Relembrando a marchinha de Braguinha "Touradas em Madrid", cantada pelo Trio Irakitan em cena do filme "Garota Enxuta", do diretor iugoslavo J B Tanko que dirigiu desde filmes quase eróticos até películas dos Trapalhões como o imortal Saltimbancos Trapalhões.
Com aplicação, categoria e sorte, Brasil faz 3 a 0 e põe a Fúria pra dançar em clima de Libertadores
Foi o encontro de duas culturas futebolísticas. A Espanha trouxe seu toque de bola, sua técnica, sua elegância, como se jogasse uma partida da primeira fase da milionária Champions League. O Brasil a recebeu em clima de Libertadores: marcou, correu, pegou e meteu 3 a 0 sem deixar os espanhóis respirarem um minuto. O desempenho coletivo do time de Felipão foi irrepreensível, especialmente ao marcar a saída de bola. Foi também um dia em que tudo deu certo para o Brasil – e errado para a Espanha.
O primeiro gol aos dois minutos é prova dessa maré positiva. Marcelo dá um belo lançamento para Hulk na ponta direita. Ele recebe, tenta uma jogada e erra. Ela bate no pé de um espanhol e sobra para Oscar, que devolve. Hulk cruza meio mal na direção de Fred e Neymar. Um bate e rebate meio estranho, a bola bate na mão de Busquets e se oferece para Fred, já deitado, achar um chute e abrir o placar. Uma sequência de eventos complicada, mas que fez jus e reforçou a apresentação da seleção.
O gol e a vontade dos brasileiros parecem ter desestabilizado a Espanha, que não achou seu jogo em momento algum da partida. Como consolo, podem falar da posse de bola, que mesmo nesse jogo adverso foi maior.
Goleiro italiano rouba a cena em partida equilibrada. Pelo lado uruguaio, Cavani marcou os dois e foi o destaque
por Nicolau Soares
Itália e Uruguai fizeram uma boa preliminar para a esperada final entre Brasil e Espanha. Jogando no calor de Salvador, os italianos resistiram bravamente ao cansaço depois de duas prorrogações em quatro dias e levaram o terceiro lugar nos pênaltis, com três defesas do impressionante Buffon.
Azzurra e Celeste matizaram um futebol semelhante, priorizando a marcação forte e buscando a saída rápida para o contra-ataque. A diferença crucial está no meio de campo: enquanto a Itália, mesmo entre os reservas, tem jogadores de bom toque de bola, como Montolivo e De Rossi, a meia cancha uruguaia é composta de três volantes sem muita criatividade. Mesmo Cristian Rodríguez, em tese o armador central, limita-se a marcar e pouco se aproxima do bom trio de frente.
Ganhar o título da Copa das Confederações sobre a Espanha é o sonho de todo brasileiro, mas não significa que nossa seleção vai bem
Por Marcão Palhares
Quase 63 anos depois, as seleções de Brasil e Espanha se reencontram no estádio do Maracanã. Naquele 13 de julho de 1950, a acachapante goleada por 6 a 1 deu a (falsa) impressão, para todos os brasileiros, de que o título da Copa do Mundo não iria nos escapar. A euforia e o “salto alto” cobraram seu preço na decisão, perdida em casa para o Uruguai.
Agora, sentimentos ambíguos movimentam os torcedores. Por um lado, todos querem uma vitória sobre a Espanha, atual campeã mundial e bicampeã européia e considerada, de fato e de direito, a melhor do mundo. Porém, o título da Copa dos Confederações pode dar uma ilusão muito perigosa sobre as reais possibilidades do Brasil na Copa que sediará em 2014.
Azzurra chega com pelo menos sete desfalques para decisão do terceiro lugar, enquanto Uruguai faz treinos secretos
por Thalita Pires
Com níveis de motivação bem diferentes, Itália e Uruguai se enfrentam nesse domingo, às 13h, em Salvador, na decisão do terceiro lugar da Copa das Confederações. Depois de uma semifinal de 120 minutos, a seleção italiana deverá ser, em sua maior parte, reserva. O Uruguai, por sua vez, está confiante na possibilidade de vencer os italianos por conta do tempo maior de descanso desde a derrota para o Brasil.
