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quarta-feira, dezembro 09, 2015

Muito simbólico também

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Ricardo Teixeira, Juvêncio e José Serra: Copa no Morumbi esfarelou-se
Outro dia observei aqui como foi simbólica a sova de 6 a 1 dada pelo Corinthians (ou melhor, os reservas do Corinthians) no São Paulo, fazendo um paralelo sobre a impressionante recuperação e reestruturação alvinegra, de 2008 pra cá, em contraposição à ainda mais impressionante e retumbante derrocada sãopaulina no mesmo período. Um saiu da Série B, ganhou o Brasil, o continente e o mundo, inaugurou um moderno estádio, que foi sede de abertura de Copa do Mundo, multiplicou suas fontes de renda (e sua torcida) e contempla uma sólida hegemonia estadual e nacional dentro de campo, nos próximos anos. O outro saiu do tricampeonato da Libertadores, do Mundial de Clubes e do Brasileiro, da perspectiva de sediar a abertura da Copa e de reformar seu estádio, da estabilidade de três anos de um técnico e das promessas das categorias de base para o jejum de títulos, a perda da Copa e do patrocinador master, o abandono do projeto para o Morumbi, a insolvência financeira, atraso de salários, lavação de roupa suja e porrada entre dirigentes em público e, mais do que tudo, para uma interminável série de surras e vexames dentro de campo.

Foi o 'soberano' Juvêncio quem elegeu presidente Carlos Miguel Aidar
Como já listei aqui, a maior responsabilidade por esse esfarelamento institucional sem precedentes, por esse verdadeiro caso de estudo que foi o que ocorreu com o São Paulo num curto prazo de sete anos, cabe ao ex-presidente Juvenal Juvêncio. Que morreu hoje, de câncer, na capital paulista. Como é, no mínimo, covardia ofender um falecido, que não pode mais se defender, não vou repetir e repisar a série inacreditável de decisões desastrosas que ele tomou quando dirigia o clube - e que, como disse, tiveram consequência direta na lamentável situação atual. Mas é muito simbólico, também, que, no momento em que o time termina mais uma temporada bem abaixo dos maiores rivais, sendo eliminado duas vezes pelo Santos (nas semifinais do Paulistão e da Copa do Brasil) e goleado impiedosamente pelo Palmeiras (3 x 0 no Paulista e 4 x 0 no Brasileiro) e pelo Corinthians (o já citado 6 x 1), que aquele São Paulo "soberano" bravateado (de forma muito infeliz) por Juvêncio esteja hoje inegavelmente morto. Como o dirigente. É o fim de uma fase, de uma mentalidade baseada na arrogância, na empáfia, no egocentrismo, na soberba, na "soberania".

Descanse em paz, Juvenal. Que, depois de você (e do Carlos Miguel Aidar, que você elegeu - lembrem-se disso!), precisará ser reconstruído totalmente. Das cinzas. Amém.


sexta-feira, novembro 23, 2012

A saída de Mano Menezes, a lógica da CBF e o futuro da seleção

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Com a saída de Mano Menezes, a seleção brasileira, ou melhor, a patroa da equipe, CBF, vai para o divã. Na prática, o técnico não tinha um desempenho brilhante, nem deixará saudades para o torcedor, em que pese ter tido apoio quase incondicional do maior grupo de comunicação do país. Mas, para saber o que virá depois dele e o que significa a alentada “virada filosófica”, é preciso retroceder um pouco na recente história da seleção, que mostra como a direção do futebol brasileiro reagiu até agora na troca de técnicos, sempre negando aquilo que o anterior deixou (ou teria deixado).

