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quinta-feira, setembro 27, 2007

Brasil faz história

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A seleção brasileira feminina fez história. Pela primeira vez chega à final de um Mundial, e com um futebol de encher os olhos. As jogadas e a atuação de Marta, com somente 21 anos e a melhor do mundo, é de deixar muito marmanjo embasbacado. Hoje, no quarto gol contra a poderosa seleção norte-americana (com todas as titulares, ao contrário do Pan, cuja vitória brasileira foi tratada com desdém pelos céticos de plantão), ela simplesmente inventou um novo drible.


A bola chega, ela toca do pé direito pro esquerdo sem deixar a bola cair, e, com o calcanhar, dá um "drible da vaca no ar". Mais um drible que deixa uma segunda gringa no chão e o chute fulminante para o gol. Inacreditável. Não é à toa que no caminho pro trabalho, todos os botecos sintonizavam a partida e a freguesia não tirava os olhos do televisor.

Vi outro dia os melhores momentos de Santos e Corinthians, um 3 a 3 no Paulista de 1957. Foi o jogo em que o Timão ganhou a Taça dos Invictos. Cláudio, Baltazar e Gilmar dos Santos Neves (que teve atuação sensacional) de um lado; Zito, Pagão e um menino chamado Pelé, que marcou os três tentos do Peixe. Um jogo com grandes lances, belos gols, lançamentos, passes inesperados. E assistir às partidas do futebol feminino lembram um pouco essa época do futebol.

Lembram simplesmente porque naquela época a força física era um fator que não contava tanto para se fazer parte de uma equipe. Por isso os volantes habilidosos, os atacantes que sabiam matar a bola, os zagueiros que saíam com desenvoltura de trás. Hoje, o atleta precisa ser aplicado, correr muito, chegar junto, dividir todas as bolas, obedecer ao "professor". Tem que ser "exemplo", mas é preciso também ser macho. De preferência, não pode fazer firula, porque isso é coisa de gente irresponsável. E futebol, ele precisa realmente saber jogar?

Esse é o motivo, acredito, que muitos homens ainda resistam ao futebol feminino. De fato, às vezes ele parece uma mera brincadeira, como nos parecem igualmente falsos os teipes das décadas de 50 e 60.

Prefiro, sem sombra de dúvidas, a brincadeira.

10 comentários:

Anselmo disse...

Concordo.

Minha única ponderação é que um mundial tem a elite do esporte de cada país. Tenho muitas dúvidas sobre a possibilidade de esse nível se manter em campeonatos nacionais em cada um desses países. Isso leva a um monte de outros problemas que só consiguirei avaliar no fórum adequado.

Glauco disse...

Muita gente achava que não ia aparecer um novo Pelé. Muito menos que ele nasceria mulher.

Thalita disse...

acabei de ver os gols

um comentário para o quarto gol: putaquepariu!!

Marcão disse...

Estou sabendo dessa vitória agora, pelo post. