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segunda-feira, abril 28, 2014

O motivo para João Paulo II ser canonizado

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Em 1984, o Papa polonês realizou seu maior feito: uniu, em Roma, os sãopaulinos - e desafetos - Marco Aurélio Cunha e Juvenal Juvêncio (à direita). MILAGRE!!!


quinta-feira, novembro 14, 2013

Enfim, UFA! Muricy merece uma estátua no Morumbi!

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Muricy chora após a vitória contra a Portuguesa: torcida sempre grita seu nome
No DVD "Soberano 2", o presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, repete duas vezes a frase "Eu vi a coisa ruim!" (assista aqui, a partir de 15:53) quando fala sobre o sufoco que o time passou contra o Al Ittihad, em 2005, na primeira partida do Mundial de Clubes. Pois entre junho e agosto de 2013, por culpa exatamente de Juvenal, eu e milhões de sãopaulinos também vimos "a coisa ruim" - talvez como nunca antes na história do clube! É por isso que a vitória de ontem por 2 x 0, contra o Flamengo, que alçou o São Paulo aos 49 pontos, 1 acima do patamar de segurança estimado pelo matemático Oswald de Souza para livrar completamente um clube da ameaça de cair para a Série B do Brasileirão, deve ser comemorada como um título (e, curiosamente, na mesma data em que o Cruzeiro sacramentou a conquista do torneio). Digam o que quiserem, mas, nos 63 dias de sua terceira passagem pelo São Paulo, entre 10 de setembro, quando foi apresentado e já comandou o primeiro treino, e 13 de novembro, quando venceu o Flamengo, o técnico Muricy Ramalho operou um verdadeiro MILAGRE. Ele merece uma estátua gigante, na porta do Morumbi!

Juvenal expurgou atletas, desautorizou Ney e precipitou a crise
Eu digo milagre porque, muito além das fraquezas e deficiências do elenco, o time do São Paulo estava completamente destroçado emocional e psicologicamente naquele início de setembro, após uma sequência destruidora de derrotas e vexames iniciada no revés contra o Goiás, pelo Brasileirão, em pleno Morumbi, e que atravessou de forma implacável os comandos de Ney Franco, Milton Cruz e Paulo Autuori. Tudo dava errado, por mais que os treinadores ou os jogadores se matassem em campo. Era um time apático, cabisbaixo, entregue. Concordo que não era tão ruim quando aparentava ser, afinal, no primeiro semestre, chegou às fases de mata-mata do Campeonato Paulista e da Libertadores. Mas foram exatamente as eliminações simultâneas nessas duas competições que levaram Juvenal Juvêncio a precipitar o São Paulo no abismo ao tomar a decisão intempestiva e burra de expurgar seis jogadores para o temível exílio em Cotia (Cañete, Cortez, Fabrício, Henrique Miranda, Luiz Eduardo e Wallyson) - sem critério aparente, afinal, Lúcio, Douglas, Osvaldo e outros que já estavam em péssima fase foram poupados. Aquilo foi o início da enorme crise que quase levou o clube à Série B.

Com a brutal interferência, numa só tacada, Juvenal desvalorizou publicamente atletas de forma totalmente desnecessária, instaurou a insegurança no elenco e, pior, tirou toda a autoridade de Ney Franco. O resultado era previsível e só questão de tempo. Quando Ney foi demitido, a maionese desandou mais do que se imaginava que desandasse. Pior: mesmo com a torcida pedindo nas arquibancadas o então desempregado Muricy, a diretoria resolveu economizar e trouxe Autuori, que não mostra um serviço digno de nota há muito tempo e que deixou o Vasco em uma situação crítica. Para complicar, a sequência de derrotas no Brasileirão (ainda mais humilhantes porque a maioria acontecia no Morumbi) embolou com o passeio tranquilo do Corinthians sobre o time na decisão da Recopa Sul-Americana e na inoportuna excursão para Europa e Ásia, onde cada revés derrubou ainda mais a confiança do time e contribuiu para aumentar a pressão da própria torcida e a zombaria dos adversários. Autuori perdeu 10 dos 17 jogos que comandou! O time que perdeu para o Coritiba na última rodada do 1º turno parecia um bando de defuntos.

