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terça-feira, abril 14, 2015

Pra 'roubar' técnico alheio, que fosse Marcelo Oliveira

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Sabella, como jogador do Grêmio-RS
Enquanto Carlos Miguel Aidar prossegue soltando bravatas (vide episódio "peixada") e aguarda resposta de Alejandro Sabella até sexta-feira pra definir o novo técnico do São Paulo, o auxiliar e treinador interino Milton Cruz simboliza a improvisação e a falta de planejamento da atual diretoria sãopaulina. Caso o argentino recuse a proposta, Cruz será efetivado no cargo mesmo contra sua vontade, na base do "se não tem tu, vai tu mesmo". Sabella, que nos anos 1980 foi jogador do Grêmio-RS, trabalhou como auxiliar de Daniel Passarella em sua malfadada passagem no Corinthians, em 2005, e treinou a Argentina na Copa de 2014. Como técnico, venceu a Libertadores de 2009 com o Estudiantes de La Plata. Mas de concreto sobre a troca de comando no Morumbi, até o momento, apenas o descarte de dois nomes que têm compromisso com outros clubes: Vanderlei Luxemburgo, técnico do Flamengo, e Abel Braga, indicado por Muricy Ramalho, que diz ter acordo com um time árabe.

Ainda bem. Fora o fato de ser totalmente condenável assediar funcionários alheios, nem o "pofexô" nem Abelão me pareciam dignos de uma transação tão desesperada. Se fosse pra investir alto, pagar multa e sofrer a pecha de "roubar" técnico de outro time, na minha opinião, que fosse logo o Marcelo Oliveira! Óbvio que o bicampeão brasileiro nem de longe pensa em abandonar tudo o que construiu no Cruzeiro, mas, já que "sonhar não custa nada", que fosse ele em vez de Luxa ou Abel. Oliveira é, para mim, um dos dois melhores técnicos brasileiros, ao lado de Tite - e ambos poderiam muito bem estar treinando nossa seleção.

Milton Cruz em figurinha de 1978
Enquanto nada se decide, o auxiliar e treinador-tampão Milton Cruz se vê na - nem um pouco invejável - "sinuca de bico" de ter que classificar o São Paulo para a próxima fase da Libertadores e, logo em seguida, enfrentar o "indigesto" Santos na semifinal do Paulistão (no alçapão da Vila Belmiro e em jogo único eliminatório). A primeira "pedreira" será contra o Danubio, amanhã, em Montevidéu, com obrigação de vitória. E um detalhe curioso: pesquisando na inFernet sobre Milton Cruz, descobri que foi lá, no Uruguai, há mais de três décadas, que seu destino cruzou justamente com o do citado Marcelo Oliveira. Lá, os brasileiros jogaram juntos.

Nascido em Cubatão, Milton foi um centroavante que começou jogando em um time chamado Comercial, em Santos (cidade onde enfrentará a segunda "pedreira" desta semana, no próximo domingo). Depois de passar pelo Aliança, de São Bernardo, chegou ao juvenil do São Paulo em 1975, aos 18 anos. Na temporada seguinte, foi o artilheiro do Campeonato Paulista de Aspirantes, com oito gols, o que o credenciou a subir para o time profissional. Logo de cara, integrou o elenco tricolor que conquistou o Brasileirão de 1977, derrotando, na decisão, o Atlético-MG - onde jogava Marcelo.

Marcelo, como atacante do Atlético-MG
Mas a grande chance de Milton surgiu quando Serginho Chulapa, o maior artilheiro da História do São Paulo, pegou um ano de suspensão após ter chutado a canela de um bandeirinha. O garoto de 20 anos entrou em seu lugar e marcou 14 gols no Brasileirão de 1978. Mas Chulapa voltou no ano seguinte e Milton foi emprestado ao Dallas, dos Estados Unidos, e ao Guadalajara, do México, antes de desembarcar no Nacional do Uruguai, onde jogou entre 1980 e 1983. E foi lá que, no penúltimo ano de sua passagem, partilhou a linha de ataque com o Marcelo, dois anos mais velho. Foi jogando pelo Nacional, aliás, que os dois começaram a ser chamados como Cruz e Oliveira, pois os uruguaios costumam tratar os jogadores pelo sobrenome (veja seus nomes na reprodução de um pôster logo abaixo).