Além de Balotelli e Abate, que não jogaram contra a Espanha e já estão de volta à Itália, o time não contará com Pirlo, muito desgastado, e Barzagli, com dores no calcanhar. De Rossi, Marchisio e Chiellini ainda serão avaliados pelo departamento médico. Até o goleiro Buffon pode entrar na lista dos desfalques. O técnico Cesare Prandelli cogita dar um descanso ao goleiro. Prandelli, aliás, chegou a declarar que a decisão de terceiro lugar, em uma competição com apenas oito times, deveria ser repensada pela FIFA.
Pênalti claro de Nilton Santos foi marcado como falta fora da área, em 1962, e juiz ignorou bola que pingou dentro da meta de Carlos após chute de Michel, em 1986
Por Marcão Palhares
Brasil e Espanha são os únicos países que venceram uma Copa do Mundo fora de seu continente, em 1958 (Suécia), 2002 (Japão e Coreia) e em 2010 (na África do Sul). E a seleção espanhola é uma das que mais nos enfrentaram em jogos de mundiais: cinco vezes – apenas duas vezes menos do que nossa adversária mais frequente, a Suécia (sete jogos), e o mesmo número de confrontos que tivemos em Copas contra a Itália, por exemplo.
O primeiro jogo contra os espanhóis, em 1934, selou a eliminação mais precoce do Brasil em uma Copa do Mundo. Muito por culpa da preparação mambembe, pois a então Confederação Brasileira de Desportos (CBD) estava em pé de guerra com as federações de futebol de alguns estados, como São Paulo (o Palestra Itália, hoje Palmeiras, escondeu seus jogadores em uma fazenda, sob escolta), e levou à Copa basicamente atletas de times cariocas. Além disso, os brasileiros perderam a forma física nas duas longas semanas de duração da viagem de navio até a Itália.
E o amadorismo também marcava o próprio evento: com a desistência do Peru, o Brasil nem disputou o confronto único do grupo 2 e passou direto para as oitavas-de-final. Foi quando enfrentou a Espanha e perdeu por 3 a 1, voltando pra casa após a disputa de uma solitária partida.
‘Tourada’ no Maracanã
O jogo seguinte entre as duas seleções seria o mais emblemático da história. Em 1950, no Maracanã, os brasileiros golearam por 6 a 1, enquanto pouco mais de 150 mil torcedores riam e entoavam em côro “Touradas em Madri”, do compositor João de Barro, o “Braguinha” – “Eu fui às touradas em Madri/ Parará-tim-bum!/ Bum-bum!”. Ademir de Menezes (dois gols), Chico (mais dois), Zizinho e Jair Rosa Pinto destroçaram o adversário.
Já a partida mais insossa ocorreu na fase de grupos da Copa da Argentina, em 1978, um sonolento zero a zero em que o zagueiro brasileiro Amaral defendeu um gol certo da Espanha em cima da linha. Quanto aos dois confrontos restantes, entramos aqui no assunto principal desse texto: os erros de arbitragem. E, em ambas as vezes, favoráveis ao Brasil.
O primeiro erro – e mais gritante – ocorreu em 1962, na Copa do Chile. Na fase de Grupos, enfrentamos a Espanha no grupo C. O nosso adversário tinha dois dos maiores astros do Real Madrid, pentacampeão da Liga dos Campeões europeia, entre 1956 e 1960: o ponta-esquerda Gento e o atacante húngaro – naturalizado espanhol – Puskás, um dos gênios do futebol em todos os tempos. O Brasil tomou grande sufoco e, no fim do primeiro tempo, já perdia por 1 a 0, gol de Rodríguez.
Passinho esperto
Pouco depois, Collar invadiu a área pela direita e foi derrubado por Nilton Santos. O próprio lateral-esquerdo brasileiro reconheceria, depois, que um placar de 2 a 0 dificilmente seria revertido por nós. Mas, na malandragem, Nilton deu um passo à frente e o juiz chileno Sergio Bustamante marcou falta fora da área (!). Pior: após a cobrança da falta, Puskás fez um gol de bicicleta e Bustamante anulou, alegando um duvidoso “jogo perigoso”.
No segundo tempo, com dois gols de Amarildo (que debutava como titular da seleção, após a contusão que tirou Pelé da Copa), o Brasil virou o jogo.
