Destaques

segunda-feira, março 05, 2007

Urucubaca verde

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Se eu fosse o atacante corintiano Nilmar (foto), não jogava contra o Palmeiras nunca mais na vida. Depois de ferrar o joelho direito contra o alviverde no Morumbi, em 16 de julho do ano passado, o jogador passou longos sete meses de molho, recuperando-se de cirurgia. E o Corinthias perdeu por 1 a 0 na ocasião. Ontem, no mesmo estádio, eis que Nilmar entra em campo contra o mesmo adversário. E o que acontece? Torção no joelho esquerdo e suspeita de lesão grave nos ligamentos cruzados. Coisa pra passar outro período parecido no estaleiro. Quem assistiu a partida viu o quanto o jogador chorou de dor e desespero após a contusão. E o curioso é que, nas duas vezes, se contundiu sozinho. Pra completar, o alvinegro perdeu de novo, dessa vez por três gols. Tá na hora de se benzer - ou parar de enfrentar o Palmeiras...

Sobre lança-perfume e rinhas de galo

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Estou lendo “Jânio Quadros – O Prometeu de Vila Maria”, do jornalista e semiólogo Ricardo Arnt. O livro, publicado pela Ediouro em 2004, faz parte da coleção “Avenida Paulista”, uma série de perfis de personalidades que marcaram a maior cidade do país. Por isso, não se trata de uma biografia, mas de um ensaio sobre o “fenômeno Jânio Quadros”, sem a pretensão de exaltá-lo ou execrá-lo.
Além da trajetória de glória e ruína do político, o livro traz detalhes sobre uma das faces mais polêmicas de Jânio: o moralismo exacerbado. Um aspecto curioso, já que seu pai, Gabriel Quadros, era médico e fazia abortos de prostitutas no bairro Bom Retiro. Segundo quem o conheceu, era mulherengo, irascível, emocionalmente desequilibrado e dado a exibicionismos e valentias (qualquer semelhança entre pai e filho, portanto, não é mera coincidência).
Na esteira de Jânio, elegeu-se vereador e deputado, sempre fazendo oposição – e massacrando – o filho. Em maio de 57, o governador Jânio Quadros, visivelmente constrangido, teve de comparecer ao velório do pai, que foi morto a tiros por um feirante na Mooca. Ele tinha roubado a mulher do feirante (uma empregada doméstica que era sua amante) e estava tentando levar também os filhos gêmeos da mulher, que alegava serem seus.
Outra revelação sintomática tem a ver com a expressão facial insana de Jânio, motivada pelo olho esquerdo, paralisado após um acidente na adolescência: a explosão de um vidro de lança-perfume. Como vingança, não sossegou até proibir a venda do produto no país. Já a proibição das rinhas de galo teria ocorrido depois que o pai de uma de suas amantes, Adelaide Carraro, foi assassinado em um desses locais.
E o mesmo Jânio que regulamentou as medidas dos maiôs em concursos de miss era freqüentador assíduo de um bordel na rua Martins Fontes e foi acusado inúmeras vezes de assédio sexual. Hebe Camargo revelou, em 1987, que ele a assediava insistentemente por telefone, quando estava na presidência. Isso sem falar na bebedeira constante, assunto que renderia muitos outros posts. Jânio era uma personalidade psicologicamente interessante, em termos de discurso e prática. Só por isso, o livro já vale apena.

domingo, março 04, 2007

Em um bar da zona oeste de São Paulo...

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Fim de tarde em um bar da zona oeste de São Paulo. Calor de 35 º, típico clima que não só convida, mas exige um momento de, digamos, reflexão sobre o cotidiano regado a uma gelada.

Ao chegar, um acidente acabara de acontecer. Um carro tinha batido na traseira de outro, os motoristas aguardando a polícia. Um caso até banal para uma cidade como São Paulo, não fosse o automotivo que causou a colisão um veículo do serviço funerário.

A mulher que dirigia o carro atingido começa a discutir com o fúnebre condutor. Ânimos acirrados, um homem, talvez motivado pelos instintos primários de Roberto Jefferson, de espectador passa a tomar as dores da moça, exigindo "respeito" do outro contendor. Chega a polícia, os gritos ficam mais altos ainda, já que sempre a coragem aumenta quanto mais a briga se torna improvável.

A essa altura, o bar já não era um bar, era uma arquibancada. Gente chegava e sentava para assistir de camarote, todos com a cadeira de costas para a mesa, voltadas para a discussão. "Tira esse carro daqui que tá atrapalhando", exige para ninguém um dos manguaças que tinha a visão obstruída. "A polícia deveria multar esse cara, ainda por cima está em local proibido", brada outro.

Discussão rolando e chega um cidadão com um copo plástico na mão. Estende para um dos clientes - ou espectadores - e pede: "Vê um gole de cerveja que minha garganta está seca". O rapaz tem uma camiseta com logos de times de futebol em latas de cerveja, uma bonita combinação entre cachaça, esporte e democracia. "Pede água aí", retruca um. "Água não, amigo. Cerveja é melhor...", ri e recebe seu gole.

Copo ganho, agora já empolgado começa a repetir para todos da "arquibancada": "Tenho 45 anos e sabe o que eu consegui na vida? Nada". O mantra era dito a cada cliente até que ele chega no dono do estabelecimento, o Vavá. "Tenho 45 anos e sabe o que eu consegui na vida? Nada", disse. "Bom, já que você não conseguiu nada na vida, não é aqui que você vai conseguir. Agora pode ir embora", disse calmamente e com toda sensibilidade nosso querido anfitrião.

Chega o segundo carro de polícia. Nenhum consenso à vista. Um outro transeunte, conhecido na região por não ter uma sanidade mental exemplar, observa de perto a discussão e chega animado para o dono do bar com o que considerava uma grande "notícia". "Vavá, sabe o que tem naquele carro?", questiona, apontando para o carro funerário. "Cinco mortos! Cinco mortos!", falava, exaltado. "É, e pelo jeito deixaram a porta aberta e um escapou", respondeu Vavá, se referindo a uma senhora transitando por ali que também não é reconhecida pelo seu equilíbrio.

O terceiro carro de polícia chega e a discussão e a pequena multidão se dispersa. Os clientes voltam suas cadeiras para as mesas e o dia-a-dia do bar e do local volta ao normal. Seja lá o que signifique "normal".

sábado, março 03, 2007

Pelé treinando Robinho

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O companheiro Marcão me deu de aniversário uma edição da Placar de março de 1999, um especial sobre Pelé. Nela, há uma entrevista com o Rei em que ele fala sobre seu trabalho nas divisões de base do Santos, que durou até aquele ano, último da administração de Samir Abdul Hack.

Cuidando das divisões infantil e juvenil, Pelé julgava aquele um trabalho que lhe dava prazer. "Só me causa dissabor dispensar os garotos. Na última vez, fui ao banheiro, chorei um pouco, escondido, voltei e fiz a lista de dispensas", disse.

Imagino que a questão da escolha dos jogadores foi justamente uma das principais tratadas por Pelé já que, na década de 1980 e parte de 1990, conheci diversos caso in loco de filhos e parentes de diretores do clube que jogavam nas divisões de base por conta de sua condição. "O filho do Lalá, por exemplo, tive que dispensar. O Lalá jogou comigo, é meu amigo, é de Santos. Mas o garoto tem uma deficiência respiratória e, além de tudo, não está no nível dos outros. Não há privilégios para filhos de ex-jogadores, de diretores e conselheiros. Se tiver condição, fica. Os filhos de dois porteiros do Santos foram aprovados porque jogam bem."

Esse dado é curioso e sempre importante de ser lembrado, já que muitos, apressademente, julgam ser "obra" de Marcelo Teixeira o time dos "meninos da Vila" de 2002 quando, na verdade, a dupla Diego e Robinho já treinava no Santos antes da dinastia do atual presidente, em centro de treinamento também construído antes da atual gestão.

Nesse aspecto, o mais curioso é quando Pelé é perguntado se existe algum Pelé, Ronaldinho ou Zico ali. A resposta do Rei: "Tem alguns garotos que, se bem trabalhados, vão chegar lá. Tem o Robinho, um crioulinho, o volante Jonathan, que é do Maranhão, e o Mota, centroavante do juniores. O Robinho é oito-dois (risos) [aqui Pelé erra o ano de nascimento de Robinho, que, na verdade, nasceu em 1984]. Ele é desnutrido, coitado. Até chamei o pai para saber se ele já teve algum problema de saúde, amarelão, anemia. O garoto sabe driblar, é inteligente, mas não tem força na hora de bater na bola".

Não é sempre que Pelé erra previsões...

sexta-feira, março 02, 2007

"É sempre necessário vencer o Corinthians"

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Sopalmeiras
Atribui-se ao centroavante Jardel (ex-Grêmio, ex-Benfica, ex-Palmeiras) a frase: "Clássico é clássico e vice-versa", numa derivação nonsense do jargão futebolístico. Diante do Palmeiras e Corinthians do próximo domingo e da manchete da página do Uol "Corinthians e Palmeiras duelam pela soberania", me questionei: ainda clássico seria clássico?

No caso da matéria do UOL, a soberania é a de títulos paulistas, já que o Verdão não fatura um estadual desde 1996 e o alvi-negro está a ver navios no Paulista desde 2003. Além disso, o São Paulo já tem o mesmo número de conquistas (21) do que o Palmeiras. A matéria questiona ainda se o clássico ainda é o mais importante do estado.

Depois de depoimentos chapa-branca de parte a parte, a matéria termina apelando para a história e para a tradição. "Desde as categorias de base nós começamos a entender o clássico. É sempre necessário vencer o Corinthians", disse o zagueiro David, de 19 anos, revelado no próprio Palmeiras.

Virei fã do figura que, até agora, era só uma promessa com participações nas seleções sub-18 e sub-20 (o que quer dizer muito pouco ou quase nada, é fato).

IstoÉ é do Daniel Dantas

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O banqueiro Daniel Dantas, do Opportunity, adquiriu 51% das ações da Editora Três, que publica, entre outros títulos, a IstoÉ. A casa que publica a semanal há 31 anos, vinha sendo motivo de boatos há algum tempo. Em 2006, uma debandada de parte da redação anunciava que mudanças estavam em curso. Eram medidas de preparação para a venda, mas também realinhamento de linha editorial. Nas últimas semanas, os boatos e atrasos no salário motivaram reação dos funcionários, em paralisações por definições e garantia de emprego (ou de qualquer coisa). Claro que tudo era sinal de crise.

O jornalista Leonardo Attuch, da IstoÉ Dinheiro, foi acusado por membros do governo federal (leia-se Luis Gushken) e por jornalistas da Veja (Lauro Jardim, da coluna "Radar") e até pela Carta Capital, de Mino Carta, de se ter vendido a Daniel Dantas. O apelido concedido pelas más-línguas de "QuantoÉ" à ex-publicação de Domingos Alzuguarray era usado para dizer que havia histórico e que o jornalista era mais um a se vender. Attuch processou a todos. Registre-se que a publicação de Mino, na edição seguinte, fez mea culpa e reconheceu que o suposto e-mail do suposto "DD" para o suposto "ATT" poderia ser realmente tudo falso...

