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sábado, setembro 08, 2012

Balão de ensaio ou piada? Ronaldo Fenômeno vice de Aécio Neves em 2014

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Saiu na coluna de Bruno Astuto, na revista Época desse fim de semana: “O sonho de Aécio é ter um novato a seu lado na chapa: o ex-jogador Ronaldo Nazário. A conversa ainda é prematura. Em tom meio sério e meio de galhofa, Ronaldo foi sondado sobre sua vontade de concorrer como vice de Aécio. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apadrinha o mineiro, também não se opõe à ideia. O tucano quer que, de qualquer modo, ele participe ativamente da campanha”.

Ronaldo, aquele mesmo que a Globo ama, cultiva boas relações no meio político. Mora próximo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em Higienópolis, e costuma se encontrar com o tucano para conversas regadas a uísque e partidas de pôquer, ao que consta. Diz também ter boas relações com Lula, com quem teve um entrevero na malfadada Copa de 2006, mas parece que é entre os tucanos que se sente de fato à vontade.

Ficou célebre um jantar do Fenômeno em julho de 2010, com José Serra e FHC. À época, ele justificou: “Pra ficar claro, não é apoio político. Eu e meus companheiros no Corinthians só demos sugestões para políticas públicas de apoio ao esporte”, escreveu. “Faremos isso com outros candidatos também.” Não houve o prometido jantar nem com Marina Silva, nem com Dilma Rousseff, segundo o ex-atleta, por “problemas de agenda” das candidatas. Talvez a diferença seja que, com os tucanos, o encontro fora marcado antes de a campanha pegar fogo...

No início deste ano, foi cogitada a sua possível candidatura a vereador em São Paulo, mas o Fenômeno teria achado pouco. Se Romário é deputado federal, ele se contentaria em ser vereador? À frente do Comitê Organizador Local da Copa (COL) em São Paulo, ele miraria um lugar na Câmara ou, como já se insinua agora, um cargo de vice de Aécio Neves.

O Fenômeno tem uma carreira como boleiro digna das jornadas de herói, ressurgindo quando menos se esperava. Mas sua trajetória depois da aposentadoria deixa muitas dúvidas no ar. É empresário, lida com empresas e imagem de jogadores em sua atividade profissional, mesmo assim, não viu qualquer conflito de interesses em ter que lidar com o mesmo nicho como presidente do COL, indicação do nada saudoso Ricardo Teixeira, com quem Ronaldo mantinha ótimas relações.

O também ex-jogador Tostão foi enfático em relação à nomeação: “Ronaldo, por não ter tido preparo técnico, não demonstra condições para o cargo nem para ser membro do comitê organizador da Copa. Ele precisa também decidir se quer ser empresário do esporte ou dirigente esportivo. Há um nítido conflito de interesses. Para um atleta se tornar um ótimo profissional em outro cargo relacionado ao futebol, precisa, além de se preparar bem, executar integralmente a nova atividade. Não pode ser por bico, por vaidade, por diversão ou apenas para faturar mais. Tem ainda de abandonar os trejeitos, a pose e o estrelismo da época de jogador.” E mais: “Infelizmente, as pessoas são mais reconhecidas e escolhidas por prestígio, por serem amigas do rei, do que por conhecimentos técnicos. O que prevalece, na maioria das vezes, é a ética do mercado e da política, o corporativismo e o toma cá dá lá.”

Ricardo Teixeira sabia que a imprensa é toda de Ronaldo, o PSDB, obviamente, também sabe, mas fica meio evidente a falta de quadros no ninho tucano. Resta saber de que forma o Fenômeno decidirá entrar na vida política. Dada a coerência, não é de se estranhar que ele possa até adotar outro partido. Melhor decidir logo, porque pode ser que seu amigo Luciano Huck já esteja na fila...

terça-feira, fevereiro 17, 2009

Som na caixa, manguaça! - Volume 34

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PINGA
(John Ulhoa)

Pato Fu

Eu tomo pinga
Eu não sei o que é melhor pra mim
Eu tomo pinga
Mesmo já sabendo o que vai dar no fim
Eu tomo pinga
Será que eu tô gostando de viver assim?
Eu tomo pinga
Será que isso é bom ou ruim?

Aah... aah....

Se eu fosse o Pelé tomava café
Se eu fosse o Tostão tirava o calção
Se eu fosse o Dario pulava no rio
Se eu fosse o Garrincha não pulava não

Eu tomo pinga
Eu não sei o que é melhor pra mim
Mesmo já sabendo o que vai dar no fim
Será que eu tô gostando de viver assim?
Será que isso é bom ou ruim?

Aah... aah....

Se eu fosse o Pelé...
Se eu fosse o Tostão...
Seu eu fosse o Dario...

(Do CD "Tem mas acabou", Sony BMG, 1996)

segunda-feira, junho 02, 2008

Tostão fala sobre o futebol em 1968

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Respondendo a versão de Admildo Chirol sobre o que 1968 representou para o futebol, Tostão, alguém que sabe porque esteve lá, explicou em miúdos na Folha de S.Paulo (só para assinantes) de domingo, 1º.

