocado para ser reserva do lateral-direito de Augusto, capitão do time. No lado canhoto, havia o titular Bigode eu reserva Noronha. “Acho que ele só me chamou como justificativa, para não dizer que não chamou ninguém do Botafogo.” Ele atribuía a derrota no Mundial ao treinador. “Se ele fosse para o Botafogo, eu não ficaria o tempo que fiquei no clube, porque ele era muito autoritário, e eu achava (embora não falasse), como acho até hoje, que o técnico precisa mais do jogador do que o jogador do técnico. Eu, na condição de jogador de futebol, se não jogar aqui, jogo ali. A consagração do técnico só acontece quando o time ganha, e quem ganha sou eu e não ele.”

Nilton dizia que o segredo das vitórias em 1958 e 1962 era a união dos jogadores. Ninguém torcia para alguém se machucar e poder entrar. Além disso, o treinador da Copa na Suécia, Vicente Feola, era de “trocar ideias”, sendo que o preparador físico Paulo Amaral, também era merecedor de elogios do Enciclopédia. Aymoré manteve o esquema em 1962 e obteve o sonhado bicampeonato. Na Copa no Chile, aliás, um dos lances que marcou sua carreira: o esperto passo para a frente que fez com que não fosse anotado pênalti a favor da seleção da Espanha, quando o Brasil perdia por 1 a 0, derrota que o desclassificaria na primeira fase.

“Por sorte, dei o tal passo à frente. Foi num contra-ataque da Espanha. Eu fiz um pênalti no ponta-esquerda Collar, mas o juiz estava longe do lance. Então cinicamente levantei as mãos como um gesto de que não tinha feito nada e dei um passo à frente. Quando ele chegou, marcou falta onde eu estava. Naquela hora, valeu a presença de espírito, jogador de pelada tem esses recursos”, explicou em depoimento no livro. “Os espanhóis reclamaram, mas não adiantou. O cara bateu achando que dali faria o gol do mesmo jeito – eles estavam ganhando de 1 X 0, marcaria o segundo e acabaria com a gente. O que passou pela minha cabeça é que se eu desse uns dois passo chamaria muito a atenção.” O lance está em 0:32 do vídeo abaixo.


Nilton Santos. Eterno (Divulgação/Botafogo)
Bicampeão do mundo como titular, aos 38 anos. Feito para poucos. Aos 82, foi diagnosticado com o cruel Mal de Alzheimer. Mas para resumir sua grandiosa jornada, vale o último parágrafo do belo texto de João Máximo e Mascos de Castro em outro belo livro, Gigantes do Futebol Brasileiro (Civilização Brasileira):

“Nilton Santos é, numa palavra, eterno. Entre os troféus e medalhas ganhos, um há de ficar, por sua singeleza, como a mais perfeita definição de uma vida dedicada ao futebol – a bola com que os amigos o presentearam, em 1983, com a seguinte dedicatória: “Mestre Nilton, hoje estou realizando o sonho de felicidade de todas as bolas do mundo: ser só sua para sempre.”

domingo, junho 30, 2013

Singela homenagem à Espanha

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Relembrando a marchinha de Braguinha "Touradas em Madrid", cantada pelo Trio Irakitan em cena do filme "Garota Enxuta", do diretor iugoslavo J B Tanko que dirigiu desde filmes quase eróticos até películas dos Trapalhões como o imortal Saltimbancos Trapalhões.

A música, que serviu de trilha para a torcida do Maracanã comemorar a vitória de 6 a 1 sobre a Espanha, na Copa de 1950, tem muito a ver com o baile tomado pela Espanha hoje.

Eeeeeeeu fui às touradas de Madri, parara tchim bum bum bum

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Com aplicação, categoria e sorte, Brasil faz 3 a 0 e põe a Fúria pra dançar em clima de Libertadores
Foi o encontro de duas culturas futebolísticas. A Espanha trouxe seu toque de bola, sua técnica, sua elegância, como se jogasse uma partida da primeira fase da milionária Champions League. O Brasil a recebeu em clima de Libertadores: marcou, correu, pegou e meteu 3 a 0 sem deixar os espanhóis respirarem um minuto. O desempenho coletivo do time de Felipão foi irrepreensível, especialmente ao marcar a saída de bola. Foi também um dia em que tudo deu certo para o Brasil – e errado para a Espanha.
O primeiro gol aos dois minutos é prova dessa maré positiva. Marcelo dá um belo lançamento para Hulk na ponta direita. Ele recebe, tenta uma jogada e erra. Ela bate no pé de um espanhol e sobra para Oscar, que devolve. Hulk cruza meio mal na direção de Fred e Neymar. Um bate e rebate meio estranho, a bola bate na mão de Busquets e se oferece para Fred, já deitado, achar um chute e abrir o placar. Uma sequência de eventos complicada, mas que fez jus e reforçou a apresentação da seleção.
O gol e a vontade dos brasileiros parecem ter desestabilizado a Espanha, que não achou seu jogo em momento algum da partida. Como consolo, podem falar da posse de bola, que mesmo nesse jogo adverso foi maior.
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Vitória brasileira pode repetir euforia ilusória de 63 anos atrás

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Ganhar o título da Copa das Confederações sobre a Espanha é o sonho de todo brasileiro, mas não significa que nossa seleção vai bem

Por Marcão Palhares

Quase 63 anos depois, as seleções de Brasil e Espanha se reencontram no estádio do Maracanã. Naquele 13 de julho de 1950, a acachapante goleada por 6 a 1 deu a (falsa) impressão, para todos os brasileiros, de que o título da Copa do Mundo não iria nos escapar. A euforia e o “salto alto” cobraram seu preço na decisão, perdida em casa para o Uruguai.