Entre aqueles que saíram da redação da IstoÉ em 2006, há quem identificasse o ex-editor da Dinheiro não com a venda de matérias, mas com o atrelamento ideológico aos princípios de mercado, ao neoliberalismo (aquele que, como o diabo, tem muitos nomes). A "venda", para eles, seria ideológica...

Se as coisas fossem simples assim, não teria sido publicada a entrevista dos Vedoin na véspera do surgimento da história de compra do dossiê sobre a máfia dos Sanguessuga envolvendo petistas da campanha de Lula. O material divulgado na entrevista à IstoÉ não foi totalmente desmentido e envolvia Barjas Negri, ex-assessor do então ministro da Saúde José Serra. Fosse simples, tampouco circularia por aí que Daniel Dantas foi fonte de Diogo Mainardi, colunista de Veja.

Dantas surgiu para o mundo da política como apadrinhado de Antonio Carlos Magalhães no episódio do Banco Econômico. Considerado um prodígio do sistema financeiro, comandou o Opportunity em uma rápida ascensão, mas é amplamente criticado por seus métodos. Métodos que incluíram uma participação excusa nas privatizações que terminaram na que é considerada a maior disputa societária do Brasil, pela Brasil Telecom, contra os fundos de pensão de estatais (Previ, Funcef etc.). As irregularidades praticadas pela direção das empresas não foram poucas, mas a rentabilidade, diga-se, foi assegurada.

O fato é que o Mino Carta, que só chama DD de "orelhudo" só faz lamentar em seu blog.

Sinceridade não faz mal a ninguém

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Justificativa do técnico Jair Picerni (foto) ao pedir o boné no Sertãozinho: “O elenco não é dos melhores e um pouco limitado. Eu não faço milagres”. Em apenas três partidas no comando do clube, ele conseguiu somente uma vitória e amargou duas derrotas. O Sertãozinho é o antepenúltimo no Campeonato Paulista, com 8 pontos em 10 partidas.


Virando a garrafa

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Taí a prova do crime: o atacante Adriano enchendo a cara de champanhe na noite de seu aniversário, 18 de fevereiro, em foto publicada pela revista italiana Novella 2000. Por causa da noitada, o brasileiro foi barrado pelo técnico Roberto Mancini contra o Valencia, pela Copa dos Campeões, e depois multado por ter aparecido no treino "de ressaca". No ano passado, o manguaça já havia sido flagrado por uma publicação sueca em uma boate, bebendo e fumando. Comentário de um cachaça no portal IG, sobre Adriano: "Perna de pau d'água!".

Se não é verdade, que desmintam rápido

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Matéria da Agência Estado de hoje (clique aqui pra ler) traz em letras garrafais: "Maluf e Marta podem ser aliados nas eleições de 2008".

O texto tira essa conclusão com base em um jantar flagrado nessa quarta entre o deputado federal Cândido Vacarezza (PT-SP) e seu ilustre colega Paulo Maluf. Quando ouvidos pela reportagem, ambos afirmaram que o encontro não tinha relação com as eleições municipais do ano seguinte, e sim tratavam de assuntos da Câmara; mas aí a matéria se baseia em conversas ouvidas por pessoas próximas à mesa (?) e por "fontes próximas" aos deputados.

De acordo com quem batia o rango ao lado dos parlamentares e com essas tais fontes, Maluf e Vacarezza traçaram os pontos da aliança PT-PP (que inclui outros partidos) para o pleito municipal. A aliança teria Marta Suplicy como cabeça de chapa e um vice que teria a chancela do próprio Paulo Maluf.

A elaboração da reportagem - o que se nota no próprio texto - não é das mais dignas de confiança. Tanto que os personagens principais foram ouvidos, desmentiram a hipótese do texto e mesmo assim a linha da matéria foi mantida. Nada surpreendente, já que conhecemos a má vontade que o Partido dos Trabalhadores motiva em muitos setores da imprensa.

Por outro lado, como se diz por aí, "a merda tá feita". Essa matéria será lida e comentada por muita gente e repassada por email a tantos outros. Paulo Maluf se consolidou (justamente, diga-se de passagem) como a "encarnação do mal" na política de São Paulo. Se o PT quer dar um tiro no pé, basta oficializar uma aliança com ele. Por isso o dito no título da mensagem: se isso não for verdade, que o PT seja enérgico em desmentir. Para evitar que a imagem do partido seja ainda mais atacada.

quinta-feira, março 01, 2007

"How are you, Fidel?"

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No dia 27, terça-feira, no programa Alô, presidente!, o entrevistado foi Fidel Castro. Trocaram duas ou três palavras, o que, em se tratando de Hugo Chávez e Fidel, quer dizer meia hora no mínimo.

Quem traz a transcrição é a BBC Brasil.

Além de criticarem o etanol e o biocombustível ("a idéia de usar alimentos para produzir combustíveis é trágica, é dramática"), ataque direto ao presidente norte-americano George W. Bush e, de quebra, a Lula, jogaram confete de um a outro e vice-versa, incluindo perguntas íntimas como "Que horas você dorme?"

Chávez que inicia a conversa perguntando, em inglês: "How are you, Fidel?" (como está você), se referiu aos Estados Unidos como "our friends", diante da provocação do cubano. Fidel respondeu:

— Você disse que eu sei falar inglês. Eu soube, mas já faz um tempo. (...) O trauma que me deixaram depois me fez esquecer. E por isso não tenho a memória privilegiada que você tem. Sua capacidade de síntese, seu ouvido musical, sua capacidade de lembrar qualquer canção. Porque não acredito que você possa ter feito tantas festas para que se lembre de todas as músicas que canta em Alô, Presidente. Aqui, invejo isso.

Imperdível é o momento em que Chávez, ao evocar o "eixo Caracas-Buenos Aires" na instalação do Banco Sul, parece o dono da bola a escolher seu time no continente:

– Bom, Daniel Ortega veio aqui há três dias e conversamos por horas. Temos uma reunião na semana que vem em Manágua da Comissão Mista. Kirchner, como você sabe, veio à faixa do Orinoco e Kirchner me convidou. Aproveito para tornar isso público, dado a sua chamada. Não havíamos tornado isso público. Vamos fazer uma reunião em Buenos Aires na próxima semana, vamos continuar avançando na relação bilateral Argentina-Caracas e logo outra reunião na Bolívia – vamos visitar Evo nesta próxima semana – da aliança estratégica, esse eixo Caracas-Buenos Aires, passando por Brasília, o eixo com La Paz, agora com Correa.

"Eu sempre serei uma alcoólatra"

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Tem muito marmanjo que bebe o dia inteiro e jura de pé junto que não é um cachaça. Mas a Miss Estados Unidos, Tara Conner (foto), 21 anos, não esconde de ninguém: "Eu sempre serei uma alcoólatra", sentenciou ao jornal Lexington Herald-Leader. "É algo que eu tenho que me acostumar. Eu terei que agir todos os dias para me manter bem e ter uma saudável recuperação", afirmou Tara, depois de passar dois meses internada internada numa clínica de reabilitação. A moça chegou a ser ameaçada de perder o trono ao ser flagrada ingerindo bebida alcoólica em bares e casas noturnas antes de completar a idade mínima para beber, que lá é de 21 anos. Porém, depois de 23 de março, quando outra Miss Estados Unidos será escolhida, a bela manguaça poderá chapar o globo em paz.

Agora ouvi conversa!

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Finalmente, depois de muito blablabla, alguém resolveu dar uma resposta objetiva ao problema da democratização da mídia no Brasil, um assunto que mete medo até em companheiros ditos de esquerda, que beijam a mão da família Marinho e quetais. Em entrevista ao site Conversa Afiada, do jornalista Paulo Henrique Amorim, o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE) botou o dedo na ferida e deu sua sugestão.

Ao responder pergunta sobre a questão da concentração midiática, vejam a resposta de Ciro:

"Acho que não é simples, não é trivial, em qualquer circunstância, o melhor caminho para a democratização dos meios de informação é não restringir. O caminho bom é ampliar. Na verdade, aceitar com respeito democrático essa posição e, quem sabe, penso eu, na minha visão, não estou falando pelo governo Lula evidentemente, mas eu advogava e advogo por escrito, como posição, que o governo deveria financiar cooperativas de produtores de informação, cooperativas de jornalistas, ampliar o acesso da sociedade civil a meio de comunicação, financiá-los, assim como também na questão da cultura, porque a informação também é processada por um cidadão que tem identidade cultural sólida."

Caso ele assine em cartório esse compromisso, e o Futepoca puder ser financiado pelo governo, tem meu voto até pra papa.

"O jogo da vida"

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Agora pouco, assistindo a um programa esportivo, vi declarações dos atletas do Pirambu que chegaram a São Paulo para enfrentar o Corinthians. As opiniões de quase todos eram unânimes: "esse é o jogo das nossas vidas", "se eliminarmos o Corinthians, entraremos pra história", "dessa partida depende um emprego pra gente no segundo semestre"...

Sim, claro, se o Pirambu fizer a façanha de despachar o Corinthians da Copa do Brasil (o que não vai acontecer) vai entrar pra história. Mas será que isso se reflete na carreira dos jogadores?

Traço um paralelo com um dos episódios mais marcantes da história da Copa do Brasil, a eliminação do Palmeiras pelo Asa de Arapiraca em 2002. A conquista alagoana é sempre lembrada - principamente em momentos como esse do Pirambu, no confronto entre equipes absolutamente díspares - mas pelo que percebo, isso não vale tanto assim para os atletas.

Vejam a escalação do Asa de Arapiraca que perdeu para o Palmeiras no Parque Antarctica em fevereiro de 2002, mas despachou o Verdão pelo critério de gols marcados:

Márcio, Cléber, Rogério e Kiko; Sandro Marques (Da Silva, aos 84´), Fernando, Jânio, Juninho (Júnior, aos 69´) e Ivan; Fuscão (Sandro Miguel, aos 76´) e Sandro Goiano. Técnico: Ubirajara Veiga

E aí? Alguém se arrisca a dizer o paradeiro de algum desses sujeitos?

Suplicy vai ao Iraque. Senado só oferece passagem de ida

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A manchete é sensacionalista e só tem o objetivo de antecipar a(s) piada(s) óbvia(s). Mas é tudo verdade, pelo menos é o que diz O Estado de S.Paulo (só para assinantes) desta quinta-feira (1º de março). O objetivo da viagem ao Iraque não poderia ser outro que a divulgação do programa Renda Mínima, a que o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) se dedica todo o tempo que pode.
Nem os riscos de atentados terroristas muda a busca do senador quase-monocórdio. Ele já conversou com o deputado iraquiano Ibrahim Jaafari, ex-primeiro-ministro do país pós-Saddam Hussein e presidente do partido que está no poder. O convite será para uma palestra de Suplicy em maio.
A matéria afirma que o senador teve a idéia de levar o Renda Mínima ao Iraque em 2005, durante um churrasco, quer dizer, uma palestra na Granja do Torto proferida pelo presidente norte-americano George W. Bush, o republicano, em sua visita ao Brasil.
Bem-informado, o petista elogiou a política do estado do Alasca, que aposta na distribuição de renda.
— Well, in Alasca, they got oil (Bem, no Alasca, eles têm petróleo) — respondeu o ainda mais bem-informado presidente.