Em 2006, Parreira colocou em campo jogadores com adiposidade em excesso, o que refletiu no desempenho do time. Cortar a balada e o descompromisso era a palavra de ordem após o fracasso diante dos pés de Zidane e por isso o símbolo do trabalho duro na seleção foi chamado, mesmo nunca tendo sido técnico anteriormente. Dunga usou, na prática, a receita moldada por Parreira em 1994, que não conseguiu repetir em 2006, e que Felipão também utilizou em 2002. “Fechou” o grupo, formando uma dita família que implicou na convocação da jogadores de qualidade duvidosa em função da “coerência” e “confiança”. Diferentemente de seus antecessores, achou por bem ser escudo de seus jogadores, topando com a imprensa e irritando o império global. Novo insucesso em 2010, apesar de uma trajetória vitoriosa até o Mundial, mesmo sem encantar.

Mano não conquistou a torcida nem com força da Globo
Veio Mano Menezes, segunda opção após a recusa de Muricy Ramalho, com a missão de “renovar” a seleção (sim, há excessos de aspas nesse texto, mas se tratando de prática e intenção da CBF e de seus contratados, é preciso). Primeiramente, recusou a herança dos atletas de Dunga, que não deixou muitos atletas jovens com experiência de amarelinha para o ex-corintiano trabalhar. Mesmo aqueles que teriam condições de continuar, não foram convocados por Mano ou, quando foram, já era tarde.

Mas, como diria conselheiro Acácio em suas ponderações de bar, uma coisa é ser técnico da seleção, outra é ser comandante de um time, quando se tem tempo pra treinar e impor um padrão. Não é à toa que os treinadores de priscas eras usavam bases de um e/ou outro time para dar consistência a um selecionado. 

Depois de testar, tentar, e não conseguir ser inovador, Mano perdeu para seleções fortes e só ganhou de equipes menos qualificadas. Fracassou em Londres e, quando tentava ajeitar seu time com dois volantes móveis e um quarteto ofensivo, ganhou o Superclássico das Américas perdendo, com um time B+ do Brasil, para um time C da Argentina. Não caiu pelo resultado em si, mas a peleja não ajudou em nada a sua permanência.

A política e o futuro

Como bem lembrou oNicolau, citando o Menon, há na saída de Mano uma questão política. José Maria Marín tem mais simpatia pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero, para ser seu sucessor. Mano é homem de Andres Sanches, diretor de seleções – por enquanto – e homem de confiança de Ricardo Teixeira, que o nomeou, assim como a Ronaldo no COL, para assegurar o seu “legado”.

Sanches é alguém cuja trajetória mostra a habilidade de crescer em um tipo de cenário, ver o cenário ruir, e depois seguir adiante como se nada tivesse com o assunto. Fez parte da diretoria que levou o Corinthians ao rebaixamento em 2007, sendo um dos parceiros principais de Kia Jorabchiaan na gestão. Sucedeu Alberto Dualib e fez o corintiano rapidamente esquecer o seu passado recente. Levado à CBF por Ricardo Teixeira, foi fundamental para levar Mano, seu ex-comandado, para a seleção brasileira. Tem um grande serviço prestado à CBF de Ricardo Teixeera e à Globo ao ser o principal articulador da implosão do Clube dos Treze.

Com esse currículo político, claro que era (e é) uma ameaça aos planos de poder de Marin, que tratou de escanteá-lo. Além do fator político puro, há o desempenho técnico da equipe da Confederação, que também influencia nos rumos do poder. E esse, sob a batuta de Mano, não ia bem das pernas. Juntando-se os ingredientes, está pronta a receita da troca de treinador.

A dúvida em relação ao futuro da seleção é: o que vai importar de fato, um time que ganhe e “cale a boca dos críticos” ou uma tentativa de ressuscitar o futebol arte, magia, moleque (seguem adjetivos), aquele que encanta mas não necessariamente ganha porque assim é o esporte?