Agora, sentimentos ambíguos movimentam os torcedores. Por um lado, todos querem uma vitória sobre a Espanha, atual campeã mundial e bicampeã européia e considerada, de fato e de direito, a melhor do mundo. Porém, o título da Copa dos Confederações pode dar uma ilusão muito perigosa sobre as reais possibilidades do Brasil na Copa que sediará em 2014.

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Contra campeões mundiais, Espanha de Del Bosque perde para Brasil de Dunga

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La Roja tem uma série invicta de 29 partidas, mas, levando-se em conta jogos contra equipes com título mundial, como a seleção brasileira, a história muda um pouco

A final entre Espanha e Brasil é especial não somente pelo momento das duas, mas por ser um confronto entre equipes que já conquistaram títulos mundiais. Atual campeã do mundo e bi da Eurocopa, a Espanha ostenta, antes da final da Copa das Confederações, uma série invicta invejável de 29 jogos em competições oficiais. O último revés aconteceu na Copa de 2010, uma derrota para a Suíça por 1 a 0. Desde então, o time de Vicente Del Bosque não sabe o que é perder.

Na lista de jogos estão muitas seleções que têm pouca tradição no futebol. Honduras, adversário do Mundial; Liechtenstein e Lituânia, rivais das eliminatórias da Euro 2012; além de Bielorrúsia, Geórgia e Finlândia, do grupo das eliminatórias da Copa de 2014. Mas se levarmos em conta equipes campeãa mundiais, tipo de confronto que era uma preocupação para a seleção brasileira até a vitória contra o time misto da França, o desempenho espanhol mostra um aproveitamento de 71,4%, com quatro vitórias – contra Alemanha, Itália, França e Uruguai – e três empates, contra a Itália, duas vezes, e França.

No entanto, se incluirmos os amistosos, a Espanha foi derrotada pela Argentina em setembro de 2010, por 4 a 1, também perdeu para a Itália, em agosto de 2011, e para a Inglaterra, em novembro do mesmo ano. Jogou contra outro campeão do mundo, o Uruguai, em amistoso disputado em Doha, em fevereiro, e venceu.

Somados esses amistosos aos jogos oficiais contra campeões do mundo disputados desde a Copa de 2010, o cartel da Espanha piora um pouco. São cinco vitórias, três empates e quatro derrotas, um aproveitamento de 50%. E, boa notícia para o Brasil, os revezes dos europeus foram jogando fora de casa.


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sexta-feira, junho 28, 2013

Arbitragem favoreceu o Brasil duas vezes contra a Espanha

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Pênalti claro de Nilton Santos foi marcado como falta fora da área, em 1962, e juiz ignorou bola que 
pingou dentro da meta de Carlos após chute de Michel, em 1986

Por Marcão Palhares

Brasil e Espanha são os únicos países que venceram uma Copa do Mundo fora de seu continente, em 1958 (Suécia), 2002 (Japão e Coreia) e em 2010 (na África do Sul). E a seleção espanhola é uma das que mais nos enfrentaram em jogos de mundiais: cinco vezes – apenas duas vezes menos do que nossa adversária mais frequente, a Suécia (sete jogos), e o mesmo número de confrontos que tivemos em Copas contra a Itália, por exemplo.

O primeiro jogo contra os espanhóis, em 1934, selou a eliminação mais precoce do Brasil em uma Copa do Mundo. Muito por culpa da preparação mambembe, pois a então Confederação Brasileira de Desportos (CBD) estava em pé de guerra com as federações de futebol de alguns estados, como São Paulo (o Palestra Itália, hoje Palmeiras, escondeu seus jogadores em uma fazenda, sob escolta), e levou à Copa basicamente atletas de times cariocas. Além disso, os brasileiros perderam a forma física nas duas longas semanas de duração da viagem de navio até a Itália.
E o amadorismo também marcava o próprio evento: com a desistência do Peru, o Brasil nem disputou o confronto único do grupo 2 e passou direto para as oitavas-de-final. Foi quando enfrentou a Espanha e perdeu por 3 a 1, voltando pra casa após a disputa de uma solitária partida.

‘Tourada’ no Maracanã

O jogo seguinte entre as duas seleções seria o mais emblemático da história. Em 1950, no Maracanã, os brasileiros golearam por 6 a 1, enquanto pouco mais de 150 mil torcedores riam e entoavam em côro “Touradas em Madri”, do compositor João de Barro, o “Braguinha” – “Eu fui às touradas em Madri/ Parará-tim-bum!/ Bum-bum!”. Ademir de Menezes (dois gols), Chico (mais dois), Zizinho e Jair Rosa Pinto destroçaram o adversário.
Já a partida mais insossa ocorreu na fase de grupos da Copa da Argentina, em 1978, um sonolento zero a zero em que o zagueiro brasileiro Amaral defendeu um gol certo da Espanha em cima da linha. Quanto aos dois confrontos restantes, entramos aqui no assunto principal desse texto: os erros de arbitragem. E, em ambas as vezes, favoráveis ao Brasil.
O primeiro erro – e mais gritante – ocorreu em 1962, na Copa do Chile. Na fase de Grupos, enfrentamos a Espanha no grupo C. O nosso adversário tinha dois dos maiores astros do Real Madrid, pentacampeão da Liga dos Campeões europeia, entre 1956 e 1960: o ponta-esquerda Gento e o atacante húngaro – naturalizado espanhol – Puskás, um dos gênios do futebol em todos os tempos. O Brasil tomou grande sufoco e, no fim do primeiro tempo, já perdia por 1 a 0, gol de Rodríguez.

