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quinta-feira, novembro 23, 2006

A última da PF: operação Castelhana prende deputado mineiro eleito

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A Polícia Federal prendeu 20 e fez 50 buscas e apreensões nesta quinta-feira, 23, na Operação Castelhana para desarticular uma quadrilha especializada em crimes financeiros com sede em Belo Horizonte. A investigação é de responsabilidade da Diretoria de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, da Receita Federal e do Ministério Público Federal. Entre os presos, estão empresários, contadores e advogados envolvidos na fraude. A Receita Federal estima que a ação criminosa do grupo pode ter causado aos cofres públicos um prejuízo superior a R$ 1 bilhão. O destaque é o deputado federal eleito em outubro pelo PT de Minas Gerais, Juvenil Alves. Ele é dono da Juvenil Alves Associados, escritório de advocacia que, segundo a PF, operava a maracutaia. Ele foi o deputado federal mais votado do partido no estado, com 110.651 votos. No site dele ainda está o agradecimento pela votação.


Agradecimento publicado na página do escritório do parlamentar preso

De acordo com a equipe de investigadores, eram constituídas pessoas jurídicas no Uruguai ou na Espanha que abriam uma empresa no Brasil em nome de laranjas. Em solo tupiniquim, adquiriam o patrimônio dos clientes, transferindo para si a propriedade dos bens. O objetivo era permitir que os crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal fossem realizados sob aparência de legalidade, procedimento comumente conhecido por “blindagem patrimonial”.

O uso das brechas legais de diferentes países é uma estratégia apontada pela Agência de Noticias da PF como uma inovação.

3 comentários:

Marcão disse...

O 51 em negrito é sugestão de alguma coisa?

Glauco disse...

Pelo menos os caras estão sofisticando os esquemas de corrupção. Quem disse que esse era um país que não ia pra frente?

Anselmo disse...

mas o uruguai continua sendo paraíso fiscal... ou pelo menos caminho pra um.