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segunda-feira, março 02, 2009

No Corinthians, pouco mudou

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Desde a última vez que escrevi sobre o Corinthians, muita coisa aconteceu, mas pouca coisa mudou de relevante. O Timão ganhou de Guaratinguetá (1 x 3) e Noroeste (2 x 0) e empatou com o Marília, ontem, por 1 a 1. Com os resultados, segue na segunda colocação, agora três pontos atrás do Palmeiras (que ainda tem um jogo a menos).

Outra coisa que se manteve em todos os compromissos foi o nível do futebol apresentado: baixo. O time erra muitos passes no meio campo e não consegue criar boas jogadas. Douglas vem melhorando devagar, mas Morais ainda não. Como esperado, Boquita não funcionou tão bem assim entrando como titular. É melhor deixar o garoto no banco antes que ele se queime como Lulinha.

Também têm constantes as boas apresentações da dupla de volantes, em particular de Elias. Tem sido o melhor jogador do Corinthians e dele dependeram as atuações do setor de meio-campo. Se vai bem e tem liberdade para apoiar, o time toca melhor a bola e cria mais. Se não, e um marasmo.

O ataque mudou de caras, mas manteve os resultados. Jorge Henrique e Dentinho estão de volta, enquanto Souza, mais recente desafeto da Fiel Torcida, está (talvez providencialmente) contundido. Contra o Marília, Dentinho e Otacílio Neto começaram no setor, que depois recebeu o reforço de Jorge Henrique, autor do gol de empate.

A variação no ataque revela outra constante: a troca de jogadores. Mano só repetiu a escalação do time da segunda para a terceira partida das dez até agora disputadas pelo Paulistão. Ontem, do time que o técnico parece tratar como titular, não saíram jogando os dois laterais, Elias, Jorge Henrique, Souza e o zagueiro-artilheiro Chicão. Fica difícil para qualquer técnico dar padrão de jogo a uma equipe que muda tanto e os bons resultados até aqui são também mérito da boa capacidade de improviso do técnico e do elenco – com uma tremenda ajuda da má qualidade geral do torneio.


Mas apesar dessas justificativas, a torcida vem perdendo a paciência com o treinador e com o time. A pré-temporada mais longa, as contratações que pareceram acertadas e a chegada de Ronaldo criaram uma expectativa muito alta sobre o desempenho do time, que não vem correspondendo em campo. Essa semana é crucial para que o time mantenha a tranqüilidade que teve até aqui. Se começar bem a Copa do Brasil (quarta-feira, contra o Itumbiara de Túlio e Denílson, em Goiás) e vencer o Palmeiras no clássico de domingo, time e técnico ganham crédito por mais um bom tempo – e, quem sabe, o empurrão que falta para engrenar de vez. Se não, podemos esperar pela primeira manchete “crise no Corinthians” do ano.

E a grana? – O Corinthians ainda não fechou nenhum patrocínio de camisa para a temporada e isso já gera problemas de caixa. Há notícias de atraso no pagamento de direitos de imagem (leia-se “salário”) de alguns jogadores. Novos boatos dizem que os três patrocínios estão fechados e estarão na camisa no clássico contra o Palmeiras. TIM e Nestlé são as cotadas para manga e calção. No peito, depois da Emirates, falam agora da Etihad Airways, também lá do Oriente Médio. A diretoria segue pedindo paciência.

3 comentários:

Glauco disse...

Quanto à Copa do Brasil, o Itumbiara é o último colocado do seu grupo no Campeonato Goiano. Na última rodada tomou uma piaba do Atlético por 4 a 0. resta saber se agora via engrenar ou afunda de vez.

Fabricio disse...

O corinthians já levou esse clássico. Sempre quando um dos dois vem pior que o outro, leva. E na minha opinião, não vejo uma diferença tão grande dos dois desde o brasileiro de 94.

Quanto ao Itumbiara, foram trocar o Basílio pelo Denilson, deu nisso.

Nicolau disse...

Tomara que deixe pra engrenar mais tarde, hehe!