Mineiro de Pedro Leopoldo, Marcelo chegou ao Atlético-MG aos 14 anos, em 1969, e foi efetivado como profissional três anos depois pelo técnico Telê Santana, que havia levado o Galo ao título do Brasileirão de 71. O jovem atacante disputou os Jogos Pan-Americanos de 1975 e a Copa América, além das eliminatórias para a Copa da Argentina. Em 1977, era titular do Atlético-MG invicto que, nos pênaltis, perdeu a decisão do Campeonato Brasileiro para o São Paulo no Mineirão. Depois de ser vendido ao Botafogo-RJ em 1979, Marcelo comprou seu passe o alugou para o Nacional do Uruguai, em 1982 - onde jogou com Milton.

Ataque do Nacional em 1982, com Milton (centro) e Marcelo (à direita)

Depois do Nacional, Marcelo Oliveira jogou ainda por Desportiva-ES e América-MG, onde encerrou a carreira, aos 30 anos, em 1985. Como treinador, iniciou nas categorias de base do Atlético-MG, e passou por CRB, Atlético-MG, Ipatinga, Paraná, Coritiba, Vasco e, desde 2013, Cruzeiro. Já Milton Cruz jogou pelo Internacional-RS, pelos pernambucanos Sport, Catuense e Náutico, pelos japoneses Yomiuri e Nissan e pelo Botafogo-RJ, onde encerrou a carreira em 1989, aos 32 anos, como campeão carioca - título que encerrou um jejum de 21 anos do time da estrela solitária. Em 1997, Milton Cruz assumiu o posto de auxiliar técnico no São Paulo. De lá pra cá, assumiu o comando da equipe principal em 27 oportunidades - sempre como "tampão", entre um técnico e outro. Foram 13 vitórias, 6 empates e 8 derrotas. Seus maiores feitos foram um empate em 1 x 1 com o Universidad, no Chile, durante a campanha vitoriosa da Libertadores de 2005, e a vitória por 3 x 0 sobre o Red Bull Brasil, anteontem, que botou o São Paulo na semifinal do Paulistão. O futuro, a Deus pertence...

Marcelo e Milton, em 1982: 'bola dividida' dos atuais técnicos do Cruzeiro e do São Paulo

quinta-feira, outubro 02, 2014

Filho de Peixe, Peixinho é

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Há exatos 54 anos, mais um lance de efeito, no futebol, era batizado: o mergulho para cabecear uma bola, geralmente em direção ao gol, ganhava o apelido de "peixinho". No caso, o jogador conseguiu balançar as redes, e numa ocasião muito especial. Em 2 de outubro de 1960, o gol do ponta-direita Arnaldo Poffo Garcia, aos 12 minutos de jogo, foi o primeiro do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi - e decidiu por 1 x 0, a favor do São Paulo, o amistoso inaugural contra o time português do Sporting.

Peixinho mergulha e manda a bola para a rede do Sporting, na inauguração do Morumbi
 
Vista por outro ângulo, a cabeçada que batizou esse tipo de jogada com o apelido de 'peixinho'

Acontece que o jovem atleta, na época com 20 anos, era filho do ex-jogador Arnaldo Alves Garcia, conhecido como Peixe, artilheiro do Campeonato Paulista pelo Ypiranga no mesmo ano do nascimento do filho, em 1940. Por isso mesmo, ao seguir a carreira do pai, foi apelidado naturalmente como Peixinho. E, ao marcar o primeiro gol do Morumbi, de cabeça, acabou por batizar com seu apelido, involuntariamente, a jogada no jargão futebolístico brasileiro.Veja vídeo da inauguração e do lance histórico:


"Eu me lembro que o Fernando tocou para o Jonas, que cruzou. Estiquei-me inteiro para alcançar a bola, dando um verdadeiro mergulho", contou Peixinho, em 2010, para a revista oficial do São Paulo Futebol Clube. Cria das categorias de base do próprio São Paulo, o ponta-direita deixou o clube em 1961 e passou por Ferroviária, Santos, Comercial de Ribeirão Preto, Bangu, Deportivo Itália, da Venezuela, Coritiba e First Portuguese, do Canadá. Atualmente, mora em Piracicaba, interior de São Paulo.

Peixe (à esquerda) e Peixinho: pai artilheiro e filho autor de gol histórico

Na inauguração do estádio Cícero Pompeu de Toledo, o São Paulo jogou com Poy; Ademar, Gildésio e Riberto; Fernando Sátyro e Vítor; Peixinho, Jonas (Paulo), Gino Orlando, Gonçalo (Cláudio) e Canhoteiro. O técnico era Flávio Costa. Já o Sporting Lisboa disputou o amistoso com Aníbal; Lino e Hidário; Mendes, Morato e Július; Hugo, Faustino, Figueiredo (Fernando), Diego (Geo) e Seminário. O técnico era Alfredo Gonzalez.

