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sexta-feira, abril 11, 2014

Pois é. E eu sou abstêmio. Mas ninguém acredita...

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(Ps.: Pela data da declaração, nota-se que foi feita com uma semana de atraso.)

segunda-feira, maio 02, 2011

Osama Bin Laden ou Emmanuel Goldstein - tanto faz

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"Mais um instante e um guincho horrendo, áspero, como de uma máquina monstruosa funcionando sem óleo, saiu do grande televisor. Era um barulho de ranger os dentes e arrepiar os cabelos da nuca. O ódio começara. Como de hábito, a face de Emmanuel Goldstein, o Inimigo do Povo, surgira na tela. Aqui e ali houve assobios entre o público. (...) O programa dos Dois Minutos de Ódio variava de dia a dia, sem que porém Goldstein deixasse de ser o personagem central cotidiano. (...) Nalguma parte do mundo ele continuava vivo e tramando suas conspirações: talvez no além-mar, sob proteção dos seus patrões estrangeiros; talvez até mesmo - de vez em quando corria o boato - nalgum esconderijo na própria Oceania.

No mesmo momento, porém, arrancando um fundo suspiro de alívio de todos, a figura hostil fundiu-se na fisionomia do Grande Irmão, de cabelos e bigodes negros, cheio de força e de misteriosa calma, e tão vasta que tomava quase toda a tela. Ninguém ouviu o que o Grande Irmão disse. Eram apenas palavras de incitamento, o tipo de palavras que se pronunciam no calor do combate, palavras que não se distinguem individualmente mas que restauram a confiança pelo fato de serem ditas. Então o rosto do Grande Irmão desapareceu de novo e no seu lugar apareceram as três divisas do Partido, em maiúsculas, em negrito: GUERRA É PAZ; LIBERDADE É ESCRAVIDÃO; IGNORÂNCIA É FORÇA."

Trechos extraídos do livro "1984", de George Orwell (Inglaterra, 1949).

"Os ataques de 11 de setembro deram não só credibilidade e legitimidade ao presidente como também permitiram a ele renascer politicamente sem sofrer o custo político da mudança. 'Bush tornou-se um presidente integralmente legítimo, não só para governar, mas também para reinventar-se como político', afirmou Andrew Kohut, diretor do instituto de pesquisas Pew Research Center for the People. (...) Depois dos atentados, Bush definiu o terrorismo como principal inimigo da humanidade e condicionou qualquer apoio financeiro e diplomático dos EUA ao engajamento de outros países à guerra contra o terror. Bush propôs a substituição da 'contenção' e da 'dissuasão', princípios da Guerra Fria, pela realização de ataques preventivos, inclusive com armas nucleares, contra grupos terroristas ou Estados hostis aos EUA."

Matéria da Folha de S.Paulo de 8 de setembro de 2002, um ano após os atentados em Nova York (a íntegra está aqui).

"O anúncio da morte do fundador da rede extremista Al Qaeda, Osama Bin Laden, em uma operação das forças americanas, deverá fortalecer a imagem do presidente Barack Obama como líder, diz a imprensa dos Estados Unidos. (...) A morte de Bin Laden também poderá dar novo fôlego à popularidade de Obama, neste início de campanha para um segundo mandato na Casa Branca e no momento que enfrenta uma oposição acirrada do Partido Republicano, desde novembro passado no comando da Câmara dos Representantes (deputados federais). Analistas já preveem que as divergências partidárias no Congresso sejam colocadas de lado diante da vitória, assim como ocorreu logo após os atentados de 11 de setembro de 2001."

Matéria da BBC Brasil de 2 de maio de 2011 replicada pela Folha de S.Paulo (a íntegra aqui).

Lembrem-se todos vocês: "O GRANDE IRMÃO ZELA POR TI!".

Foto divulgada de Osama Bin Laden morto e outra dele vivo. Photoshop?

quarta-feira, outubro 20, 2010

José Serra: mentira, fraude e falsidade ideológica

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Nesta semana, a guerra de campanhas eleitorais trouxe de volta a polêmica sobre o candidato José Serra (PSDB) ter ou não diploma universitário. Segundo consta, ele sempre se apresentou como "engenheiro e economista", desde os primeiros cargos públicos que ocupou e campanhas eleitorais que disputou. Acontece que Serra nunca concluiu o curso de Engenharia Civil da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP). Sendo assim, é impossível que tenha qualquer curso de pós-graduação minimamente "validável" - o que levanta suspeitas sobre como teria sido possível dar aulas na Universidade de Campinas (Unicamp), de 1978 a 1983.

