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sexta-feira, agosto 29, 2014

Se candidato a presidente fosse cerveja

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Escolher um candidato com base em suas propostas é um bordão adotado de quatro em quatro anos por todo mundo, da Justiça Eleitoral aos próprios postulantes, passando por idealistas e por metade da torcida do Flamengo. A segunda máxima do "voto consciente" é analisar a história de vida dos postulantes aos cargos eletivos, como se a trajetória da turma fosse tão acessível e transparente.

Escolher a cerveja em um bar é mais simples. O cidadão posicionado, na mesa ou no balcão, pergunta as opções. Ouve, pensa, mede preço e informações previamente adquiridas (experiências anteriores com o produto, o que os amigos e parentes disseram, o que andam falando em mídias sociais, a propaganda que promete a quem degustar aquele rótulo mais e mais amigos, mulheres, dinheiro, glorias e fama, não necessariamente nesta ordem etc.).

Candidato a presidente é uma coisa. Cerveja é outra.

Mas um teste-cego pode surpreender.

Para analisar as propostas sem pender para o lado que o eleitor já estava torcendo, uma startup chamada Projeto Brasil divulga agora um game para ser usado no navegador que permite tanto comparar as propostas quanto fazer um teste-cego entre as ideias (geniais ou não) dos candidatos.

A parte do comparativo das propostas ladeia dois ou mais postulantes conforme suas propostas agrupadas por grandes temas.




No caso do teste cego, a ferramenta traz uma frase descontextualizada e pede que o usuário classifique de uma a cinco estrelas. A medida que vai respondendo, um ranking das avaliações das propostas dos candidatos vai se formando em uma coluna à direita da tela.


A proposta em tela é de Marina Silva

O máximo que pode acontecer é você descobrir que é o eleitor-modelo do Rui Costa Pimenta (PCO) ou, pior, do Levy Fidélix (PRTB).

Foi ali que aprendi que Mauro Iasi (PCB) defende estatizar todo o sistema financeiro. E que Pastor Everaldo (PSC) prega respeito ao direito de lucro e ao dever de responsabilização privada dos prejuízos. Com o tempo, a expectativa é mapear a avaliação da proposta por região geográfica do país e quetais.

No caso de teste-cego de cervejas, a internet é pouco útil, exceto para divulgar resultados.

Se candidato a presidente fosse "peguete"

Outro aplicativo divertido de campanha eleitoral é o "Voto x Veto". Tudo em clima de Tinder, aquele aplicativo que mostra fotos de pessoas com quem você, talvez, quereria ou poderia querer se relacionar afetivamente (no sentido amplo).

O "Voto x Veto" faz isso com propostas dos presidenciáveis. Você só descobre o autor depois de votar (concordar) ou vetar (discordar).

Pela comparação com o Tinder, é um jeito de escolher candidato como se fosse "peguete" em tempos de smartphone.

Sem olho no olho, sem pegar criança no colo nem comer sanduíche de mortadela.

sexta-feira, dezembro 16, 2011

Andrés Sanchez deixa o Corinthians para "beber e trepar"

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Foto: Ricardo Matsukawa/Futura Press

Nesta sexta-feira, 16, o Corinthians amanheceu com um novo presidente. Na véspera, Andrés Sanchez afastou-se do comando do clube para, em suas palavras, "beber e trepar", segundo entrevista concedida na segunda-feira ao Diário de São Paulo. Ele deixou com o vice Roberto Andrade o cargo que ocupava desde o fatídico ano de 2007, que se encerrou com o rebaixamento da equipe para a segunda divisão do campeonato brasileiro – resultado mais vistoso dos desmandos a que o clube foi exposto durante a longa gestão de Alberto Dualib, em especial no período da parceria com a MSI. Quatro anos e uma reeleição depois, Sanches reúne conquistas importantes dentro e, principalmente, fora dos gramados.

Dentro de campo, em sua gestão foram conquistados três títulos: Brasileirão 2011, Copa do Brasil 2009 e Paulistão 2009. Teve também o título da Série B, mas esse só conta mesmo pelo retorno à primeira divisão. Mais do que os títulos, o que a gestão deixa é um time que disputou todas as competições com chances de vitória. Tanto que será a terceira participação seguida do time na Libertadores (considerando a palhaçada contra o Tolima como “Libertadores”, claro), coisa inédita. Futebol é um negócio complicado, que pode ser decidido numa jornada ruim ou num golaço inesperado, e não dá pra um dirigente garantir títulos. Dá pra garantir um time forte que chegue forte. E isso o Corinthians tem sido desde 2008.