Peixinho, o primeiro agachado, à esquerda, com o time do São Paulo no dia da inauguração

Naquela época, o São Paulo começava o período de jejum de títulos que duraria até 1970, com elencos sofríveis e poucos jogadores de destaque, numa década dominada com sobras pelo Santos de Pelé e, também, pelo Palmeiras de Ademir da Guia. Do time campeão em 1957, só restavam Poy, Riberto, Vítor, Gino e Canhoteiro (estes dois últimos já decadentes). O Sporting de Lisboa tinha sido campeão português na temporada 1957/1958 e voltaria a conquistar esse título na temporada de 1961/1962.

Cartaz da inauguração do estádio e Rogério Ceni homenageando Peixinho com uma placa


Ainda inacabado, o Morumbi foi inaugurado com a presença de 56.448 torcedores. Seria terminado somente em 1970. O recorde de público ocorreria em 9 de outubro de 1977, no segundo jogo da decisão do Campeonato Paulista, quando 146.082 pessoas viram a Ponte Preta derrotar o Corinthians por 2 a 1. Depois de reformas estruturais nos anos 1990, a capacidade caiu gradualmente, chegando aos atuais 68.000 lugares. A última partida da seleção brasileira no estádio, em 2014, contra a Sérvia, teve 63.280 pagantes.

Edição do jornal Última Hora que noticiou a vitória sãopaulina contra a equipe portuguesa

Depois do jogo contra o Sporting, o São Paulo ainda disputou outro amistoso no Morumbi, logo em seguida, em 9 de outubro de 1960. Num gesto de amizade, os "clubes co-irmãos", Corinthians, Palmeiras e Santos, decidiram ceder jogadores para reforçar o Tricolor. Mas, na vitória por 3 x 0 sobre o uruguaio Nacional, só jogaram o corintiano Almir Pernambuquinho e os palmeirenses Djalma Santos e Julinho Botelho. Escalado por Flávio Costa, a maior estrela, Pelé, contundiu-se em cima da hora e não jogou.

Almir, Djalma Santos e Julinho com a camisa do São Paulo, no amistoso contra o Nacional
O São Paulo que derrotou os uruguaios, com Julinho Botelho na ponta, no lugar de Peixinho

quinta-feira, junho 18, 2009

Sem gols no Uruguai, Palmeiras é eliminado

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No topo do Futepoca deveria estar a vitória do Corinthians na primeira partida da Copa do Brasil por 2 a 0 no Pacaembu. Mas esse não foi o único fato lamentável do meu ponto de vista da noite de quarta-feira, 17. Muito mais trágica foi a desclassificação do Palmeiras da Libertadores.

Faltaram gols no estádio Centenário de Montevidéu na partida entre Palmeiras e Nacional. Faltaram para o time brasileiro, que precisava tirar o zero do placar para avançar na Taça Libertadores. O empate em 1 a 1 conquistado pelos uruguaios no Palestra Itália dava vantagem no critério de desempate de gols marcados como visitante.

Se há um motivo para a desclassificação do Palmeiras não foi o pênalti não marcado a seu favor no fim do primeiro tempo. Obviamente, o problema foi o gol sofrido em casa. A vantagem de não precisar marcar desde que não sofresse gols foi bem administrada pelos uruguaios.



Mesmo com esse cenário, esfriar a cabeça é dureza.

Poderia ter baixado o exu forquilha em algum jogador do Verdão aos 45 do segundo tempo para achar um gol milagroso. O fato de ter mandado bolas no travessão e conseguido criar suas chances não resolve.

Para o Parmerista Conrado, Vanderlei Luxemburgo errou duas vezes. Primeiro, ao manter o esquema com três zagueiros por tempo demais precisando vencer. Depois, por tirar Willians para pôr Armero. Tendo que remar no Brasileiro, ele pede a saída do treinador.

Eu tenho trauma da última vez que o treinador esteve no time. Ou melhor, da última vez em que ele deixou o clube, em 2002. Há todo tipo de diferença entre os cenários, mas tendo a considerar que Luxemburgo provocaria mais dano ao deixar o emprego do que permanecendo nele. Talvez se inventasse (errasse) menos na escalação fosse um começo.

É triste.

sexta-feira, maio 29, 2009

Empate com o Nacional azeda a vida do Palmeiras

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O placar de 1 a 1 no Palestra Itália frustrou os torcedores do Palmeiras. Apesar de ter saído na frente diante do nacional com gol de Diego Souza, o time sofreu o empate do Nacional do Uruguai, e precisa vencer ou empatar por mais de dois gols para não se despedir da Libertadores da América.