Se seguirmos a lógica do “fácil é o certo”, que costuma ser a cebefista, a opção Felipão é a mais acertada. Foi ele quem assumiu o barco que navegava em águas intranquilas na última vez que um técnico não cumpriu um ciclo de quatro anos na seleção. Contudo, o fato de o treinador só ser anunciado em janeiro abre margem a especulações como o nome de Tite, que, vencedor do Mundial de Clubes, chegaria com pompa e circunstância no comando do time verde-amarelo. Os mais otimistas dirão que é o tempo necessário para convencer Pep Guardiola, sendo que já tem até abaixo-assinado para que ele seja o novo treinador do Brasil (ver aqui). E ao que parece, Guardiola gostou da ideia de treinar o Brasil. Ainda acho pouco possível, mas não custa torcer.

sábado, setembro 08, 2012

Balão de ensaio ou piada? Ronaldo Fenômeno vice de Aécio Neves em 2014

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Saiu na coluna de Bruno Astuto, na revista Época desse fim de semana: “O sonho de Aécio é ter um novato a seu lado na chapa: o ex-jogador Ronaldo Nazário. A conversa ainda é prematura. Em tom meio sério e meio de galhofa, Ronaldo foi sondado sobre sua vontade de concorrer como vice de Aécio. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apadrinha o mineiro, também não se opõe à ideia. O tucano quer que, de qualquer modo, ele participe ativamente da campanha”.

Ronaldo, aquele mesmo que a Globo ama, cultiva boas relações no meio político. Mora próximo ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em Higienópolis, e costuma se encontrar com o tucano para conversas regadas a uísque e partidas de pôquer, ao que consta. Diz também ter boas relações com Lula, com quem teve um entrevero na malfadada Copa de 2006, mas parece que é entre os tucanos que se sente de fato à vontade.

Ficou célebre um jantar do Fenômeno em julho de 2010, com José Serra e FHC. À época, ele justificou: “Pra ficar claro, não é apoio político. Eu e meus companheiros no Corinthians só demos sugestões para políticas públicas de apoio ao esporte”, escreveu. “Faremos isso com outros candidatos também.” Não houve o prometido jantar nem com Marina Silva, nem com Dilma Rousseff, segundo o ex-atleta, por “problemas de agenda” das candidatas. Talvez a diferença seja que, com os tucanos, o encontro fora marcado antes de a campanha pegar fogo...

No início deste ano, foi cogitada a sua possível candidatura a vereador em São Paulo, mas o Fenômeno teria achado pouco. Se Romário é deputado federal, ele se contentaria em ser vereador? À frente do Comitê Organizador Local da Copa (COL) em São Paulo, ele miraria um lugar na Câmara ou, como já se insinua agora, um cargo de vice de Aécio Neves.

O Fenômeno tem uma carreira como boleiro digna das jornadas de herói, ressurgindo quando menos se esperava. Mas sua trajetória depois da aposentadoria deixa muitas dúvidas no ar. É empresário, lida com empresas e imagem de jogadores em sua atividade profissional, mesmo assim, não viu qualquer conflito de interesses em ter que lidar com o mesmo nicho como presidente do COL, indicação do nada saudoso Ricardo Teixeira, com quem Ronaldo mantinha ótimas relações.

O também ex-jogador Tostão foi enfático em relação à nomeação: “Ronaldo, por não ter tido preparo técnico, não demonstra condições para o cargo nem para ser membro do comitê organizador da Copa. Ele precisa também decidir se quer ser empresário do esporte ou dirigente esportivo. Há um nítido conflito de interesses. Para um atleta se tornar um ótimo profissional em outro cargo relacionado ao futebol, precisa, além de se preparar bem, executar integralmente a nova atividade. Não pode ser por bico, por vaidade, por diversão ou apenas para faturar mais. Tem ainda de abandonar os trejeitos, a pose e o estrelismo da época de jogador.” E mais: “Infelizmente, as pessoas são mais reconhecidas e escolhidas por prestígio, por serem amigas do rei, do que por conhecimentos técnicos. O que prevalece, na maioria das vezes, é a ética do mercado e da política, o corporativismo e o toma cá dá lá.”

