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segunda-feira, outubro 05, 2015

Qualquer semelhança é mera reincidência

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"A escravatura humana atingiu o seu ponto culminante na nossa época sob a forma do trabalho livremente assalariado." - George Bernard Shaw


sábado, outubro 30, 2010

Felipão, o Serra dos bancos de reserva

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É questionável o título, mas quem mais deu xilique com jornalista na campanha foi o candidato da oposição, José Serra (PSDB). Por coincidência, trata-se de um palmeirense. Só por isso a piadinha.

Luiz Felipe Scolari reclamou da insistência dos representantes da imprensa em relação à fibrose do chileno Valdívia, que impediu o atleta de atuar mais do que 18 minutos na última quarta-feira, no empate com trapalhada da arbitragem com o Atlético-MG.

Na partida anterior, Felipão já havia soltado um palavrão a respeito do mesmo tema (ele disse "merda", ao que responderam, com um "afe! Que horror!", as iminentes diretoras da liga das senhoras da Pompeia).

Neste sábado, 30, véspera do segundo turno presidencial, quando o Palmeiras venceu o pujante Goiás, penúltimo colocado do Brasileirão, por 3 a 2, veio a reação.

Não, não há menção aqui à reação do Palmeiras sem Valdívia e muito menos à do Goiás. Trata-se de uma mobilização da categoria dos jornalistas esportivos setoristas do Palmeiras (Jesp, na sigla que eu acabei de inventar).

A turma apareceu para trabalhar na Arena Barueri com nariz de palhaço. A resposta foi um sorrisinho irônico de Felipão, que não soube (ou não quis responder) o que dizer. Pouco tempo depois de sua chegada aos domínios alviverdes neste ano, o técnico havia desagradado os profissionais da imprensa por decretar a lei do silêncio entre os jogadores na saída do gramado. Tudo para evitar que os cabeças-quentes acionassem líguas desatadas que, a seu ver, prejudicariam o grupo.

Segundo Carlos Augusto Ferrari, alguns veículos anunciaram que seus repórteres estão de folga – quer dizer, não vão participar de coletivas do treinador – até que haja um pedido de desculpas. Provavelmente o mundo fique melhor na próxima semana, ainda segundo o jornalista do GloboEsporte, quando um almoço (boca-livre) para setoristas selará o fim dos atritos.
Pra pensar

Diferentemente de Serra, no Felipão eu voto. Bom, para a sucessão de Luiz Gonzaga Belluzzo, se eu votasse, talvez até optasse pelo tucano se o concorrente fosse, por exemplo, o Mustafá Contousi. Mas feliz ou infelizmente, o estatuto da Sociedade Esportiva Palmeiras impede que alguém que não tenha sido conselheiro do clube esteja apto a disputar a presidência. Assim sendo, segue o jogo.

Já pensou a moda pega? Se um jornalista for cobrir candidato à Presidência da República com nariz de palhaço, terá mais do que sorriso irônico. E vai ter gente achando que é coisa de comunista.
E se a moda pegar para outros grupos? Por exemplo, se, em vez de gritar "or, or, or, queremos jogador", a torcida comparecer às arquibancadas com esferas vermelhas diante das narinas? Bom, aí os jornalistas – com ou sem o nariz postiço – vão estampar: "Crise no Palestra Itália".

Enquanto isso não acontece (ufa!), na décima posição, a quatro do quarto lugar Botafogo, os 3 a 2 sobre o vice-lanterna foram um bom resultado – obrigatório, mas bom. Os gols saíram de duas jogadas individuais e de um cruzamento para gol de cabeça. O adversário frágil ainda fez mais do que lhe deveria ter sido permitido. Mas a vitória é o que interessa nesse caso.

domingo, junho 21, 2009

Ser ou não ser jornalista

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Se tem um assunto que merece discussão ampla e adequada é o fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício da profissão de jornalista. O tema torna-se ainda mais pertinente, urgente e também delicado, num momento como o atual, em que a internet abriu a possibilidade para qualquer pessoa criar seu próprio “veículo de comunicação”, por meio dos blogs. Todos nós blogueiros nos sentimos um pouco jornalistas... Mas entre esse “um pouco jornalista” e o exercício de fato do jornalismo vai uma boa diferença. Acontece que essa diferença nem sempre é visível por aqueles que não conhecem, por formação ou proximidade, os meandros da profissão do jornalismo. Nem sempre é fácil perceber tudo o que está em jogo na elaboração de uma reportagem, que de modo algum se confunde com “escrever bem”, saber opinar ou estar “plugado” com o que está acontecendo. Bem, a Brunna já mostrou a que níveis de escrotidão pode-se chegar em tema tão importante.

Outro fator, que reforça a sensação de que qualquer um que escreve sobre as coisas que acontecem já é jornalista, é a crise de qualidade e credibilidade que assola o jornalismo tido como “grande”, que muitas vezes se confunde com assessoria de imprensa escamoteada de certas figuras políticas ou grupos econômicos, para não entrar em detalhes aqui. Muitas vezes por se ver obrigado a submeter seu texto a um editor comprometido com interesses que se mostram maiores que a qualidade jornalística, outras vezes por alinhamento com a “concepção de jornalismo” desse mesmo editor, jornalistas veem-se exercendo papéis que se distanciam dos princípios básicos da profissão.

Embora ainda não tenha avaliado todas as consequências dessa “liberação do diploma” promovida pelo STF, de minha parte, por princípio, vejo com bons olhos a desregulamentação. Afinal, o jornalismo é muito mais um ofício que uma profissão. Não dá para comparar com a química, a enfermagem, a medicina, a engenharia ou a arquitetura, só para citar algumas. Grandes jornalistas nunca cursaram jornalismo; me lembro de cabeça do Aloysio Biondi, que até onde eu sei nunca se formou em nada, e foi um jornalista de peso.

Eu mesmo, que tenho formação em música e letras, já fui jornalista algumas vezes, quando realizei algumas reportagens. Além de mim, no Futepoca, blog escrito basicamente por jornalistas, tem ainda a Brunna Rosa, que é socióloga de diploma, mas que teve sua formação na lida diária como jornalista na revista Fórum. Tanto ela quanto eu, estou certo, aprendemos muito com o convívio com jornalistas de ofício. E foi assim que pude começar a entender o que significa elaborar uma reportagem, reunir diferentes depoimentos para construir a versão de uma história, entender como lidar com uma fonte e dar conta de que as várias partes envolvidas sejam ouvidas, a diferença entre fatos, dados e opiniões, a clareza nas referências... Nada disso é óbvio para quem não é do ramo. E é aí que se percebe a diferença entre saber escrever e ser jornalista.

A questão para mim, agora, não é tanto ser a favor ou contra a obrigatoriedade do diploma, mas como fazer para divulgar o máximo possível os princípios da atividade jornalística e, com isso, ampliar a capacidade de julgamento do público leitor em relação à qualidade da comunicação. É sem dúvida assunto para os educadores, mas não só. Os próprios comunicadores têm a sua responsabilidade na formação dos leitores, para que a desregulamentação não redunde em desrespeito. E para que ela se torne uma real oportunidade de democratização da comunicação, e não motivo para precarização do ofício do jornalista.

sexta-feira, junho 19, 2009

Precisa dizer alguma coisa?

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