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sexta-feira, agosto 03, 2007

Morre Angelo, mas quem se lembra?

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Morreu ontem o ex-jogador do Galo Angelo, aos 54 anos, de infarto fulminante.

Mais lembrado por ter sido vítima da violência de Neca e Chicão, jogadores do São Paulo que quebraram seu joelho na decisão do campeonato de 1977 e nem receberam cartão do grande (?) Arnaldo César Coelho, que hoje diz que a regra é clara, mas poderia explicar por que não expulsou alguém que pisou no joelho de outro jogador caído e se contorcendo de dor.

Mas vamos ao que interessa, o Ângelo. Minha primeira memória dele é de 1976, num campeonato mineiro. O Galo estava mal e jogaria contra o Cruzeiro, favoritíssimo. O técnico Barbatana tirou um atacante, à epoca jogava-se com 4, e escalou Ângelo com falso ponta-esquerda. O Galo ganhou de 3 a 1 e iniciou hegemonia de quase uma década nas Alterosas.

Vem, depois, na minha memória, a final de 1977, disputada em março de 1978, por demais conhecida dos futepoquenses. Desse dia, recordo o Ângelo contorcendo-se em dor, dor que seria maior de todos nós, atleticanos, ao perder , invicto, nos pênaltis, o título de um campeonato em que tínhamos feito dez pontos a mais que o segundo colocado.

O Galo foi o primeiro vice-campeão invicto. Sofri como nunca, ainda criança, talvez a maior decepção da vida, das muitas que viriam. Mas naquele dia tornei-me atleticano para sempre!

12 comentários:

Anônimo disse...

Salvo engano, o Galo é primeiro e único vice invicto. O outro time a terminar um Brasileirão sem perder foi o Inter de 1979, mas este o levantou a taça. E esse treinador Barbatana foi o que conduziu o Atlético no vice de 1977?

fredi disse...

Sim, Olavo, acho que é o único vice invicto.

Sobre o Barbatana, ele foi o técnico da final de 1977, depois de treinar as divisões de base do Galo e revelar Cerezzo, Reinaldo, Paulo Isidoro, Marcelo etc.

Na final, com Reinaldo suspenso, cometeu o erro de não escalar Marcelo e Paulo Isidoro juntos, preferindo Caio e, depois, Joãozinho Paulista (quem?).

Depois vieram os erros nos pênaltis... Foi tão injusto que depois dessa final o regulamento foi modificado e o time com o maior número de pontos passou a ter a vantagem do empate.

Anselmo disse...

reclame-se com o dirigente que aceitou as regras.

alias, o que é pior: perder o campeonato pelo regulamento ou pelo apito?

fredi disse...

Sei lá, Anselmo, mas hoje o que menos me abala neste post é ter perdido o campeonato...

Marcão disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Nenhum campeonato em que o regulamento é cumprido pode ser chamado de injusto - seja qual for o regulamento. O São Paulo tem todos os méritos pela conquista.

Marcão disse...

Grande Ângelo! Realmente, foi mais um que, fora do Rio-SP, não deram o devido valor.

Mas, quando vi o post, de relance, pensei que estava escrito Agnelo, em vez de Ângelo. Pensei: "-Ué, será que o Fredi tá escrevendo sobre o Agnelo di Lorenzo? (historiador oficial e funcionário mais antigo do São Paulo, que morreu anteontem e mereceu um minuto de silêncio antes da partida de ontem, contra o Juventude)". Com mais atenção, percebi meu engano absurdo...

Sobre a decisão de 77 (disputada em 5 de março de 78), eu tinha 4 anos e a única coisa que lembro é que meu pai fez uma pipa com o formato do distintivo do São Paulo. E eu e um amigo tiramos uma foto com a camisa do clube.

Pelo o que li mais tarde, além do regulamento esdrúxulo, da péssima arbitragem, do botinudo Chicão e das inexplicáveis suspensões de Serginho Chulapa e, principalmente, Reinaldo, outros dois fatores prejudicaram muito o Galo: a chuva, que estragou o campo e dificultou o rápido e refinado toque de bola do Atlético (favorecendo o limitado e esforçado São Paulo), e a marcação individual implacável imposta por Minelli nos principais jogadores adversários.

Dario Pereyra, que ainda era volante/ meia, grudou no citado Ângelo (o principal criador de jogadas) de tal forma que afirma ter perdido quase quatro quilos só nessa partida.

Edu Maretti disse...

me lembro de Angelo, mas não consigo me lembrar dele sem lembrar do escroto do Chicão

fredi disse...

Marcão, só uma pequena correção. O Angelo não era o principal articulador, jogava como segundo volante ou, às vezes, como falso ponta-esquerda, que voltava para ajudar na marcação no meio de campo.

Nesse time do Galo a armação começava no Cerezzo, passava pelo Marcelo (ou Paulo Isidoro) e ia para o ataque que tinha os pontas Serginho e Ziza, além de Reinaldo como centro-avante.

Claro que não na final, pois estava suspenso por causa de um cartão vermelho tomado na primeira rodada do campeonato.

Mr. Mandelbrot disse...

Acho que atleticano algum se refere a este título como "roubado" (como o de 1980), mas sempre como injusto. Coisas do regulamento injusto, tanto que mudou no ano seguinte. O Chicão sendo expulso ou não não iria mais fazer diferença, a bruxa tava solta naquele dia. E o pior é que ele ainda virou "xerife" do Galo alguns anos depois.

O Ângelo até tentou voltar, mas não deu. Jogava muita bola... o time sem ele era outro.

Unknown disse...

Sou sãopaulino. Assisti ontem ao filme Soberano, sobre as conquistas dos seis títulos brasileiros. A que mais me marcou foi a de 1977, pois começava a gostar de futebol. No entanto, acredito que esse título foi manchado por Neca, Chicão e Valdir Peres. Já que o Arnaldo não cumpriu seu papel de juiz, que seria expulsar os dementes, não ficaria nada mal que os três saíssem surrados do Mineirão.

Benedito- 92995069561 disse...

Olá! Estou tentando descobrir o nome da mulher ou dos filhos do Ângelo. Supostamente a mulher dele é prima da minha avó, q ela não vê a mais de 50 anos! Quem souber, por favor entre em contato com o meu número.