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Em 2015, já saíram Cañete, Jonathan Cafu, Paulo Miranda, Rafael Tolói, Antônio Carlos, Boschilia, Denilson, Souza, Maicon, Ewandro e Ademilson, além do técnico Muricy Ramalho. Um time inteiro, até com técnico
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A saída do zagueiro Rafael Tolói completa a soma exata de 11 jogadores que deixaram o elenco do São Paulo em 2015. Um time inteiro - e até com técnico, Muricy Ramalho. Além de Tolói, foram vendidos este ano Maicon, Antônio Carlos, Jonathan Cafu, Paulo Miranda, Denilson, Cañete, Souza e Boschilia, e emprestados Ademilson e Ewandro. E até podemos incluir nesse time um reserva, caso do lateral-esquerdo
Clemente Rodríguez, o primeiro a ser vendido, no início de fevereiro,
para o Colón. A debandada poderia ter sido pior: o zagueiro/volante Rodrigo Caio
quase foi vendido para o futebol espanhol, o centroavante Luís Fabiano
teve proposta do México e o meia Ganso,
dos Estados Unidos. Agora o lateral-direito Auro pode ser
emprestado a um clube português...
É óbvio que a "diáspora" sãopaulina tem a ver com grana.
Afundado em dívidas, sem patrocínio master
há mais de um ano e
atrasando salários, o clube tem previsão de fechar 2015 no vermelho, com
déficit de R$ 130 milhões. Frutos da gestão pífia de Carlos Miguel Aidar, mas também herança da hecatombe que foi a
última passagem de Juvenal Juvêncio. Prova disso é que Clemente Rodríguez, o qual o clube só conseguiu se livrar este ano, foi contratado por Juvêncio em 2013, jogou só três vezes em dois anos, causando um prejuízo total de R$ 3 milhões (!!!). Na gestão do "Velho Barreiro", também,
o empresário Eduardo Uram chegou a empregar dez (DEZ!) de seus jogadores no São Paulo.
Welliton foi um dos casos mais escandalosos na "parceria" com esse empresário. O atacante
passou quatro meses no Tricolor em 2013, custou R$ 800 mil somente em salários, foi titular apenas seis vezes e marcou quatro gols. Como veio, foi. E o São Paulo, por pouco, não foi rebaixado para a Série B do Brasileirão naquele ano. Voltando a Juvêncio, se consideramos como 11 o número de jogadores que saíram este ano, é o mesmo tanto que o ex-presidente trouxe, de uma só vez, na virada de 2009 para 2010: André Luis, Xandão, Alex Silva, Rodrigo Souto, Carlinhos Paraíba, Léo Lima, Marcelinho Paraíba, Fernandinho, Cléber Santana, Cicinho e Fernandão. Todos saíram pela porta dos fundos.
As apostas erradas de Juvenal Juvêncio também se refletem na quantidade de jogadores que estão emprestados atualmente. Além de Ademilson e Ewandro, o São Paulo mantém em outros clubes o lateral-esquerdo Cortez (Albirex Nigata-JAP), o volante Wellington (Internacional), o lateral-direito Luis Ricardo (Botafogo), o lateral-esquerdo Carleto (Botafogo), o atacante Ronieli (Bragantino), o meia-atacante Roni (Chiapas), o lateral-direito Caramelo (Chapecoense), o zagueiro Luiz Eduardo (Rio Claro), o lateral-esquerdo Lucas Faria (Náutico) e o atacante Bruno Cantanhede (Rio Claro). Mais doze atletas no total, ou seja, outro time inteiro, com um reserva...
Em 2015, logo depois de Clemente, saiu, ainda em fevereiro, o atacante Ademilson, por empréstimo,
para o Yokohama. No início de março, o volante Maicon perdeu a paciência com as críticas da torcida e
foi para o Grêmio. Um mês e meio depois, o zagueiro Antônio Carlos, totalmente encostado, arrumou uma
transferência para o Fluminense. Foi então que o técnico Muricy Ramalho, que tentou segurar Maicon e que perdeu apoio da diretoria e dos próprios atletas, resolveu pegar o boné
"por livre e espontânea pressão" e passou o abacaxi para Milton Cruz. Em junho, chegou o treinador colombiano Juan Carlos Osorio.
Naquele mesmo mês, o elenco perdeu o ponta Jonathan Cafu,
para o Ludogorets, da Bulgária; o zagueiro Paulo Miranda,
para o Red Bull Salzburg, da Áustria; o volante Denilson,
para o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos; e o atacante Cañete, pouco aproveitado,
para o alagoano CRB. E não parou por aí: em julho, foi vendido o volante Souza,
para o Fenerbahçe, da Turquia, e emprestado o centrovante Ewandro,
para o Atlético-PR; e em agosto, foi vendido o meia Boschilia,
para o Monaco, e o zagueiro Rafael Tolói,
para o Atalanta. Com isso e três derrotas seguidas (duas delas, vexames contra Goiás e Ceará), o treinador Osorio
recebeu proposta da seleção mexicana e subiu no telhado.
Se ele sair, há um cenário bem previsível: Milton Cruz "segura a peruca" mais uma vez, por dois ou três jogos, até que o Cruzeiro perca mais algumas partidas e demita Vanderlei Luxemburgo, que
foi sondado pela diretoria antes da contratação do colombiano. Daí, pra escapar da "confusão" (rebaixamento para a Série B),
termo cunhado pelo próprio "pofexô", só restará ao São Paulo se virar com o atacante
Wilder Guisao, que estava na reserva do Tocula, o zagueiro Luiz Eduardo, que
disputava a Série D (!) com o São Caetano e o goleador Rogério, o
"Neymar do Nordeste", rebaixado com o Botafogo-RJ em 2014, em vias de ser contratado. Pode-se confiar, ainda, na recuperação do zagueiro/volante Breno, do atacante Alan Kardec e do meia Daniel, todos "clientes" do Departamento Médico.
No mais, Alexandre Pato
pode sair até o fim do mês e Ganso e Luís Fabiano, se aparecerem loucos, digo, clubes interessados em pagar algo que o valha, também podem se despedir ainda neste semestre. Se os três caírem mesmo fora, Milton Cruz, Luxemburgo ou qualquer outro maluco que topar a "bucha" de treinar a equipe teria que apelar para uma retranca de time do interior. Como, pelo o que vêm jogando, Bruno, Wesley, Thiago Mendes, Centurión e Wilder não merecem mais do que a reserva, montaríamos um time com Rogério Ceni ou Renan Ribeiro no gol, mais Carlinhos (na lateral-direita), Edson Silva, Lucão, Luiz Eduardo e Reinaldo; Breno, Hudson, Rodrigo Caio e Michel Bastos; mais um isolado na frente (Alan Kardec ou Rogério "Neymar"). É o que tem. E QUE DEUS NOS AJUDE!!!