A vitória contra o Cruzeiro, no Mineirão, foi a mais inimaginável
E o cadáver seguia com velocidade inegável para o cemitério da Série B. Nem o mais otimista dos otimistas poderia sequer conceber, em delírio, que Muricy, resgatado por Juvenal quando o desespero atingiu o ponto máximo, poderia fazer o São Paulo reagir de forma tão espantosa como aconteceu! Logo de cara, fez o primeiro milagre: três vitórias seguidas, contra Ponte Preta, Vasco e Atlético-MG. O segundo milagre: tirou o time da zona de rebaixamento. E o terceiro: emendou nova sequência de vitórias difíceis, importantes e mesmo inimagináveis principalmente contra o virtual campeão (na época) Cruzeiro, em pleno Mineirão, mais Vitória, Bahia (também fora de casa), Internacional (idem) e Portuguesa. Em 15 partidas pelo Brasileirão, Muricy somou 31 pontos, muito mais do que os 18 conquistados em todos os 19 jogos do 1º turno, e fez o inquestionável milagre de tirar o time da apavorante 18ª colocação na tabela para a atual 7ª posição! Repito: milagre. Maior, na minha opinião, do que o da arrancada do 2º turno de 2008, quando Muricy tirou 11 pontos de desvantagem e ganhou o título na última rodada.

Mas é claro que, por trás do milagre, está o famoso "aqui é trabalho, meu filho!" de Muricy. Ele mudou muita coisa no time, além de recuperar a confiança e a tranquilidade no clube: confirmou a defesa com três zagueiros, com Rodrigo Caio como líbero para ir à frente quando o time tem a posse de bola; fixou Paulo Miranda como lateral-direito e mandou o improdutivo Douglas para a meia-direita; barrou Fabrício (o favorito de Autuori) e "ressuscitou" Maicon para dar apoio a Paulo Henrique Ganso; tirou (corajosamente) Jadson, Osvaldo e Luís Fabiano do time e deu moral para Aloísio e o até então encostado Ademilson. O resultado foi muito melhor do que o esperado. Para quem (como eu) achava que, se o São Paulo conseguisse escapar do rebaixamento, isso aconteceria só na última rodada, no sufoco, Muricy livrou o time da tragédia inédita muito antes disso - o que permite o luxo de poder dar atenção e centrar forças na reta final da Copa Sul-Americana. Por conta do treinador, a torcida sãopaulina vive um alívio impensável há meros dois meses. Aconteça o que acontecer na Sul-Americana, já podemos soltar muitos rojões!

Time grande cai! O campeão Fluminense está na beira do abismo
Finalizo registrando o que eu aprendi com aquela que tenha sido, talvez, a maior crise da história do São Paulo Futebol Clube: ao contrário do que bravateia nossa torcida, time grande cai, sim! Dessa vez nós demos sorte, muita sorte. Não duvido nada de que outra temporada semelhante a essa resulte na queda para a Série B. O Corinthians escapou "raspando" em 2006 e caiu no ano seguinte; o Fluminense foi campeão em 2012 e está perigando cair, somente um ano depois. O Brasileirão é muito nivelado e ninguém está a salvo. O bom retrospecto do São Paulo no campeonato, a partir da instituição dos pontos corridos, iludiu muito os torcedores. Nenhuma estrutura, dinheiro, elenco ou mesmo um treinador como Muricy podem garantir com 100% de certeza que um time nunca vá ser rebaixado. "A bola pune", como professa outra frase conhecida do treinador sãopaulino. Má fase todo clube passa e, se ela for muito longa ou coincida com uma temporada muito nivelada e equilibrada dos adversários, dará em rebaixamento, sem dúvida. Um dia a casa cai. Só que, hoje, respiramos aliviados! Obrigado, Muricy! E vamo, São Paulo!


segunda-feira, novembro 04, 2013

Vitória salvadora e algumas observações sobre o S.Paulo

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Muricy Ramalho merece uma estátua no Morumbi. O que ele conseguiu fazer em míseros dois meses pode ser considerado, sim, um milagre. A vitória por 2 a 1 sobre a Portuguesa levou o time aos 46 pontos e praticamente o salvou do rebaixamento no Campeonato Brsileiro (embora matemáticos mais pessimistas insistam na necessidade de mais um ou dois empates). Isto posto, gostaria de fazer algumas observações sobre três "verdades" - ou melhor, opiniões - hegemônicas na mídia que, de forma alguma, considero procedentes.

