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sexta-feira, dezembro 11, 2015

'Por causa do chope'

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'Você entra num bar'... e vê Paulinho da Viola, Chico Buarque e Toquinho
Se a maconha é de esquerda e a cocaína é de direita, a cerveja é cultura. Ou melhor: favorece a cultura, a criatividade e as produções artísticas. Relendo "Eis aqui os Bossa Nova", de Zuza Homem de Mello (Editora Martins Fontes, 2008), reparei no seguinte depoimento de Chico Buarque (os grifos são meus):
"Eu acho que o Rio até hoje ainda é o lugar onde há a maior confraternização de pessoas de diferentes atividades, com grande diferença de idade, talvez por causa da praia, por causa do chope, não sei explicar direito, mas o Rio permite esse trabalho de solidariedade entre as pessoas e os artistas principalmente. Você entra num bar, tem um cineasta conversando com um músico, um poeta e um cara do teatro, há um clima que favorece a criação de grupos abertos para uma porção de novidades."
Miriam Matos liberou cerveja pros irmão - e também entorna no trampo
Faz sentido: o próprio Futepoca nasceu dos encontros e das conversas no bar. Só que, pra fugir dessa apologia chicobuarqueana ao Rio de Janeiro, mas ainda falando sobre bebida e ideias criativas, encerro o post recuperando a notícia (já velha - leia aqui) sobre uma agência de comunicação de São Paulo que permite que seus funcionários bebam cerveja durante o expediente (!). "Desde que esses hábitos foram acrescentados à rotina da agência, coisas maravilhosas têm acontecido. Os colaboradores estão mais soltos, muito mais criativos e empenhados em traçar estratégias para colocar nossos clientes. Nunca houve nenhum problema quanto a isso", garantiu, ao jornal Extra (RJ), a dona da empresa, Miriam Matos. Difícil ou fácil? Esse é o emprego - e a classe patronal - que o Brasil precisa! E manda mais uma dúzia no 170!


sábado, janeiro 23, 2010

Shampoo de cerveja integra a linha de produtos da higiene e beleza manguaça

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A cidadania manguaça avança enquanto o projeto Manguaça Cidadão não se institucionaliza.

Imagem: Reprodução
Uma empresa japonesa lançou um shampoo de cerveja. Nem só de robôs e luzes coloridas vivem os nipônicos. O frasco, como pode ser visto na foto, é idêntico a uma garrafa e o principal componente de fato é a cevada, que promete deixar os fios de cabelo com maciez e brilho.

Outro atrativo é que o "Beer Shampoo" não é líquido, mas um pó (o que pode ser especialmente útil em viagens, afinal sempre é um risco o dito-cujo abrir na mala). É preciso adicionar água morna (a 40ºC) e agitar para obter a solução. Por enquanto, a mercadoria só está disponível na Ásia. Mas pesquisando descobri que há produtos para os cabelos comercializados no Brasil a base de levedo de cerveja, o que não é exatamente a mesma coisa.

Como bem apontou o Fredi em um post sobre xampus a base de vinho, em breve teremos toda uma linha de produtos de higiene manguaça!

Mas, não é só isso...

A linha de produtos de higiene e beleza manguaça vai além. Inclui o perfume de cerveja, garantindo que "aquele cheiro sedutor" estará disponível a qualquer hora, e 142 tipos de sabão de cerveja. Até Spa de Cerveja está disponível para realmente eliminar o estresse do dia a dia com, banhos e massagens regados ao fermentado de cevada maltada (para usar e beber).

Para aqueles que são contrários a adquirir produtos de multinacionais – e para os calvos leitores do Futepoca, é possível aprender a fazer o seu próprio xampu. A promessa, segundo a receita, é que a fórmula traz "volume e corpo ao seu cabelo", praticamente "um caminho natural para ajudar os seus cabelos a crescerem mais grossos e mais cheios". Alguém se arrisca?

