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terça-feira, setembro 03, 2013

Maluf, insuperável

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O site Terra faz hoje uma imperdível recuperação das melhores frases ditas pelo - insuperável - Paulo Maluf, ampliando coletânea publicada em 2012 pelo jornalista Xico Sá, no site da Folha de S.Paulo. Reproduzo, aqui, dez das mais históricas (e impagáveis):

1) "Professora não é mal paga, é mal casada." - Em discurso proferido em 1981, quando era governador de São Paulo, nomeado pelo governo militar.

2) "No Brasil, o político é veado, corno ou ladrão. A mim, escolheram como ladrão." - Durante a escolha do Colégio Eleitoral.

3) "O que fazer com um camarada que estuprou e matou? Tá bom, está com vontade sexual, estupra, mas não mata." - Durante palestra para médicos e estudantes de medicina, na campanha para presidente da República, em 1989.

4) "Não se pode comprar deputados, porque eles saem por aí contando e você se desmoraliza com o eleitorado." - Em 1996, no seu último ano como prefeito de São Paulo.

5) "Vote no Pitta e, se ele não for um bom prefeito, nunca mais vote em mim." - Em 1996, durante programa eleitoral do candidato à prefeitura de São Paulo Celso Pitta, seu afilhado político.

6) "Ela é obediente, vota no candidato que o marido manda." - Na campanha ao governo do Estado de São Paulo, em 1998, ao referir-se à esposa, Sylvia.

7) "Nossa polícia é boa, o que atrapalha é essa política de Direitos Humanos para bandidos." - Na mesma campanha eleitoral.

8) "Já disse mil vezes e vou repetir, democraticamente, mais uma: não tenho conta na Suíça." - Em 2004, ao rebater denúncias do Ministério Público sobre ter contas ilegais no exterior.

9) "A minha ficha é a mais limpa do Brasil." - Durante convenção do PP, em 2010.

10) "Eu, perto do Lula, sou comunista." - Durante eleição para prefeito de São Paulo, em 2012.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Maluf e a sujeira na gestão da limpeza pública

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Mais encrenca para o deputado federal e candidato do PP à prefeitura de São Paulo: a 2ª Turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) concluiu que os contratos de limpeza pública no município, durante a gestão dos ex-prefeitos Paulo Maluf e Celso Pitta (foto), têm irregularidades que caracterizam improbidade administrativa e lesaram o erário público. Em 1993, ainda na gestão de Paulo Maluf, foi publicado edital de licitação para escolha de empresas responsáveis pelos serviços de limpeza na cidade de São Paulo. Segundo o STJ, em abril de 1995, as empresas CBPO Engenharia Ltda. e a Construtora Noberto Odebrecht S/A assinaram um contrato com valor superior a R$ 82 milhões. Seis meses depois, foi feito o primeiro termo de aditamento, que elevou magicamente o valor do contrato para mais de R$ 101 milhões. Durante a administração de Pitta, foram feitos outros 14 aditamentos, que elevaram o mesmo contrato para mais de R$ 162 milhões, majorando o valor final em mais de 93% do original(!).

O MP (Ministério Público de São Paulo) ajuizou uma ação civil pública, afirmando que os aditamentos desrespeitaram o artigo 65 da Lei de Licitações Públicas, que limita o valor dos termos de aditamento em 25% do contrato original. Além das empresas, o MP também denunciou Paulo Gomes Machado e José Reis da Silva, ex-diretores do Limpurb (Departamento de Limpeza Urbana de São Paulo), responsáveis pela assinatura dos aditamentos. O TJ (Tribunal de Justiça de São Paulo) aceitou a denúncia do MP e considerou que os aumentos no valor do contrato eram irregulares e que houve improbidade administrativa dos ex-diretores. Ainda de acordo com o STJ, eles deveriam ser punidos pelo artigo 12 da Lei n. 8.429, de 1992, que define as penas para agentes públicos em casos de enriquecimento ilícito. A sentença foi mantida em segunda instância e os réus recorreram ao tribunal. Impressionante...

PS.: Ri muito com o camarada Glauco me contando que Maluf disse ter sido "ousado" e "inovador" por ter colocado Pitta na prefeitura de São Paulo, "pela primeira vez, um negro e carioca". É o Malufão inclusivo!

terça-feira, julho 15, 2008

Maluf não pára, não pára

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Inspirado pela lembrança de que Paulo Maluf não torce para time nenhum, me lembrei, de pronto, de uma absolvição em última instância do ex-prefeito Paulo Maluf.

