Destaques

Mostrando postagens com marcador conmebol. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador conmebol. Mostrar todas as postagens

terça-feira, fevereiro 26, 2013

Buracos na defesa são novos sintomas da Empatite

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Pato marcou o primeiro, Guerrero o segundo (Luis Moura/Gazeta)

Neste domingo, contra o Bragantino, o Corinthians conseguiu seu quinto empate consecutivo entre Paulistão e Libertadores. Foi também o terceiro 2 a 2 consecutivo na competição estadual, o que é ainda mais curioso. Muita gente tem lamentado a volta da “Empatite” que vitimou a equipe em tempos idos. Mas, se bem me lembro, a doença trazia uma penca de zeros nos placares, o que não tem sido a tônica. O mal pode ser o mesmo, mas o vírus causador sofreu uma mutação que trouxe novos sintomas.

O ataque tem funcionado razoavelmente, com seis gols em três jogos (e 1 nos trocentos mil metros da Bolívia, que dificulta avaliações) e mais um punhado de chances criadas (na altura, Sheik perdeu dois que mostraram porque ele me parece em marcha acelerada rumo ao banco). Mas a defesa começa a preocupar. Pode ser a combinação de falta de ritmo e má condição física de Paulo André e Fábio Santos, os dois mais velhos (sem contar Alessandro, que não jogou ontem), com o desentrosamento de Gil e Edenilson. Ou talvez seja só a ruindade de alguns destes personagens, que vinha sendo escondida pelos méritos coletivos de uma equipe bem armada e determinada. Duas outras possibilidades. Uma, que Gil e Paulo André têm características parecidas, mais para os antigos quarto-zagueiros. Funcionarão melhor com Chicão, que leva mais jeito para camisa 3. Estes três problemas podem ir na conta da diretoria, pela montagem do elenco – e pela perda do promissor Marquinhos – que ficou com poucas opções no miolo.

Outra possibilidade, mais tática, parte do reconhecimento de uma tentativa de Tite que mudou um pouco o posicionamento do meio-campo. Ralph tem aparecido mais no ataque, o que parece ser encorajado pelo chefe. Contra o Braga, a transmissão televisiva diz que Tite cobrou os meias para ajudarem mais na marcação na meia cancha, ajudando a cobrir o volante. Os frequentes erros na zaga podem ser resultado dessa mudança na organização coletiva – ou pode ser tudo um pacotão de problemas.

Essa mudança, se não se tratar de um delírio provocado pela súbita diminuição de álcool em meu sistema após o carnaval, pode indicar experiências para encaixar no time titular as contratações para o meio e ataque – onde a diretoria trabalhou muito e bem. Imaginei um time num tipo de 4-4-2 inglês, com Renato Augusto e Danilo marcando pelos lados sem a bola e armando e trocando de lugar na transição ofensiva (vimos os dois juntos por alguns minutos em Oruro, mas a altitude destruiu Danilo antes que conclusões fossem possíveis). Nessa formação, os dois volantes teriam mais companhia na marcação e mais espaço para avanços – que eu imaginei utilizado só por Paulinho, mas pode ser que Tite queira tentar incluir Ralph no revesamento ofensivo. Com isso, caberiam Guerrero como referência e Pato como segundo atacante, se movimentando pelo ataque, voltando para buscar a bola e achar espaços para partir em velocidade, o que faz muito bem. No papel, parece bom.

No entanto, minha fértil imaginação foi desmentida por Tite no final do jogo de ontem. Quando vi que Guerrero entraria no lugar de Douglas (que foi bem, mas cansou), imaginei o time exatamente desse jeito, mas o que se viu foi Renato Augusto ocupando a faixa central do 4-2-3-1 e Guerrero e Pato revesando de forma muito descordenada entre a centroavância e o lado do campo. Não rolou bem e o gol de empate só saiu pelo vacilo de um zagueiro do Braga que achou por bem botar a mão a bola na área.

Um destaque para a eficiência do Bragantino em bater: a certa altura, eram 20 faltas contra 5 do Corinthians, número realmente pitoresco.