Pingou dentro
Vinte e quatro anos depois, no México, a seleção canarinho estrearia no grupo D justamente contra a Espanha. No início do segundo tempo, no rebote de uma cobrança de escanteio, o espanhol Michel matou a bola no peito e mandou um petardo. Após bater no travessão, a bola pingou dentro do gol de Carlos.
Só que, mais uma vez, a arbitragem ajudou: o juiz australiano Christopher Bambridge não marcou o gol. Minutos mais tarde, Sócrates fez de cabeça o tento solitário que selou nossa vitória.
No próximo domingo, talvez não tenhamos tanta camaradagem. Mas, se o histórico de confrontos vale alguma coisa, podemos nos animar. Somando os cinco jogos em Copas com três amistosos, temos, no total de 8 jogos, 4 vitórias e só 2 derrotas. Façam suas apostas!
Fichas técnicas
Espanha 1 x 2 Brasil
Data: 06/06/1962. Local: Estadio Sausalito (Viña del Mar). Árbitro: Sergio Bustamante (Chile).
Gols: Rodríguez (35’), Amarildo (72’) e Amarildo (86’). Espanha: Araguistain; Rodri, Rodríguez e Gracia; Verges, Etxeberria e Pérez; Collar, Peiró, Puskás e Gento. Técnico: Helenio Herrera. Brasil: Gilmar; Djalma Santos, Mauro, Zózimo e Nilton Santos; Zito, Garrincha, Didi, Vavá, Amarildo e Zagallo. Técnico: Aymoré Moreira. Brasil 1 x 0 Espanha
Data: 01/06/1986. Local: Estádio Jalisco (Guadalajara). Árbitro: Christopher Bambridge (Austrália).
Gol: Sócrates (61’). Brasil: Carlos; Edson, Júlio César, Edinho e Branco; Alemão, Elzo, Júnior (Falcão) e Sócrates; Careca e Casagrande (Muller). Técnico: Telê Santana. Espanha: Zubizarreta; Tomás, Goicoechea, Maceda e Camacho; Michel, Muñoz, Francisco (Señor) e Julio Alberto; Salinas e Butragueño. Técnico: Miguel Muñoz.
Itália cria dificuldades para espanhóis, mas não consegue superar a Fúria
Por Thalita Pires
A partida entre Espanha e Itália começou da maneira
que todo mundo imaginava. Os atuais campeões europeus e mundiais
dominaram amplamente a posse de bola e envolveram o time italiano com
seu toque de bola. O que ninguém previa era que, mesmo nesse cenário, o
ataque italiano fosse muito mais perigoso que o espanhol. Aos poucos, o
panorama da partida foi mudando. A Espanha adaptou-se à marcação
italiana e mudou sua forma de jogar. Passou a usar as laterais e abusou
dos cruzamentos na área, atordoando a defesa italiana. Se no primeiro
tempo o placar das finalizações foi de 9 a 2 para a Azzurra, ao final do
jogo a Espanha tinha 19, contra 13 da Itália.
Mas a relativa abundância de chutes a gol não conseguiu vencer os
goleiros e a falta de mira. Em 120 minutos, o placar não saiu do zero e a
partida foi decidida nos pênaltis. A Espanha venceu por 7 a 6 e se
classificou para a final com o Brasil. No tira-teima da final da Euro
2012 a Itália mostrou mais qualidade, mas não a ponto de superar os
espanhóis.
Times repetem decisão da Eurocopa e lidam com diferentes problemas extra-campo
Por Thalita Pires
Hoje, às 16h, Fortaleza recebe a partida entre Itália e Espanha, a segunda semifinal da Copa das Confederações. Naquele que é um repeteco da final da Eurocopa, os times terão uma preocupação a mais: o calor. As duas delegações já reclamaram das altas temperaturas e da alta umidade do ar no Nordeste. No jogo contra o Japão, no Recife, a Itália atribuiu uma parte da culpa pela partida ruim ao clima. Contra o Uruguai, na mesma cidade, a Espanha tirou o pé no segundo tempo.
Para a partida de hoje, a Itália tem mais com o que se preocupar. O time perdeu o atacante Balotelli, contundido no jogo contra o Brasil. Além disso, a Azzurra precisa provar que tem futebol para bater o time de Iniesta, que desde 2010 domina o futebol mundial.