Quando o Brasil foi tri-campeão do mundo, cada jogador do escrete que carregava a Jules Rimet na bagagem ganhou, de presente, um Fusca zero quilômetros. Com dinheiro dos cofres do estado de São Paulo, cujo governador era Maluf.

As relações com o político que não tem preferência clubística vão além.

No fim de semana, em uma feira no bairro de São Miguel Paulista, zona Leste da capital, a campanha apresentou o que foi anunciado pelos veículos esportivos como um "roubo do Maluf". É que tocou o jingle "não pára, Maluf, não pára", uma paródia da paródia que embalou o sonho do vice-campeonato corintiano na Copa do Brasil. A letra original, fonte da cantoria dos alvinegros, é de Roberto Carlos. Mas o detalhe é que em "Amigo" não tem a parte do "não pára", quer dizer, só o resto é parodiado. É curiosa a apropriação da parte nova da música.

Pelas datas das notas que vi, quem soltou primeiro foi o Lancenet, mas a coluna de notas sobre o time da semana passada da ESPN coloca como título "Rouba, mas faz" para destacar a história. O roubo é da idéia.

A partir da apropriação de jingle – não consegui achar o site oficial do cidadão pra confirmar –, terá Maluf o mesmo desempenho do Corinthians de 2007 ou do invicto Timão 2008 na série B?

segunda-feira, junho 16, 2008

Audácia?

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Paulo Maluf, o mito, estará hoje na Saraiva Megastore do Shopping Pátio Paulista, em São Paulo, para lançar e autografar o livro "Ele - Maluf, Trajetoria da Audácia" (Ediouro). A colega jornalista Liora Mindrisz, em seu blogue Labirinto Cultural, foi mordaz: "Audácia, do dicionário Michaelis: 1. Impulso da alma para atos difíceis ou perigosos. 2. Arrojo, atrevimento, denodo, ousadia, valor. 3. Insolência, petulância. Procurei 'cara de pau', mas não encontrei. Enfim...".

O livro foi escrito pelo jornalista Tão Gomes Pinto, a partir de depoimentos. Diz o release da editora: "Paulo Maluf é certamente uma das figuras políticas mais notórias, polêmicas e controvertidas. Seu estilo voluntarioso e freqüentemente arrogante, somado a uma enorme antipatia que angariou junto à intelligentsia tupiniquim por ter sido um legítimo 'filhote da ditadura' – sem mencionar as acusações que lhe são feitas de malversação de recursos públicos –, tudo isso transformou o atual deputado federal mais votado no país em alvo permanente da imprensa falada e escrita. 'Cansado de só apanhar', como ele mesmo diz, Maluf resolveu contar em livro sua versão sobre as questões controvertidas em que se envolveu, bem como tudo aquilo que se orgulha de ter realizado."

Quem tiver estômago ou simplesmente mais nada de útil para fazer na vida, o endereço do Shopping Pátio Paulista é: avenida Treze de Maio, 1.947, Bela Vista (será que a Hebe Camargo vai?). O circo, perdão, o evento começa às 19h. Mas cabe sugerir aqui, para quem quer ler alguma coisa sobre Paulo Maluf, um outro título, "Por trás da máscara" (Editora Publisher), de Renato Rovai e Norian Segato. Trata-se do livro que antecipou o escândalo dos precatórios e revelou, no final do mandato de Maluf à frente da Prefeitura de São Paulo, em 1997, que a gestão estava condenada pelo endividamento. Boa leitura.

quinta-feira, maio 08, 2008

Trash 80's na política?

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Orestes Quércia tem estrelado as campanhas do PMDB no estado de São Paulo. Em um dos anúncios, ele inicia sua fala recitando os versos "o sol nasceu pra todos / e também para você", trecho de seu jingle na campanha eleitoral de 1986. Nas eleições de 2006, Guilherme Afif, candidato ao Senado, citava - e até fazia a respectiva linguagem de sinais - o slogan de sua candidatura à Presidência em 1989, o "juntos chegaremos lá". E a bem-sucedida campanha de Paulo Maluf à Câmara dos Deputados era embalada pela canção que dizia
"São Paulo é Paulo porque paulo é trabalhador", jingle principal de sua candidatura ao governo paulista em 1990.

Curioso esse movimento de "saudosismo" dos candidatos e marketeiros eleitorais. É interessante ver que eles pegam a febre do revival dos anos 80/90, instalada em São Paulo já há algum tempo, e que teve início nas festas Trash 80's, que hoje já viraram um verdadeiro império do entretenimento.

Pena que Brizola não está mais vivo. Senão, fatalmente sua campanha à prefeitura do Rio esse ano teria como trilha sonora o épico "lá lá lá lá lá, Brizola" de 1989...