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quarta-feira, dezembro 09, 2015

Muito simbólico também

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Ricardo Teixeira, Juvêncio e José Serra: Copa no Morumbi esfarelou-se
Outro dia observei aqui como foi simbólica a sova de 6 a 1 dada pelo Corinthians (ou melhor, os reservas do Corinthians) no São Paulo, fazendo um paralelo sobre a impressionante recuperação e reestruturação alvinegra, de 2008 pra cá, em contraposição à ainda mais impressionante e retumbante derrocada sãopaulina no mesmo período. Um saiu da Série B, ganhou o Brasil, o continente e o mundo, inaugurou um moderno estádio, que foi sede de abertura de Copa do Mundo, multiplicou suas fontes de renda (e sua torcida) e contempla uma sólida hegemonia estadual e nacional dentro de campo, nos próximos anos. O outro saiu do tricampeonato da Libertadores, do Mundial de Clubes e do Brasileiro, da perspectiva de sediar a abertura da Copa e de reformar seu estádio, da estabilidade de três anos de um técnico e das promessas das categorias de base para o jejum de títulos, a perda da Copa e do patrocinador master, o abandono do projeto para o Morumbi, a insolvência financeira, atraso de salários, lavação de roupa suja e porrada entre dirigentes em público e, mais do que tudo, para uma interminável série de surras e vexames dentro de campo.

Foi o 'soberano' Juvêncio quem elegeu presidente Carlos Miguel Aidar
Como já listei aqui, a maior responsabilidade por esse esfarelamento institucional sem precedentes, por esse verdadeiro caso de estudo que foi o que ocorreu com o São Paulo num curto prazo de sete anos, cabe ao ex-presidente Juvenal Juvêncio. Que morreu hoje, de câncer, na capital paulista. Como é, no mínimo, covardia ofender um falecido, que não pode mais se defender, não vou repetir e repisar a série inacreditável de decisões desastrosas que ele tomou quando dirigia o clube - e que, como disse, tiveram consequência direta na lamentável situação atual. Mas é muito simbólico, também, que, no momento em que o time termina mais uma temporada bem abaixo dos maiores rivais, sendo eliminado duas vezes pelo Santos (nas semifinais do Paulistão e da Copa do Brasil) e goleado impiedosamente pelo Palmeiras (3 x 0 no Paulista e 4 x 0 no Brasileiro) e pelo Corinthians (o já citado 6 x 1), que aquele São Paulo "soberano" bravateado (de forma muito infeliz) por Juvêncio esteja hoje inegavelmente morto. Como o dirigente. É o fim de uma fase, de uma mentalidade baseada na arrogância, na empáfia, no egocentrismo, na soberba, na "soberania".

Descanse em paz, Juvenal. Que, depois de você (e do Carlos Miguel Aidar, que você elegeu - lembrem-se disso!), precisará ser reconstruído totalmente. Das cinzas. Amém.


terça-feira, outubro 06, 2015

Uma verdadeira casa de noca

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Chico Lang: falou pouco, mas falou bonito
Domingo, parei por um instante no "Mesa Redonda", da TV Gazeta, ao ver que ali estava o treinador Emerson Leão, sumido há algum tempo em seu "ano sabático" (ou melhor, três anos sabáticos...). Falavam, naquele momento, sobre o São Paulo. E, pela primeira vez na vida, ouvi o Chico Lang dizer alguma coisa absolutamente inegável e verdadeira (os grifos são meus):

- Quem é Juan Carlos Osorio pra mandar o São Paulo esperar até quarta-feira pra dizer se vai ou fica? Quem é maior: o São Paulo Futebol Clube ou ele? Se o cara não garante que vai ficar, então a diretoria tem que mandar embora no ato, não tem que esperar nada. Como dizia a minha avó, quem muito se abaixa fica com o bumbum de fora! O São Paulo, hoje, é uma casa de noca!