Passinho esperto

Pouco depois, Collar invadiu a área pela direita e foi derrubado por Nilton Santos. O próprio lateral-esquerdo brasileiro reconheceria, depois, que um placar de 2 a 0 dificilmente seria revertido por nós. Mas, na malandragem, Nilton deu um passo à frente e o juiz chileno Sergio Bustamante marcou falta fora da área (!). Pior: após a cobrança da falta, Puskás fez um gol de bicicleta e Bustamante anulou, alegando um duvidoso “jogo perigoso”.
No segundo tempo, com dois gols de Amarildo (que debutava como titular da seleção, após a contusão que tirou Pelé da Copa), o Brasil virou o jogo.


Pingou dentro

Vinte e quatro anos depois, no México, a seleção canarinho estrearia no grupo D justamente contra a Espanha. No início do segundo tempo, no rebote de uma cobrança de escanteio, o espanhol Michel matou a bola no peito e mandou um petardo. Após bater no travessão, a bola pingou dentro do gol de Carlos.
Só que, mais uma vez, a arbitragem ajudou: o juiz australiano Christopher Bambridge não marcou o gol. Minutos mais tarde, Sócrates fez de cabeça o tento solitário que selou nossa vitória.



No próximo domingo, talvez não tenhamos tanta camaradagem. Mas, se o histórico de confrontos vale alguma coisa, podemos nos animar. Somando os cinco jogos em Copas com três amistosos, temos, no total de 8 jogos, 4 vitórias e só 2 derrotas. Façam suas apostas!

Fichas técnicas

Espanha 1 x 2 Brasil
Data: 06/06/1962.
Local: Estadio Sausalito (Viña del Mar).
Árbitro: Sergio Bustamante (Chile).
Gols: Rodríguez (35’), Amarildo (72’) e Amarildo (86’).
Espanha: Araguistain; Rodri, Rodríguez e Gracia; Verges, Etxeberria e Pérez; Collar, Peiró, Puskás e Gento. Técnico: Helenio Herrera.
Brasil: Gilmar; Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nilton Santos; Zito, Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagallo. Técnico: Aymoré Moreira.
Brasil 1 x 0 Espanha
Data: 01/06/1986.
Local: Estádio Jalisco (Guadalajara).
Árbitro: Christopher Bambridge (Austrália).
Gol: Sócrates (61’).
Brasil: Carlos; Edson, Júlio César, Edinho e Branco; Alemão, Elzo, Júnior (Falcão) e Sócrates; Careca e Casagrande (Muller). Técnico: Telê Santana.
Espanha: Zubizarreta; Tomás, Goicoechea, Maceda e Camacho; Michel, Muñoz, Francisco (Señor) e Julio Alberto; Salinas e Butragueño. Técnico: Miguel Muñoz.

Espanha vence nos pênaltis e pega Brasil na final da Copa das Confederações

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Itália cria dificuldades para espanhóis, mas não consegue superar a Fúria

Por Thalita Pires

A partida entre Espanha e Itália começou da maneira que todo mundo imaginava. Os atuais campeões europeus e mundiais dominaram amplamente a posse de bola e envolveram o time italiano com seu toque de bola. O que ninguém previa era que, mesmo nesse cenário, o ataque italiano fosse muito mais perigoso que o espanhol. Aos poucos, o panorama da partida foi mudando. A Espanha adaptou-se à marcação italiana e mudou sua forma de jogar. Passou a usar as laterais e abusou dos cruzamentos na área, atordoando a defesa italiana. Se no primeiro tempo o placar das finalizações foi de 9 a 2 para a Azzurra, ao final do jogo a Espanha tinha 19, contra 13 da Itália.

Mas a relativa abundância de chutes a gol não conseguiu vencer os goleiros e a falta de mira. Em 120 minutos, o placar não saiu do zero e a partida foi decidida nos pênaltis. A Espanha venceu por 7 a 6 e se classificou para a final com o Brasil. No tira-teima da final da Euro 2012 a Itália mostrou mais qualidade, mas não a ponto de superar os espanhóis.

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quinta-feira, junho 27, 2013

Sob muito calor, Espanha e Itália decidem vaga na final

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Times repetem decisão da Eurocopa e lidam com diferentes problemas extra-campo

Por Thalita Pires

Hoje, às 16h, Fortaleza recebe a partida entre Itália e Espanha, a segunda semifinal da Copa das Confederações. Naquele que é um repeteco da final da Eurocopa, os times terão uma preocupação a mais: o calor. As duas delegações já reclamaram das altas temperaturas e da alta umidade do ar no Nordeste. No jogo contra o Japão, no Recife, a Itália atribuiu uma parte da culpa pela partida ruim ao clima. Contra o Uruguai, na mesma cidade, a Espanha tirou o pé no segundo tempo.

Para a partida de hoje, a Itália tem mais com o que se preocupar. O time perdeu o atacante Balotelli, contundido no jogo contra o Brasil. Além disso, a Azzurra precisa provar que tem futebol para bater o time de Iniesta, que desde 2010 domina o futebol mundial.

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segunda-feira, junho 24, 2013

Não fez... tomou três

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Nigéria bem que criou oportunidades, mas pagou o preço da ineficiência diante da implacável Fúria

Por Mauricio Ayer

As chances de classificação da Nigéria eram mínimas, já que o seu rival Uruguai estava diante do saco de pancada Taiti. Sua única opção era ir pra cima dos atuais campeões da Europa e do mundo. E foi o que fez durante todo o primeiro tempo e grande parte do segundo.