Em jogo tecnicamente fraco, seleção vence Uruguai por 2 a 1 com direito a defesa de pênalti
Por Thalita Pires
Em jogo mais disputado do que técnico, o Brasil venceu o Uruguai por 2 a 1 na primeira semifinal da Copa das Confederações. Mais eficiente no ataque, a seleção evitou um vexaminoso ‘Mineirazo’ e agora espera o ganhador de Espanha e Itália.
A seleção brasileira não teve êxito em realizar a blitz que vinha garantindo gols no início das partidas nesta Copa das Confederações. O Uruguai soube segurar a pressão, e em vez de ser atacado, acabou pressionando mais.
Enquanto o Brasil tinha dificuldade na saída de bola, o time celeste atacava e, logo aos 12, teve a chance de abrir o placar. Em lance de escanteio, David Luiz quase arrancou a camisa de Lugano dentro da área. Pênalti e cartão amarelo para o zagueiro brasileiro. Na cobrança, no entanto, Forlán chutou mal e Julio César, adiantado, realizou a defesa.
O jornalista Andrés Reyes, autor de um livro que pretender ser o ‘guia ideal para compreender o futebol mais incompreensível do mundo’, fala sobre o momento atual da Celeste
Por Glauco Faria
"Inequivocamente o [futebol] com maior densidade de futebolistas profissionais bem sucedidos e Copas ganhas por habitante”. É assim que o jornalista Andrés Reyes define o futebol de seu país no livro El Propio Fútbol Uruguayo – Una guía ideal para coprender el fútbol más incomprensible del mundo, ainda sem edição em português. “A única coisa que nos faz diferentes é que nossos pequenos recebem uma bola antes de aprender a caminhar”, sugere, tentando explicar o sucesso celeste no mundo da bola.
Mas se engana quem acha que se trata de um livro laudatório. Com um texto bem humorado, Reyes trata o futebol de seu país de forma bastante sarcástica por vezes, criticando sua organização e mesmo fazendo ressalvas a conquistas importantes como o quarto lugar na Copa de 2010, lembrando que a seleção enfrentou nas oitavas e quartas de final adversários que ele considera mais fracos, Coreia do Sul e Gana. Nada parecido com o que se vê em parte da mídia brasileira em relação à seleção...
Na entrevista abaixo, concedida por e-mail, o jornalista fala sobre a história da seleção e do atual momento da equipe, comenta a respeito de jogadores conterrâneos seus que foram ídolos por aqui, como Rodolfo Rodríguez e Lugano, e também dá seus pitacos sobre a bola que rola no Brasil, ressaltando que o futebol daqui pouco chega a seu país. “São transmitidas ao vivo para o Uruguai todas as partidas na Argentina, Espanha, Inglaterra e Itália. As pessoas mais ou menos sabem que na Argentina foi campeão o Newell's; na Espanha, o Barcelona; na Inglaterra, o Manchester; na Itália, a Juventus. Mas não se tem muito claro quem ganhou os estaduais, nem o último Brasileirão.”
Nigéria bem que criou oportunidades, mas pagou o preço da ineficiência diante da implacável Fúria
Por Mauricio Ayer
As chances de classificação da Nigéria eram mínimas, já que o seu rival Uruguai estava diante do saco de pancada Taiti. Sua única opção era ir pra cima dos atuais campeões da Europa e do mundo. E foi o que fez durante todo o primeiro tempo e grande parte do segundo.
Já a Espanha entrou em campo em situação de grande tranquilidade, e ligou o automático depois que abriu o placar com menos de 5 minutos, com o lateral Jordi Alba. Ou seja, pôs o jogo no seu default, com forte predomínio da posse de bola, movimentação acentuada no meio campo e enfiadas de qualidade para os atacantes que de repente escapam da marcação e se colocam em situação de gol.
