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Destaques
quinta-feira, abril 10, 2014
O time do São Paulo é a cara do Juvenal Juvêncio
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quarta-feira, março 12, 2014
'Danonezinho'
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Aloísio, Muricy e Milton Cruz durante treino do São Paulo em Maceió |
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Rogério Ceni, um fã e a placa do Bolsa Família: parecia propaganda |
"A pessoa raciocina assim: eu tenho o Bolsa Família, o Bolsa Escola, isso me dá cento e tantos reais, então eu prefiro ficar em casa do que arriscar, do que ter que trabalhar. (...) Eu vejo isso como um fator determinante para o não crescimento do nosso país." (entrevista de Rogério Ceni ao programa Roda Viva, da TV Cultura, em 30/10/2006)
"Bolsa Família não é a solução. Ele estaciona. Para a pessoa subir na vida precisa mais do que isso. Não se fez inovação nenhuma." (entrevista de Serra à Rádio Metrópole, de Salvador, em 06/08/2013)
quinta-feira, agosto 26, 2010
Série D terá duelo "sul-americano"
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O Campeonato Brasileiro da Série D - a popular quarta divisão - terá o início de sua fase de mata-matas no dia 5. Agora, são 20 times na busca das quatro vagas de acesso à Série C e, claro, também na luta por um título nacional - para repetir a façanha que o São Raimundo do Pará conseguiu no ano passado.
São dois os times de mais tradição envolvidos na disputa: Remo, do Pará, que encara o Vila Aurora-MT, e o Santa Cruz, de Pernambuco, que pega o Guarany-CE. Há um duelo entre duas equipes mineiras - Uberlândia e Tupi, de Juiz de Fora - e nenhum paulista segue vivo na disputa da competição. Botafogo de Ribeirão Preto e Oeste de Itápolis eram os representantes bandeirantes no certame.
Um confronto, em especial, chama a atenção. Principalmente por evocar lembranças da saudosa Copa Conmebol, disputada no continente entre 1992 e 1999. Falo de Sampaio Corrêa-MA e CSA-AL - respectivamente, semi-finalista (1998) e vice-campeão (1999) da competição sul-americana.
Tanto CSA e Sampaio jogaram a Conmebol por algo que acabaria por se tornar a desmoralização derradeira do torneio. À história: a Conmebol nasceu em 1992 para ser uma equivalente sul-americana da Copa da UEFA. Em tempos de Libertadores restrita (com apenas dois representantes por país), a copa reuniria os melhores colocados nos campeonatos nacionais, com a exceção óbvia dos classificados para a Libertadores.
O Brasil acabou imprimindo um domínio no torneio que jamais mostrou em nenhuma outra competição internacional. Nas três primeiras edições, três títulos - com Atlético-MG, Botafogo e com o time reserva do São Paulo. Viriam depois outro título (1997) e um vice-campeonato (1995), ambos também com o Galo.
Acontece que a Conmebol não pegava no tranco. Aqui, no Brasil, ninguém (talvez com exceção dos atleticanos) se importava com o campeonato. Sabe o desprezo que os times dão atualmente à Copa Sul-Americana? Multiplique isso por mil e você terá o que acontecia com a Conmebol na metade da década passada.
A CBF percebeu o desinteresse dos clubes do Brasileirão e viu aí uma oportunidade de fazer moral com seus filiados. Que tal distribuir as vagas na Conmebol aos melhores colocados em torneios à época disputados, como a Copa do Nordeste e a Copa Norte?
Foi assim que, em 1997, o Rio Branco-AC jogou a Conmebol, classificado por ter vencido a Copa Norte no ano anterior; em 1998, foi a vez do Sampaio Corrêa chegar ao certame internacional pela mesma via (sim, sabemos que o Maranhão fica no Nordeste, mas os times de lá jogavam a Copa Norte). E em 1999, uma prova do "prestígio" de que dispunha a Conmebol: campeão, vice e terceiro colocado da Copa do Nordeste (Vitória, Bahia e Sport, respectivamente) abriram mão da vaga no torneio, fazendo com que o CSA a herdasse.
Bizarrices à parte, o fato é que por conta disso Sampaio e CSA podem se orgulhar de terem feito bonito em um campeonato continental. O Sampaio foi semifinalista após derrotar América de Natal e o glorioso Deportes Quindío, da Colômbia. Já o CSA chegou à decisão em 1999 superando Vila Nova de Goiás, Estudiantes da Venezuela e São Raimundo do Amazonas. É, não eram realmente times de maior expressividade, precisamos reconhecer.
Agora Sampaio e CSA se enfrentam pela Série D nacional. Algo menos midiático do que um mata-mata sul-americano. Mas, cá entre nós, acredito que o nível do futebol não deve ser tão diferente assim. Que vença o melhor!
Pra fechar o post, um vídeo com o gol do título do Talleres, o algoz dos alagoanos na disputa de 1999. Estádio cheio, belas imagens.
Confrontos da Série D
Vila Aurora-MT x Remo-PA
Santa Cruz-PE x Guarany-CE
Sampaio Corrêa-MA x CSA-AL
Araguaína-TO x Treze-PB
Fluminense-BA x Brasília-DF
Tupi-MG x Uberaba-MG
Rio Branco-ES x Madureira-RJ
Iraty-PR x Joinville-SC
Operário-PR x Metropolitano-SC
quinta-feira, abril 23, 2009
A zebra pastou na Vila Belmiro
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Junte os seguintes ingredientes: falta de concentração em função de uma final à vista, elenco sem muitas opções e ainda reduzido por contusões, má pontaria e pouca sorte. Pronto, está aí a receita de uma zebraça, dessas que fazem a Copa do Brasil ser um torneio peculiar. A derrota do Santos para o CSA é a segunda do técnico Vágner Mancini em 17 jogos, e é impossível prever como influenciará o time para a partida de domingo na Vila Belmiro.
