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sexta-feira, dezembro 11, 2015

'Por causa do chope'

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'Você entra num bar'... e vê Paulinho da Viola, Chico Buarque e Toquinho
Se a maconha é de esquerda e a cocaína é de direita, a cerveja é cultura. Ou melhor: favorece a cultura, a criatividade e as produções artísticas. Relendo "Eis aqui os Bossa Nova", de Zuza Homem de Mello (Editora Martins Fontes, 2008), reparei no seguinte depoimento de Chico Buarque (os grifos são meus):
"Eu acho que o Rio até hoje ainda é o lugar onde há a maior confraternização de pessoas de diferentes atividades, com grande diferença de idade, talvez por causa da praia, por causa do chope, não sei explicar direito, mas o Rio permite esse trabalho de solidariedade entre as pessoas e os artistas principalmente. Você entra num bar, tem um cineasta conversando com um músico, um poeta e um cara do teatro, há um clima que favorece a criação de grupos abertos para uma porção de novidades."
Miriam Matos liberou cerveja pros irmão - e também entorna no trampo
Faz sentido: o próprio Futepoca nasceu dos encontros e das conversas no bar. Só que, pra fugir dessa apologia chicobuarqueana ao Rio de Janeiro, mas ainda falando sobre bebida e ideias criativas, encerro o post recuperando a notícia (já velha - leia aqui) sobre uma agência de comunicação de São Paulo que permite que seus funcionários bebam cerveja durante o expediente (!). "Desde que esses hábitos foram acrescentados à rotina da agência, coisas maravilhosas têm acontecido. Os colaboradores estão mais soltos, muito mais criativos e empenhados em traçar estratégias para colocar nossos clientes. Nunca houve nenhum problema quanto a isso", garantiu, ao jornal Extra (RJ), a dona da empresa, Miriam Matos. Difícil ou fácil? Esse é o emprego - e a classe patronal - que o Brasil precisa! E manda mais uma dúzia no 170!


terça-feira, agosto 24, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 59

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UM CHOPE PRA DISTRAIR
(Paulo Diniz)

Paulo Diniz

Ela passou
Deixando um sorriso no chão
Deu um banho de beleza nos meus olhos
E aí começou o verão
Mil cores pintando o painel
Copacabana...

Ela parou
Na loja de discos e escutou
A canção que eu fiz pra ela
A minha mensagem de amor
É tudo que eu tenho pra dar
Chorei de amor
Eu sei, chorei de amor
E um chope pra distrair...

Um chope pra distrair,
Um chope, chope, pra distrair...

(Do LP "Quero voltar prá Bahia", Odeon, 1970)

terça-feira, agosto 03, 2010

Som na caixa, manguaça! - Volume 57

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VIVA O CHOPP ESCURO
(Ronnie Von)

Ronnie Von

Eu não quero saber quem sou
Enquanto o mundo gira eu vou
Não me importa saber da dor
Por onde ando vejo amor

Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey

Viva o sol e o mar, eu digo
Viva o azul e o verde, eu penso
Viva o chopp escuro no calor!

Vamos todos viver a vida
Pois ela acaba na avenida
A verdade está no céu aberto
E a felicidade tão perto

Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey
Eu grito hey, hey, hey

Viva o sol e o mar, eu digo
Viva o azul e o verde, eu penso
Viva o chopp escuro no calor!

Eu não quero saber quem sou
Enquanto o mundo gira eu vou
Não me importa saber da dor
Por onde ando vejo amor

(Do LP "A máquina voadora", Polydor, 1970)

terça-feira, junho 01, 2010

Quando a cerveja é boa, o público responde

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Desde muito tempo aproveito o espaço deste blogue para lamentar a péssima qualidade das marcas brasileiras de cerveja mais consumidas, especificamente do tipo pilsen. Nosso primeiro teste cego comprovou isso, pondo Antarctica, Bohemia, Original, Brahma, Kaiser e Itaipava pra baixo da 5ª colocação entre 11 degustadas (e a Skol só se deu bem porque foi a última a ser provada, quando ninguém mais sentia gosto de nada). Para os bebuns veteranos, como eu, nenhuma delas tem o gosto, a aparência, a densidade e o cheiro de cerveja que sentíamos em algumas dessas mesmas marcas há mais de 20 anos. E, coincidentemente, a queda na qualidade abriu mercado para as cervejas artesanais e importadas - que são mais caras, óbvio. Seria intencional?