Ricardo Teixeira sabia que a imprensa é toda de Ronaldo, o PSDB, obviamente, também sabe, mas fica meio evidente a falta de quadros no ninho tucano. Resta saber de que forma o Fenômeno decidirá entrar na vida política. Dada a coerência, não é de se estranhar que ele possa até adotar outro partido. Melhor decidir logo, porque pode ser que seu amigo Luciano Huck já esteja na fila...

sexta-feira, março 09, 2012

Ricardo Teixeira

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A licença médica de Ricardo Teixeira do comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) é uma das melhores notícias sobre a Copa do Mundo de 2014 desde o anúncio que o Brasil sediaria o vigésimo mundial do ludopédio da história. Mas é uma notícia que pode durar seis meses.

Curiosa foi a escolha do e-mail como forma de avisar sobre a condição de saúde ganhar os títulos das primeiras notas que davam conta do afastamento. Curioso também que, na página da CBF na internet, não há menção ao fato. E, no organograma da firrrma, nem sinal de afastamento no nome do ex-genro de João Havelange.

Em uma outra crise política envolvendo a CBF, em 2000, durante a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Nike, ele se afastou. Como em 2002 a seleção venceu a competição disputada na Coreia do Sul e Japão.

Mau sinal.

Foto: Ricardo Stuckert/CBF

Ricardo Teixeira, animado na volta do carnaval


Houve ainda licenças médicas por problemas, digamos, médicos. Consta que, em outubro de 2011, o cartola ficou internado com diverticulite. E ele tem problemas cardíacos.

Coincidência interessante lembrar que o relator daquela CPI era o atual ministro do Esporte, Aldo Rebelo (PCdoB-SP). Para além do talendo de fazer rugirem moto-serras por aí, ele se diz amigo de Teixeira.

Mas a pressão vinda de investigações em Zurique, todo o imbroglio do tio demitido com indenização milionária e mesmo as caneladas desastradas de Jêrome Valcke e nossos traseiros chutados formam um quadro curioso.

O lado ruim é que o afastamento tem toda a cara de manobra política para reduzir a pressão, que incluía denúncias pululando aqui e ali. Se havia possibilidades de se desvendarem suspeitas de desvios e condutas questionáveis por parte do comandante da CBF desde 1989, elas ficam menores. Se sequer existia essa chance, muda pouco no futebol brasileiro.

segunda-feira, junho 06, 2011

Ronaldo: 'Eu era o meu próprio torturador'

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Na entrevista que concedeu ontem ao canal SporTV, às vésperas de seu jogo de despedida pela seleção brasileira, Ronaldo Nazário deu um depoimento arrepiante. Ao se despedir do futebol, em fevereiro, o atacante afirmou que tinha que reconhecer algums derrotas. "Perdi para o meu corpo", disse, entre lágrimas, ao justificar que as dores e contusões constantes o impediam de seguir a carreira. Falando sobre o assunto, o entrevistador Paulo César Vasconcellos perguntou se alguma vez, nas graves lesões que teve nos joelhos, Ronaldo pensou em desistir. O ex-jogador disse que sempre foi otimista, mas que sofreu horrores.

- Chorei muito. Você não sabe o que é receber um diagnóstico médico dizendo que você, com vinte e poucos anos, no auge da carreira, não vai mais jogar futebol. Quando eu sofri a primeira lesão grave, na Inter [de Milão], fiz a cirurgia e, depois de seis meses, eu só conseguia dobrar a perna num ângulo máximo de 60 graus. Era muito tempo para ainda estar assim, por isso fui consultar um médico nos Estados Unidos, um dos maiores especialistas do mundo. Ele fez todos os exames e disse que minha perna ia ficar assim para o resto da vida, que eu não ia mais jogar futebol e que ia andar mancando. Chorei muito, muito. Foi desesperador.

Depois de chorar e de se revoltar, mandando todo mundo "para aquele lugar", segundo suas palavras, Ronaldo resolveu voltar à França e conversar com o médico que o havia operado.

