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Resgato um assunto de certo modo antigo - da semana passada - mas que passou batido pela sagaz equipe deste site. Falo da transferência de David Beckham para o futebol dos EUA.
O negócio fez um barulho danado e há quem o tenha comparado com a ida de Pelé para os mesmos EUA na década de 1970. Faz algum sentido: tratam-se de dois astros, cuja carreira começa a chegar perto do fim, com um imenso potencial midiático e que chegam ao país mais rico do mundo para fazer com que os norte-americanos, enfim, gostem do soccer. Claro que em termos técnicos não se pode nem pensar em comparar os dois, mas as transferências têm sim vários pontos em comum.
O apelo "marketeiro" do negócio faz com que mais uma vez as críticas sobre David Beckham tornem a aparecer. É impressionante como as avaliações sobre ele seguem um mesmo padrão: quem não entende nada de futebol acha que ele é um astro e um dos maiores atletas do esporte em anos; quem entende razoavelmente bem, sabe que ele é um jogador muito bom, eficaz taticamente e com uma precisão rara nos pés; e os que pensam que entendem estufam o peito para dizer "esse cara não joga nada, é só marketing".
Não, definitivamente, David Beckham não é só marketing. A já falada precisão dele com a bola nos pés é uma das melhores em todo o futebol atual. Além disso, o futebol dele é criativo, em que lançamentos milimétricos alternam-se com chutes eficazes de fora da área.
No Real Madrid não jogou bem. Foi sacrificado pela onda galática do clube e teve que jogar fora de sua posição original - era meia avançado, e teve que atuar como volante na Espanha. Mas quem o viu jogar naquele fantástico Manchester United de 1999 (campeão europeu, inglês, da Copa da Inglaterra e mundial) sabe que o cara entende do assunto.
Finalizo esse post com o mais impressionante gol marcado pelo cara. Foi contra a Grécia, nas eliminatórias para a Copa de 2002. Os helênicos, já eliminados, resolveram aprontar e venciam a partida por 2x1, resultado que mandava a Inglaterra para a repescagem e classificava a Alemanha. Até que o juiz marcou, aos 48 do segundo tempo, uma falta em longa distância e...
Clique aqui e veja o que aconteceu.
6 comentários:
Concordo que Beckham é um grande jogador, e que esse status foi construído principalmente no grande time do Manchester. Ele porém parece ter um problema, o de ser pipqueiro com a camisa da Inglaterra. Não sei se é ou não, afinal já ouvi ser chamado de pipoqueiro um dos maiores jogadores que já vi jogar, o Zico. Mas Beckham está devendo a sua seleção, sem dúvida.
esse cara não joga nada, é só marketing
No Real o vi várias vezes jogar de voltante e, mesmo na seleção inglesa, outras tantas quase como líbero, defendendo atrás. Sem dúvida, nos EUA, o cara vai fazer sucesso e, até pelo idioma e pela "estética", deve trazer mais público e publicidade pro soccer de lá. Aliás, os jogos de 2006 tiveram média de 15 mil torcedores por jogo, acima da média brasileira...
Se esses caras começarem a curtir futebol não vai sobrar um jogador, técnico, preparador físico latino em seu país de origem.
Concordo com o post... Acho o Beckham muito bom jogador mas também considero que ele esteja já sem a mesma tesão pelo futebol... Se ele se concentrar em jogar, se a mulher se encantar com LA... se juntarmos tantos "se"s... pode dar rock and roll!!!
pipoqueiro sim... mas não é o único na seleção inglesa. o que todos concordam é que ir pros eua é deprimente prum jogador do qual se fala tanto.
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