1 - 'Trabalho' de Paulo Autori
Dizem que Muricy só continuou o trabalho implantado por Paulo Autuori. Discordo. Muricy mudou o esquema de jogo, passou a atuar com três zagueiros ("inventando" Rodrigo Caio como líbero), encostou na reserva Osvaldo, Jadson e Fabrício (o "homem de confiança" de Autuori), oficializou Ganso como único homem criador no meio de campo (e mais adiantado), recuperou Maicon e Ademilson e fez o time ser eficiente na bola parada. O que fez Autuori? Dez derrotas em 17 jogos. Isso resume tudo.

Esta "louvação" à Paulo Autuori leva à minha segunda discordância. A mídia "comprou" - ou, pelo menos, não se dignou a contestar - a afirmação de Rogério Ceni de que o legado de Ney Franco foi "zero". Mentira. O trabalho de Ney no 2º turno do Brasileirão de 2012 foi semelhante ao de Muricy agora, com a diferença (crucial, claro) de que ele não pegou o time ameaçado de rebaixamento. Mas, pela primeira vez em quatro anos, montou um time muito bem definido e competitivo. Autuori fez algo parecido?

2 - Trabalho de Ney Franco
Ney "inventou" um ataque com dois pontas e um centroavante, classificou o clube para a Libertadores após dois anos e ganhou um título depois de quatro temporadas na "fila". Não é pouco (não mesmo!). Mas o que aconteceu em 2013? As velhas e desastrosas interferências de Juvenal Juvêncio: Lúcio já veio como titular absoluto e bagunçou a defesa; Ganso, sem condições, teve a escalação forçada e bagunçou o meio; ninguém repôs a ponta com a mesma característica de Lucas, o que bagunçou o ataque.

Pra piorar, Cortez, que havia feito um segundo semestre de 2012 tão brilhante que recebeu uma proposta internacional (recusada) de R$ 18 milhões em dezembro, SUMIU de uma hora pra outra, de forma inacreditável e inexplicável - o que bagunçou a lateral tanto na defesa quanto no apoio ao ataque. Outro azar de Ney: a grave contusão de Negueba, que poderia fazer a função de Lucas (com muito menos qualidade, claro, mas com mais propriedade). Por tudo isso, não culpo Ney Franco. Pelo contrário.

3 - 'Cobras criadas'
Tem uma outra coisa que o camarada Glauco observou logo no início de 2013 e que faz todo o sentido, a de que o São Paulo tinha muita "cobra criada" (leia-se: Rogério Ceni, Lúcio e Luís Fabiano), ou seja, jogadores que peitam técnico e formam panelinhas internas, e que Ney Franco não é um técnico acostumado a lidar com isso. Talvez seja por esse motivo que ele não se dê tão bem em times "grandes". Autuori chegou e barrou Lúcio. Agora, Muricy faz o mesmo com Luís Fabiano. É sintomático.

Por fim, a terceira "verdade" que vem sendo apregoada pela mídia, sobre a "motivação" que voltou ao elenco com Muricy Ramalho. Trata-se de meia-verdade. O que acontece é o seguinte: desde que Muricy saiu, em 2009, nenhum treinador teve pleno comando do time. Juvenal sempre se meteu e desautorizou publicamente quase todos eles. Alguns exemplos: a imposição de Rivaldo à Carpegiani, a "desescalação" de Paulo Miranda de um jogo comandado por Leão, a imposição de Lúcio à Ney Franco.

4 - Desautorizações de Juvenal
Todos esses episódios minaram o poder dos técnicos sobre o elenco, afinal, ficou claro que eles não mandavam nada perto de Juvenal. E a pior desautorização ocorreu justamente com Ney Franco, quando, logo após as eliminações do Paulista e da Libertadores, Juvenal expurgou seis jogadores para a "Sibéria" de Cotia e reabilitou o renegado Juan. Isso NINGUÉM da mídia se lembra de dizer, mas foi ali o início da inevitável crise sãopaulina. Ali, todo jogador passou a ter MEDO da diretoria.

Foi então que, quando o navio já tinha feito água a ponto de ficar só a ponta do mastro para fora, e visivelmente sem condições de reagir, Juvenal se tocou (ou foi pressionado pelo seu grupo político a se tocar) e telefonou para Muricy. Eu imagino que o treinador tenha feito uma única EXIGÊNCIA: "Juvenal, eu encaro. Mas você não interfere em nada!". E assim foi feito. Prova disso é que Juvenal desapareceu da mídia. Muricy não veio com "motivação", mas sim com AUTORIDADE. E resolveu.