Suplicy percebeu que tinha espaço para sugerir a Bush a instituição (advinhe do que) do renda mínima em todo o continente americano. De quebra, valeria também à pena, para ajudar na democratização e na pacificação do Iraque, levar a medida ao país árabe.
— That's our path, that's our path (Esse é o nosso caminho, esse é o nosso caminho) — respondeu Bush, ao que parece, meio sem entender do que se tratava.
A partir dali, o senador vinha batalhando a passagem junto à Comissão de Relações Exteriores do Senado. Em fevereiro, Heráclito Fortes (PFL-PI) passou a presidir a comissão. O piauiense gostou da idéia, mas arrematou com o bom-humor óbvio que justifica o título do post: "Vou dar só a passagem de ida para o Suplicy".
Jaafari disse que vai enviar ao Senado o convite oficial e tudo será feito pela via diplomática. E lá irá o senador no que o jornalão paulista chama de "cruzada" pelo Renda Mínima.

As informações são todas da matéria assinada por João Domingos.

Em casa de ferreiro... ou Uma outra verdade inconveniente

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Dentro do grande, intenso, importante, mas estupidamente super-explorado tema do aquecimento global, um dos principais, e talvez o principal, porta-bandeira ecológico da atualidade atende pelo nome de Al Gore. O ex-vice-presidente norte-americano – que teria sido presidente em 2000 se não houvesse fraude na Flórida de Jebb Bush – tem viajado todo o mundo para divulgar os perigos das atitudes contra o meio ambiente. O documentário do qual ele participa como “ator” principal, Uma Verdade Inconveniente, foi um dos vencedores do Oscar 2007, levando a estatueta em sua categoria. A propósito, Gore também foi um dos apresentadores do Oscar, confirmando sua fase de popstar.

No entanto, uma notícia divulgada ontem dá conta de que a energia elétrica consumida pela mansão de Al Gore – que, embora negue, pode sim ser candidato à presidência novamente – em apenas um mês é maior do que a energia elétrica gasta por um americano médio durante todo ano.

De acordo com dados da companhia fornecedora de energia Nashville Electric Service, o singelo lar de Al Gore gastou em 2006 cerca de 221.000 Kwh, 20 vezes a média norte-americana, que é de 10.656 Kwh/ano por residência. Segundo a Fox News, porta-voz informal de Bush e dos republicanos, a porta-voz (oficial) de Al Gore, Kalee Kreider, não negou os valores divulgados da conta de luz, mas disse que "os números precisam de um pouco de contexto". "Não se pode apenas olhar para as contas, ou para as contas de um ano e compreender a vida toda de um homem".

Segundo Kreider, o estilo de vida de Al Gore e de sua família usam diversas quantidades de energia, e que a prioridade deles é determinar a quantidade disso a partir da emissão de compostos de carbono, e fazer o máximo para reduzi-la.

Sinceramente, acho que a notícia vale mais pela chacota mesmo. Não dá pra fazer o cálculo que eles fizeram sem saber quantas pessoas circulam lá por dia, mas o fato da Fox News ter destacado isso mostra que Bush e cia. já se sentem incomodados com o tema em que eles foram mais que negligentes, beirando (ou não só) a conduta criminosa.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007

Big Brother Timão: quem será o próximo a sair?

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Atolado em dívidas e vivendo crise dentro de campo, o Corinthians perde o sétimo jogador em menos de três meses: o meio-campista Élton (foto) vai para o Steaua Bucareste, da Romênia. Parece que a equipe alvinegra chegou a um acordo com o clube europeu, faltando apenas acertar alguns detalhes com o próprio jogador. Pior é que o Timão está se desfazendo de seus atletas por qualquer preço: o prata da casa vai render ao clube US$ 800 mil, cerca de R$ 1,6 milhão. Para efeito de comparação, outra cria do Parque São Jorge, o atacante Jô, foi vendido por 5 milhões de euros (cerca de R$ 14 milhões) para o russo CSKA. Do começo do ano para cá, já deixaram o Corinthians Gustavo Nery (para o Zaragoza), César (Internazionale), Jaílson (Rubin Kazan), Fágner (PSV), Christian (Internacional) e Marquinhos (sem clube). Quem será o próximo no paredão?

Se a moda pega...

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Não bastasse o clube colombiano ter o sugestivo nome de Pasto, o ambiente no elenco também está mais para várzea do que profissionalismo: ontem, incomodado pelo fato de ter sido posto na reserva, o goleiro Diego Gómez deu um soco na cara do treinador Alvaro De Jesús Gómez. "Dirigi-me ao centro médico para que me examinem. Jamais pensei que o Diego fosse reagir desse jeito. Ele estava furioso por não estar no plantel titular", disse o técnico, ainda meio grogue pela agressão que sofreu durante treino no Estádio Libertad de Pasto. O Deportivo Pasto faz parte do Grupo 8 da Libertadores, junto com Santos, Defensor Sporting e Gimnasia La Plata. (com informações do site Terra)

Dá-lhe, gramática

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Não resisti a fazer essa observação. Comprei o Lance! de hoje para ler durante o almoço. Abro o jornal e logo no alto da página três está lá o título da coluna "Papo com Marília": "Sobre o infeliz episódio entre Leão e eu". Logo no primeiro parágrafo, de novo: "... sinto que devo um esclarecimento sobre o infeliz episódio entre Leão e eu". Errar (distrair-se, digitar mal, equivocar-se numa concordância pela pressa etc) é humano, mas um erro desse calibre duas vezes (com título e tudo) em tão poucos centímetros? Alguém ainda sabe escrever nos jornais deste país?
No texto, a insigne jornalista explica o episódio com o técnico do Corinthians, que a teria ofendido dias atrás, e manda esta em suas conclusões: "Não vou tratar aqui quais serão minhas atitudes como pessoa física".
É espantoso.

terça-feira, fevereiro 27, 2007

Paranóia ou mistificação?

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O jornalista José Trajano, no programa Pontapé Inicial, da ESPN Brasil, lembrou duas coincidências interessantes. O atacante Obina, do Flamengo, se contundiu no domingo, exatamente no mesmo dia em que o camaronês Eto'o voltava aos gramados. O rubro-negro vai ficar seis meses no estaleiro, curiosamente o mesmo tempo que o atleta do Barcelona. Seria a contusão do flamenguista obra bem realizada espiritualmente pelo seu rival, motivada pela inveja em ser pior do que Obina? Ou, indo mais além, seriam na verdade a mesma pessoa?

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Sobre Obina, a torcida do Flamengo inventou novo coro no domingo, na partida contra o Vasco. "Só faltam novecentos pro milésimo do Obina", gritavam os fãs.

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O sempre modesto Eto'o, além de se incomodar com Obina, anda preocupado também outro astro, o inglês David Beckham. "Eu não tenho inveja da vida de Beckham. Ele é mais bonito, mas eu sou melhor". Tuuudo bem.

Falso Eto'o dizia que trabalhava num bar

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Um flagrante na cidade espanhola de Arganda del Rey, hoje, deixa dúvidas se o farsante tava bêbado ou era muito burro, mesmo. Tudo começou quando três africanos da Guiné, com documentos e cartões falsos, tentavam dar golpes no comércio local. Entre eles, um se identificava como Richard Samuel Eto'o, quase homônimo do atacante Samuel Eto'o Fils, do Barcelona. A desconfiança partiu de um comerciante que preparava uma venda de quase 3 mil euros para os farsantes. Após suspeitar da documentação do falso Eto'o, ele ligou para o suposto local de trabalho do cara, um bar de Madri, e descobriu a mentira. Daí, com esse vacilo imperdoável, a casa tinha mesmo que cair. (com informações do site Terra)

A lucidez de Gore Vidal - entrevista

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O escritor norte-americano Gore Vidal (foto) continua a ser uma uma das mentes mais lúcidas do seu país. Prova disso é a excelente entrevista que concedeu ao jornal Juventude Rebelde, em Cuba. Na entrevista, reproduzida pelo site vermelho.org (clique aqui para ler), o autor de Washington, D.C. (1967), 1876 (1976) e Hollywood (1989) fala da atual política de George W. Bush contextualizando-a na história dos Estados Unidos como raras vezes se vê, ou se lê.

Vidal aborda a hipocrisia não apenas inerente à gestão Bush, mas da própria cultura dos EUA. “Temos um país louco pela tortura, pelo assassinato, pelas execuções, pelas sentenças à prisão perpétua. É uma mentalidade perversa, que está no âmago do puritanismo protestante”, diz ele, por exemplo.
Sobre a eterna campanha de seu país contra a Cuba de Fidel Castro: “Não há mentira que nosso governo não nos conte quando fala de Cuba”.
E assim vai. Leiam. Vale a pena.

Som na caixa, manguaça! (Volume 10)

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Se você jurar

Mário Reis (foto) & Francisco Alves
(Composição: Ismael Silva/ Nílton Bastos/ Francisco Alves)


Se você jurar que me tem amor
Eu posso me regenerar
Mas se é para fingir, mulher
A orgia assim não vou deixar

Muito tenho sofrido por minha lealdade
Agora estou sabido, não vou atrás de amizade
A minha vida é boa, não tenho em que pensar
Por uma coisa à toa não vou me regenerar

A mulher é um jogo difícil de acertar
E o homem como um bobo não se cansa de jogar
O que eu posso fazer é se você jurar
Arriscar a perder ou desta vez então ganhar

(Do CD “Duplas de bambas”, Revivendo, 1993)

Mais um showzinho do Gaúcho

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Cada vez que o Ronaldinho Gaúcho dá um showzinho contra times de segunda, como contra o Athletic Bilbao (3 a 0 para o Barça) no domingo, lá vem a babação de sempre, jogadas repetidas à exaustão, o melhor do mundo daqui, o melhor do mundo dali.

Agora, então, que o atacante resolveu fazer um quase strip-tease para mostrar que não está gordo, a babação ganha tons freudianos. Curioso é que ninguém, nessas ocasiões, se lembra de comparar a atuação “de gala” do último domingo com a pífia performance do jogador contra um Liverpool, por exemplo – time que bateu o Barcelona em pleno Camp Nou por 2 a 1 na semana passada, pela Liga dos Campeões. O “show” do último domingo foi contra o Athletic Bilbao, que está na antepenúltima (18ª) colocação na Liga de seu país e tem a terceira pior defesa do campeonato. Contra um time nessa situação, de repente até o Rodrigo Tabata brilha.

A última boa atuação de Ronaldinho pela seleção brasileira, que eu me lembre, foi contra a Inglaterra, na Copa do Mundo de 2002. Contra o Liverpool, bem marcado, assim como na final do Mundial Interclubes contra o Inter, o craque desapareceu, sumiu, acabou. Não vou falar que o cara não joga bem ou que eu não o quisesse no meu time. Mas, para mim, ele ainda está longe da galeria dos maiores craques.

Os grandes craques entram nessa galeria justamente por fazer a diferença em grandes e decisivos jogos com freqüência. No caso de Ronaldinho, têm sido casos raros. É um jogador inconstante, que sempre brilha contra os Athletic, contra os Osasuña e os Mallorca da vida, e eventualmente contra um Arsenal, como na final da Champions League 2005/2006. Mas lá se vai quase um ano.

Posso até queimar a língua no futuro, mas esse papo de Ronaldinho Gaúcho já encheu o saco.

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Porta-papel higiênico "fala" com usuário

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Sei que isso não tem muito a ver com os assuntos do blog, mas imagine-se completamente bêbado num banheiro com um porta-papel higiênico falante (foto). Essa é a novidade no mercado estadunidense: no aparelho é possível gravar diversas mensagens, que são ouvidas pelo usuário na hora de puxar o papel. Pior é que o próprio fabricante aconselha o comprador a gravar mensagens bizarras como "Parabéns! Você ganhou cinco pontos!" ou ainda "Essa foi a melhor pontuação do dia". Eu gravaria alguma coisa do tipo "Cê tá podre, hein, manguaça!", "Volte sempre! Agradecemos a preferência!" ou mesmo o hino do Pirambu. Queria ver o que ia dar um negócio desses no banheiro do Bar do Vavá...

Novidade: Marques pode voltar ao Atlético-MG

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O atacante Marques, 34 anos, planeja seu retorno ao Atlético-MG, para encerrar a carreira. Depois disso, quer virar político. Jogando pelo Yokohama Marinos, ele tem contrato até 28 de dezembro, mas cogita a possibilidade de retornar em julho, já que uma cláusula contratual permite que ele deixe o clube japonês caso abra mão dos salários restantes, sem pagamento de multa. "A gente sabe que o Atlético deixou as portas abertas para mim. Então, logo que essa situação no Japão termine, eu quero voltar", disse Marques à Rádio Itatiaia.

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Adriano: multa por chegar no treino de ressaca

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A perseguição aos manguaças continua: o presidente da Inter de Milão, Massimo Moratti, já adiantou que punirá com multa o atacante brasileiro Adriano (foto), por "exageros" em sua festa de aniversário. Ele teria se apresentado no treino de ressaca. Por causa disso, o técnico da Inter, Roberto Mancini, já tinha deixado o Imperador fora da partida de ida das Copa dos Campeões contra o Valencia. Eu disconcordo com medidas desse calibre. Pô, é sábado à noite, é teu aniversário e você tá cheio de dinheiro no bolso. Vai fazer o que? Ficar sóbrio? Além do mais, aniversário é uma vez no ano. Deixa o cara manguaçar! E é só brasileiro (ou melhor, latino) que se ferra. Se fosse o Gascoine, não pegava nada. Não podemos deixar essas medidas arbitrárias passarem impunes. Cachaceiros do mundo, uni-vos!

Passando o pires

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O Lula está se tornando habitué em apagar incêndio dos outros. Depois de salvar o Pan Americano do (desorganizado) Rio de Janeiro, agora se vê acossado pelo próprio clube do coração. Veja nota de Luciano Borges publicada há pouco no Blog do Boleiro: "O presidente do Corinthians, Alberto Dualib, e o empresário Renato Duprat estão neste momento no Palácio do Planalto conversando com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que, aliás, é torcedor do alvi-negro e conselheiro do clube. A dupla agendou o encontro para sondar o presidente sobre a possibilidade de o governo federal ajudar o Corinthians a construir um novo estádio ou mesmo ampliar a Fazendinha. Além disso, Dualib quer ver quais as chances de o clube conseguir um empréstimo do BNDES para acertar sua vida financeira. A alegação é de que a parte social presta serviços à comunidade." Ao final da reunião, o Lula deverá perguntar: "-Quer pagar quanto?".

Paulo Nogueira Batista Jr. vai representar o Brasil no FMI

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O economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) Paulo Nogueira Batista Jr. é o indicado como representante do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI). O colunista de O Globo, Ancelomo Gois, diz que ele irá "dormir com o inimigo".

Ele é o indicado do ministro da Fazenda, Guido Mantega, como substituto de Eduardo Loyo, indicado pelo ex-ministro Antonio Palocci após uma passagem pela diretoria de Estudos Especiais do Banco Central. Loyo, da turma ultra-liberal do ex-ministro cassado e hoje deputado federal pelo PT, alegou motivos pessoais para ir para casa.

Nogueira Batista foi assessor da Fazenda, na gestão de Dilson Funaro, no governo José Sarney, em 1987. Foi o período em que o país decretou a moratória da dívida.

Em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo e Agência Carta Maior, o economista criticava comumente os acordos do governo brasileiro com o FMI, a ponto de entitular, em março de 2005, seu artigo com "Bye, bye FMI", em referência à música Hello, goodbye, da dupla Lennon e MacCartney. Criticava com muito mais vigor a política mais realista do que o rei promovida pelo Banco Central.

No "Bye, Bye FMI", além de celebrar o fim dos empréstimos do Fundo – que vêm sempre acompanhados de uma porção de reformas para um Estado magérrimo – elogiou o presidente da vizinha Argentina, Néstor Kirchner, que realizou uma reestruturação da dívida, com sucesso depois da moratória de dezembro de 2001. Criticou ainda o excessivo tempo que o Brasil permaneceu sob as asas do FMI, quase seis anos e meio.

Com a ironia que caracteriza suas intervenções, terminou discutindo os riscos de que, sem a tutela do Fundo, o Banco Central adotasse uma política ainda mais ortodoxa, antecipando-se ao mercado. Se isso ocorresse, escreveu ele, "só nos restaria berrar: 'Help! Tragam o FMI de volta!'", em alusão a outra música dos Beatles.

O chamado foi ele.

Resta saber como serão ocupados os cargos do Banco Central. O presidente da instituição, Henrique Meirelles, fica, os demais diretores, que participam das reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) para decidir os rumos da política de juros – via Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). O problema é que não teremos mais as análises mordazes do Nogueira Batista para rir à custa da economia e dos economistas.

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Agora vai: Jamelli é o novo reforço do Barueri

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Quem se lembra de Jamelli, uma das maiores ex-promessas do futebol brasileiro. Nunca vingou. Começou explodindo no São Paulo, quando foi campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior, em 1993.
Passou ainda por Santos, Kashiwa Reysol, Zaragoza-ESP, Corinthians e outros clubes. E agora, aos 32 anos, o ex-futuro craque volta depois de ficar afastado por quase um ano devido a uma cirurgia nos ligamentos de um dos joelhos. Foi contratado pelo Grêmio Barueri, que luta contra o rebaixamento à segunda divisão do Paulista. “Eu tomei conhecimento da caminhada de Barueri nesses seis anos, onde a equipe conquistou vários acessos. E no futebol nada é por acaso. Conheci a estrutura oferecida e constatei que o projeto da diretoria é sério”, disse o jogador, segundo o Lance!

Debandada

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A crise financeira de Palmeiras e Corinthians (grande responsável pelo mau desempenho em campo) está afugentando seus profissionais para onde aponta o nariz. Mesmo sem ter para onde ir, Paulo Baier (foto) cansou da pindaíba. E nem multa por quebra de contrato vai ter que pagar: “Como é que vão cobrar multa se devem um caminhão de dinheiro para ele?”, ironizou Neco Cirne, empresário do jogador. Outro que saiu correndo do Parque Antartica foi o preparador físico Fábio Mahseredjian, contratado pelo Fluminense. Dizem que os direitos de imagem dos jogadores palmeirenses estão atrasados 4 meses. No Corinthians, o problema é no ataque: depois de Christian, que fugiu para o Inter de Porto Alegre, Jaílson não perdeu tempo e assinou com o Rubin Kazan, da Rússia. O rombo mensal com o Departamento de Futebol, no Parque São Jorge, já bateu em R$ 900 mil. Do jeito que vai, o último a sair que apague a luz...

Fora, Bush!

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Depois tem gente que não sabe o motivo de tanto ódio contra o presidente estadunidense George Ronald Golias Bush (foto): sua visita ao Uruguai poderá deixar os hermanos um final de semana inteiro sem futebol! É sério: numa atitude vergonhosa de subserviência, o governo do país vizinho pedirá à Associação Uruguaia de Futebol (AUF - o ETeimoso) que adie a rodada do Campeonato Nacional dos dias 10 e 11 de março. Eles querem mobilizar todos os meganhas do país para a visita do Bushinho, o que deixaria os estádios de futebol sem o policiamento necessário. Absurdo! Só falta mandar fechar os bares! Para mim, é motivo suficiente para uma insurreição popular! Fora, ianque dos infernos! Vá assistir Fórmula Indy!

Pirambu de verde e branco OU "Chupa chiqueirada!"

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A vizinhança perto de casa dispensa que se assista aos jogos de futebol. Cada um dos grandes clubes do estado tem seu fanático torcedor nas proximidades. Cada qual com sua maneira peculiar de comemorar e fazer troça dos demais, o que permite que se saiba quem está jogando. Quase sempre.

Isso é especialmente conveniente quando o cabo da antena resolve entrar em greve. E trágico para os vizinhos que querem só dormir, mas a queixa destes não vem ao caso.

Foi pelos gritos da vizinhança que acompanhei a partida desta quinta-feira (20) entre o perigoso Pirambu de Sergipe e o Corinthians. A partida começou depois da novela, no tradicional horário das 21h45. Um xingamento ou outro do normalmente moderado corintiano de uns três andares para cima dava idéia de que as coisas não iam bem para o Timão.

Foi lá pelas 23h que um desatento poderia achar que a partida era do clube do Palestra Itália. É que o palmeirense disparou em alegria identica à que emprega nos (cada vez mais parcos) tentos alvi-verdes: "Gol. É gol. Goooooooooool!"

Os gritos foram sucedidos por gargalhadas, cujo motivo só descobri na manhã de hoje. O gol foi contra, de Gustavo, ex-São Caetano. Os três minutos de risos do palmeirense no prédio em frente foram a duração da vantagem pirambuzense.

O mesmo zagueiro corintiano empatou a partida. Atiçado, o corintinao do andar de cima responde também com grito costumeiro. Mas num misto de ceticismo e raiva acumulada da galhofa do palmeirense: "Gol? Gol, gol, gol!" E emendou: "Chupa chiquerada!" E despencou em risos.

O palmeirense ainda acreditava: "Vai Pirambu! Vai que dáááá! Pirambuuuuu, eô, Pirambuuuu..."

Mas não deu. O empate de 1 a 1 trouxe a decisão para a partida de volta, no dia 1º de março, no Pacaembu. Os vizinhos, que continuam sem saber exatamente um quem é o outro, não se manifestaram mais. Parece que saíram satisfeitos da gritaria. Pelo menos até o próximo jogo.

Som na caixa, manguaça! (Volume 9)

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É bom parar


Altamiro Carrilho
(Composição: Rubens Soares/ Noel Rosa)

Por que bebes tanto assim rapaz?
Chega, já é demais
Se é por causa de mulher
É bom parar
Porque nenhuma delas
Sabe amar

Se tu hoje estás sofrendo
É porque Deus assim quer
E quanto mais vai bebendo
Mais lembras desta mulher
Não crês, conforme suponho
Nestes versos de canção:
"Mais cresce a mulher no sonho, oi
Na taça e no coração"

Sei que tens em tua vida
Um enorme sofrimento
Mas não penses que a bebida
Seja um medicamento
De ti não terei mais pena
É bom parar por aí
Quem não bebe te condena, oi
Quem bebe zomba de ti

(Do LP “Altamiro Carrilho e sua bandinha na TV”, Copacabana, 1970)

Maldade do pirambuzense

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O repórter Marcel Rizzo, do Lance!, acompanhou o sofrível Pirambu 1 x 1 Corinthians no estádio, lá em Sergipe. E descreveu a seguinte situação: "Magrão (...) ouviu o jogo inteiro um cidadão gritando que ele não joga nada e que o trocaria por um caranguejo".

quarta-feira, fevereiro 21, 2007

Filosofia e futebol

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Engana-se quem pensa que gênios como Karl Marx, Kant, Platão, Aristóteles e Arquimedes, entre várias outras sumidades, não gostavam de uma boa pelada. Dêem uma olhada no link http://www.youtube.com/watch?v=McwlvqGnFpM

Da série "A volta dos mortos-vivos"

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Mais bizarro do que o próprio confronto entre Corinthians e o "portentoso" Pirambu, hoje à noite, pela Copa do Brasil, será a presença, no estádio, do futuro reforço do clube sergipano: nada menos do que Macedo (foto), 37 anos.
Ex-Rio Branco de Americana, ex-São Paulo, ex-Grêmio, ex-Santos, ex-um monte de coisa, o velho atacante passou recentemente pelo vexame de ser dispensado, junto com outros cinco jogadores, pelo Comercial de Ribeirão Preto, que faz pífia campanha na série A-2 do Campeonato Paulista.
Como só guardo boas memórias de Macedo (os pênaltis sofridos por ele nas partidas decisivas do Paulista de 91 e da Libertadores de 92), desejo-lhe uma feliz "ressurreição" no Pirambu. Time para o qual, pelo menos hoje, eu torço desde criancinha...

terça-feira, fevereiro 20, 2007

Ah, essas "mudernidades"...

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O site oficial de uma instituição - seja qual for - funciona como uma porta de entrada para a referida organização. Devido a essa prerrogativa, deve ser tratado como uma prioridade.

Quando falamos de uma instituição mundialmente conhecida, e com cofres cheios, espera-se que o website acompanhe essa grandeza e seja, no mínimo, bonito e bem atualizado.

Pois bem: agora vejam o site oficial da gloriosa Confederação Brasileira de Futebol. É só clicar www.cbf.com.br.

Nojento, pra dizer o mínimo! Feio, desatualizado, brega e sei lá mais o quê. Não condiz em nada com o gigante nome da CBF. E presta um enorme desserviço como portal do futebol brasileiro. É capaz que um estrangeiro caia nesse site e pense: "coitado do Brasil, é um país de terceiro mundo, não tem nem tecnologia pra fazer um site mais legal"...

Como comparativo, indico o site do clube Ribeiro Junqueira, de Minas Gerais. É um time que já disputou campeonatos profissionais mas hoje está restrito ao amador. Acessem: www.ribeirojunqueira.com.br. Mil vezes melhor que o da nossa importante Confederação!

(O site do Ribeiro é dica do amigo Vítor Dias, do Futebol Alternativo)

Mea culpa

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Nada como um dia após o outro. Na edição de sábado do Estadão, o caderno de esportes tinha a seguinte manchete: "O salvador da pátria está de volta", falando do retorno de Nilmar ao Corinthians, na partida contra o Paulista disputada naquela tarde.

No dia seguinte, com o resultado adverso, o que dar no título? O jornal não esqueceu a manchete do dia anterior e tascou: "Nilmar não salva o Corinthians". Caso clássico de mea culpa com bom humor. Só o Leão não deve ter gostado.

segunda-feira, fevereiro 19, 2007

E não é que o Luxemburgo "dungou"?

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É claro que não há invencibilidade que perdure para sempre no futebol, mas, de fato, fiquei surpreso ao saber que o Santos tinha perdido para o São Bento em plena Vila Belmiro no sábado. Com dois gols após os 43 do segundo tempo, a equipe peixeira conheceu seu primeiro revés no ano após dez partidas e deixou de completar a vigésima nona partida seguida em seu estádio sem derrotas no estadual (conseguira até ali 23 vitórias e cinco empates). A última havia sido em 15 de fevereiro de 2003, 2 a 1 para o São Paulo.

Como não pude assistir o jogo, procurei nos melhores momentos e nas descrições dos jornais as razões do resultado. Pesquisei, vi, li e cheguei a uma conclusão. A raiz do insucesso estava no banco. Sim, era ele, Vanderlei Luxemburgo. Ao contrário de seus elegantes ternos, talvez por conta do clima momesco, Luxa resolveu ir ao jogo com uma, digamos, questionável camiseta azul estampada (foto).

Curiosamente, segundo relatos, foi a primeira vez na temporada que o Santos jogou um segundo tempo pior que o primeiro. Para se ter uma idéia do "efeito Luxemburgo" no intervalo, antes da partida de sábado, o Santos marcara 10 gols e tinha sofrido 7 nos 45 minutos iniciais dos jogos que fez neste ano. Já na segunda etapa dessas mesmas partidas, o time assinalou 18 e sofreu 2.

Mas dessa vez a mágica não deu certo. Não é pra menos, imaginem os atletas escutando broncas e orientações de Luxemburgo e fazendo uma força enorme pra não rir da vestimenta do treinador no intervalo. Não dá pra concentrar! A seleção deve ter sofrido o mesmo com Dunga na partida contra Portugal, já que também fez um segundo tempo pior que o primeiro. Que Luxemburgo volte a usar seus ternos caros e que Dunga pare de tentar agradar sua filha, por favor!

sexta-feira, fevereiro 16, 2007

Fifa reconhece Santos como octacampeão

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Para aqueles que gostam de ficar vendo o site da Fifa e acompanhando o que a entidade aprova ou não, finalmente vi vantagem. Em sua página sobre os campeões dos Mundiais Interclubes, a federação reconhece o Santos como octacampeão nacional. Ou seja, além dos campeonatos brasileiros de 2002 e 2004, a Fifa também considera as cinco Taças Brasil vencidas pelo time - entre 1961 e 1965 - e mais a Taça Roberto Gomes Pedrosa em 1968.

A Taça Brasil reunia os campeões estaduais e foi criada em 1959, servindo também para indicar os representantes brasileiros na Libertadores. Paulistas e cariocas já entravam nas semifinais. O torneio foi extinto em 1968 e, além do Santos, Palmeiras (duas vezes), Botafogo, Bahia e Cruzeiro foram campeões.

Já o Roberto Gomes Pedrosa, conhecido como "Robertão", começou a ser disputado em 1967 e durou até 1970. A idéia era ampliar o Rio-São Paulo, agregando em seu primeiro ano o Internacional e o Grêmio, Cruzeiro e Atlético, além do Ferroviário do Paraná. Nos anos seguintes, outros clubes forma incluídos como Bahia, Náutico, Santa Cruz e Coritiba. Em 1969, passou a ser a única competição nacional com o fim da Taça Brasil e era responsável pela indicação dos brasileiros da Libertadores.

A Fifa também não considerou a Copa União de 1987 para o Flamengo, "tirando" o título do clube da Gávea.

Queimador de línguas

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E não é que o Paraná tá mandando bem na Libertadores? O tricolor estreou na fase de grupos mandando um belo 4x2 sobre o Unión Maracaibo, da Venezuela, lá na casa do adversário.

Claro que estamos falando de um time da Venezuela, o que não é parâmetro pra ninguém, mas mesmo assim fazer quatro gols jogando fora de casa é algo digno de aplausos.

Para mim, especificamente, o Paraná surpreende. Eu achei que esse time nem chegaria à fase de grupos da Libertadores - achava que cairiam logo contra o Cobreloa - e agora eles fazem um resultado positivo desses. Minha desconfiança sobre o Paraná se baseava em três pontos:

1- Desmanche da base do ano anterior: o Paraná fez um belo Brasileirão e chegou em quinto lugar. Digno de aplauso, claro. Mas o bom grupo foi desmontado em semanas. Saíram quase todos os titulares do clube e o principal arquiteto da conquista, o técnico Caio Júnior. Se para um time grande se recompor é algo difícil, imagine para um médio, como o Paraná.

2- Zetti: ele não é um bom técnico. Ao menos não vinha sendo. Depois de um bom ano de 2004, quando foi vice-campeão estadual com o Paulista e levou o Fortaleza à Série A do Brasileirão, a carreira dele entrou num belo declínio. Passou vexame no São Caetano e Guarani. Tenta se reerguer no Paraná. Vamos ver se vai conseguir.

3- Dinélson: Chegou a Curitiba para ser o "craque" do time paranista na Libertadores. Mas dá pra confiar nele, que é quase o estereótipo da "eterna promessa"? Foi pro Corinthians em 2004, com badalação; não se firmou e perambulou por Bragantino e São Caetano, sem emplacar - era reserva no ABC. Mas foi o melhor jogador do time na vitória em Maracaibo.

Eu, humildemente, acho que o Paraná passará de fase na Libertadores, mas porque o grupo é muito fraco - ser eliminado numa chave com Maracaibo e Potosí é maldade. Vai brigar pela liderança do grupo com o Flamengo. Mas depois disso deve ser eliminado de cara. Não tem time para maiores vôos.

quinta-feira, fevereiro 15, 2007

O Parlamento verde

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Essa notícia surreal foi publicada ontem na Agência Câmara. Preocupados que estão com o aquecimento global, nova coqueluche dos noticiários e assunto pungente que vai monopolizar até mesmo enredos de escolas de samba (será que receberam dinheiro de ONGs para isso?), os deputados da Câmara transformaram nossa dileta Casa no primeiro Parlamento Carbono Neutro do mundo.