- Cheguei pra ele e mostrei os exames feitos nos Estados Unidos. '-E aí, o que você me diz', perguntei pro médico. Ele disse que o especialista americano estava louco, que não era nada daquilo. Me deu um grande alívio. Aí ele disse que, se eu passasse quatro meses num centro de fisioterapia em Biarritz, uma cidade da França, eu ia sair de lá flexionando a perna até o calcanhar bater no bumbum. Falei: '-Tô dentro'. Não imaginava o que ia passar. O primeiro mês foi um horror. Eu ficava numa espécie de gaiola, com um cabo prendendo minha perna, que passava sobre a minha cabeça e que eu próprio puxava, para flexionar a perna. Cada vez que eu puxava era uma dor inimaginável. Fazia aquilo chorando de dor. Ou seja: eu era o meu próprio torturador. E foi assim, flexionando grau por grau, que eu saí de lá, como o doutor falou, flexionando a perna até o calcanhar bater no bumbum. O que tinha sido considerado impossível.

Decisão da Copa de 1998
Pela primeira vez, depois de quase 13 anos do acontecido, Ronaldo resumiu com detalhes o que ocorreu no dia em que o Brasil perdeu a final da Copa para a França de Zinedine Zidane. Segundo ele, após a inexplicável convulsão, o médico Lídio Toledo afirmou que ele não ia jogar, pois era preciso fazer vários exames e saber a extensão da crise e o que ainda poderia acontecer com ele.

- Eu falei que estava bem e que queria jogar. Não aceitava só a opinião do médico. Perguntei quais exames deveriam ser feitos e insisti que fossem feitos naquele dia mesmo. Foi um sufoco achar um clínica aberta para isso, mas conseguimos. Fiz todos os exames possíveis, eletroencefalograma, tomografia, tudo. E os resultados foram absolutamente normais, eu não tinha nada, era como se a convulsão não tivesse acontecido. Saímos da clínica direto para o estádio. O Zagallo já havia anunciado a escalação com o Edmundo no meu lugar. Cheguei para o Ricardo Teixeira com os exames na mão e disse que estava tudo bem e que eu queria jogar. Ele confiou em mim, mas disse que eu precisava falar com o Zagallo, a decisão seria do técnico. Daí, vendo os exames e a minha vontade de jogar, e por tudo o que eu havia feito na Copa até ali, o Zagallo me escalou. Infelizmente, foi um dia em que a França jogou demais e literalmente nos atropelou.

terça-feira, julho 27, 2010

Veja especula sobre o Morumbi

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Na coluna Radar on Line de hoje, no site da Veja, Lauro Jarim questiona: "O que Lula quer com Juvenal?". "Hoje, no final do evento em que sancionou a lei que modificou o Estatuto do Torcedor, Lula chamou o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, num canto e fez uma convocação ao pé do ouvido: - Juvenal, passa lá no meu gabinete para conversarmos ainda hoje", garante o colunista. E emenda: "Lula e Juvenal estão neste momento reunidos. O assunto é, naturalmente, o Morumbi e o imbróglio da abertura da Copa. Lula, como se sabe, apóia o Morumbi para sediar o jogo de abertura, algo que a FIFA e Ricardo Teixeira dizem que está fora de cogitação". Para encerrar, Jardim deixa as seguintes questões no ar: "Mas o que será que Lula quer dizer a Juvenal? Que vai peitar a FIFA e Teixeira? Ou teria ele uma solução para a encrenca?". Querem a minha opinião? Lula com Juvenal Juvêncio só pode ser encontro pra tomar pinga, com certeza! E o que a cachaça não remedia, remediado está.

quarta-feira, julho 21, 2010

Sem discutir sede para Copa, governo de SP e CBF mantém indefinição

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Uma reunião entre o governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), e o presidente da CBF, Ricardo Teixeira terminou nesta quarta-feira, 21, sem definição. Depois do veto da Fifa ao Cícero Pompeu de Toledo, muito se falou e nada se decidiu.

A polêmica do estádio paulistano para a abertura do Mundial de Futebol em 2014 passa por um projeto desconsiderado pela Fifa, planos de se construir um substituto em Pirituba (zona oeste) nas proximidades de área interditada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e muito palpite.