Eu ia escrever, de troça, que ele se pautou no Futepoca e no PapodeHomem. Mas como ele admite que procurou no Google, dá pra dizer que ele se sensibilizou pela lembrança da formação Gérson, Rivellino e Tostão no meio de campo.

UFCG

Tostão na seleção

Diferentemente do integrante da comissão técnica da época, Tostão explica:

"Na primeira partida, contra a Alemanha, levamos um baile.
Aí, eu, Gerson e Rivellino, por nossa conta, formamos um trio de canhotos no meio-campo. Eu jogava pela direita, Gerson, pelo meio, e Rivellino, pela esquerda. Gerson era o técnico. Ganhamos a maioria das partidas. O treinador Aimoré Moreira foi bastante elogiado."
Méritos socializados.

Mas há críticas à comissão técnica. No artigo, Tostão revela que João Saldanha – "visionário, humanista, político militante da esquerda e que falava o que pensava" – o técnico em 1969, não poderia mesmo resistir em um ambiente militar e autoritário. "A comissão técnica e o governo queriam a saída do técnico, e ele, incomodado, parecia não querer continuar."

Mesmo depois do Ato Institucional nº 5, o craque conta que conversava sobre política com o zagueiro Marinho. "Falávamos muito de futebol, ditadura e outras coisas, para estranheza dos outros", escreve. Embora não houvesse veto ao debate entre atletas, "existia um silêncio, uma mistura de alienação e de medo".

Quem, da comissão técnica, teria pedido a cabeça de Saldanha? O que eram as "outras coisas" sobre as quais Tostão conversava, que completava a tríade com futebol e ditadura? Seria possível pensar em três meias geniais jogando juntos no meio de campo?

sábado, maio 31, 2008

O ano de 1968 no futebol

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Artur Poerner escreveu no Jornal do Brasil "Normal só a vitória da Mangueira [no carnaval].

Neste 31 de maio, vale a pena esticar a onda para o mundo do futebol. Pro parceiro PapodeHomem, pesquisei sobre futebol em 1968 pra descobrir se o futebol também teria mudado.

Não necessariamente em maio, mas em junho. É a versão de um artigo de Admildo Chirol, preparador físico da seleção à época. Ele narrava os bastidores da escalação de Gérson, Tostão e Rivellino juntos, com a camisa canarinho – com direito a participação, como coadjuvante, de Carlos Alberto Parreira. Mais do que uma escalação, a inovação era tática, ao usar mais homens capazes de voltar para marcar. Gérson, Rivellino e Tostão ajudando a defesa? Bom, essa foi a mudança, porque infernizar o time adversário eles iriam de qualquer forma.

Mas na busca, encontrei um monte de dados curiosos sobre o ano.

O levantamento começa na Taça Brasil de futebol, uma lambança. O torneio que lembra a Copa do Brasil atual, servia para indicar os brasileiros na Libertadores do ano seguinte. Ficou parada por quatro meses, e foi acabar em outubro de 1969, com o Botafogo, pivô da crise junto do Metropol de Criciúma, em Santa Catarina, sagrando-se campeão. A competição não voltaria a acontecer depois desse enrosco todo. Note-se que o Metropol fechou seu departamento de futebol em 1969, ano em que se sagrou campeão de seu estado.

As mudanças nada positivas vão além. O ano de glórias da Estrela Solitária também rendeu monopólio no Rio de Janeiro. Ficou com o caneco em cima do Vasco no Carioca. Também conquistou a Taça Guanabara que, até 1976, não representava o primeiro turno do estadual como acontece hoje. O bicampeonato em ambas as competições marcou o início da fila do clube, que ficaria 21 anos sem conquistas. Vale dizer que o técnico do clube era Mário Jorge Lobo Zagallo, em sua primeira experiência como treinador que duraria até 1970.

Como todo nascido muito tempo depois dos anos 60, pensar no Botafogo daquela época remete, de algum jeito, a Garrincha. Mas ele havia deixado o clube em 1965, passado pelo Corinthians em 1966 e pulado no Atlético Junior, de Barranquilla, na Colômbia por um ano e meio para jogar uma partida apenas, contra o Santa Fé, sem nenhum gol. Em 3 de novembro de 1968, Mané estrearia pelo Flamengo, sem conseguir grandes feitos.

O Santos de Pelé sagrou-se bicampeão paulista, vencendo o Corinthians na final. O artilheiro foi Téia, da Ferroviária de Araraquara. O alvinegro da Baixada Santista levou o o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, o equivalente ao Brasileiro atual, e venceria o terceiro estadual consecutivo no ano seguinte.

O Náutico alcançou o hexa pernambucano em cima do Sport, em três jogos. O feito é único na história do estadual. O paranaense ficou para o Coritiba, no gaúcho o Grêmio foi hepta, o Galo ficou com o mineiro, o Galícia venceu o Fluminense de Feira de Santana na Bahia, e por aí vai.

Ainda falta descobrir sobre o futebol do resto do mundo em 1968.