Mas o que isso quer dizer? significa que serão realizados estudos sobre as emissões de gases causadores do efeito estufa produzidas pelas atividades parlamentares e a Câmara junto com a Fundação SOS Mata Atlântica trabalhará para reduzir o impacto ambientaEssl de ações como transporte dos parlamentares, uso de papel e de energia elétrica. A partir do levantamento, vai ser possível dimensionar quantas árvores o órgão precisa plantar para neutralizar emissões maléficas. "Vamos ter talvez o primeiro Parlamento Carbono Neutro do planeta", afirmou o diretor de Mobilização da fundação, Mario Mantovani. O cálculo dessas emissões ficará a cargo da companhia Max Ambiental.

Passarela leva R$ 2 mi do Timão

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Reprodução, Arquivo FolhaImagem


Depois de uma passagem polêmica pelo Corinthians com resultados pífios, o treinador argentino Daniel Passarela conseguiu, em ação junto à Fifa, o direito de receber R$ 2 milhões do clube brasileiro. Antes, o time de Parque São Jorge havia sido condenado a pagar outros R$ 8 milhões ao Lyon, pela transferência do atacante Nilmar.

Mais detalhes, no UOL esportes.

Na fase pós-MSI, poderíamos dizer que cabeça de pobre continua sendo pára-raio ou é só incompetência do Dualib? Ainda há tempo para o Timão importar o Mustafá Contoursi do limbo em que o ex-presidente palmeirense se encontra no Parque Antártica. Seria a volta por cima de um dirigente que, para muitos alvi-verdes paulistanos, sempre foi corintiano, mas nunca teve coragem de confessar.

"Vamos à luta, ó campeões..."

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Tá certo que os adversários não são grande coisa - oito times da série A2 Paulista e o Chapadão, de Mato Grosso - mas não se pode desmerecer o bom momento da Portuguesa nesse início de temporada.

Como registra o UOL Esporte, essa seqüência de partidas, somada a dois confrontos pela Série B do Brasileirão do ano passado, dá à Portuguesa sua maior invencibilidade desde 1998 - tempo em que a Lusa era respeitada e brigava pau a pau por títulos.

Até onde vai essa Portuguesa? Não dá pra saber. Como dito, a A2 pode não ser parâmetro para nada - afinal, o mais certo para a Lusa era nunca ter estado lá. Mas dá um certo ânimo pra sua torcida. Caso a Lusa conquiste o campeonato, terá um título em seu currículo e mais fôlego para tentar voltar à elite do Brasileirão no resto do ano.

Curiosidade: os gols da Portuguesa ontem foram marcados por Rivaldo. Tem também um Leto no time, lateral-esquerdo. Se pintasse um Válber, teríamos a reedição - nos nomes, claro - do lendário Carrossel Caipira do Mogi Mirim em 1993.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Morre inventor do pebolim (ou totó)

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Morreu na última quinta-feira Alejandro Finisterre, espanhol que ficou conhecido como o inventor do pebolim (ou totó, como é chamado popularmente). A invenção ocorreu quando ele tinha 17 anos, ao se acidentar durante a Guerra Civil Espanhola e ser internado em um hospital de Barcelona. Apaixonado por futebol, pensou em uma maneira para que as crianças hospitalizadas pudessem "praticar" o esporte usando apenas as mãos. Finisterre patenteou seu invento em 1937 e, 15 anos depois, exilado na Guatemala, aperfeiçoou o jogo, incorporando barras de aço e melhorando a qualidade do material. (do site Terra)

Já sei: vamos beber o falecido. E, de preferência, num boteco que tenha pebolim.

Jogador paraibano é o mais velho do mundo

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Essa eu ainda não sabia: o Perilima, que estreou este ano na primeira divisão do Campeonato Paraibano, possui o jogador mais velho do mundo em atividade no futebol profissional: Pedro Ribeiro Lima (foto), o “Seu Pedro”, de 58 anos (!). Como dono e presidente do clube, ele começou a carreira aos 51 anos e ainda hoje persegue o primeiro gol como profissional. Mas tá difícil: até o momento, o time de Pedro Ribeiro perdeu todos os sete jogos do Paraibano, marcando 3 gols e sofrendo 33 - saldo negativo de 30 gols. No último domingo, foi goleado por 4 a 0 pelo Esporte. Antes, já tinha apanhado de 6 a 0 do Campinense e de 11 a 0 do Treze.
“Seu Pedro”, que já virou notícia na La Gazzetta dello Sport, o diário esportivo mais importante da Itália, tem uma fábrica de sorda em Campina Grande – uma espécie de bolacha de rapadura com trigo. Todos os jogadores do Perilima são funcionários da empresa homônima. Alguns atendem pelas alcunhas de Foguinho, Rumennigue, Márcio Queimadas, Nego Pai e Fumaça.
"Se não fosse a rapadura, não teria força para continuar jogando. A rapadura revigora, é uma ótima reposição para os ossos. Quando os meus jogadores chegam meio cansados da noitada, distribuímos rapadura para acordá-los", conta Pedro. “Seria bom se o Romário comesse rapadura porque ele é da noitada. Assim ele continuaria na carreira e marcaria muitos gols”, aconselha.
Detalhe curioso sobre o Perilima é que, em 2006, a segunda divisão previa duas vagas de acesso à elite do Campeonato Paraibano. Só que apenas dois clubes "disputaram" as vagas! O time de “Seu Pedro” conseguiu a proeza de ficar em segundo lugar. Mas subiu...
(com informações dos sites Terra e VGBR)

The Strongest demite 5 por beberem em público

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Absurdo: o The Strongest, da Bolívia, anunciou ontem a rescisão dos contratos de cinco jogadores que beberam cerveja em local público. Pô, qual o problema? Ainda mais num lugar que tem uma das melhores cervejas do continente, a Paceña (que inclusive patrocina o time; veja a foto ao lado). Entre os manguaças demitidos está um brasileiro, Sandro Coelho (foto), além dos argentinos Britos e Campos e os bolivianos García e Jauregui. O goleiro Sahonero, que também estava com o grupo, foi multado e recebeu advertência. Segundo o dirigente Ronald Crespo, o fato aconteceu na última sexta-feira, foi denunciado por um canal de TV e comprovado pelo clube. No domingo, o The Strongest perdeu por 3 a 0 para o Blooming (tá explicado: botaram a culpa na cerveja!). E, falando no Blooming, que foi recém-goleado pelo Santos, o clube protagonizou mais uma demissão bizarra: o brasileiro Alex da Rosa levou um pé na bunda depois de aparecer totalmente nu para uma entrevista. Alex, que se naturalizou boliviano há quatro anos para jogar as Eliminatórias da Copa, disse na cara larga que "só queria fazer uma brincadeira". A imprensa havia sido chamada para tratar sobre a aparição de outros quatro jogadores do time em um clube noturno, acompanhados de mulheres (isso prova que o patrulhamento de jogadores na Bolívia é realmente irritante). Os acusados, visivelmente incomodados, exigiam que os jornalistas do dito canal fossem retirados da entrevista. Neste momento, Alex apareceu na sala sem roupa. O presidente do Blooming, Carlos Bendeck, prometeu abrir processo judicial contra o jogador. Neste caso, com razão. (com informações do site Terra)

O último clube de Mestre Ziza

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O (para nós) desconhecido Audax Italiano, clube chileno que recebe o São Paulo hoje à noite em Santiago, na estréia do Tricolor na Libertadores, faz parte da biografia de pelo menos um grande craque do futebol mundial. Depois de jogar pelo próprio São Paulo entre 1957 e 1958 e passar rapidamente pelo Uberaba (MG), Tomás Soares da Silva, o Zizinho (foto), partiu para o Chile e jogou no Audax até 1962, encerrando sua carreira aos 40 anos - justamente no ano em que aquele país sediou a Copa do Mundo (e o Brasil foi bicampeão). O clube chileno permitiu ao Mestre Ziza, também, sua primeira experiência como treinador. Longe dos holofotes atualmente, o Audax Italiano conquistou quatro campeonatos chilenos - em 1936, 1946, 1948 e 1957. Em 1958, um amistoso no Pacaembu reuniu o campeão chileno e o campeão paulista de 57. O São Paulo venceu o Audax por 4 a 1. Curiosamente, Zizinho não jogou.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

A mística do terrão corintiano

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Quando o Corinthians está em crise (o que é quase uma constante), há uma solução que é sempre citada. Segundo muitos corintianos, a solução para o time é deixar de lado medalhões, jogadores consagrados, atletas sem identificação com a camisa e apostar tudo na molecada do terrão!

Por terrão, como se sabe, refere-se ao campo das categorias de base do Corinthians. Os defensores dessa tese acreditam que os jogadores que dali saem conhecem o "jeito Corinthians de ser" e, por isso, teriam mais sucesso no time de cima. Argumentam esses que mais vale um jogador identificado com o clube, mas tecnicamente limitado, do que um atleta que entenda de futebol mas não conheça direito o Corinthians.

Também se diz - e o ótimo comentarista Benjamim Back, do Estádio 97, é um dos que mais endossa essa idéia - que o Corinthians, toda vez que fugiu de suas características, quebrou a cara.

Hum. Eu, humildemente, discordo. Claro que é legal que um jogador tenha identificação com o clube, mas será que isso é preponderante para que ele tenha sucesso? Mais - será que o Corinthians é tão diferenciado assim a ponto de "estragar" a carreira de jogadores que vinham bem até ali chegar.

É inevitável lembrar do Corinthians de 1998-2000, o melhor que vi jogar e, possivelmente, o melhor da história do clube. O meio-campo daquele time era mágico: Vampeta, Rincón, Marcelinho e Ricardinho, todos no auge de suas formas. O ataque tinha Edilson e, a partir de 1999, Luizão. Na defesa, Dida e Gamarra. Pois bem, cadê o "terrão"?

Por outro lado, podemos citar inúmeros exemplos de atletas revelados pelo Corinthians, que declararam amor e identificação ao clube, e futebol que é bom mostraram pouco. Abuda (foto) é um exemplo, juntamente com Bobô, Yamada, Marcos Alemão, Fernando Baiano e outros. Marquinhos, que atualmente passa por apuros, é o caso mais recente.
Entendo que cada clube tem a sua característica e a do Corinthians é essa. O que não se pode é tratar essa questão de modo mítico ou até supersticioso.

Nem só de violência vive a torcida

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Em meio a brigas de torcida nos estádios e arredores em São Paulo e com a nova modalidade de "pressão" contra jogadores, no caso, ameaças como as sofridas por Marquinhos, dois exemplos interessantes vindos das arquibancadas. Retratados, aliás, do blog Arquibancada - Esporte com Paixão e História. Abaixo, a íntegra do post do jornalista pernambucano José Neves Cabral:

A emoção maior veio das arquibancadas

O torcedor costuma ir a campo em busca de emoção. Quer ver os dribles desconcertantes de seus ídolos, os gols de placa, a vitória de seu time. Mas eis que nesse fim de semana foi o próprio torcedor que levou a emoção maior aos estádios, com gestos de solidariedade, carinho e gratidão. Vamos a eles:

Em âmbito local, vimos o técnico Givanildo Oliveira, do Santa Cruz, ser aplaudido como um verdadeiro herói voltando de uma grande conquista ao pisar no gramado da Ilha do Retiro, domingo à tarde. Os aplausos vieram da torcida do Sport, time que se classificou à elite do futebol nacional no ano passado sob o comando do agora técnico tricolor.