Já a Espanha entrou em campo em situação de grande tranquilidade, e ligou o automático depois que abriu o placar com menos de 5 minutos, com o lateral Jordi Alba. Ou seja, pôs o jogo no seu default, com forte predomínio da posse de bola, movimentação acentuada no meio campo e enfiadas de qualidade para os atacantes que de repente escapam da marcação e se colocam em situação de gol.

Atrás no placar, a Nigéria não se intimidou. Explorou muito a subida dos alas Ambrose e Echiejile, e criou oportunidades claras, que poderiam, ou melhor, deveriam ter sido convertidas. Faltou sangue frio? Faltou categoria? Seja lá qual for a explicação, a Nigéria não conseguiu equilibrar a partida mais por sua incompetência nas situações agudas de jogo do que por uma grande superioridade demonstrada em campo pela Espanha.

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quinta-feira, junho 20, 2013

Naviraiense? Não, Taiti...

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Seleção da Oceania conta com apoio da torcida, mas não resiste aos reservas da Espanha e perde por 10 a 0

O sonho taitiano durou por algum tempo. Para ser mais preciso, 26 minutos, tempo decorrido entre o primeiro gol da Espanha, marcado por Fernando Torres aos 5 minutos de partida, e o segundo, aos 31, de David Silva. A resistência da seleção da Oceania empolgou a torcida presente no Maracanã, que exerceu livremente o seu direito de secar o (muito) mais forte. Mas não foi suficiente.

Nos oito minutos seguintes ao segundo tento espanhol, mais dois gols, outro de Torres e um de David Villa. Virou goleada mais tarde até do que se esperava, mas virou. Pode-se culpar a linha de impedimento do Taiti, que facilitou bastante o serviço do ataque europeu, mas como a mesma linha funcionava tão bem para a Espanha? Não é tática, é técnica. E mais algumas dezenas de anos de tradição de um, contra quase nada de outro, além de um sem número de fatores que não caberiam nesse texto. 

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domingo, junho 16, 2013

Espanha 71%, Uruguai 29%

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Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.

Sul-americanos praticamente não vêm a bola nos mais de 90 minutos. Único chute certo a gol foi a falta batida por Suárez aos 43 do segundo tempo 

Quem duela com os espanhois?
Por Frédi Vasconcelos

Números em futebol não costumam representar muita coisa, mas, no caso da Espanha, os mais de 80% de posse de bola nos primeiros 5 minutos mostravam que o Uruguai continuaria sem conhecer a Arena Pernambuco ou pelo menos não seria apresentado à bola oficial tão cedo. Parecia a disputa de um time profissional contra os peladeiros do bairro. Para ter ideia, o primeiro ataque do Uruguai só aconteceu aos 16 minutos, e sem perigo nenhum.

Enquanto isso a Espanha já chutara bola na trave, furara em cruzamento com o jogador cara a cara com o goleiro adversário... Até chegar ao gol perto dos 20 minutos num pancada de Pedro de fora da área, que desvia em Lugano e engana o goleiro Muslera. E, depois, a partida continua sem o Uruguai conseguir trocar mais de três passes ou passar do meio de campo. Até que aos 32 minutos Fábregas dá assistência para Soldado sem marcação dentro da área, que fuzila o goleiro.

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sábado, junho 15, 2013

Quem é quem na Copa das Confederações

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Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.

Por Glauco Faria e Nicolau Soares

Torneio começa com os favoritos Brasil e Espanha em campo. Confira uma avaliação das oito seleções participantes

A Copa das Confederações começa hoje (15) com duas seleções tidas como favoritas ao título. A atual campeã mundial e bicampeã europeia, Espanha, e o Brasil, que, mesmo sem ter um time que inspire confiança, joga em casa e deve contar com o apoio da torcida, ainda que tal apoio tenha faltado em algumas ocasiões.

Felipão traz essa? (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)

Mas, caso as duas seleções cheguem até a final no Maracanã, dia 30 de junho, ocorrerá um fato raro. Desde que a Copa das Confederações começou a ser disputada, em 1992 (incluindo-se duas edições da Copa Rei Fahd, 1992 e 1995), apenas uma vez Europa e América do Sul decidiram um título, em 1995, quando houve a final entre Argentina e Dinamarca. Em seu formato atual, com oito seleções participantes, uma decisão dessas jamais aconteceu.

O Brasil também possui uma vantagem histórica: é a seleção que mais participou de edições da Copa, sendo também o maior vencedor, com três títulos. A França foi campeã duas vezes e o México venceu a edição de 1999. Argentina e Dinamarca possuem um título cada. Para os supersticiosos, porém, o título pode ser sinal de mau agouro. Nenhuma seleção vencedora da Copa das Confederações ganhou a edição seguinte da Copa do Mundo.

Saiba o que cada equipe pode fazer no torneio de 2013:

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terça-feira, outubro 16, 2012

Empate histórico e desclassificações nas eliminatórias da Copa de 2014

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Mais uma rodada das eliminatórias para a Copa de 2014 e, obviamente, alguns resultados surpreendentes. O que mais chamou a atenção foi a reação incrível da Suécia, que perdia por 4 a 0 da Alemanha, e obteve um empate heroico em Berlim. Após fazer três gols em 14 minutos, o nórdicos empataram a partida aos 48 do segundo tempo. Requintes de crueldade que não tiraram a liderança dos alemães, à frente do grupo C das eliminatórias europeias com 10 pontos em quatro jogos. Os suecos têm sete em três pelejas.