Foram três horas de reunião e nada."Nas próximas semanas, conseguiremos uma solução para que isso ocorra, como é do desejo do Comitê Organizador Local (COL) da Fifa (Federação Internacional de Futebol), do governador e do prefeito de São Paulo", prometeu Teixeira.

A coletiva para os jornalistas presentes durou cinco minutos. Tudo porque as três alternativas existentes (o Piritubão multiuso de R$ 1 bilhão, o novo Estádio Municipal do Pacaembu e a adequação do Morumbi) até o momento sequer foram discutidas. Isso dá brecha para avaliar que outras opções podem pintar.

Quem sabe assim ganha novamente esperança a proposta Canindé 2014? O Doutor Osvaldo Teixeira Duarte chegou a ganhar um site e uma conta no Twitter, mas tudo foi abandonado. O site, que se resumia à imagem ao lado, sequer está no ar. A proposta de criar um Saramagão, homenagem ao escritor lusitano morto em junho, também dificuldades maiores até do que as opções existentes.

Humanidade
Kassab, na saída, estranhou o interesse da imprensa no tema. Na Sala dos Despachos do Palácio dos Bandeirantes, tentou relativizar a importância do tema. "Eu nunca vi nada igual aqui. Será que é o futuro da humanidade que estamos decidindo aqui?"

Claro que não. Era muito mais importante.

Resta descobrir o que será que se conversou durante as três horas de reunião. O corintiano Goldman pode ter tirado sarro do são-paulino Kassab. Ou tentado fazer Teixeira desistir de Mano Menezes...

quinta-feira, abril 15, 2010

Ora, bolas!

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Leio hoje sobre a entrega do polêmico troféu Copa Brasil (foto), ou "taça das bolinhas", para o São Paulo. Já escrevi sobre o que penso aqui e aqui, não vou me estender mais sobre o mérito da questão. Mas a decisão da CBF acabou causando ainda mais confusão. Afinal, o São Paulo conquistou seu quinto título brasileiro há quase dois anos e meio e, na época, a entidade até ameaçou entregar a taça ao clube, mas voltou atrás e calou-se. E a entrega para o time paulista só acontece agora, como possível represália de seu presidente, Ricardo Teixeira, contra o Flamengo, que votou a favor de Fábio Koff na eleição do presidente do Clube dos 13, há três dias. Kléber Leite, o candidato de Teixeira, foi derrotado por 4 votos. Curioso é que o São Paulo também votou contra o candidato da CBF, o que levanta a hipótese de picuinha de foro carioca ou, como preferem outros teóricos da conspiração, mais um episódio da novela "Morumbi na Copa", pois a Fifa insinuou novamente que a participação do estádio não está garantida. Disposta a apoiar a construção de um novo estádio na capital paulista, a CBF estaria dando a "taça das bolinhas" como "prêmio de consolação". Não creio. Acho que foi pancada no Flamengo, mesmo.

Buenas, confusões à parte e apesar de ser sãopaulino, fico chateado com o desfecho desta saga. Sim, porque dou valor à história do futebol brasileiro e objetos como esse troféu deveriam servir como chancela de tradição e continuidade, como acontece com a taça da Copa Libertadores. Acho que o grande erro foi a determinação de que a Copa Brasil fosse entregue ao clube que primeiro conquistasse cinco títulos, ao contrário da Libertadores, cuja posse é transitória e nunca será de ninguém. Porque a Copa Brasil tem sua história, estava lá no Maracanã quando o Atlético-MG derrotou o Botafogo, em 1971, passou pelas mãos dos gloriosos bicampeões do Palmeiras e do Inter-RS, nos anos seguintes, presenciou a batalha do Mineirão, em 1977, premiou o Flamengo de Zico, o Grêmio de Baltazar, o Fluminense de Washington e Assis. O mesmo objeto, em todas essas decisões. Deveria estar em disputa até hoje. E agora leva a pecha jocosa de "taça das bolinhas" e vai empoeirar numa sala qualquer do Morumbi, como pivô de intrigas das quais não tem absolutamente nada a ver.