Ao abandonar o curso na Politécnica da USP e exilar-se no Chile, Serra teria feito um "Curso de Economia" na Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), entre 1965 e 1966, especializando-se em Planejamento Industrial. Parece óbvio que um curso de graduação de dois anos não pode ser formal. Depois disso, fez "mestrado" em Economia pela Universidade do Chile, em 1968, onde seria "professor" até 1973. Em 1974, faria "mestrado" e "doutorado" em Ciências Econômicas na Universidade Cornell, nos Estados Unidos, sem ter concluído faculdade.

No Chile e nos EUA não é exigido curso superior para fazer pós-graduação, o que não é permitido aqui no Brasil. Além disso, os cursos de pós-graduação que Serra cursou na Cornell não são strictu senso mas lato senso, como os fornecidos pela rede privada brasileira. Resumindo: não valem nada em termos acadêmicos. Bom, mas, no frigir dos ovos, deve-se considerar que, para sua carreira política, ter ou não graduação não faz diferença alguma. O problema é não ter e dizer que tem. E, ao dar aulas no ensino superior (sabe-se lá como conseguiu isso), configura-se crime.

Recentemente, o Conselho Regional de Economia da Paraíba fez interpelação judicial e pedido de enquadramento de José Serra no Artigo 47 do Decreto-Lei 3.688/41, sobre falsidade ideológica e charlatanismo, pelo "uso indevido da qualificação de economista pelo candidato, que não tem bacharelado em economia nem é registrado em qualquer Conselho Regional de nenhum estado brasileiro". O pedido foi endossado pelos Conselhos Regionais do Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Maranhão, Rondônia e Tocantins, e por dois membros do Conselho Federal de Economia. Porém, o Conselho Federal de Economia nunca se manifestou sobre isso.

Folheando o livro "O sonhador que faz", de Teodomiro Braga (Editora Record, 2002), encontrei a confirmação pela própria palavra de Serra:

(...) Em 1967, apesar de não ter feito graduação, eu entrei na Escola de Pós-Graduação em Economia da Universidade do Chile, que era chamada Escolatina.

Como conseguiu ser admitido se não tinha graduação em economia?
Eles exigiram que eu fizesse um exame equivalente a todo o curso de graduação em Economia.

(Trehco extraído da página 102)

Um exame? Assim, simples? Sem graduação, como pôde ser admitido como professor pela Unicamp? Dilma Rousseff (PT) foi acusada de não ter mestrado nem doutorado pela Unicamp, e reconheceu isso. O que importa, na verdade, é que ela nunca deu aulas - o que até poderia ter feito, pois tem, pelo menos, graduação. Já José Serra atuou profissionalmente de forma indevida. É uma fraude. Porém, como a Unicamp pertence ao governo de São Paulo, comandando pelo PSDB, qualquer possibilidade de investigação ficará no campo de nossas ilusões. E a imprensa pró-Serra não fará o menor esforço para retirar a pedra de cima desse assunto.

quarta-feira, abril 08, 2009

O não-fato que virou factóide

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A campanha para as eleições presidenciais de 2010, na imprensinha brasileira, já começou. Pelo menos na (nefasta) Folha de S.Paulo, que, após o infeliz episódio da "ditabranda", comete novo ridículo ao ressuscitar um fato de 40 anos que simplesmente não aconteceu. No último domingo, 5 de abril, publicou a inacreditável "matéria" intitulada "Grupo de Dilma planejou sequestro de Delfim Neto". Estapafúrdio. Nem um golpe baixo seria de tão baixo nível. Por isso, sem querer engrossar a marola que a imprensinha tenta fazer sobre o risível factóide, reforço aqui, como trabalho realmente jornalístico, dois trechos da carta do jornalista e professor universitário Antonio Roberto Espinosa que a Folha, pra variar, recusou-se a publicar:

1) A VAR-Palmares não era o “grupo da Dilma”, mas uma organização política de resistência à infame ditadura que se alastrava sobre nosso país, que só era branda para os que se beneficiavam dela. Em virtude de sua defesa da democracia, da igualdade social e do socialismo, teve dezenas de seus militantes covardemente assassinados nos porões do regime, como Chael Charles Shreier, Yara Iavelberg, Carlos Roberto Zanirato, João Domingues da Silva, Fernando Ruivo e Carlos Alberto Soares de Freitas. O mais importante, hoje, não é saber se a estratégia e as táticas da organização estavam corretas ou não, mas que ela integrava a ampla resistência contra um regime ilegítimo, instaurado pela força bruta de um golpe militar;

2) Dilma Rousseff era militante da VAR-Palmares, sim, como é de conhecimento público, mas sempre teve uma militância somente política, ou seja, jamais participou de ações ou do planejamento de ações militares. O responsável nacional pelo setor militar da organização naquele período era eu, Antonio Roberto Espinosa. E assumo a responsabilidade moral e política por nossas iniciativas, denunciando como sórdidas as insinuações contra Dilma.