A classificação dramática na fase de grupos e nas oitavas parece ter dado confiança excessiva ao elenco, que demorou a conseguir criar boas chances. Outra forma de ver é repetir o discurso de que o esquema tático estava errado, o que poderia ser reforçado com o fato de duas substituições terem sido feitas ainda na primeira etapa.

Foi aí que aconteceu a estreia do atacante Obina que se mostrou solícito. A produção pode ser considerado surpreendente para quem participou de dois treinos e – assumida e notoriamente – está acima do peso. Só não é mais surpreendente do que ele já ter jogado. O atacante chegou como contratação "interessante", na definição do presidente Luiz Gonzaga Belluzzo, que ainda tentou blindar o atleta, assumindo a responsabilidade por sua chegada. Marquinhos veio no começo da temporada como quem ia arrebentar e nem tanta disposição ele mostra.

Os dois atacantes foram a campo nos lugares de Fabinho Capixaba e Souza, ainda na etapa inicial. Realmente melhoraram o time, que havia entrado em um 3-5-2. Obina correu, deu carrinho e tomou amarelo. Para alguns, foi dos melhores do time, o que é assustador e ajuda a entender o resultado. Marquinhos caiu pela ponta, correu, mas segue em má fase.

Diego Souza fez o gol, aos 10 do segundo tempo. É quem pode resolver as coisas em campo, já que o camisa 9 Keirrison anda desligado demais. Cleiton Xavier continua a ter, aparentemente, mais importância de marcação do que de criação. Não necessariamente por uma questão tática, mas nem sempre ele produz jogadas ofensivas decisivas – e muito menos chutes de longa distância na forquilha – ao passo que se mostra um terceiro volante bem mais regular.

Eis aí o erro da escalação do início de jogo, deixar o camisa 10 como único responsável pela criação, já que o meia com a camisa 7 estava improvisado no ataque, como explica o Parmerista.

Vanderlei Luxemburgo desistiu de pressionar depois que o técnico do Nacional, Geraldo Pelusso, ensaiou ampliar a retranca, tirando um atacante e colocando um volante. O treinador do time da casa arrancou o apagado Keirrison para entrada do volante Jumar. Será que o 1 a 0 era tão bom para ser mantido?

O gol foi uma punição dura. Aos 35, parecia que o Palmeiras já ouvia o eco do apito final, como se achasse que tudo tinha se cumprido e bastava fazer jogo de cena. Depois, foi atacar de qualquer jeito, mas já sem resultado.

No vestiário, após o jogo, os uruguaios eram só folia. Um oxo resolve a vida deles. A dificuldade para marcar, superada apenas aos 10 da etapa final, aliada ao vacilo da defesa mostram que as coisas azedaram para o lado alviverde. As partidas contra o Colo Colo e contra o Sport foram fichinha comparado ao que ainda vem pela frente.

sábado, maio 23, 2009

O “Bombonerazzo”

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Por compromisso de trabalho estava em Montevidéu, mas não pude acompanhar a partida entre Boca Junior e Defensor pela TV. Após saber do resultado, saí para jantar e provocava a conversa com os motoristas de táxi, com os garçons e ouvia as conversas nas mesas ao lado.

Em todos, mesmo os que torcem para Peñarol ou Nacional (que fazem clássico no  domingo no estádio Centenário), a alegria estava estampada nos rostos porque a rivalidade com os argentinos é maior que as querelas clubísticas.

Houve quem disse que se havia feito história ao ganhar de 1 a 0 e desclassificar o Boca em plena Bombonera. Exageradamente, a comparação era com o Maracanazzo, a vitórias dos uruguaios sobre o Brasil em 1950, em pleno Maracanã, na final da Copa do Mundo. Aliás, em breve escreverei post aqui no Futepoca sobre como esse jogo é cultuado até hoje no Uruguai, considerada “a partida do século”.

Voltando ao “Bombonerrazzo” desta semana, o diário El País uruguaio (www.elpais.com.uy) lembra que o feito do Defensor foi a primeira derrota do Boca na Libertadores deste ano e a primeira vez que uma equipe uruguaia ganhou na Bombonera pela taça continental.
 
Sobre a crise que se abateu sobre o time argentino, vale a capa do Olé, que teve o título "No hay Defensores", em que afirma ter acabado um ciclo, do treinador Carlos Ischia e de alguns heróis de "ontem", de uma equipe que fez história. No mesmo texto fala-se, também com o exagero de uma letra de tango, que a eliminação foi o maior fracasso do time na era moderna.