A homenagem não estava programada, ninguém pediu à torcida do Sport que tomasse aquela bela atitude. Os aplausos atingiram em cheio Givanildo, que não conseguiu conter as lágrimas. Ele havia deixado o clube rubro-negro no final do ano porque a diretoria não quis renovar seu contrato, devido a um desentendimento que teve com o vice de futebol Homero Lacerda.

O outro gesto que marcou bastante o fim de semana esportivo foi a homenagem das torcidas de Flamengo e Botafogo antes do empate por 3x3 no clássico carioca, domingo, no Maracanã. Mais de 30 mil pessoas gritaram o nome do menino João Hélio, de 6 anos, morto barbaramente após ser arrastado em um carro por 7 quilômetros durante um assalto, em Bento Ribeiro, no Estado do Rio de Janeiro, na semana passada.

Quem nos dera que a arquibancada fosse sempre palco desses gestos. Belíssimos gestos. Mas ainda raros. E já que eles aconteceram nesse fim de semana, cabe a nós registrá-los e aplaudi-los.

Garantindo o leitinho das crianças...

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Agora, vai: um manguaça da maior região leiteira do Japão inventou a "leiteja", mistura de leite com cerveja. "Nós tivemos a idéia após ouvir sobre os excedentes de leite", disse Chitoshi Nakahara, chefe d e uma loja de bebidas na ilha Hokkaidodo, no extremo norte do país. A nova bebida fermentada tem cerca de 30% de leite. Ela também contém lúpulo e o processo de produção não é muito diferente da cerveja normal. Sua loja começou a vender a "leiteja" - que apesar de um leve aroma de leite, parece e tem gosto de cerveja normal- em 1o de fevereiro, depois de gastar seis meses desenvolvendo o produto com um cervejeiro local. A bebida está disponível apenas em seis lojas locais ou para encomendas pelo correio, mas Nakahara está atualmente sem estoque, por causa da grande atenção atraída pela mídia. O cachaça também vende cerveja feita com outro produto típico de Hokkaido: batatas. (com informações da Reuters)

Ameaçado, Marquinhos deixa o Corinthians

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Tá certo que o zagueiro Marquinhos falhou bisonhamente no segundo gol do São Paulo contra o Corinthians, no domingo. Deu a bola no pé do Aloísio, escorregou e acertou um pontapé no joelho do centroavante, cometendo o pênalti que Rogério Ceni cobrou e guardou (e o juiz nem expulsou o zagueiro, que era o último homem e interceptou um gol claro). Principalmente por esse lance (e também por outros), a torcida do Corinthians, com razão, ficou enfurecida com o Marquinhos.
Mas daí ao cara ser ameaçado de morte, não dá pra aceitar. A perseguição foi tão violenta que ele não agüentou, pediu demissão e pensa em mudar de estado."O Marquinhos viveu uma situação desagradável após o clássico, com pessoas ligando para sua mãe e mulher, fazendo ameaças", confirmou o treinador Emerson Leão. "Ele falou comigo. Eu lamento muito que um atleta precise tomar uma atitude destas, mas infelizmente ele não quer mais ficar em São Paulo", acrescentou.
O diretor de futebol, Edvar Simões, ainda tentou minimizar as ameaças. "A única coisa que eu disse é que isso é uma coisa mais de paixão de torcedor mesmo, mais fanatismo do que ameaça", declarou o dirigente à Rede Record. Segundo Simões, essa não é a primeira vez que Marquinhos é ameaçado por torcedores. "No ano passado, em um outro clássico que ele não foi bem, aconteceu a mesma coisa. Naquela ocasião, ele conseguiu superar", afirmou.
Em abril de 2005, Marquinhos ganhou notoriedade ao trocar socos com Carlos Tevez (foto) durante um treino do Corinthians. Definitivamente, sua passagem pelo clube não foi das mais felizes.

Som na caixa, manguaça! (Volume 8)

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A dama de vermelho

Miltinho Rodrigues
(Composição: Ado Benatti/ Jeca Mineiro)

Garçom, olhe pelo espelho
A dama de vermelho
Que vai se levantar
Note que até a orquestra
Fica toda em festa
Quando ela sai para dançar

Essa dama já me pertenceu
E o culpado fui eu da separação
Hoje choro de ciúme
Ciúme até do perfume
Que ela deixa no salão

Garçom, amigo!
Apague a luz da minha mesa
Eu não quero que ela note
Em mim tanta tristeza
Traga mais uma garrafa
Hoje vou me embriagar
Quero dormir para não ver
Outro homem lhe abraçar

(do CD "2x1, O Melhor de Miltinho Rodrigues", Brasidisc, 1999)

Nobre destino

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Satisfeito com o desempenho do colega Aloísio (foto) no clássico de domingo contra o Corinthians (o atacante participou dos três gols do São Paulo), Rogério Ceni lhe presenteou com a camisa que usou durante a partida. Ontem, em coletiva com a imprensa, o centroavante revelou o que vai fazer com ela: "Essa camisa é muito especial pra mim. Vou colocá-la no bar que fiz em Alagoas".

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Pensatas de fim de semana

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Maracanã - O clássico Flamengo 3 x 3 Botafogo, ontem, foi espetacular, digno de encantar os olhos de quem tem saudade do futebol alegre, para a frente, lá e cá, sem medo e sem esquemas sobrepujando o futebol e o talento. Inesquecível.

Timão - Apesar da crise de identidade gerencial (financeira) e técnica do Corinthians, muitos acham (eu entre eles) que a base do Timão é, como sempre foi, fértil em revelar bons jogadores. Mas a lambança do zagueiro Marquinhos, que surgiu no chamado Terrão, no segundo gol são-paulino, foi uma das maiores lambanças que já vi. Deu até dó. E o Corinthians, a julgar pelo jogo de ontem, tem um futuro muito sombrio na temporada.

Palmeiras - Já as perspectivas do Palmeiras são igualmente pouco animadoras, ao contrário do que eu mesmo disse semanas atrás, enganado pelo bom início do Paulistão. Ao invés de ganhar conjunto e ir engrenando, é um time sem padrão de jogo, confuso, com muitos jogadores de medianos para baixo e sem liderança dentro de campo, quando Edmundo não joga. O treinador se revela inseguro, taticamente covarde e não tem pulso. A propósito, bem oportuno o título da matéria do JT sobre a derrota para o Ituano (1 a 0) na semana passada: “Palmeiras vai voltando ao normal”.

Santos – O time de Luxemburgo, como no ano passado, é visto pela imprensa paulista como um personagem periférico. Como disse o goleiro Fábio Costa: “Está na hora de a imprensa valorizar o time do Santos”. Mas o Peixe, mesmo jogando “para o gasto”, como ontem (2 a 1 no Santo André), é líder, com uma campanha além das expectativas. A base do ano passado foi mantida e este ano o futebol da equipe tem sido mais bonito de se ver. Rodrigo Souto entrou tão bem como volante ao lado de Maldonado que Luxemburgo até esqueceu momentaneamente o feio sistema 3-5-2. O problema continua sendo o ataque. Mas, se no Flamengo Obina “é melhor” que Eto’o, já há santistas que criaram um novo personagem: Tiuí Henry!

São Paulo - Se há quem entenda que o São Paulo é menos forte este ano do que em 2006 (aparentemente é mesmo), ele não mudou nada em relação ao ano passado num aspecto: entra candidato a qualquer título que disputa. Mas não sei até que ponto o vareio que deu ontem no Corinthians foi mérito do Tricolor ou conseqüência da ruindade do time corintiano.

MG - E não é que o Galo detonou o Cruzeiro? Quem diria!

Fluminense, PC, Gallo e Joel Santana

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O Fluminense demitiu mais um técnico. Deve ser o sexto ou sétimo que o Tricolor do Rio troca num prazo curto de tempo. Bagunça, má administração, precipitação? Sim, um pouco disso tudo. Mas acho que dá pra extrair algo positivo disso. Convenhamos: o estadual não é grande coisa. O Flu foi campeão do Rio em 2005 e no mesmo ano entrou em crise após pipocar na reta final do Brasileirão, dando a vaga na Libertadores para o Palmeiras. Se escolher um técnico bom - nada de Ivo Wortmann ou Paulo Campos - e der a ele condições para trabalhar, o Flu pode fazer uma boa temporada em 2007 e até mesmo brigar por algo digno no Brasileirão. Tempo e elenco para isso o time tem.

PC Gusmão, o demitido da hora, troca de emprego mais uma vez. A carreira dele é interessante. Tirando uma passagem pela Cabofriense, no começo da trajetória, ele só ostenta times grandes em seu currículo: Flamengo, Fluminense, Vasco, Botafogo, Cruzeiro - e o São Caetano, que teve sua grandeza por ser um time que estava há muitas temporadas na primeira divisãso. Agora vai procurar emprego mais uma vez. Tem algum time precisando de técnico aí? Daqui a pouco o PC aparece de novo, engana, e pouco tempo depois cai fora mais uma vez. Ele caminha a largos passos para se tornar uma "eterna promessa" dos treinadores.

O atual técnico do Sport, Gallo, foi sondado para assumir o cargo anterior de PC Gusmão. Dizem que seria algo que traria um bom retorno financeiro. Mas esportivamente falando, será que vale a pena? O Sport acabou de ser o campeão do primeiro turno do Pernambucano, e Gallo vem sendo elogiado. O rubro-negro vai disputar agora a primeira divisão do Brasileirão. Gallo pode ficar por lá, fazer uma boa campanha e adquirir bagagem para sonhar com vôos mais altos nos anos seguintes. Será que é o caso de ir pra instabilidade que cerca o Fluminense hoje?

Outro nome cotado para o cargo de técnico do Flu é o de Joel Santana. Ele mesmo, Joel, grande "mestre" do futebol. O jeitão dele - com uma baita aparência de cachaceiro - faz com que ele seja visto como mau técnico. Essa fama é amplificada aqui em São Paulo pelo inevitável bairrismo e encontrou ressonância após a trágica passagem pelo Corinthians em 1997. Mas o currículo dele não pode ser desprezado. Acho que seria uma alternativa interessante para o "Tricolor das Laranjeiras".