Antonio Roberto Espinosa

Jornalista, professor de Política Internacional, doutorando em Ciência Política pela USP, autor de "Abraços que sufocam – E outros ensaios sobre a liberdade" e editor da "Enciclopédia Contemporânea da América Latina e do Caribe".


É isso, fim de papo. E endosso a campanha: NÃO LEIO A FOLHA!

terça-feira, março 31, 2009

Mentira na data e no nome - DITADURA foi mortal

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Na data de hoje, 31 de março, muitos militares, conservadores e simpatizantes vão comemorar os 45 anos da chamada "Revolução de 1964". Mentira - e mentira dupla. O golpe (sim, senhores, esse é o nome verdadeiro!) ocorreu em 1º de abril daquele ano, com tanques na rua, contra a população civil desarmada (foto à direita). Foi no "dia da mentira", algo cruelmente sintomático. Mas, para evitar chacotas "subversivas", a data "festiva" dos milicos acabou sendo substituída pelo dia anterior. Mas a mentira mais deslavada, no caso, foi o carimbo "revolução" que a mais sangrenta, cruel e duradoura quartelada de nosso país recebeu da "história oficial". Ou aliás, quartelada não: DITADURA, com todas as letras - e maiúsculas. Que usurpou o poder, extinguiu direitos, perseguiu, cassou, prendeu, exilou, agrediu, torturou, matou, ocultou cadáveres e aterrorizou a nação por mais de duas décadas. E ainda temos que suportar a "ditabranda" da asquerosa Folha de S.Paulo. Porém, nessa data infeliz, gostaria de reproduzir abaixo, como desabafo, um texto que, apesar de longo para um post, é muito válido nessa ocasião especial:

45 ANOS DO GOLPE DE ABRIL

Caio N. de Toledo*

Há 45 anos – no dia em que o imaginário popular consagra como o “dia da mentira” – era rompida a legalidade democrática vigente no país desde a derrubada da ditadura do Estado Novo (1937-1945). Hoje, no Brasil, poucos serão aqueles que cometerão o despropósito de propor algum tipo de comemoração pública desta infausta data. Felizmente, nestes dias, em instituições acadêmicas e entidades culturais e políticas, em sindicatos de trabalhadores, em alguns jornais e revistas da grande imprensa e em blogs de jornalistas independentes deverão ocorrer debates que examinarão criticamente os significados e os efeitos do movimento de abril de 1964 na história política e cultural recente do país.

Certamente, nenhum veículo da grande mídia nacional ousará afirmar que o pós-1964 no Brasil – comparativamente às ditaduras militares sul-americanas (“mais cruéis”, “mais sanguinárias” etc) – teria sido uma autêntica “ditabranda”. Quem fez isso recentemente, se deu muito mal... Golpe ou revolução? Àqueles que ainda insistem em denominar este movimento com a noção de “Revolução”, deveríamos lembrar as palavras de um eminente protagonista daquele movimento. Em 1981, em celebrado depoimento, Ernesto Geisel declarou: “o que houve em 1964 não foi uma revolução. As revoluções se fazem por uma idéia, em favor de uma doutrina”.

Para o vitorioso de 1964, o movimento se fez “contra Goulart”, “contra a corrupção”, “contra a baderna e a anarquia que destruíam o país”. Estritamente falando, o ex-ditador reconheceu que o movimento liderado pelas Forças Armadas não era a favor da construção de algo novo no país; era, sim, um movimento contra um estado generalizado de coisas que “infelicitavam o povo e a nação brasileira”...Pertinentes, pois rejeitam a noção de Revolução para caracterizar o 1º. de abril de 1964, as formulações do militar golpista, no entanto, podem ser objeto de uma outra leitura.

Assim, é possível – a partir de uma outra perspectiva teórica – ressignificar todos os “contras” presentes no depoimento do militar. Mais apropriado seria então afirmar que 1964 representou: (a) um golpe contra a incipiente democracia política brasileira; (b) um movimento contra as reformas sociais e políticas e (c) uma ação repressiva contra a politização das organizações dos trabalhadores e o extenso e rico debate de idéias que se desenrolava de norte a sul do país.

Em síntese, no pré-1964, as classes dominantes e seus aparelhos ideológicos e repressivos – diante das iniciativas e reivindicações dos trabalhadores no campo e na cidade e de setores das camadas médias – apenas vislumbravam “crise de autoridade”, “subversão da lei e da ordem”, “quebra da disciplina e hierarquia” dentro das Forças Armadas e a “comunização” do país que, no limite, implicariam a “dissolução da família” e o “fim propriedade privada”. Embora, por vezes, expressas numa linguagem “radical” – na “lei ou na marra”, “morte aos gorilas” etc. –, as demandas por reformas sociais e políticas pretendiam, fundamentalmente, o alargamento da democracia política e a realização de mudanças no capitalismo brasileiro.