Agora, é o Estudiantes de La Plata que está no caminho do Defensor. Quem faz sua aposta?

sexta-feira, maio 08, 2009

Mexicanos desistem e São Paulo passa às quartas da Libertadores sem jogar

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A cantada e decantada gripe suína vitimou os times mexicanos na Libertadores. Chivas e San Luis simplesmente desistiram da competição depois de São Paulo e Nacional do Uruguai terem enviado ofício à Conmebol se negando a disputar as oitavas no país "contaminado". Agora o Tricolor espera o adversário que virá do confronto entre Cruzeiro e Universidad do Chile. Ou seja, Cruzeiro.

Após vetar os jogos na terra de Zapata, a Confederação Sul-Americana de Futebol havia voltado atrás graças às garantiaas dadas pela Federação Mexicana de Futebol (FMF) de que a epidemia está controlada.

No ofício tricolor, segundo Uol, o clube brasileiro alegou que "o risco a que se expõem os atletas do São Paulo Futebol Clube e sua Comissão Técnica não configura mera suposição". Disse também que haveria problemas para o time voltar ao Brasil, já que teria que cumprir exigências das autoridades brasileiras, possivelmente uma quarentena. Não sabia que pessoas que voltam do México tem que passar por quarentena na volta ao Brasil. Talvez nem as autoridades sanitárias brasileiras saibam... A argumentação poderia ser melhorzinha, diretoria sãopaulina.

Depois que provocações baratas e bairristas fizeram um jogador mexicano tossir em um rival, parece que a tal gripe reforça mesmo preconceitos. Sarkozy chegou a sugerir que se proibissem voos da União Europeia para o México e o vice-ministro da Saúde de Israel, para evitar citar a denominação "suína" (o porco é considerado um animal impuro no judaísmo), sugeriu que a doença mudasse de nome para "gripe mexicana", parece que os hermanos da América do Norte vão sofrer mais com a discriminação do que com a doença em si.

Perguntar não ofende: porque ninguém sugere suspensão de voos e quetais para os EUA, já que comprovadamente diversos casos da doença na Europa - e um no Brasil - foram trazidos por gente que foi pra terra do tio Sam?

Atualização, 19h12: a Conmebol quer que a disputa das oitavas seja feita em partida única, nas casas de São Paulo e Nacional. Os mexicanos já avisaram que não topam, mas reviravoltas podem vir, já que esse imbróglio já teve inúmeras idas e vindas.

quinta-feira, maio 08, 2008

Maracanazo

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globo.com

E o Flamengo me fez queimar a língua. Depois da vitória fora de casa sobre o América do México por 4 a 2, no jogo de ida das oitavas de final da Libertadores, eu escrevi (perdão pelo personalismo) que a possibilidade do rubro-negro perder a vaga era a mesma do Atlético-MG ganhar do Cruzeiro na final do estadual. Afinal, o clima era perfeito: Maracanã lotado, jogo de despedida do idolatrado Papai Joel, possibilidade de perder por 2 a 0 e ainda assim classificar.

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Mas não é que o time conseguiu a façanha de ser eliminado? (Só faltou ser contra um time uruguaio para completar o clima de Maracanazo). Não vi o jogo, óbvio, mas não dá para pensar em outra possibilidade que não uma afinada geral. Que time faz 4 fora de casa e nem umzinho na volta? Ou seria a presença do Caio Jr. que inspirou o pessoal a fazer como o Goiás na Copa do Brasil? Ou foi salto alto? Os torcedores não quiseram saber e apedrejaram o ônibus da delegação na saída do estádio.

O fato é que o time, favorito, caiu, e o pessoal do Rio deve estar se perguntando até agora o que foi que aconteceu. (Para isso, leia o pessoal do parceiro BláBláGol)
globo.com
Nos outros jogos, aconteceu o previsto. Apesar de ter uma esperançazinha no Cruzeiro, o Boca era favorito e mostrou isso no Mineirão. Venceu por 2 a 1, mesmo placar do jogo de ida, e eliminou a Raposa. Foi justo, fazer o que?
Rubens Chiri/SPFC
Já o São Paulo sofreu um pouco, mas jogou o suficiente para passar do Nacional do Uruguai, por 2 a 0. Adriano marcou o primeiro e Dagoberto, já no final do segundo tempo, desencantou e fechou o jogo. O que me deixou feliz é ver que a defesa está cada vez mais parecida com a do Campeonato Brasileiro do ano passado. Assim, o Tricolor tem alguma chance contra o Fluminense, que já havia despachado o Atlético Nacional na terça. Vai ser um baita confronto!