Quem se deu mal foram os portugueses, que empataram em casa com a Irlanda do Norte, por 1 a 1. A seleção de Cristiano Ronaldo está em terceiro lugar no grupo F, com sete pontos em quatro partidas, mesma pontuação de Israel, que supera os lusos em saldo de gols. A Rússia lidera com dez pontos.

A atual campeã do mundo e da Euro, a Espanha, também foi surpreendida em casa pela França. O 1 a 1 obtido em cima da hora pelos franceses quebrou uma fantástica sequência de 25 vitórias seguidas em casa dos espanhóis. Ambos dividem o topo do grupo I com 7 pontos em três partidas, com a Fúria levando vantagem no desempate, dois gols a mais de saldo.

A lógica na Concacaf, disputa acirrada entre os asiáticos

A Concacaf definiu o seu hexagonal final com choro e ranger de dentes para algumas seleções. No Grupo A, a Guatemala enfrentou os EUA fora de casa, precisando de um empate para avançar. Saíram na frente mas sofreram a virada, perdendo por 3 a 1. Ainda assim, tinham chances caso a Jamaica não fosse bem contra a lanterna Antígua e Barbuda. Mas os jamaicanos derrotaram os rivais por 4 a 1 e ficaram com a segunda vaga do grupo por dois gols a mais de saldo.

Quem também ficou de fora com o resultado da última rodada foi o Canadá. Os vizinhos dos EUA sofreram uma goleada maiúscula de 8 a 1 da líder Honduras e terminaram um ponto atrás do Panamá, que jogou com o regulamento embaixo do braço e só precisou empatar com Cuba para garantir sua vaga um ponto a frente do Canadá. No Grupo B, tudo tranquilo: o México já estava classificado e a Costa Rica goleou por singelos 7 a 0 a Guiana, se classificando na segunda colocação.

Na Ásia, impera o equilíbrio. Ao fim do primeiro turno, todas as seleções ainda têm chances de vir ao Brasil. No grupo A, Coreia do Sul e Irã lideram com sete pontos, mas o Uzbequistão tem cinco e Catar e Líbano, quatro cada. As duas melhores equipes se classificam direto e a terceira colocada enfrenta a terceira do grupo B, para ter direito a enfrentar o quinto colocado da América do Sul.

Quem tem a situação mais tranquila no continente é o Japão, que lidera o grupo B com dez pontos, cinco a mais que o segundo colocado, a Austrália. Omã conta com cinco pontos também, a Jordânia vem na sequência com cinco e o Iraque, de Zico, tem dois pontos.

Argentina folgada, Uruguai em queda

Os argentinos conseguiram duas vitórias fundamentais na semana, um 3 a 0 contra o Uruguai e um 2 a 1 contra o Chile, em Santiago. Assim, se isolaram como líderes na primeira rodada do segundo turno, com uma sequência de cinco vitórias e dois empates. O Equador assegurou a segunda colocação depois do empate fora de casa com a Venezuela, três pontos atrás dos portenhos e um à frente da Colômbia, que tem uma partida a menos.

Abaixo dos colombianos, a confusão. Quatro pontos aquém da seleção de Falcão Garcia, Venezuela, Uruguai e Chile (pela ordem de desempate) estão com 12 pontos. Os uruguaios vem na descendente, com as goleadas sofridas contra a Argentina e contra a Bolívia, 4 a 1, e a disputa deve ser acirrada, ainda mais levando-se em conta que os paraguaios também respiraram depois da vitória contra o Peru, por 1 a 0. Bolivianos e peruanos têm oito pontos e o Paraguai, sete.

O Taiti ficou pelo caminho

Não deu pro Taiti... (OFC)
A notícia triste da rodada ficou para uma seleção já garantida na próxima Copa das Confederações. O Taiti vem ao Brasil, mas não para o Mundial. Após perder para a Nova Zelândia por 3 a 0, os campeões do continente continuam sem pontos em quatro jogos. Já os neozelandeses continuam firmes na briga por uma vaga a ser disputada contra o quarto colocado da Concacaf, com 12 pontos em quatro partidas. Se baterem a Nova Caledônia, única equipe que ainda pode tirar sua vaga, se garantem com uma partida de antecipação. Contudo, o aguardado jogo só vai acontecer em março de 2013.

A título de curiosidade, a Nova Caledônia pertence à França, mas é considerada um território ultramarino. Descoberta pelo explorador inglês James Cook, a ilha recebeu o nome de “Caledônia” por ser parecida com a costa escocesa (na visão do “descobridor”, obviamente), já que o termo significa “Escócia” no latim antigo. Se conseguirem a vaga para 2014, o ano será decididamente histórico para os habitantes da ilha, que também definirão no mesmo período se optarão pela independência do local.

quarta-feira, setembro 26, 2012

O garçom que enfrentou a tropa de choque da polícia

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Um garçom de um bar em Madri que já faz fama em todo o mundo. Ele impediu que a tropa de choque local chegasse até manifestantes que estavam refugiados no bar em que ele trabalha. Ontem, milhares de espanhois protestaram "cercando" a Câmara dos Deputados em Madri, contra as medidas de austeridade do governo espanhol.

Alberto Casillas Asenjo trabalha em um bar que servelanches e fica em frente ao Museu do Prado, perto da Praça Netuno, onde os manifestantes se concentraram. Segundo o Huffington Post, Asenjo conta que um manifestante ferido, sangrando, se refugiou no estabelecimento e ele escutou uma ordem dada pela polícia para que prendessem o rapaz. "Foi então que lhes disse que não iriam passar. Durante todo o dia, o clima da manifestação foi o mais correto. E digo, a título pessoal, que acho que houve um excesso de força policial terrível."