Justo, exato, preciso, irretocável. Segundo o "dicionário inFormal", "Casa de noca" é "uma casa que todos mandam, não tem dono, nem governança; é uma casa bagunçada". Desde a nefasta gestão de Juvenal Juvêncio que o São Paulo perdeu qualquer senso de direção, de controle, de tudo. A - absurda - notícia de hoje confirma (os grifos são meus):


Ataíde e Aidar: 'Ao vencedor, as bananas'

Ataíde Gil Guerreiro não é mais o vice de futebol do São Paulo. Ele está fora do clube desde a manhã desta terça-feira. Por mensagem de celular, o presidente Carlos Miguel Aidar confirmou ao ESPN.com.br que o agora ex-dirigente foi exonerado do cargo. Ainda não se sabe qual é a versão oficial, se foi o vice quem pediu demissão ou se foi Aidar que mandou Ataíde embora. A informação que circula neste momento é que Aidar chegou cedo ao Morumbi nesta terça, e que neste exato momento Ataíde está reunido com a comissão técnica para informar sua saída.

Na manhã de segunda, o vice de futebol e o presidente do São Paulo se estranharam em reunião no Hotel Radisson, no Itaim, e foram às vias de fato. Ataíde acertou Aidar com um soco em determinado momento da discussão. O presidente foi ao chão e viu o vice ser contido por funcionários do hotel. Hóspedes acompanharam tudo. O São Paulo deve divulgar uma nota oficial no decorrer do dia.
 


Inacreditável. Nem vou classificar isso como "várzea", pois seria gratuitamente ofensivo - e injusto - com os times que jogam na várzea. É outra coisa. É pau. É pedra. É o fim do caminho. É o fim da picada. Percebo, neste momento, que o corintiano Chico Lang foi até (muito) comedido, sutil e respeitador em sua manifestação indignada no "Mesa Redonda". O buraco é muito, muito, muito mais embaixo. Muito!

Osorio tem toda razão em fugir pro México
Não espanta que o São Paulo esteja há sete anos sem ganhar título que preste. Que tenha brigado com Corinthians e Palmeiras e perdido a renda dos jogos que ambos não mandam mais no Morumbi. Que tenha se isolado brigando com a Federação Paulista e implodido o Clube dos 13, perdendo fatia considerável da grana da TV Globo. Que tenha perdido promessas da base, como Oscar, que entraram na Justiça para fugir do clube. Que o Morumbi tenha ficado fora da Copa de 2014. Que a reforma do estádio não tenha saído do papel (e nem há perspectiva). Que, por isso mesmo, a arrecadação no Morumbi tenha caído para um terço do que era há três anos. Que o clube esteja há mais de um ano sem patrocínio master (e nem há perspectiva). Que atrase salários e direitos de imagens, priorizando uns em detrimento de outros quando tenta acertar as dívidas. Que venda jogadores na baciada pra tentar saldar um rombo estratosférico. Que o clube do Kaká entre na Justiça pra cobrar o que o São Paulo combinou mas não pagou. Que o Tricolor não tenha pago o acertado na compra do lateral Bruno - e que deva dinheiro a ex-jogadores. Que o São Paulo esteja envolvido na denúncia de uma suspeita transação investigada pela CBF. Que o diretor de futebol justifique seus atos espinafrando publicamente o treinador e um dos atletas que saíram. Que o treinador declare, também publicamente, que não confia na diretoria e abandone o time para ir ao México. Que, por fim, o já citado diretor de futebol derrube o presidente com um soco e seja demitido.