Fotos: Reprodução

Manguaça que é cidadão deveria ter direito aos spas de cerveja e cota de sabão a base do pão liquido

Alguém tem mais alguma indicação? Poderíamos propor uma linha de produtos de higiene -manguaça orgânicos (e advindos da agricultura familiar) com a marca Futepoca... Aí precisaria de uma linha de pesquisa para comprovar os poderes de rejuvenescimento dos hábitos etílicos... Fica a sugestão.

quinta-feira, abril 10, 2008

Torcidas que reúnem cachaceiros militantes

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No site Papo de Homem (www.papodehomem.com.br), já alertei em um texto que "Futebol e boca seca não combinam", em protesto contra a ridícula proibição da venda de cerveja dentro dos estádios paulistas. Não adianta nada: o povo já entra no estádio completamente encachaçado e os manguaças mais criativos conseguem até beber durante a partida, por exemplo, com pedaços de gelo em saquinhos plásticos feitos com cachaça e groselha, que passam por inocentes "sorvetes". Outra prova de que a medida é totalmente inócua e inútil são as torcidas que reúnem, assumidamente, pinguços militantes da causa. São dezenas (quiçá centenas) espalhadas pelo país. Uma das mais célebres é a Fla Manguaça, do Flamengo.

No Rio tem também a Bohemios da Força e a Bonde Cirrose, do Vasco, e a Botachoop, do Botafogo. Aliás, chopp é o que não falta: Coringão Chopp (do Corinthians), Torcida Alcoolizada Galo Chopp (do CRB de Alagoas), Burrão Chopp (Taubaté-SP), Ramalhão Choop (Santo André-SP) e Ceará Chopp são algumas delas. Por falar em Ceará, o Nordeste tem torcidas com nomes bem criativos, como a Canaleão, do Fortaleza, e a Naucoólicos e Canáutico, do pernambucano Náutico. A Ponte Preta, de Campinas (SP), tem a torcida Macacachaça, em alusão à sua mascote. No Sul, tem a Coxaceiros, do Coritiba, e a BEC Manguaça, do Blumenau Esporte Clube, entre muitas outras.

Conheci recentemente um integrante da TEPC (Torcida Embebedada Porca Cachaça), do Palmeiras. "Não me lembro de ter assistido um jogo do Verdão sóbrio", confessa Michel. As filiais da torcida foram divididas em 18 "tonéis" espalhados pelo Brasil. No estatuto, além da recomendação de não consumir Schin, consta a seguinte observação: "Não confie em pessoas que passam mais de uma semana sem beber. Não se pode acreditar em camelos". Uma das diversões desses torcedores é o chamado "suco gami": compram um garrafão de 20 litros de água, jogam metade do líquido fora, misturam ki-suco na água que restou e completam com vodka; depois, botam o garrafão com a mistura no bebedouro, para gelar. Bebe-se tudo antes de ir ao estádio...

quinta-feira, abril 03, 2008

As múmias tocam seus próprios discos

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Sempre simpatizei com os manguaças pró-ativos, ou seja, aqueles que decidem tirar a bunda da mesa do bar (às vezes) para fazer ou criar alguma coisa - de preferência, uma coisa bizarra ou impagável. Admiro, principalmente, os que têm pendores artísticos, como o Mussum, o Paulo César Peréio, o Raul Seixas, a Maysa, Vinicius de Moraes, enfim, dezenas deles. Ano passado, fiz um post sobre a Amy Winehouse, cantora inglesa que gosta de entortar o caneco. Pois então, outros desses manguaças "criativos" fundaram há 20 anos, em San Francisco (EUA), a banda The Mummies (As Múmias).

Era uma banda punk de garagem formanda por Trent Ruane (órgão e vocais), Maz Kattuah (baixo), Larry Winther (guitarra) e Russell Quan (bateria). Mas o inusitado é que, apropriadamente, eles sempre ensaiaram e se apresentaram vestidos de múmia, como comprovam as fotos desse post. Por gravadoras de fundo de quintal, como a Hangman, a Telstar e a Pinup, lançaram vários compactos no início dos anos 1990, até que decidiram compilar tudo em um LP.

O bizarro é que, para isso, ligaram um microfone em frente a uma vitrola velha e fizeram a gravação pondo para tocar todos os compactos que tinham lançado, batizando a tosca coletânea como "The Mummies play their own records" ("As Múmias tocam seus próprios discos"). Cumprindo o pacto - ou "maldição da múmia", como convencionaram chamar - de que a banda acabaria assim que recebesse o convite de uma grande gravadora, puseram fim à diversão no Ano Novo de 1992.