Segundo a matéria, os momentos de tensão se estenderam por meia hora. Em relação ao fato de usuários das redes sociais terem o chamado de "herói", Asenjo comentou: "Herói é cada pessoa que luta por seus direitos".

As imagens abaixo dizem muito:

 
 


Quem disse que democracia também não se faz (ou se exerce) no bar?

Fotos extraídas daqui, daqui e daqui. Via Twitter do Idelber Avelar.

domingo, junho 17, 2012

Há 50 anos, o Brasil era bicampeão mundial

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Em um dia 17 de junho como hoje o Brasil defendia seu primeiro título mundial de futebol, conquistado quatro anos antes na Suécia. A base titular daquela seleção era praticamente a mesma de 1958, inicialmente, apenas com duas mudanças: os zagueiros, Mauro e Zózimo, no lugar de Bellini e Orlando. Nílton Santos, mesmo com 37 anos e já atuando como zagueiro pelo Botafogo por conta da idade, foi escalado como titular, barrando Rildo, do Santos, que fazia parte da primeira lista de 41 convocados mas acabou cortado. Já Coutinho, que vinha jogando no time de Aymoré Moreira, foi para a reserva e cedeu lugar para Vavá no Mundial, pois o treinador privilegiou a experiência dos campeões de 58.
Dos 22 atletas que foram ao Chile, sete eram do Santos, cinco do Botafogo, três do Palmeiras, três do Fluminense e dois do São Paulo. Ainda havia Zózimo, do Bangu, e o jovem Jair da Costa, da Portuguesa. O grupo da seleção no torneio contava com México, Tchecoslováquia e Espanha. A estreia foi contra os mexicanos e o Brasil venceu por 2 a 0, mas não jogou um futebol convincente. Pelé fez o cruzamento para Zagallo marcar o primeiro gol da partida, que só surgiu aos 11 do segundo tempo e o próprio Dez marcou o segundo, depois de driblar dois adversários, aos 28.



Mas se a desconfiança pairava sobre a seleção, que muitos viam como uma equipe envelhecida, a situação ficaria ainda pior na segunda partida. O jogo entre Brasil e Tchecoslováquia terminou em zero a zero, mas a notícia ruim foi a contusão de Pelé, que, aos 27 minutos, depois de finalizar de fora da área, sentiu a virilha esquerda. Sem condições de atuar, ficou em campo até o final, já que não eram permitidas substituições. No dia seguinte, o diagnóstico de distensão no músculo adutor da coxa esquerda confirmava os temores do time e da torcida: Pelé estava fora da Copa.
Na partida que fechou a primeira fase, o Brasil precisava somente do empate para ir às quartas de final do Mundial, mas a Espanha era um time forte, que tinha praticamente o ataque do Real Madrid campeão europeu. E contava com um expediente que depois seria proibido: a naturalização de atletas, mesmo daqueles que já tinham disputado jogos por outras seleções. Assim, a Fúria vinha com o húngaro Puskas e o argentino Di Stefano, que chegou ao Chile contundido, além do uruguaio Santamaría e o paraguaio Martínez. Após a Copa, a Fifa proibiu a “naturalização por atacado”, que estava virando moda, como mostrava a seleção da Itália, que também tinha os seus: os brasileiros Sormani e Altafini e os argentinos Sívori e Maschio
O time inteiro jogava mal e a Espanha chegou ao gol aos 35, com Adelardo. Tudo poderia ter sido ainda pior se não fossem dois grandes erros da arbitragem. O primeiro, em um lance que já se tornou lenda, no qual Nílton Santos derrubou Collar na área mas, espertamente, deu um passo à frente, ludibriando o árbitro chileno Sergio Bustamante. Na sequência, após a cobrança de falta de Puskas, Peiró marcou de bicicleta, mas o gol foi anulado por Bustamante ter entendido o lance como “jogada perigosa”, ainda que Peiró estivesse a mais de um metro de Zózimo. O vídeo abaixo mostra dos dois lances. Amarildo e Garrincha marcariam a virada brasileira.


E Garrincha apareceu

Vieram as quartas de final foram contra a Inglaterra e, finalmente, brilhou a estrela de Garrincha. O ponta havia sido muito criticado pelo seu desempenho na primeira fase e, sem Pelé, o Brasil apostava no talento do craque das pernas tortas. Ele marcou o primeiro tento da partida, de cabeça, mas os ingleses empataram oito minutos depois, com Hitchens. A igualdade persistiu até os 8 do segundo tempo, quando Vavá escorou após rebote do goleiro Springett em cobrança de Garrincha. O ponta faria ainda o terceiro, em chute de fora da área. Naquele dia, Garrincha só seria driblado por um cachorro que entrou em campo paralisando a peleja. Outro cão provocou uma segunda paralisação e sumiu debaixo das arquibancadas.