Pois então, já há alguns anos tenho visto a tal cerveja Devassa nos supermercados, marca classificada em 4º lugar em outro teste cego do Futepoca, com artesanais. Mas, sei lá por que razão, nunca me animei a comprar. E meu desinteresse aumentou depois que a marca foi vendida ao grupo Schincariol, que produz temeridades como a Nova Schin e a Cintra. Porém, fui almoçar outro dia com os colegas de trabalho num buteco que batizamos carinhosamente de "Porquinho" e, na hora de pedir cerveja, a atendente sugeriu Devassa (em lata). Como ninguém ali havia provado, concordamos. Surpresa: ela tem o tal amarguinho, a tal densidade, o tal cheiro de cerveja. Bem parecidos com o da minha pilsen preferida, a boliviana Paceña, já elogiada aqui num post e bem recebida por alguns futepoquenses quando socializei uma remessa "clandestina".

E surpresa ainda mais agradável tive no último domingo quando, perambulando por Ipanema, no Rio de Janeiro, fui convidado pela namorada Patricia a conhecer a choperia Devassa, que oferece quatro tipos de chope/cerveja, Loura, Ruiva, Sarará e Negra. Ela opinou que a Ruiva era melhor, mas já tinha acabado. Pedi uma Negra e ela, uma Sarará. Provei das duas e repeti o bordão criado pelo Carlos Imperial nos julgamentos das escolas de samba cariocas: "-Dez, nota dez!". Coincidentemente, no dia seguinte, vi na Folha a matéria "Devassa muda o perfil da Schincariol", informando que a marca conseguiu se colocar em 15 mil bares e restaurantes no eixo Rio-São Paulo, ou 20% do total do mercado. "Bares e restaurantes respondem por 65% das vendas totais no Sudeste. Nos supermercados, responsáveis por 35% das vendas, a marca obteve penetração de 95%", acrescentava o texto. Pois é: se tem qualidade, o povo responde. E a família agradece!

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Som na caixa, manguaça! - Volume 46

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VOU PARAR DE BEBER
(Romilson Luiz/ Eládio Sandoval)

Piu Piu de Marapendi

Aí, garçom, vou sentar aqui, mermão
Vô comê, vô bebê, vô engraxá o sapato
Eu vô cuspir no chão e não vou pagar
Falô, então? Traz mais chopinho aí, gente boa!

Pensando bem
Eu vou parar de beber
Se continuar assim
Logo, logo eu vou morrer
(Que coisa triste, meu irmão!)

Pensando melhor ainda
Eu não vou parar de beber mais não
De que adianta eu parar agora
Se eu já tenho o pé dentro do caixão?
(Faloooouu...)

Garçom, desce mais um chope
Me chamam de pau d'água mas não ligo
Ou eu acabo com esse chope todo
Ou esse chope todo vai acabar comigo

Chope, chope, chope, chope
Chope, chope, chope, chope
Até o dia clarear
Chope, chope, chope, chope
Chope, chope, chope, chope
Pendura a conta que eu não vou pagar!

Aê, mermão, cavaquinho!
(entra solo de guitarra)

Pensando bem
Eu tô sozinho demais
(Que coisa triste, gente boa!)
Minha garota me deixou por outro
Porque reclamava que eu bebia demais
(Vê se pode!)

Tudo que vejo
Me faz lembrar do seu rosto
(É isso aí, malandragem)
Mas já descobri que meu destino
É tomar muito chopinho e muito tira-gosto

Por causa disso...

Garçom, desce mais um chope
Me chamam de pau d'água mas não ligo
Ou eu acabo com esse chope todo
Ou esse chope todo vai acabar comigo

Chope, chope, chope, chope
Chope, chope, chope, chope
Até o dia clarear
Chope, chope, chope, chope
Chope, chope, chope, chope
Pendura a conta que eu não vou pagar!

(Compacto simples, Gravadora Lança/Polygram, 1982)