Torcedores do Botafogo e do Vasco devem observar e pensar: "Conheço esse filme". E eu, sinceramente, tenho muito medo de ver as "cenas dos próximos capítulos"...


quarta-feira, setembro 09, 2015

Tudo certo como 2 e 2 são 5

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Mês e meio atrás, num post (leia aqui), dei uma geral no noticiário sobre o São Paulo Futebol Clube. Só bomba: a diretoria renegociava contratos para tentar diminuir o rombo financeiro, a Justiça penhorava parte da grana recebida pela venda do volante Souza pra pagar uma dívida de 13 anos, o único reforço trazido até ali estava na reserva do mexicano Toluca e o time do Kaká cobrava R$ 14 milhões do Tricolor na Justiça. Pois bem, agora, neste início de semana, repasso a vista pelos site de esportes e leio o seguinte:







Pois é. Como escreveu Caetano e cantou Gal, "tudo vai mal, TUDO!"...



segunda-feira, abril 28, 2014

Futebol 'mesa branca' (e 'mala preta'): Alan Kardec mata esperança do Palmeiras e quer reencarnar no São Paulo

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Kardec pediu mais cincão; Nobre não deu
Não, não foi pelos 20 centavos. Foi por 5 mil reais. Quando Alan Kardec pai deu um ultimato ao Palmeiras sobre o salário do Alan Kardec filho, dizendo que fechava contrato por 220 mil reais mensais, o diretor-executivo José Carlos Brunoro e o gerente de futebol Omar Feitosa garantiram que o negócio estava acertado. Mas o presidente alviverde, Paulo Pobre, digo, Nobre, mandou avisar que encerrava a conversa por 215 mil reais. Alan Kardec pai, que é empresário do filho boleiro, perdeu a paciência: "R$ 5 mil a menos, o que é muito pouco no futebol. Parece que queria pisar, humilhar, brincar... Chateou muito".

Pelo o que parece, depois da "desfeita" da cartolagem palmeirense, o pai-empresário abriu um "leilão" e o São Paulo cobriu todas as ofertas com 300 mil reais mensais para o jogador e um "chorinho" de 500 mil euros a mais para o detentor de seu passe, o Benfica (consta que o Palmeiras, que tinha preferência, pagaria 4 milhões de euros para comprá-lo, mas o clube do Morumbi pagará aos portugueses 4,5 milhões). No capitalismo é assim: quem pode mais, chora menos. No passado, o mesmo Palmeiras, turbinado pela Parmalat, tirou Cafu e Antônio Carlos do Tricolor, usando outros clubes como "pontes". Mais tarde, o Tricolor "roubou" o lateral Ilsinho.

Aidar ainda deu 500 mil a mais pro Benfica
Mas é curioso que o novo/velho presidente do São Paulo seja o mesmo Carlos Miguel Aidar que idealizou o Clube do 13 e sempre pregou a "união" entre os quatro "grandes" clubes paulistas. Essa "tungagem" no caso Alan Kardec azedou de vez a relação do Tricolor com os chamados "co-irmãos" (só se for o mesmo tipo de irmandade que Abel tinha com Caim!). No passado recente, Corinthians e Palmeiras já haviam desistido de mandar jogos no Morumbi, o que enfraqueceu sobremaneira os cofres sãopaulinos, e o alvinegro de Parque São Jorge foi ainda além e acabou com o acordo de negociar os direitos de TV em bloco. Tudo reflexo da gestão "soberana" de Juvenal Juvêncio, que elegeu o sucessor Aidar.

Juvenal, aliás, foi empregado sintomaticamente como novo comandante das categorias de base do São Paulo. O mesmo setor sãopaulino que vem sendo repudiado constantemente pelos "co-irmãos" e por vários outros clubes do Brasil como "ladrão" de jogadores (muitos ameaçam até boicotar qualquer competição que a garotada de Cotia se inscreva). Buenas, no frigir dos ovos, fica uma dúvida: Alan Kardec vale mesmo toda essa disputa? Só porque fez um bom Campeonato Paulista? Não foi artilheiro nem campeão. Vale 300 mil por mês? Tenho muitas dúvidas. O que sei é que o Palmeiras não quis pagar nem 220 mil. E no futebol, onde ninguém é santo, Alan Kardec renova o espírito - e o bolso - para reencarnar no São Paulo.