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quinta-feira, março 19, 2009

Na "seleção da rodada"...

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Entre milhões de arquivos jogados pela internet, encontrei um recorte de jornal (à direita) da década de 1970 com uma "seleção da rodada" (provavelmente do Campeonato Paulista, mas não descobri o ano). Curioso é que a tal "seleção" começa com dois técnicos muito conhecidos hoje em dia: Geninho, que na época era goleiro do São Bento de Sorocaba, e Nelsinho Baptista, que jogava como lateral direito pelo São Paulo. O texto do jornal (também não sei qual é, mas parece a finada Gazeta Esportiva) diz o seguinte:

Goleiro - Geninho, do São Bento, garantiu a vitória sobre o Comercial, em Ribeirão Preto.

Lateral direito - Nélson, do São Paulo, atacando com objetividade e marcando bem.


Completavam a tal "seleção": Klein, do Paulista de Jundiaí (central), Araújo, do Noroeste (quarto zagueiro), Isidoro, da Portuguesa (lateral esquerdo), Marinho, do Juventus (armador), Pedro Rocha, do São Paulo (armador), Antonio Carlos, da Portuguesa (ponta direita), Toninho, do Marília (ponta de lança), Serginho Chulapa, do São Paulo (centroavante) e Edu, do Santos (ponta esquerda) - este último merece ter registrado o comentário sobre sua atuação: "Fez dois gols e apavorou a defesa da Portuguesa Santista".

sexta-feira, janeiro 23, 2009

Mais um texto técnico

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Rodrigo Ponce Santos*


Nunca assisti ao treinamento de um time de futebol profissional. Ou melhor, até que assisti alguns treinos do Londrina na infância. Mas tinha lá meus 12 anos e aparecia no Estádio do Café muito mais pela graça de matar aula do que por qualquer interesse no treinamento em si. Além do mais, não entendia patavinas sobre esquema de jogo. Pra mim era nós contra eles. Acabou.

Ando pensando bastante nesta carência da minha formação, especialmente quando tento montar um time na cabeça. Você pode dizer que isto é problema do técnico de futebol, como meu computador é problema do técnico em computação e minha bicicleta é problema do bicicleteiro. Mas é sempre bom entender e conhecer um pouco melhor essas coisas todas com as quais a gente tem uma ligação tão íntima e diária, ainda que no caso do futebol o conhecimento signifique pouco poder efetivo. Sendo menos do que um cronista esportivo de relativa audiência, o máximo que a gente vai conseguir é assunto pro boteco. Mas já está valendo.

Acompanhando um programa esportivo algumas semanas atrás, ouvi que o Geninho (à direita, em foto de Giuliano Gomes) pretendia montar um time no 4-4-2. Ainda estava no ar a novela sobre a transferência do Netinho para Grécia. Ora, caso o negócio fosse concretizado estaríamos com os cofres cheios e com um buraco na ala esquerda. Mesmo com a permanência do guri, nossa fragilidade canhota é evidente num esquema de dois zagueiros e dois laterais. Neste esquema, o Netinho voltaria a jogar no meio (o que seria uma boa), mas a lateral ficaria entre Márcio Azevedo e Alex Sandro. O primeiro chegou a disputar boas partidas ano passado, mas caiu de rendimento vertiginosamente e sem explicações. O segundo é ainda uma promessa das divisões de base. Isto significa que sair do 3-5-2 agora seria fazer uma aposta na recuperação de um atleta ou na revelação de outro.

Felizmente ficou mais claro depois que o técnico estava falando em treinar algumas possibilidades, não em mudar o esquema de jogo. Tudo bem que o Paranaense é o campeonato de menos expressão a ser disputado neste ano, mas não se trata de desconsiderar a briga e tomar o certame como pré-temporada, de jeito nenhum! O Paranaense é pra ganhar. O Geninho sabe disso, a diretoria sabe, a torcida, os jogadores, todo mundo sabe que tem que entrar rasgando. Mesmo que a primeira fase classifique 8 de 15 times, o campeonato começa dia 25 e o único amistoso foi contra o Batel de Guarapuava. Agora é valendo ponto.