Foto: Andrea Machado
Dois fatores relacionados com a diretoria entram nessa conta, a meu ver. Primeiro, a montagem dos elencos, mesclando grandes nomes (Ronaldo o maior deles – e nem é o diâmetro da cintura do moço que está em questão –, acerto gigantesco de Andres, com frutos muito além das quatro linhas) com investimentos acertados em atletas baratos que se mostraram bons ou, no mínimo, úteis. O Corinthians tem um olheiro que, na pior das hipóteses, sabe escolher volantes. Christian, Elias, Jucilei, Ralph e Paulinho foram todos considerados entre os melhores da posição em suas passagens pelo clube.

O outro ponto é a paciência com treinadores. Mano Menezes foi contratado logo após a definição do rebaixamento e só saiu do clube por conta do convite para assumir a seleção brasileira, em 2010, resistindo a uma queda nas oitavas de final da Libertadores no caminho, quando a torcida pediu sua cabeça. Tite foi ainda mais questionado, inclusive por este escriba. Sanchez bancou a permanência e se deu bem no Brasileirão. O comportamento é exceção entre os clubes brasileiros.

Fora de campo, também há o que se comemorar. Antes de tudo, há a alteração do estatuto do clube, abrindo as eleições para o voto direto dos associados e eliminando a possibilidade de reeleições. Dualib, nunca mais.

Em números

No campo financeiro, a edição desta segunda-feira do Diário de S. Paulo reúne alguns números interessantes para ilustrar os êxitos da presidência do ex-feirante, membro fundador da organizada Estopim da Fiel e futuro diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), cargo que o deixa muito bem posicionado para a sucessão de Ricardo Teixeira, em 2015, se ele durar até lá e se não costurar um acordão político para se manter – Teixeira tem tanto apreço ao posto quanto detratores e críticos.


Robson Ventura/Folhapress
Segundo o jornal, as receitas do clube saltaram de R$ 52,2 milhões em 2007 para R$ 176,8 milhões em 2011 (a Folha de hoje fala em estimativa de R$ 220 milhões). Os maiores valores continuam vindo da TV (R$ 55 mi), seguidos pela área social (R$ 36 mi, em um setor historicamente problemático) e patrocínio da camisa (R$ 32,5 mi). Mas o maior crescimento aparece numa área antes quase ignorada pelo clube: os licenciamentos. Responsável por míseros (para o Corinthians, eu fugiria do país com esse dinheiro) R$ 300 mil em 2007, hoje já são R$ 17 milhões, a quarta fonte de receita. Fruto de uma estratégia inteligente, que diversificou produtos e criou a rede própria de lojas Poderoso Timão, que hoje possui 106 pontos de venda.

A Folha destaca que cresceu também a dívida do clube, de R$ 101 milhões para R$ 195 milhões. Sobre o tema, vi uma declaração do Luiz Paulo Rosemberg, diretor de marketing, mais ou menos assim: “dívida não se paga, se administra”. Nessa linha também vai o hoje ex-presidente, que na entrevista ao Diário, fala em “investimento”.
Pra mim, os dois argumentos fazem sentido. A dívida nominal pode ter crescido, mas a relação “dívida X PIB” (ou faturamento, no caso) está bem melhor, graças ao aumento das receitas. Houve contratações de peso, como Alex, Emerson Sheik, Liedson e Adriano, que ajudaram bastante na conquista do título e na arrecadação na bilheteria. Mais que isso, foram feitos investimento em infraestrutura substanciais, com a construção de um Centro de Treinamento moderno e o início das obras do estádio. Coisas que ficam.

Negócios

O blogueiro do UOL Erich Beting destacou recentemente pontos positivos da gestão Sanchez. Para ele, “a chegada de Andrés ao poder no Corinthians marca uma mudança de conceito do que é a gestão num clube de futebol do Brasil.” Até que é simples: dirigentes especializados em áreas chave cuidando do dia a dia do clube e liberando o presidente para exercer um papel mais externo, político. No caso, Beting destaca o papel de Raul Correa, diretor financeiro, que renegociou e geriu a dívida do clube, e Luiz Paulo Rosemberg, do marketing, que lançou campanhas para resgatar a autoestima do torcedor e valorizou fortemente a marca do clube. Como figura pública, Andrés atraiu as atenções para deixar o restante trabalhar em paz.