Atrás no placar, a Nigéria não se intimidou. Explorou muito a subida dos alas Ambrose e Echiejile, e criou oportunidades claras, que poderiam, ou melhor, deveriam ter sido convertidas. Faltou sangue frio? Faltou categoria? Seja lá qual for a explicação, a Nigéria não conseguiu equilibrar a partida mais por sua incompetência nas situações agudas de jogo do que por uma grande superioridade demonstrada em campo pela Espanha. Continue lendo aqui
Reservas uruguaios não têm dó dos taitianos, voltam a golear depois de 18 jogos e se preparam para pegar o Brasil
O técnico do Uruguai do Óscar Tabárez repetiu o espanhol Vicente Del Bosque e escalou onze reservas para enfrentar o Taiti. Muita confiança? Não, só a lógica.
Quem resolveu ir à cozinha e abrir a geladeira deve ter perdido o primeiro tento de nossos vizinhos. Abel Hernández, atacante do Palermo, marcou após cobrança de escanteio, aos 2 minutos. Contudo, assim como na partida contra a Espanha, demorou para o Taiti sofrer o segundo, apesar do amplo domínio rival. Aos 23, novamente Hernández fez, após aplicar um balão em Jonathan Tehau, fazendo um belo gol.
Pouco tempo depois, aos 26, a já famosa linha de impedimento taitiana fez das suas e Diego Pérez cabeceou na trave, mas ficou com a sobra e fez o terceiro gol celeste.
O bravo Taiti, porém, não desistiu. A equipe da Oceania, aliás, contava com a simpatia dos presentes na Arena Pernambuco e tinha até uma torcida organizada. Torcedores do Íbis, do interior pernambucano, que gosta de ostentar a fama de “pior time do mundo”, se juntaram na “Taitíbis” para juntos esperarem o imponderável. Que, aliás, quase aconteceu após Chong Hue carregar a bola pela esquerda, tirar o goleiro Martin Silva do lance, mas sair pela linha de fundo com bola e tudo. Continue lendo aqui
Nigéria depende de dois resultados quase milagrosos para avançar na Copa das Confederações
Em meio ao clima quente de protestos em Salvador - dois micro-ônibus da Fifa foram apedrejados no bairro do Campo Grande - Uruguai e Nigéria fizeram o duelo que valia a segunda vaga do grupo B da Copa das Confederações. A não ser, claro, que o Taiti proporcione a maior zebra da história recente do futebol mundial na peleja contra o Uruguai, no domingo.
Os 15 primeiros minutos foram de pressão uruguaia. A novidade na equipe foi a escalação do atacante Forlán, do Internacional, que estava no banco de reservas na estreia contra a Espanha. E foi em um lance do atacante que saiu o primeiro gol celeste. Após cobrança de escanteio, a bola sobrou para ele, que cruzou para a área e contou com duas furadas para que a bola chegasse em Lugano, que não desperdiçou, aos 19.
Seleção da Oceania conta com apoio da torcida, mas não resiste aos reservas da Espanha e perde por 10 a 0
O sonho taitiano durou por algum tempo. Para ser mais
preciso, 26 minutos, tempo decorrido entre o primeiro gol da Espanha,
marcado por Fernando Torres aos 5 minutos de partida, e o segundo, aos
31, de David Silva. A resistência da seleção da Oceania empolgou a
torcida presente no Maracanã, que exerceu livremente o seu direito de
secar o (muito) mais forte. Mas não foi suficiente.
Nos oito minutos seguintes ao segundo tento espanhol,
mais dois gols, outro de Torres e um de David Villa. Virou goleada mais
tarde até do que se esperava, mas virou. Pode-se culpar a linha de
impedimento do Taiti, que facilitou bastante o serviço do ataque
europeu, mas como a mesma linha funcionava tão bem para a Espanha? Não é
tática, é técnica. E mais algumas dezenas de anos de tradição de um,
contra quase nada de outro, além de um sem número de fatores que não
caberiam nesse texto.
Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evento.
Cheia de reviravoltas, partida teve sete
gols e terminou com a vitória dos favoritos, para decepção do
público pernambucano
Por Mauricio Ayer
Quem sentou para assistir Japão e Itália
esperando a simples confirmação do favoritismo do tetracampeão
mundial ficou desorientado. A equipe japonesa não tomou conhecimento
do protocolo e tomou a iniciativa da partida, sob a inteligente e
ousada liderança de Kagawa. O camisa 10 arriscou dribles, cadenciou
o jogo e distribuiu a bola no setor esquerdo. A primeira jogada
perigosa saiu de seus pés, num cruzamento para a cabeçada de Maeda,
que saiu fraca para as mãos de Buffon.