5 - Muricy quer autoridade permanente
Agora, com o sucesso alcançado, Muricy dá a entender que sua continuidade no São Paulo não é tão certa quanto parece. A mídia especula que o problema é dinheiro. Na minha opinião, não é o caso. O que Muricy teme é que, passada a tormenta, Juvenal assuma novamente a postura de déspota e volte a interferir desmedidamente no trabalho da comissão técnica. A começar pelas contratações para 2014, que, se Muricy não tiver liberdade para vetar, serão novamente desastrosas. Esse é o "nó" da questão.

Mas Muricy "ganhou" o elenco e é ídolo da torcida. Espero que Juvenal Juvêncio tenha BOM SENSO e leve isso em consideração.




quinta-feira, outubro 10, 2013

Milagre dos 'santos' Muricy e Willian

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O grosso Douglas marca. Milagre!
Marcio Porto resumiu tudo em seu texto para o jornal Lance!: "Final: 2 a 0, para fazer qualquer cético rever conceitos." Quem acompanha o que escrevo aqui sobre o São Paulo sabe que estou entre os (mais) céticos e confesso: essa vitória contra o Cruzeiro, em pleno Mineirão, foi um milagre! Aliás, um empate já seria um feito heróico. Porque a discrepância entre as duas equipes nem precisa ser comentada, basta comparar suas campanhas. Os mineiros vinham de 12 jogos sem perder no campeonato, simplesmente 11 vitórias e 1 empate, com goleadas de 4 x 1 no Náutico e 4 x 0 na Portuguesa nas partidas imediatamente anteriores. São 58 gols marcados em 27 rodadas e 11 pontos a frente do segundo colocado. E o São Paulo foi lá e anulou o Cruzeiro com excelente marcação no meio e utilizando três zagueiros, que liberaram os laterais para o ataque - não por acaso, foram eles, Douglas e Reinaldo (apesar de o juiz ter anotado o segundo gol como contra de Everton Ribeiro) que decretaram a espetacular vitória do Tricolor. Palmas para o "santo" Muricy Ramalho, que ele merece.

Reinaldo e Ademilson: 2x0. Milagre!
Palmas porque ele teve a clarividência de botar o atacante Welliton no time aos 20 do segundo tempo, quando o Cruzeiro mais pressionava. A substituição abriu caminho para os dois gols. Palmas porque apostou em Ademilson, que teve participação decisiva no ataque - inclusive no lance do primeiro gol, rolando a bola para o chutaço de Douglas, que, guardadas as incomensuráveis proporções, lembrou o lance genial de Pelé ao tocar para Carlos Alberto fechar a goleada do Brasil sobre a Itália, na Copa de 1970. Palmas porque apostou em Maicon para dar cobertura à Ganso, que fez outra grande partida. Palmas porque voltou a utilizar, com sucesso, o esquema "híbrido" de três zagueiros, com Rodrigo Caio compondo o trio quando o time se defendia e indo ajudar no meio quando o São Paulo atacava. Muricy Ramalho merece crédito por esse resultado fantástico. Ele dever ter dado uma "espinafrada" no time, depois da vergonhosa atuação na goleada sofrida contra o Santos, há apenas uma semana. A disposição de ontem foi diametralmente oposta à daquele dia. Mas Muricy não foi o único "santo" no jogo épico contra o Cruzeiro.

Willian perde um gol feito. Milagre!
Assim como na importante vitória sobre o Atlético-MG no Morumbi, quando o lateral-direito Marcos Rocha perdeu um gol absurdamente "feito" na pequena área do São Paulo, o que poderia ter mudado o resultado daquela partida, o Tricolor contou com "ajuda" semelhante de um cruzeirense, ontem. No primeiro tempo, depois de um chute fulminante de Ricardo Goulart, o goleiro Denis espalmou nos pés de Willian, que, com o gol livre e aberto, pegou de canela e acertou a trave. Inacreditável! O histórico da competição comprova que, quando sai atrás no placar, o São Paulo nunca vence (geralmente perde). O gol do Cruzeiro obrigaria o time de Muricy a se jogar no ataque e abrir espaço atrás para o perigoso e eficiente time de Marcelo Oliveira. Portanto, temos que agradecer, também, ao "santo" Willian. Obrigado! E obrigado, Senhor, por ter tido piedade de nós, sãopaulinos (como pedi ontem, no fim do post que escrevi)! Pena que Ganso e Wellington tenham tomado cartão e não possam enfrentar o Corinthians. Mas espero que o esquema com três zagueiros e o ataque com Welliton e Ademilson sejam mantidos. Vai, São Paulo!