Djalma Vassão/Gazeta Press
Mas as vitórias de Sanchez na arena política também não foram pequenas. As duas maiores, e mais controversas, são o racha do Clube dos 13 por conta das verbas de televisão e a disputa com o São Paulo pela sede paulista da Copa 2014. Nas duas, Sanches venceu. Segundo noticiado, dobrou a verba recebida pelo Corinthians pela transmissão na TV, que dizem ter ficado perto de R$ 110 milhões, e aumentou significativamente a diferença para outros clubes (com exceção do Flamengo). E garantiu os financiamentos e apoios necessários para a construção do estádio em Itaquera, antiquíssimo sonho da torcida – e que poderá se tornar fonte de renda importante mais adiante.


O preço nas duas vitórias foi se aliar a Ricardo Teixeira, figura das mais sombrias do esporte nacional; à rede Globo, que pela primeira vez viu seu monopólio nas transmissões ameaçado pela Record; a Gilberto Kassab e Geraldo Alckmin, que apoiaram o Itaquerão de várias formas. Isso são fatos e dessas alianças, não gosto. Mas também é um fato que esse é o jogo político estabelecido no futebol brasileiro. E ele é jogado por todos os dirigentes, com maior ou menor desenvoltura. Andrés não mexeu um balde para mudar a correnteza, pelo contrário: nadou de braçada nela. Os resultados, para o Corinthians, são inegáveis.

Pessimismo numa hora dessas?

Ao revisar o texto, reconheço um otimismo muito grande na avaliação do mandatário. Para não dizer que faltaram críticas, vai pelo menos uma: o trato com as categorias de base. Foram poucas revelações no período. Apenas o goleiro Júlio César é cria do clube entre os atuais titulares. Além dele, frequentaram os profissionais os atacantes Dentinho, Elias, Marcelinho e Taubaté, os meias Boquita, Lulinha e William Morais, e o lateral-esquerdo Dodô, se bem me lembro. Sobre o fracasso, cabe destacar uma tragédia e uma agressão: respectivamente, o assassinato de William em Minas Gerais e a contusão de Dodô, emprestado ao Bahia, após entrada violenta do zagueiro Bolívar, do Inter.


Primeiro, há claramente um problema na transição entre a base e o profissional. Os jogadores não tem acompanhamento psicológico e não há uma cultura no clube de se proteger e valorizar os “prata da casa”. O outro é a vitoriosa estratégia de comprar jogadores bons e baratos. Isso fecha espaços no elenco que poderiam ser preenchidos dando chances para jogadores formados no “Terrão”.


O próprio Sanches já reconheceu em entrevistas que esse é o ponto fraco de sua gestão e disse que gostaria de ter deixado um centro de treinamento exclusivo para a formação de jogadores. Imagina-se, então, que o provável sucessor do bem sucedido presidente, o delegado Mário Gobbi, vá mexer nesse vespeiro – que inclui ainda, é claro, um monte de relações que vão de questionáveis a escrotas entre conselheiros, empresários e jogadores. Se assim for, a oposição, que disputa as eleições de fevereiro próximo com Roberto Garcia, vai precisar trabalhar bastante para chegar ao poder.

Foto: Ari Ferreira

quinta-feira, julho 01, 2010

PSDB quer impugnar música do Ultraje a Rigor

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O grito "Mulher pra presidente!", irresponsavelmente inserido por Roger Rocha Moreira na letra de "Eu gosto é de mulher", de 1987, tem conotação explícita à candidatura de Dilma Rousseff nas eleições deste ano. Absurdo! Cadê o TSE que não toma uma providência? E "Presidente" ainda é marca de um conhaque não muito recomendável, uma alusão nada sutil ao companheiro Lula...



Ps.: Esse videoclipe do Ultraje a Rigor foi gravado "na clandestinidade", às pressas, pois o manguaça Jânio Quadros, então prefeito de São Paulo, não havia permitido que a banda tocasse na Avenida Paulista.


Em tempo:
Para entender a história:  PSDB pede proibição de música do Ultraje a Rigor por causa da expressão “mulher pra presidente”, do Notícias Globais, portal que promove o "jornalismo com a credibilidade que você merece". E a história repercutiu: Roger comenta boato sobre PSDB proibir música do "Ultraje".
O post claramente aposta no humor e na ironia para comentar o caso.