Triste isso, mas puro reflexo da bagunça que era o futebol brasileiro antes da era dos pontos corridos. Ainda temos inúmeros problemas no torneio nacional, privilégios de certos clubes, manobras de bastidores, arbitragens polêmicas, prioridade do poder econômico, injustiças etc etc. Mas antes era muito pior. A lambança de 1987, centro das discussões sobre a "taça das bolinhas", é um exemplo. O torneio foi organizado pelo Clube dos 13, excluindo times como o Guarani, vice-campeão de 1986. Daí, entregraram o comando para a CBF, que mudou o regulamento no meio do campeonato. Ridículo, absurdo, estapafúrdio. Os times deveriam ter paralisado a competição. Mas se calaram e, no ano seguinte, voltaram alegres e contentes para os braços da CBF. É por isso que eu comemoro a era dos pontos corridos, apesar de tantos problemas. E é sintomático que essa democracia (quem faz mais pontos é campeão e quem faz menos é rebaixado, ponto final) tenha sido estabelecida a partir do primeiro ano de mandato do presidente Lula. Quer saber? Deem a taça para ele!

sexta-feira, agosto 07, 2009

Governo pede calendário europeu para segurar atletas no Brasil

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Deu na Agência Brasil. Em 30 dias, uma proposta de calendário para o futebol brasileiro será apresentada. A intenção é aproximá-lo do cronograma europeu para reduzir o risco de os melhores jogadores deixarem o país no meio do campeonato, quando está aberta a janela de transferências – períodos em que os clubes do Velho Continente podem registrar novos jogadores.

Roosewelt Pinheiro/ABr
Em reunião do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o da Confederação Brasileira d Futebol (CBF) Ricardo Teixeira e o ministro dos Esportes Orlando Silva (foto), também se definiu que virão propostas para aperfeiçoar a gestão dos clubes e reduzir o endividamento.

Qualquer mudança exigiria um período de transição e não seria para 2010. Segundo o Terra, Lula teria voltado a "reclamar da venda de jogadores do Corinthians para o exterior". Incorrigível que é, continua a misturar política com futebol.

A comparação foi com uma lei de responsabilidade fiscal para os clubes. A legislação citada limita gastos com folha de pagamento e estabelece punição para administradores públicos que gastarem mais do que arrecadarem. É difícil imaginar isso aplicado a clubes com força de lei, já que os estatutos deveriam prever a boa gestão.

"Há dívidas trabalhistas, fiscais e bancárias enormes. É preciso reestruturar essas questões de modo a dar eficiência ao futebol”, resumiu Orlando Silva.

Os salários milionários de jogadores foram apontados como um dos vilões, mas como reduzi-los significaria facilitar a debandada de craques – mesmo os de segunda linha –, a solução seria por outro lado, na visão do ministro.

Lula ainda teria pedido para a CBF liberar a Copa América de 2015 para o Chile, a pedidos da presidente Michelle Bachelet.

Já pensou?
No site da CBF, nenhuma informação sobre o encontro está disponível. Segundo O Globo, Orlando Silva vai tentar aproximar Teixeira do Clube dos 13 para criar o projeto de desenvolvimento do futebol.

Outra interessada emitiu nota. "A TV Globo é contra a mudança no calendário do futebol brasileiro por considerar que não traz qualquer benefício aos clubes ou aos campeonatos disputados no país, além de descaracterizar a temporada brasileira, que termina nas férias de verão, como na Europa."

Ouvi "nada muda"?

quinta-feira, janeiro 29, 2009

No butiquim da Política - Serra batendo um bolão

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CLÓVIS MESSIAS*

Olá, pessoal do Futepoca. Após um merecido recesso, longe de todo bagulho eletrônico, volto a encostar o umbigo no balcão. A grande preocupação dos observadores políticos, na posse do tucano Geraldo Alckmin como secretário do Desenvolvimento do governo José Serra, era tentar montar o quebra-cabeça das futuras alianças. Havia apenas uma certeza: o governador e candidato à Presidência da República em 2010 mostrará, na festinha, força aglutinadora com o intuito de facilitar sua vida no PSDB.