A semifinal seria contra os donos da casa e a seleção tentou se precaver contra qualquer imprevisto. Tanto que a refeições do dia da semifinal foram providenciadas pela própria comissão técnica brasileira, que tinha medo de algum “problema” com a comida servida aos jogadores no hotel. Na partida, o infernal Garrincha assegurou a vantagem logo aos 9, com um chute de fora da área que foi parar no ângulo esquerdo de Escuti. Ele marcaria novamente aos 31, de cabeça, com o Chile descontando em cobrança de falta aos 41 ainda do primeiro tempo.
Logo no início da segunda etapa, Vavá não deixou os anfitriões se animarem, e marcou após escanteio. Leonel Sanchez descontou de pênalti e Vavá fez o quarto, aos 33. Depois do último gol, o jogo sairia do controle do árbitro peruano Arturo Yamazaki. Landa foi expulso após falta dura em Zito e Garrincha, caçado durante todo o tempo, revidou em cima de Rojas, agredindo o chileno. O juiz não viu o lance, mas foi cercado pelos chilenos, que apelaram para o testemunho do auxiliar uruguaio Esteban Marino, que confirmou a agressão. Como não havia suspensão automática, ficava a dúvida: Garrincha poderia jogar a final pelo Brasil?
E daí surge mais um episódio “estranho” a favor dos brasileiros. Em sessão extraordinária do Tribunal da Fifa, o árbitro disse não ter visto a agressão, mas que o uruguaio Marino havia confirmado que ela tinha existido. Convocado para depor, Marino não compareceu, pois já teria deixado o Chile àquela altura. Sem o depoimento, Garrincha foi liberado para atuar contra a Tchecoslováquia. À época, dizia-se que a CBD teria pago a viagem de Marino, que estaria no Brasil. Um mês após a Copa, o uruguaio foi contratado pela Federação Paulista de Futebol.
No dia da final, Garrincha amanheceu com febre e não teve a destacada atuação dos dois jogos anteriores. Os tchecos aproveitaram e abriram o placar aos 15. Mas somente dois minutos depois do gol de Masopust, Amarildo empatou, em um lance no qual o arqueiro Schroif fez um fatídico golpe de vista.
Na etapa final, a seleção veio melhor, mas poderia ter encontrado mais problemas se o árbitro Nikolai Latchev tivesse marcado pênalti quando Djalma Santos tocou a bola com o braço dentro da área, em cruzamento de Jelinek. Como o juizão interpretou “bola na mão”, o jogo seguiu e, aos 24, Amarildo fez grande jogada pela esquerda e cruzou para Zito, que marcou. Algo raro, já que, por ser volante, o santista costumava chegar pouco à área e na sua trajetória com a camisa do Brasil foram apenas três gols. Um deles, este, que pode ser considerado o do título.
Após nova falha, mais grotesca, de Schroif, Vavá fez o terceiro aos 33 e selou a vitória brasileira. O país que tinha complexo de vira-latas no futebol antes do Mundial de 58, vencia pela segunda vez a Copa do Mundo. E como perguntar não ofende, será que algum jogador, desses que costumam imitar João Sorrisão e quetais, na rodada do Brasileirão de hoje vai lembrar de homenagear os grandes de 1962?


Boa parte das informações contidas neste post estão no ótimo livro de Lycio Vellozo Ribas, O mundo das Copas. Mais que recomendável.

quarta-feira, junho 22, 2011

Nem a 'marolinha' está fazendo efeito

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No final de 2008, Lula disse que a crise mundial seria "marolinha" no Brasil e "tsunami" no exterior. Foi massacrado pela "grande" imprensa (grande só nos interesses). Enquanto isso, lá fora, até o prestigiado jornal francês Le Monde reconheceu a previsão de Lula. Afinal, vejam três notícias recentes, uma de hoje, aqui do Brasil, e outras dos Estados Unidos e Europa:


Taxa de desemprego é a menor do mês de maio em nove anos
O Globo - 22/06/2011 às 12h14m
RIO - A taxa de desemprego atingiu 6,4% da população economicamente ativa no mês passado, a menor para o mês de maio desde 2002, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) divulgada nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). (...) Em comparação a maio de 2010, quando a taxa marcou 7,5%, houve queda de 1,1 ponto percentual. A Pesquisa Mensal de Emprego é realizada nas regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. (...) O rendimento médio real habitual dos trabalhadores cresceu e atingiu R$ 1.566,70, o valor mais alto para o mês de maio desde 2002. Isso representou uma alta de 1,1% na comparação mensal e de 4,0% frente a maio do ano passado.


Os "indignados" tomam as ruas de Madri contra a crise e o desemprego
UOL - 19/06/2011 - 14h40
MADRID, Espanha, 19 Jun 2011 (AFP) -Dezenas de milhares de manifestantes foram, neste domingo, às ruas de Madri e de outras cidades espanholas para protestar contra o desemprego e as medidas de austeridade propostas pelo governo espanhol e o de outros países europeus. O desemprego entre a população jovem espanhola chega a 43%, afetando 21,29% da população economicamente ativa e mais de um milhão de famílias. A dívida pública espanhola ultrapassou no primeiro trimestre o limite fixado pelo Pacto de Estabilidade da União Europeia (UE), ao atingir 63,6% do PIB, informou o Banco da Espanha na sexta-feira.


Desemprego e pobreza se alastram nos EUA
9/6/2011 8:25, Por Redação, com agências internacionais - de Nova York
As consequências da crise capitalista seguem contundentes nos Estados Unidos. De acordo com os dados divulgados pelo Departamento do Trabalho, cerca de 14 milhões de norte-americanos encontravam-se desempregados no final da semana passada, cifra que eleva para 9,1% o total de trabalhadores naquela situação no país. A pressionar o segundo maior índice de desemprego registado no ano de 2011 está a fraca criação de postos de trabalho por parte do setor privado, apenas cerca de 54 mil durante o mês de maio, dizem as estatísticas oficiais.

sexta-feira, novembro 19, 2010

Ela foi votar, mamãe!