Tragédia de Oruro

Andei totalmente sem vontade de escrever sobre futebol desde a imbecilidade que ocorreu na Bolívia e vitimou um garoto de 14 anos. Resumo de minha opinião sobre o fato, sempre com o foco de encontrar a melhor maneira de impedir que esses tipo de coisa aconteça novamente:

- Há uma dimensão coletiva e uma individual que devem ser abordadas. A tragédia só acontece porque existe conivência com a violência por parte da Conmebol e dos times. Logo, as punições coletivas são importantes para abordar este aspecto. Mas acho fundamental dar destaque ao aspecto individual da coisa: um ou um grupo de cretinos levou bombas para uma multidão, com ou sem o intento de dispará-las contra outras pessoas. Eles devem pagar de acordo com a lei, ou haverá impunidade. Se realmente foi o rapaz que se entregou à Justiça em Guarulhos, ele tomou uma atitude corajosa. Mas merece as penas cabíveis.

- Que todos os envolvidos paguem e que isso se torne padrão em todas as competições da Conmebol. Isso inclui o Corinthians, pela torcida, mas também o San José, como mandante e responsável pela segurança. Nenhuma punição será questionada por mim se tornar-se regra a ser obedecida por todos. E, como dito acima, o imbecil (ou imbecis) que se tornou assassino também deve estar na conta.

- O aspecto punitivo é importante, mas também é fundamental que se modifiquem as condições de segurança. Em nenhuma aglomeração humana deve ser permitida a entrada com materiais potencialmente mortais. Precisamos parar de tratar o futebol como uma dimensão a parte e exigir medidas de segurança.

- Qualquer ataque ou insinuação ao Corinthians ou corintianos como "assassinos", como um torcedor do Bragantino chamou o Tite, é injusta e altamente escrota. O mesmo vale para o San José.

(Modificado às 10h40 do dia 26/2)

quinta-feira, fevereiro 21, 2013

Corinthians disputará jogos da Libertadores sem presença da sua torcida

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) resolveu agir rápido, de forma preventiva, em relação ao ocorrido ontem na partida entre San Jose e Corinthians. O clube brasileiro, de acordo com medida cautelar, disputará as partidas da Taça Libertadores – tanto em casa como fora – sem a presença de sua torcida, em consequência da morte de um jovem de 14 anos, atingido por um fogo de artifício que teria sido disparado por um torcedor. A punição vale até que a Confederação tome uma decisão final, o que deve acontecer no prazo de 60 dias. Ou seja, o Timão pode disputar todos os jogos da fase de grupos sem o apoio do seu torcedor.

“As partidas do Corinthians como mandante serão disputadas de portões fechados. Nos jogos que o clube disputará como visitante, seus torcedores não terão acesso a ingressos", declarou nesta quinta-feira o porta-voz da Conmebol, Nestor Benítez. O clube paulista já vendeu 82.500 ingressos para os três jogos da primeira fase que fará em casa em 2013 e deixou claro que tem condições de ressarcir todos os torcedores que compraram ingressos.

O Corinthians terá três dias de prazo para apresentar sua defesa. Doze torcedores permanecem detidos na delegacia de Oruro e a polícia boliviana disse ter fotos que provam que o disparo foi feito por um torcedor corintiano. O grupo foi indicado por homicídio, sendo dois deles como autores e os outros dez como cúmplices. A situação dos brasileiros está sendo cuidada pelo consulado brasileiro na Bolívia.

(Com agências)

quinta-feira, abril 23, 2009

O mistério do troféu da Libertadores

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook

Uma coisa que me chamou a atenção quando o São Paulo ganhou o terceiro título da Libertadores, em 2005, foi o troféu levantado pelo capitão Rogério Ceni (à esquerda). A base da taça, de madeira, onde os clubes costumam pregar pequenas placas para marcar suas conquistas, me pareceu bem maior do que nos tempos de Raí (abaixo, à direita). De fato, quando fui observar uma foto aproximada, pude perceber que, para caber novas plaquetas, colaram uma nova base circular de madeira, aumentando a altura do troféu. Mas, pesquisando pela internet, não consegui descobrir quando ou por quem isso foi feito, muito menos qualquer vestígio da história dessa taça, seu desenhista ou construtor. É um descaso total com a saga de um dos objetos mais desejados pelos torcedores do planeta. E pelo o que parece, nem é possível afirmar, com certeza, que todas as placas grudadas ali são originais ou que estão dispostas da forma como os clubes pregaram.