Nova técnica pode diminuir ressaca de vinho

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Boas novas: cientistas espanhóis desenvolveram uma técnica de preservação de uvas usadas em vinhos que pode reduzir os efeitos da ressaca. Atualmente, a maioria dos vinhos produzidos em larga escala usa dióxido de enxofre como conservante, um veneno que pode causar reações alérgicas, dores de cabeça e asma. Cansados de passar mal, os pesquisadores da Universidade Técnica de Cartagena descobriram que o ozônio tem 90% da eficácia do dióxido de enxofre na preservação de uvas frescas para a produção de vinhos, sem apresentar os terríveis efeitos colaterais. Além disso, as uvas conservadas em ozônio têm até quatro vezes mais antioxidantes, de acordo com o estudo, publicado na revista especializada Chemistry and Industry. Então, buenas: finalmente poderemos beber aqueles "tintos suaves" do calibre de Chapinha, San Tomé, Catafesta, Góes, Canção, Sinuelo e Sanguê de Boá sem passar os três dias seguintes amaldiçoando a hora em que abriu o garrafão e suplicando que um raio caia na cabeça e acabe com o sofrimento! (com informações da BBC Brasil)

Alemanha tem "baby boom" 9 meses após Copa

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O futebol, definitivamente, não é o único interesse dos que acompanham uma Copa do Mundo. Nove meses após o encerramento do mundial da Alemanha, o país vive um aumento temporário da natalidade. Vários médicos e parteiras dizem que o número de nascimentos previstos para março deste ano está acima do normal. Rolf Kliche, diretor de uma maternidade em Kassel, confirma o fenômeno. "Nós estimamos que o número de nascimentos em março deste ano deverá ficar de 10 a 15 por cento acima da média", assegurou. A maternidade do hospital universitário de Hamburgo, no norte da Alemanha, também espera um verdadeiro "baby boom" nas próximas semanas. "Os nossos cursos de preparação ao parto estão lotados", disse um porta-voz. Inge Gerbig, parteira na cidade de Worms, no sudoeste da Alemanha, revelou que o número de partos agendados para março é o dobro dos nascimentos esperados em fevereiro. O jornal Sueddeutsche Zeitung sugeriu um método curioso para avaliar se a Copa do Mundo realmente teve efeito na natalidade: "Se muitos nenês forem batizados de Lukas, Bastian e Michael, não haverá dúvidas", brincou, referindo-se aos jogadores Lukas Podolski, Bastian Schweinsteiger e Michael Ballack. (com informações da BBC Brasil)

Tabus igualados, mas diferenciados

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Com a partida de ontem, o São Paulo somou 12 confrontos seguidos sem derrota para o Corinthians, de março de 2003 para cá, e igualou o mesmo tabu que o rival lhe impôs entre agosto de 1976 e novembro de 1979: 8 vitórias e 4 empates. Curioso é observar que, na seqüência de 12 jogos sem derrota do Corinthians, nos anos setenta, 10 foram pelo Campeonato Paulista e 2 pelo Brasileirão (com 17 gols a favor e 7 contra). Já no tabu atual, favorável ao São Paulo, a situação é inversa, sendo 4 jogos pelo Paulista e 8 pelo Brasileirão (22 gols a favor, 7 contra). No Brasileiro de 78, os dois times não se cruzaram - o confronto de janeiro daquele ano foi válido pelo campeonato do ano anterior. Já em 1979, ambos boicotaram a vergonhosa competição nacional disputada por 93 times.

Vale lembrar que, no tabu atual, o jogo São Paulo 3 x 2 Corinthians (foto), de 07/09/2005, foi anulado por ter sido apitado pelo árbitro Edílson Pereira de Carvalho, réu confesso no escândalo de manipulação de resultados. A partida, válida pelo segundo turno do Brasileirão, foi remarcada para 24 de outubro e terminou empatada. Seguem as séries invictas dos dois clubes:

08/08/1976 – Corinthians 1 x 0 São Paulo (C.Paulista)
17/04/1977 – Corinthians 1 x 0 São Paulo (C.Paulista)
21/08/1977 – Corinthians 1 x 0 São Paulo (C.Paulista)
28/08/1977 – Corinthians 2 x 1 São Paulo (C.Paulista)
02/10/1977 - Corinthians 2 x 1 São Paulo (C.Paulista)
04/12/1977 – Corinthians 2 x 0 São Paulo (C.Brasileiro)
05/01/1978 – Corinthians 1 x 1 São Paulo (C.Brasileiro)
10/12/1978 – Corinthians 0 x 0 São Paulo (C.Paulista)
05/05/1979 – Corinthians 2 x 2 São Paulo (C.Paulista)
26/08/1979 – Corinthians 2 x 0 São Paulo (C.Paulista)
15/09/1979 – Corinthians 1 x 1 São Paulo (C.Paulista)
21/11/1979 – Corinthians 2 x 1 SãoPaulo (C.Paulista)

15/06/2003 – São Paulo 2 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
12/10/2003 – São Paulo 3 x 0 Corinthians (C.Brasileiro)
15/02/2004 – São Paulo 1 x 0 Corinthians (C.Paulista)
30/05/2004 – São Paulo 1 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
19/09/2004 – São Paulo 0 x 0 Corinthians (C.Brasileiro)
27/02/2005 – São Paulo 1 x 0 Corinthians (C.Paulista)
08/05/2005 – São Paulo 5 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
24/10/2005 – São Paulo 1 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
12/02/2006 – São Paulo 2 x 1 Corinthians (C.Paulista)
07/05/2006 – São Paulo 3 x 1 Corinthians (C.Brasileiro)
10/09/2006 – São Paulo 0 x 0 Corinthians (C.Brasileiro)
11/02/2007 – São Paulo 3 x 1 Corinthians (C.Paulista)

Até o Gustavo Franco

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Gustavo Franco é economista da PUC-Rio, o ninho dos neoliberais brasileiros. É das maiores concentrações da corrente. Foi presidente do Banco Central do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso, de 1995 a 1998, período no qual sustentou a sobrevalorização do real ante o dólar numa bolha que causaria a crise de 1998 – cujo impacto foi ampliado pela decisão pra lá de eleitoreira de segurar a liberação do câmbio para depois do pleito de reeleição do então presidente.

Como no Brasil até ministro com histórico de hiperinflação pode abrir empresa de consultoria quando não consegue um posto no Conselho Administrativo de algum grande banco, Gustavo Franco tem também uma coluna quinzenal na Época. O exemplar desta semana caiu nas mãos deste manguaça. Vale nota.

"O problema do câmbio é o superávit" (só para assinantes) fala sobre a valorização do real e a ação do Banco Central de ampla compra de dólares desde janeiro. Ele registra: "Que ninguém venha com essa conversa 'neoliberal' de que a intervenção é ineficaz. Na ausência desses US$ 121 bilhões comprados pelo governo, o câmbio não estaria em R$ 2,09, mas muitíssimo abaixo". A solução apontada pelo artigo é baixar o superávit primário.

Até o Gustavo Franco com essas idéias!

Visita pouco inspiradora

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Não sei como funciona o controle que cada clube faz do acesso aos vestiários. Mas o pessoal do Corinthians poderia ter um pouco de bom senso: antes do clássico contra o São Paulo, o deputado federal Paulo Maluf apareceu no vestiário para incentivar o time. Será que isso influenciou o resultado?

Sem visto, Parreira pode ser preso

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Depois da melancólica desclassificação do Brasil na Copa da Alemanha, o técnico Carlos Alberto Parreira (foto) está passando por mais um constrangimento em sua carreira. Depois de entrar na África do Sul com um visto de visitante para treinar a seleção de futebol do país, o técnico foi informado hoje que poderá ser preso caso seja flagrado exercendo suas funções.

O boato de que o treinador estaria trabalhando ilegalmente surgiu na sexta-feira. Porém, a Federação Sul-africana de Futebol, Safa (uma entidade com uma sigla dessa já é uma piada pronta!) minimizou a situação, garantido que tudo seria resolvido em breve.
“A lei é muito clara”, comentou Mantshele Tau, assessor de imprensa de um ministro sul-africano, numa paródia do bordão de Arnaldo César Coelho. “O Parreira e seu assistente (Jairo Leal) não têm permissão para trabalhar até que suas documentações estejam prontas. Ou seja, eles não podem ir ao estádio para ver jogos e nem tomar nota da seleção enquanto assistem aos jogos pela televisão porque isso significa trabalhar. Estamos monitorando todos os lugares e ambos poderão ser presos se quebrarem a lei”, emendou.
A Safa, por sua vez, admitiu que está atrasada no processo de obtenção da permissão de trabalho para o treinador. Para consegui-la, a entidade ainda aguarda a documentação médica dos brasileiros além de relatórios policias dos locais onde ambos trabalharam. (com informações do site Gazeta Esportiva)

A culpa de Leandro

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O meia-atacante Leandro, do São Paulo, é o típico atleta que faz o torcedor adversário se irritar. Fala demais, em geral com a arrogância de uma língua afiada que não correspode à técnica e habilidade que ele acha ter. Foi assim em suas passagens pelo Corinthians, Fluminense e agora no Tricolor. Em campo, já foi capaz de algumas jogadas desleais, simulações e quetais que o tornam alvo de rivais mais exaltados.

Ontem, no Morumbi, na partida contra o Corinthians, jogada pela esquerda. Leandro dá um calcanhar na bola para Aloísio. O avante sãopaulino gesticula, diz pra ele não fazer a jogada desnecessária, percebendo no que isso poderia resultar em um clássico em que os nervos já estavam à flor da pele. Provocação? Sim. Passível de punição pela arbitragem? Não.

Em um lance posterior, ele dá um drible em Magrão. Espera o jogador para tentar nova jogada e quase consegue passar, mas é barrado pela violência do volante. Diferentemente da jogada anterior do passe de calcanhar, ele fazia um lance objetivo, mas, talvez pelo histórico, tomou a pancada.

Nesse caso, a culpa é de quem provoca? Para o ex-jogador Casagrande sim. "É fácil falar daqui, mas quando você está em campo, é difícil segurar", dizia ele tomando as dores de Magrão na Globo. "Você vê que ele dá o drible e espera o Magrão voltar", atesta, seguindo uma lógica pela qual Garrincha teria provocado quase todos seus marcadores durante sua carreira e mereceria, portanto, apanhar sempre de forma justa.

Esse tipo de pensamento justifica a agressão no futebol. Se irritar deliberadamente o adversário é uma atitude anti-desportiva, Leandro fez isso em um lance, mas não naquele em que foi caçado por Magrão. Ainda assim, acreditar nisso é uma inversão de valores. Afinal, o que é pior, a embaixadinha de Edilson contra o Palmeiras ou a voadora que Paulo Nunes tenta acertar nele? E quem pode distinguir de fato se uma jogada é ou não provocação? Robinho foi ameaçado por Danrlei, então goleiro do Grêmio, na semifinal do Brasileiro de 2002. O arqueiro decretou: driblar é o mesmo que humilhar. Portanto, deveria ser proibido. Muitos concordaram com ele.

O pior é que comentários como o de Casagrande omitem outro fato. Porque são sempre os mesmo jogadores que caem na suposta provocação? No caso, os mais violentos como Magrão, que até agora em sua passagem pelo Corinthians tem acumulado um triste currículo de deslealdade e violência. No ano passado, em um clássico contra o Santos no Brasileiro, já havia sido expulso por jogada semelhante. Será que seu futebol minguou e nos clássicos isso fica mais evidente? Por que não se cobra Magrão ao invés de Leandro?