Até os 44 do segundo tempo foram 33 finalizações contra 4 do CSA, sendo que em apenas uma ocasião o time alagoano chegou ao gol. E bastou. A defesa alvinegra marcou mal e o toque errado de coxa do atacante Júnior Amorim o beneficiou e matou Fábio Costa, que saiu com os pés ao invés de fazê-lo com as mãos. Kléber Pereira, que entrou só aos 15 minutos do segundo tempo, perdeu três gols incríveis; Neymar perdeu um similar, apanhando dos rivais como sempre; Roni, nem isso conseguiu fazer, e Lúcio Flávio, como titular, mostra que não deve mesmo comer panetone na Vila Belmiro, saindo bem antes disso.
Agora, ao Santos resta o Paulista. Aliás, a displicência do clube em relação ao torneio nacional evidenciou a recuperação do estadual em termos de prestígio. Obviamente, isso só aconteceu por conta dos cruzamentos entre os quatro grandes nas finais. Santos e Corinthians pouparam titulares na Copa do Brasil, o Palmeiras não resguardou atletas para suas "decisões" na Libertadores e o São Paulo abriu mão de tentar uma pontuação maior que lhe permitisse cruzamentos mais generosos no torneio continental para tentar superar o Corinthians. Por isso, domingo promete...
O desfile de zebras
Mauro Beting publicou uma lista de zebras da Copa do Brasil desde o início do torneio, em 1989. À época, o critério de classificação era o desempenho em estaduais (ou competições realizadas em âmbito local como a Copa Bandeirantes, na terra de Anchieta) e não havia o famigerado índice técnico baseado no ranking da CBF que perpetuou os grandes na competição. Os times classificados na Libertadores também podiam disputar a Copa, o que deixou de acontecer em 2001.
Pela lista, pode-se concluir que o clube que mais propiciou zebras eliminando grandes do torneio é o Ceará. O clube nunca chegou a ser campeão como Paulista, Santo André, Criciúma e Juventude, mas foi vice em 1994, ano em que eliminou o Palmeiras e o Internacional. Em 1997, despachou o Fluminense e, em 2005, superou o Flamengo e o Atlético (MG).
Já a vítima contumaz do animal listrado parece ser o Vasco da Gama. Em 1991, foi eliminado pelo Remo e, no ano seguinte, pelo atual algoz do Santos, o CSA. O XV de Campo Bom, de Mano Menezes, superou os cariocas em 2004 e em 2005 viria a maior surpresa: o Baraúnas despachou o clube cruzmaltino com uma vitória de 3 a 0.
O treinador do Palmeiras, Vanderlei Luxemburgo, também parece guardar um carinho especial pelo equino alvinegro. Era o comandante do Palmeiras quando a equipe perdeu para o Ceará, em 1994, e também na histórica derrota para o ASA de Arapiraca, no trágico ano de 2002. Pelo Santos, perdeu para o portentoso Ipatinga em 2006.
quinta-feira, julho 24, 2008
Quando a melhor defesa NÃO é o ataque...
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Segue abaixo um "causo" que tirei do livro "Mil dias de solidão" (Geração Editorial, 1993), de Cláudio Humberto Rosa e Silva, ex-porta-voz do presidente Fernando Collor de Mello (na foto, ao centro). Consta que o fato ocorreu em 28 de dezembro de 1992, na famosa Casa da Dinda, em Brasília. Collor ponderava a hipótese de renunciar ou não à presidência da República, o que de fato faria no dia seguinte. Estavam presentes o assessor pessoal Luís Estêvão, os senadores Affonso Camargo, Odacir Soares e Ney Maranhão, o deputado federal Roberto Jeferson (ele mesmo), o governador de Alagoas Geraldo Bulhões, o jornalista Etevaldo Dias, o embaixador Marcos Coimbra e o advogado José Moura Rocha. Segue a história:
Risonho, Collor contou uma história marcante do treinador que contratara para o CSA, Hélio Miranda, professor de educação física, seu amigo, irmão de comunistas históricos como o jornalista Jayme Miranda, líder do Partido Comunista Brasileiro (PCB), preso, torturado, assassinado e esquartejado pela ditadura militar.
- Conseguimos colocar o CSA no Campeonato Nacional e o jogo de estréia foi contra o Operário, de Campo Grande, Mato Grosso, na casa do adversário. Não tivemos tempo nem dinheiro para formar um time competitivo.
Collor lembrou sua perplexidade com a única instrução do técnico aos jogadores, no intervalo, após o término do primeiro tempo:
- Vamos nos fechar na defesa para segurar o zero a zero. Vocês estão proibidos de tentar fazer gols. Retranca, vejam bem, só quero retranca!
Logo nos primeiros minutos do segundo tempo, um atacante do CSA, Misso, goleador inveterado, não teve alternativa senão driblar sozinho toda a defesa do Operário e marcar gol de placa.
O estádio parecia um túmulo.
Só quem ficou feliz foi o próprio Misso, que correu para o silencioso banco de reservas à procura do abraço agradecido do treinador.
Hélio Miranda estava uma fera. Recebeu o autor do gol aos gritos:
- Por que você fez isso? Por quê? eu não disse que o time estava proibido de fazer gols?
Durante os 45 minutos finais, os jogadores do Operário, com brio, conseguiram não apenas empatar a partida como também virar o placar e impor uma goleada de 5x1 ao CSA.