Pouco depois, Honda entrou livre e foi atingido
pelo goleiro italiano. O próprio Honda bateu o pênalti e converteu.
O que parecia ser uma surpresa foi ganhando consistência dentro de
campo no volume de jogo japonês.
A equipe asiática armou um
ataque em arco à frente da grande área, fazendo a bola circular com
rapidez, buscando o melhor momento para o bote. Não tardou a surgir
uma nova oportunidade e, num rebote, o meio-campo japonês colocou na
área, Kagawa pivoteou em cima da zaga italiana e virou para chutar
no canto, para delírio da Arena Pernambuco, que a essa altura era
100% nipônica.
Com belo gol e assistência sinuosa, o camisa 10
liderou o Brasil na vitória sobre a equipe mexicana
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Mesmo antes do início do jogo entre
Brasil e México, o clima já era quente no Castelão. A manifestação
realizada no entorno do estádio, em Fortaleza, durou pouco mais de
quatro horas e reuniu cerca de 15 mil ativistas que protestaram
contra os gastos públicos com a Copa das Confederações. A Polícia
Militar cearense reprimiu com bombas de gás um grupo de
manifestantes que tentou furar o bloqueio estabelecido para demarcar
o protesto, Houve tumulto.
Em campo, o Brasil começou arrasador. Com trocas
rápidas de passes e grande volume de jogo, a equipe de Felipão
chegou ao gol aos 9 minutos. Daniel Alves fez o cruzamento e o
defensor Rodríguez fez um corte parcial. A bola acabou sobrando para
Neymar, que finalizou de primeira, fazendo mais um belo gol no
torneio.
Há momentos em que boas explicações sobre o mundo surgem de onde menos se espera. Em meio à onda de protestos de segunda-feira (17), diversos jogadores de futebol manifestaram-se em seus perfis no Twitter apoiando as manifestações. Atletas de outras modalidades também participaram.
Uma delas é especialmente curiosa, a do corintiano Paulo André, que sugeriu: "Esse é o legado da Copa? Gostei!"
Se é ou não o legado, fica para o leitor responder – ou para o arqueólogo do futuro, para homenagear uma série que deixou saudades.
Ainda mais entusiasmado foi Juninho Pernambucano, o meia (ou seria terceiro volante) que era o 12º jogador da seleção de Carlos Alberto Parreira, em 2006, foi além. Dos Estados Unidos, onde defende o Nova York Red Bulls, ele deu a linha: "Uma sugestão seria neste jogo contra o México todos cantarem o hino de costas para a bandeira e assim mostrariam que eles entendem que o futebol não é mais importante que o povo brasileiro", afirmou o jogador.
Segundo a agência EFE, o protesto "seria um gesto de solidariedade em um momento de esperança numa real mudança" e "não tiraria de nenhuma maneira o foco da partida, nem influenciaria a atuação da equipe".
Na seleção extraída pelo Blog da Redação do UOL Esportes, outros boleiros palpitaram. Confira outros comentários menos ou mais perspicazes.
Robinho - @oficialrobinho
Todo mundo na luta por um Brasil melhor !!!!!!!
Daniel Alves - @DaniAlvesD2
"Ordem e Progresso" sem violência por um brasil melhor por um brasil em paz por um brasil educado por…
Ebert Amancio - @Betao03
Queria saber o q as pessoas que estão no "comando" do Brasil, estão achando de tudo isso. Se estão temerosos ou nem ligando! #forçabrasil.
William Machado - @WilliamCapita
Vamos todos para as ruas, sem violência, mas demonstrar nossa insatisfação com essa política e esse políticos q ñ representam nossos anseios.
Edmilson de Moraes - @Edmil5onOficial
Manifestações sim. Mais sem violência.
Dante Bonfim Costa - @dante_bonfim
Vamos juntos Brasil , amo meu povo e sempre apoiarei vcs.
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Time da Oceania leva seis mas marca primeiro gol em competições oficiais fora de seu país
Por Thalita Pires
E o Taiti vai ao delírio!