Não se pode, contudo, deixar de reconhecer que, em toda a história republicana brasileira, o golpe contra as frágeis instituições políticas se constituiu em permanente ameaça. O fantasma do golpe rondou, em especial, os governos democráticos no pós-1946 e, com maior intensidade, a partir dos anos 1960. Pode ser dito que o governo Goulart nasceu, conviveu e morreu sob o espectro do golpe de Estado. Em abril de 1964, o golpe – permanentemente reivindicado por setores privilegiados da sociedade civil – foi, então, definitivamente vitorioso.

O golpe paralisou um rico e amplo debate político, ideológico e cultural que ocorria em órgãos governamentais, partidos políticos, associações e sindicatos de classe, entidades culturais, meios editoriais e de comunicação etc. Nos anos 1960, conservadores, liberais, nacionalistas, socialistas e comunistas formulavam publicamente suas propostas e se mobilizavam politicamente para defender seus projetos sociais e econômicos.

Se o governo Goulart e os setores progressistas tiveram alguma parcela de responsabilidade pelo agravamento da crise política no pré-1964, deve-se, contudo, enfatizar que quem planejou e desencadeou o golpe contra a democracia política foram as classes dominantes – apoiadas por setores médios e incentivadas por órgãos governamentais norte-americanos (Embaixada dos EUA, Departamento de Estado, Pentágono e outras agências de segurança) – e pela alta hierarquia das Forças Armadas brasileiras.

Destruindo as organizações políticas e reprimindo os movimentos sociais de esquerda e progressistas, o golpe foi saudado pelo conjunto do empresariado (industrial, rural, financeiro e investidores estrangeiros), pela alta cúpula da Igreja católica, pela grande imprensa etc. como uma autêntica “Revolução” – com a virtude maior de ter sido ela um movimento “pacífico” e “redentor”. Aliviadas por não terem de se envolver militarmente no país, as autoridades norte-americanas congratularam-se com os militares e civis brasileiros pela “solução” que encontraram na superação da “crise política” enfrentada pelo país. A administração Lyndon Johnson (1963-1969) não pode senão festejar pois uma nova (e grandiosa) Cuba teria sido evitada ao sul do Equador...

Embora tivesse simpática acolhida nos meios populares e sindicais, o governo Goulart ruiu como um castelo de areia. Dois de seus principais pilares de apoio – como apregoavam os setores nacionalistas – mostraram ser autênticas peças de ficção. De um lado, o propalado “dispositivo militar”, comandado pelos chamados “generais do povo”; de outro, o chamado 4º. poder que seria representado pelo Comando Geral dos Trabalhadores. Ambos assistiram – sem qualquer reação significativa – a queda inglória de um governo a quem juravam fidelidade e o compromisso de defender, destemidamente, até com o sacrifício da vida...

Ao contrário do que afirmaram os “vencedores”, as classes populares e trabalhadoras estiveram ausentes das chamadas “marchas em defesa da família e da propriedade” – promovidas por associações de mulheres católicas da alta burguesia e de setores médios – que, em algumas capitais do país, pediam ostensivamente a destituição de João Goulart. No entanto, as classes populares e os trabalhadores nada fizeram para evitar a derrubada de um governo que, a partir de fins de 1963, passou a defender de forma mais estridente as bandeiras do nacionalismo e das reformas sociais.

Por sua vez, as entidades políticas e os movimentos sociais – no campo e na cidade – que afirmavam representar os trabalhadores e os setores populares nenhuma gesto tiveram para se opor ou impedir o golpe que há muito tempo se anunciava no horizonte – nas conversas dos políticos, nas páginas dos jornais e revistas e nas passeatas de ruas. Desarmadas, desorganizadas e fragmentadas, as entidades progressistas e de esquerda – muitas delas caudatárias do governo Goulart – nenhuma resistência ofereceram à ação dos militares. Poucas semanas antes de abril, algumas lideranças de esquerda afirmavam que os golpistas – caso atrevessem quebrar a ordem constitucional – teriam as “cabeças cortadas”. Tratava-se, pois, de uma rompante metáfora... Com a ação dos “vitoriosos de abril”, esta expressão, no entanto, se tornou uma dura e cruel realidade para muitos homens e mulheres durante os longos 20 anos de ditadura militar.

45 anos depois, nada há, pois, a comemorar. Aos setores democráticos e progressistas ainda cabem inadiáveis tarefas na luta pela ampliação e fortalecimento da democracia política no país; passados 45 anos, impõe que se faça justiça às vítimas da ditadura militar e que a verdade sobre os fatos ocorridos no período de 1964 a 1985 seja plenamente conhecida por todo o povo brasileiro.

*Caio N. de Toledo é professor colaborador do IFCH, Unicamp, autor de "O governo Goulart e o golpe de 1964", Editora Brasiliense, e "1964: visões críticas do golpe (org.)", Editora Unicamp.