Isso porque, numa imagem recente feita em Quito, onde a atual campeã, LDU, ainda guarda a taça, vi num detalhe que as três plaquinhas do São Paulo estão coladas lado a lado, na nova base de baixo (foto acima), que não existia pelo menos até 1999, seis anos após o bicampeonato sãopaulino, quando César Sampaio levantou o troféu pelo Palmeiras (foto à direita). Com certeza, os registros de 1992 e de 1993 não teriam como estar ao lado do de 2005. Portanto, o que aconteceu? Será que arrancaram as placas originais e dispuseram de outra forma, para aproveitar melhor o espaço? Mas quem é responsável por isso, a Conmebol ou os clubes? Em 2007, quando o Internacional ainda detinha o troféu em Porto Alegre, li uma reportagem em que gremistas reclamavam que suas placas haviam sido danificadas pelos colorados e que outras, antigas, também estavam avariadas. A diretoria do Inter insinuou que já havia recebido assim, mas o São Paulo, campeão do ano anterior, apressou-se em comunicar que havia feito uma reforma geral na taça antes de devolvê-la à Conmebol. Mas como assim, reforma? Por conta própria, sem orientação?


Não sei. Tudo isso, para mim, está envolvido em muito mistério - até porque, como disse, não encontrei absolutamente nada sobre a história do troféu na internet (se alguém tiver qualquer tipo de informação, por favor, publique nos comentários do post). A única coisa a destacar é o charme e a história da taça, a mesma que esteve presente em todas as 49 decisões, sendo levantada por 22 times de 7 países diferentes. Como os brasileiros Rogério Ceni, Raí e César Sampaio, nas fotos acima, e, nas imagens das laterais desse parágrafo, Mauro Ramos de Oliveira (pelo Santos, 1962), Nelinho (Cruzeiro, 1976), Zico (Flamengo, 1981), Hugo de León (Grêmio, 1983), Mauro Galvão (Vasco, 1998) e Fernandão (Internacional-RS, 2006). Até onde pesquisei, cada clube recebe uma réplica para guardar em sua sala de troféus. E a original continuará em posse transitória de um ano para cada campeão (também não descobri se ficará definitivamente com algum clube que conquiste tantas ou quantas vezes a Libertadores). De qualquer forma, uma coleta iconográfica e dos muitos "causos" das idas e vindas do troféu pela América do Sul nesses 49 anos, das histórias de cada decisão, do mistério dessas "reformas" e das tradicionais plaquinhas já renderia um livro bem interessante. Todos os capitães que tiveram a honra de levantar esse troféu poderiam dar depoimentos, bem como os técnicos e dirigentes. Aguardemos, pois, que alguém se entusiasme pelo assunto.

quarta-feira, dezembro 12, 2007

Qualidade em questão

Compartilhe no Twitter
Compartilhe no Facebook


Notícias contraditórias sobre a exigência de qualidade futebolística em torneios internacionais. A boa: Joseph Blatter, presidente da FIFA, teria ficado assustado com o desempenho menor que pífio do Waitakere United, da Nova Zelândia, no Mundial de Clubes disputado no Japão. O representante da Oceania, que se denomina “semiprofissional” (ai!), foi derrotado por 3 a 1 pelo Sepahan, do Irã.

De acordo com agências internacionais, Blatter declarou que a diferença técnica entre os times nessa edição foi evidente, e que a discussão será posta no comitê executivo da FIFA.
Vai lá Blatter! Pelo fim da filantropia no futebol.

Ao mesmo tempo, a Conmebol anuncia a criação de mais um desses torneios sem razão de ser: o campeão da Copa Sulamericana jogara contra o vencedor da Copa Nabisco do Japão. Uau!

O torneio está garantido por pelo menos quatro anos. A primeira edição acontece em 30 de julho de 2008, no Japão. Disputarão o torneio o Arsenal, da Argentina, e o Gamba Osaka.

Apenas times que integram a Conmebol poderão participar. Se uma equipe mexicana ou americana vencer a Sulamericana, não poderá disputar a nova competição. As informações são da Lancepress. O site da Conmebol está indisponível agora, por isso não achei nem o nome do novo torneio.