Mas um distraído em sua mesa, aqui no buteco, pensou alto: "-Não será força demais?". Aí, o ponto de interrogação aumentou. Será que passaram do ponto, mais uma vez? Bem, se há "forçação de barra", não sei, mas a chapa projetada nos bastidores da convenção municipal tucana do ano passado indicava Aloysio Nunes Ferreira como provável candidato ao Palácio dos Bandeirantes e, hoje, o que parecia impossível está mais que confirmado. Ninguém acredita que o agora secretário Geraldo Alckmin poderá pleitear a disputa ao governo de São Paulo dentro do partido, na próxima eleição.

José Serra está tão á vontade nesta roupagem que, durante a visita do presidente Luís Inácio Lula da Silva, em São Paulo, na terça-feira, cumpriu agenda semelhante. Praticamente não desgrudou do Lula. Serra esteve no Hospital Sírio Libanês para visitar o vice-presidente da República José Alencar, que se recupera de cirurgia. Esteve na sinagoga de Higienópolis na cerimônia em memória do Dia Internacional do Holocausto. Finalmente, à noite, no Aeroporto de Congonhas, conversou aproximadamente 40 minutos com Lula.

Um manguaça observou: "-Serra e Lula sozinhos?". Pois é. Passaram muito tempo falando do Palmeiras e do Corinthians no Paulistão. Pelo exposto, Serra e Lula estão batendo um bolão. Da prorrogação (conversa ao pé do ouvido), a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, não participou. No dia seguinte, o governador recebeu, em almoço no Palácio dos Bandeirantes, o presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o da CBF, Ricardo Teixeira. Em pauta, a Copa do Mundo de 2014. Gentilmente, ele convidou o governador do Amazonas, Eduardo Braga (PPS), para participar e reivindicar que Manaus seja uma das cidades sede do Mundial.

Isto faz com que os freqüentadores do butiquim afirmem que ele já está em campanha aberta e, aos distraídos, trabalhando como se já estivesse eleito presidente da República Federativa do Brasil. Tá batendo um bolão. Já o Aécio...

*Clóvis Messias é jornalista, são-paulino e dirigente do Comitê de Imprensa da Assembléia Legislativa de São Paulo. Escreve regularmente essa coluna para o Futepoca.

quinta-feira, janeiro 10, 2008

E o Ricardo Teixeira estava certo...

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Sem provocar, mas provocando, a mesma IFFHS (Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol) que afirmou que o Santos foi o melhor das Américas fez votação em que Dunga foi eleito o melhor técnico de seleções nacionais em 2007.

Em segundo ficou Slaven Bilic, da seleção croata. Depois, Jorvan Vieira (quem?), brasileiro que treina o Iraque. Entre os dez primeiros, para salvar a lista, aparece Luiz Felipe Scolari, nove posições depois do anão.

Hélio dos Anjos, no comando da Arábia Saudita, foi o 24º, com 5 pontos.

A ex-jogadora Silvia Neid, da seleção feminina da Alemanha ficou em 12º lugar, com 28 pontos.

Deus me livre, definitivamente não entendo mais nada de futebol.

P.S. Para quem não entendeu, o título é ironia, pura ironia.

terça-feira, dezembro 26, 2006

Zico esculacha Ricardo Teixeira

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Sem dar pelota para os resmungos do presidente da Federação Japonesa sobre o trabalho que desenvolveu na seleção daquele país, Zico, atual técnico do Fenerbahçe, concentrou seu poder de fogo sobre o presidente da CBF, Ricardo Teixeira. O ex-craque do Flamengo confessou que guarda mágoas de Teixeira há anos. Para Zico, o dirigente não foi honesto com ele e outros jogadores que participavam da campanha do Brasil para ser sede da Copa do Mundo de 2006: "O senhor Ricardo Teixeira não teve dignidade ao não comunicar às pessoas envolvidas que tinham desistido da candidatura um dia antes do prazo final.".