Mas já que falamos em promessa, não dá pra deixar de lado o fio de esperança que a Copa São Paulo trouxe para a torcida rubro-negra. Aliás, um fio não, trouxe logo um novelo ou já uma trama muito bem costurada. Porque o time-base do Furacão está muito bem organizado, além de ter jogadores que se destacam individualmente. E o assunto da Copinha cabe aqui muito bem, porque esse time também está no 3-5-2. Se o Manoel jogar durante o ano o que ele fez contra o Cruzeiro, quem sabe a gente possa ver o Chico ao lado do Valência. Ali pelo meio ainda tem o Willian, que parece ser um guri bom: quieto, com personalidade, toque de bola e muito raçudo. Pela direita tem o Raul, que é um baita jogador e deve ser uma sombra atrás do Nei e do Alberto, um se recuperando de lesão e outro que infelizmente foi habitué do Departamento Médico no ano passado. Lá na frente, Patrick e Eduardo Salles são bons centroavantes, mas a briga já está quente...

Posso queimar a língua, mas acho que o Lima vai ser opção de segundo tempo e que a briga pela vaga ao lado do He-Man fica entre Júlio César e Preá. No meio, Geninho está apostando suas fichas no Julio dos Santos, o que cria outra “briga” entre Ferreira e Marcinho. Puta merda... essa é boa! Deixar um no banco com certeza vai ser uma pressão violenta para quem entrar jogar tudo o que sabe e o que não sabe. Mas outra opção pode ser o Ferreira no meio e o Marcinho no ataque, como ele mesmo disse que gosta de jogar.

Enfim, me perdoem o absurdo da comparação, mas acho que montar um time deve ser mais ou menos como escrever. Primeiro você tem alguma formação e experiência nisso. Entende alguma coisa técnica, manja umas jogadas, estuda umas regras. Depois tem algumas idéias e vai ensaiando na sua cabeça aquilo que quer fazer dentro das quatro linhas. Então começa. Coloca uma peça aqui, outra ali. Elas se movimentam. Algumas do jeito que você esperava, outras não. Então você apaga, substitui, joga de novo. Nada estava pronto antes de começar a partida e no final você tem um resultado impossível de ser alterado. Definitivo. Para o bem ou para o mal. Uma diferença óbvia e com vantagens para quem escreve é que seu resultado pode continuar sendo debatido com argumentos contra ou a favor de suas escolhas. O técnico não. Seu resultado aparece em um placar. O escritor lida com palavras. O técnico de futebol, apesar de toda a magia do jogo, com a frieza dos números.

*Rodrigo Ponce Santos é torcedor do Atlético-PR, escreve sobre o futebol do Paraná para o Futepoca e é autor do blogue Pretexto.

terça-feira, maio 27, 2008

Leão cai e aumenta a dramaticidade do "clássico da crise"

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Sanches Filho/Estado de S. Paulo
O treinador Émerson Leão não comanda mais o Santos. Pressionado pela eliminação do time na Libertadores, cobrado como se a equipe fosse recheada de craques, achincalhado por uma organizada e combatido desde sua contratação por parte da diretoria, o técnico pediu arrego.

Agora foi aberta a temporada de especulações. Dois nomes surgem como favoritos da diretoria (?) santista. O que não quer dizer nada, porque o clube não tem dinheiro e o Santos não parece o lugar em que os comandantes de alto nível sonhem em atuar hoje. Cuca, do Botafogo, caso o time caia fora da Copa do Brasil, desponta como um dos preferidos. O outro é Paulo Autuori, atualmente no Catar, mas que envolveria uma bela soma para retornar ao Brasil.

Diante da provável recusa dos citados acima, outros dois desempregados poderiam sentar no banco de reservas do Alvinegro. Geninho, técnico defensivista que passou pelo clube em 1986/1987/1992/2001 é um deles. Pergunte a algum santista se tem saudades de alguma passagem do referido no Peixe. Outro que pode aparecer é Ney Franco, recém-demitido do Atlético (PR).

Tirando Luxemburgo e Leão, ninguém mais conseguiu títulos com o time da Vila no século XXI. Dada a falta de recursos decorrente de uma administração temerária que teve em mãos a maior mina de ouro do futebol brasileiro nos últimos 25 anos, com Robinho, Diego, Elano, Alex, Renato, entre outros; mas que anteriormente havia gasto fortunas com Rincón, Edmundo, Marcelinho Carioca, Valdir Bigodinho, Carlos Germano, as perspectivas são péssimas.

Torcedor santista, o ano acabou após a eliminação da Libertadores. Como todo longo reinado administrativo que preza pela incompetência, vide casos Dualib e Mustafá, a luta agora é contra o destino que os clubes dirigidos por eles tiveram: a Série B. Oremos pelo melhor técnico e esperemos 2009. Diante do cenário, só a queda de Muricy Ramalho e uma improvável contratação do mesmo por parte do Santos salvam o semestre. Márcio Fernandes (vulgo o interino), faça sua parte domingo, no "clássico da crise" contra o São Paulo, e ajude seu clube a ter um futuro menos sombrio...