Com a tranquilidade de que não tem absolutamente nada a provar nessa Copa das Confederações, a seleção do Taiti levou de seis da Nigéria e ainda saiu feliz de campo. O time não apenas fez sua estreia em competições de porte, como conseguiu um feito inesperado: um gol contra os campeões africanos, marcado pelo zagueiro Tehau.
O resultado era esperado até pela raiz do gramado do esvaziado Mineirão. Mesmo assim, os pouco mais de 20 mil torcedores que compareceram fizeram questão de apoiar o time mais fraco em todos os momentos.
A Nigéria, que não tem nada com o amadorismo quase completo do time do Taiti, começou a construiu sua vitória ainda no início do jogo. Aos 4 minutos, Echiejile chutou de longe, a bola desviou em dois jogadores e matou o goleiro Samin. Aos 9, Oduamadi aproveitou a bobeada da defesa taitiana, driblou dois defensores e tocou na saída de Samin para marcar o segundo. Aos 25, Oduamadi marcou novamente, dessa vez ajudado pelo goleiro Samin, que soltou uma bola fácil nos pés do atacante.
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Sul-americanos praticamente
não vêm a bola nos mais de 90 minutos. Único chute certo a gol foi a falta batida por Suárez aos 43 do segundo tempo
Quem duela com os espanhois?
Por Frédi Vasconcelos
Números em futebol não costumam
representar muita coisa, mas, no caso da Espanha, os mais de 80% de
posse de bola nos primeiros 5 minutos mostravam que o Uruguai
continuaria sem conhecer a Arena Pernambuco ou pelo menos não seria
apresentado à bola oficial tão cedo. Parecia a disputa de um time
profissional contra os peladeiros do bairro. Para ter ideia, o primeiro
ataque do Uruguai só aconteceu aos 16 minutos, e sem perigo nenhum.
Enquanto isso a Espanha já chutara bola na trave,
furara em cruzamento com o jogador cara a cara com o goleiro
adversário... Até chegar ao gol perto dos 20 minutos num pancada de
Pedro de fora da área, que desvia em Lugano e engana o goleiro Muslera.
E, depois, a partida continua sem o Uruguai conseguir trocar mais de
três passes ou passar do meio de campo. Até que aos 32 minutos Fábregas
dá assistência para Soldado sem marcação dentro da área, que fuzila o
goleiro.
Para a cobertura da Copa das Confederações, o Futepoca está realizando uma parceria com a Rede Brasil Atual com a edição do blogue Copa na Rede. Acompanhe por lá nossos posts sobre o evenvo.
Por Nicolau Soares
Italianos mostraram um meio de campo muito coeso, comandado por Pirlo, e um ataque dependente da força de Mario Balotelli
Pirlo, maestro do meio-campo italiano, cobra a falta que abriu o placar contra o México
A Itália venceu o México por 2 a 1 no primeiro jogo
deste domingo (16) e começou a desenhar o quadro de forças do grupo
brasileiro da primeira fase da Copa das Confederações. Os italianos
mostraram um meio de campo muito coeso, comandado por Pirlo, e um ataque
dependente da força de Mario Balotelli. Já o México pareceu não ter
muito o que mostrar.
A Azurra controlou o jogo desde o início, com toque de bola e
marcação bem armada no meio-campo formado por Montolivo, De Rossi e,
principalmente, Pirlo. É ele quem comanda o ritmo do time, com visão de
jogo e passe de qualidade rara. As jogadas foram surgindo, mas paravam
na falta de contundência ofensiva do time, exceto quando caíam nos pés
de Balotelli, que chuta tudo que é bola que vê pela frente para o gol.
Em geral, com perigo.
Do lado mexicano, um jogo muito travado, sem criatividade. A linha de
quatro jogadores no meio formada por Zavala, Torrado, Guardado e Aquino
mostrou pouca movimentação. Apenas Giovanni dos Santos e Chicharrito
Hernández levaram algum perigo.
Nessa toada, o controle da Itália só se manifestou no placar com uma
bola parada. Pirlo cobrou com perfeição aos 26 minutos e mandou a bola
no ângulo direito de Corona, que no meio do pulo até desistiu de tentar
pegar. O gol coroou a bela atuação do volante, que fez seu centésimo
jogo pela seleção italiana.