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segunda-feira, março 08, 2010

'Com todo o respeito'?!??

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Tentando descobrir o que tinha acontecido na rodada do Paulistão no final de semana, sintonizei o programa Mesa Redonda, da TV Gazeta, bem no momento em que o apresentador Flávio Prado (foto) dizia o seguinte:

- Imperador da favela! Imperador da favela! E o Adriano ainda quer disputar a Copa. O Dunga não vai tomar uma providência? E a disciplina? O Ronaldinho (Gaúcho) também é baladeiro, mas é diferente, a balada dele é em Milão. A do Adriano é na favela da Chatuba! Com todo o respeito...

17 comentários:

Leandrô/Lemão! disse...

Esse Flávio Prado é um imbecil! Se acha o dono da verdade, em tudo. Com todo o respeito, mas é por isso que ele tá na Gazeta (que convenhamos, é uma merda de emissora).

Glauco disse...

Curiosamente, o Flávio Prado mudou muito sua postura depois que começou a comandar o Mesa Redonda. Adotou um estilo de personagem popularesco como faz o Chico Lang e incorporou o preconceito explícito como meio de repercutir. Só resta lamentar.

Nicolau disse...

Pois é, lembro do Flávio Prado sendo visto como um dos jornalistas esportivos sérios do país. Comentário ridículo e obviamente preconceituoso. E não conheço nenhuma das duas baladas, mas acho bastante provavel que me daria melhor na do Adriano.

Moriti disse...

"E não conheço nenhuma das duas baladas, mas acho bastante provavel que me daria melhor na do Adriano" [2]

Moriti disse...

ah, sim. faltou dizer: nojento!
como todos os preconceitos isso é nojento.

Anônimo disse...

É isso mesmo?

"Diga-me onde fazes noitada e te direi se vais à Copa?"

Aplicando o princípio da isonomia e dando sequência ao raciocínio deste profissional de imprensa (diplomado?), seria o caso de se criar um Sistema de Monitoramento de Nights dos Selecionáveis? Relatórios semanais seriam entregues ao Dunga por uma espécie de SNI dos Jogadores Baladeiros.

Afinal, onde já se viu, né? A pessoa ganha fama, enriquece e... troca Milão pelo Rio de Janeiro e continua frequentando os lugares onde cresceu e fez amigos?

Via jornalismo esportivo, a criminalização da pobreza mostra uma de suas múltiplas faces. Ódio e preconceito de classe em estado puro.

Anselmo disse...

lamentável. bem triste mesmo que alguém se preste a esse papel na TV.

além de tudo, acho que antes da lamentável separação das baladas por estrato social, tem a estigmatização aos atletas chegados num goró. Há um duplo preconceito. Menos grave, este último é até mais comum de aparecer na mídia.

Olavo Soares disse...

Peraí. Mas a questão do goró, "futepoquices" à parte, tem mais é que ser recriminada sim. O corpo é a ferramenta de trabalho desses caras. Eles não podem ficar manguaçando e caindo na balada - seja em Milão, seja na favela.

Moriti disse...

Olavo, "futepoquices à parte", e quem faz trabalhos ditos "intelectuais"? Pode cair na manguaça? Não interfere no "rendimento"?

Thalita disse...

ateh melhora o rendimento, moriti!

Nicolau disse...

Acho que a questão é se o cara cumpre sua tarefa, seja ela intelectual ou física. O cabra pode fazer o que quiser nas suas horas de folga, desde que cumpra com suas obrigações e tenha responsabilidade - diretriz que eu mesmo nem sempre consegui cumprir, hehe.

Leandro disse...

Este sujeitinho é um dos amplificadores do pensamento único da nossa enojadora burguesia, dos não negros, não pardos e não pobres deste país.
Está entre aqueles que conseguiram colocar na cabeça (oca) de um monte de gente que empresário no futebol é que é bom, que ir jogar na Europa é o máximo, seja onde for, que a Libertadores agora é mais importante que qualquer coisa desde 1870, que torcer para o Milan é o maior barato (mesmo sendo você um rapaz latino-americano) que mal foi ao bairro do Bexiga, e que jogador que não vai ao programa dele é mau caráter, maloqueiro, arruaceiro, bandido, etc, etc, etc.
Torcedor do SPFC travestido de ponte-pretano (por covardia e/ou cinismo), também está entre os maiores criadores de lendas anticorinthianas e que mais trabalham pela criminalização de tudo que se refira ao Corinthians.
Em suma, é a versão do PIG para coberturas esportivas.

Marcão disse...

Sou suspeito pra falar porque não tenho e nunca tive a menor paciência para mesas redondas esportivas. Qualquer um, mas qualquer um mesmo pode sentar ali e falar a bobagem que quiser, dá absolutamente no mesmo - e é totalmente dispensável, como os "colunistas"/palpiteiros de plantão, que planam acima do bem e do mal escrevendo um amontoado de chavões ou besteiras grossas. Mas sou obrigado a aguentar preciosos minutos da minha vida assistindo essas porcarias televisivas na desesperada ânsia de ver o que interessa: OS GOLS DA RODADA. Por isso costumo deixar a TV ligada sem som, enquanto os "jornalistas" e "comentaristas" gastam a palavra com asneiras e merchandising puro e simples. Na minha adolescência, o final do domingo era coroado pelo simples e satisfatórios Gols do Fantástico, com Léo Batista. Que saudade! O programa era só isso: todos os gols do Brasil, com a narração. Só. Pra falar besteira sobre futebol, prefiro ir ao bar e encontrar os meus amigos. E pensar que eles ganham pra isso...

Anônimo disse...

São dois bostas, cachaceiros e adulados por todo mundo. O negão tá deprê, já curar essa merda como todo mundo e depois volte para trabalhar.

Zezé Sette disse...

Marcão,
O nome do programa é Mesa Redonda da TV Gazeta. O bola na rede é da Redetv.
Eu tbem vi o programa e achei um absurdo!

Marcão disse...

Bem observado, Zezé, e já corrigido. É que essas porcarias são tão parecidas que a gente até confunde.

Maurício Ayer disse...

Eu conheci o futebol assistindo à democracia de Sócrates e Casão e tenho um limite: não consigo entender o argumento de que a manguaça prejudica o bom futebol.