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O Partido Socialista Catalão (PSC) despertou a ira dos setores conservadores espanhóis com um comercial em que uma mulher aparenta ter um orgasmo ao depositar a cédula com seu voto na urna (veja vídeo abaixo). Nesse contexto, a expressão "boca de urna" ganha nova - e indecorosa - conotação...

quinta-feira, julho 15, 2010

O que Dunga deixa para 2014

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Uma das palavras mais recorrentes nas críticas sobre a atuação de Dunga à frente da seleção brasileira após a queda na África do Sul é “renovação”. No caso, a falta dela, por haver o treinador convocado um time envelhecido, com poucos jogadores com idade para serem aproveitados em 2014.

Olhando apenas para a questão etária, de fato, a coisa fica feia. Dos 23 convocados brasileiros para a Copa da África do Sul, apenas 4 terão 30 anos ou menos em 1º de junho de 2014 (os números entre parênteses sempre serão as idades com referência nessa data). Robinho (30), Thiago Silva (29), Ramires (27) e Nilmar (29) têm bola e condições para brigar por espaço na nova seleção que deverá surgir até lá.

Saiba a situação de Alemanha, Espanha, Holanda e Uruguai no Copa na Rede.

segunda-feira, julho 12, 2010

Virgem, revelação do Mundial não deve durar até Eurocopa

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Grande revelação da Copa de 2010, o polvo Paul, tal qual videntes de outrora que carregam pesados fardos por conta de suas adivinhações, não tem uma vida feliz. Confinado no aquário Sea Life de Oberhausen (Alemanha), o cefalópode que tem três corações e nove cérebros (o que pode sugerir toda a afetividade que poderia ofertar a uma parceira da sua espécie) é virgem e pode estar em final de carreira.

O oráculo dos mares tem dois anos e meio e, segundo especialistas, sua expectativa de vida é de três anos. Portanto, não poderá fazer suas previsões para a Eurocopa de 2012 e não deixará herdeiros, dada a (não) intensidade de sua vida sexual. O polvo Paul tornou-se o termo mais buscado no Google mundial nos últimos dias pelo fato de, quando colocado diante de duas caixas com mexilhões, cada qual com a bandeira de uma seleção (em jogos que sempre envolviam a Alemanha, seu país natal), ter acertado todas, inclusive as derrotas dos germânicos frente a Sérvia e Espanha. Os espanhois, aliás, acompanharam ávidos por boas novas as previsões do animal para a final, transmitidas ao vivo por várias redes de televisão no mundo, inclusive a CNN Internacional (aliás, se alguém tiver sugestões de pauta, aparentemente eles aceitam qualquer coisa). E deu Espanha.

A previsão chegou a mudar inclusive a tendência das casas de apostas britânicas. De acordo com um dos donos de estabelecimento, antes da previsão do octópode a Holanda era favorita com 54% nas apostas. Depois do palpite do bicho, a Espanha alcançou 56% das preferências dos investidores.

Mas fica a dúvida: se Paul só havia demonstrado seus poderes de vidência em partidas da Alemanha, funcionaria também para uma peleja onde a seleção está ausente? Podia parecer que o pobre octópode estava forçado a errar apenas para não desmoralizar comentaristas esportivos e místicos humanos que não lograram sucesso em seus palpites.Mas a realidade se mostrou outra. O polvo não só acertou como foi o único que obteve 100% de aproveitamento no Mundial (tá, o Mick Jagger também...).

Enquanto isso, outros animais metidos a vidente e que ousaram desafiar o vidente mais famoso do mundo se deram mal. O periquito Mani, de Cingapura, que acertou todos os palpites desde as quartas de final, apostou na Laranja, assim como uma fêmea da espécie de Paul, Pauline (opa, alma gêmea?), que fica em Haia, na Holanda. Não foram páreo.

Agora, talvez sua vida seja mais interessante com a proteção ibérica. Empresários do município galego de O Carballiño, famoso pelo tradicional festival anual do polvo, ofereceram € 30 mil (R$ 66,7 mil) pela guarda do polvo, hoje odiado por parte da população alemã. Talvez a terra da paella, que usa companheiros seus na receita, ironicamente seja o lugar ideal para o crepúsculo da revelação da Copa de 2010.

Os responsáveis pelo aquário alemão negam a negociação do passe do polvo e asseguram sua aposentadoria. "Ele está aposentado, e agradece a todos. Foi um Mundial fantástico", disse um porta-voz do aquário, frustrando os inúmeros pedidos de previsões que foram enviados ao local. Que possa curtir a vida a partir de agora sem o fardo das previsões. 

Atualizado e adaptado a partir de post do Copa na Rede. Confira mais.

domingo, julho 11, 2010

Espanha é campeã do mundo de 2010. Fórlan é Bola de Ouro, Müller ganha artilharia e revelação

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Acabou-se a Copa do Mundo de 2010. A primeira realizada no continente africano. E a Espanha sagrou-se campeã, a oitava seleção a alcançar o feito após 19 mundiais.

Os comentários estão no Copa na Rede.


Espanha se livra da fama de amarelar e leva a Copa do Mundo

Espanha se livra da fama de amarelar e leva a Copa do Mundo

Espanhóis fazem 1 a 0 aos 11 minutos do segundo tempo da prorrogação e vencem a final mais violenta da história das Copas. País é o oitavo integrante do grupo dos campeões mundiais



Fórlan ganha Bola de Ouro da Copa

Fórlan ganha Bola de Ouro da Copa

Uruguaio é eleito melhor jogador do Mundial. Desde 1994, o melhor do torneio sempre disputou a final. Müller é a revelação





Por 3 a 2, Alemanha vence um valente Uruguai

Por 3 a 2, Alemanha vence um valente Uruguai

Germânicos garantem o terceiro lugar pela segunda Copa seguida. Bom jogo teve duas viradas no marcador