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A Polícia Federal prendeu 20 e fez 50 buscas e apreensões nesta quinta-feira, 23, na Operação Castelhana para desarticular uma quadrilha especializada em crimes financeiros com sede em Belo Horizonte. A investigação é de responsabilidade da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, da Receita Federal e do Ministério Público Federal. Entre os presos, estão empresários, contadores e advogados envolvidos na fraude. A Receita Federal estima que a ação criminosa do grupo pode ter causado aos cofres públicos um prejuízo superior a R$ 1 bilhão. O destaque é o deputado federal eleito em outubro pelo PT de Minas Gerais, Juvenil Alves. Ele é dono da Juvenil Alves Associados, escritório de advocacia que, segundo a PF, operava a maracutaia. Ele foi o deputado federal mais votado do partido no estado, com 110.651 votos. No site dele ainda está o agradecimento pela votação.
Agradecimento publicado na página do escritório do parlamentar preso
De acordo com a equipe de investigadores, eram constituídas pessoas jurídicas no Uruguai ou na Espanha que abriam uma empresa no Brasil em nome de laranjas. Em solo tupiniquim, adquiriam o patrimônio dos clientes, transferindo para si a propriedade dos bens. O objetivo era permitir que os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal fossem realizados sob aparência de legalidade, procedimento comumente conhecido por “blindagem patrimonial”.
O uso das brechas legais de diferentes países é uma estratégia apontada pela Agência de Noticias da PF como uma inovação.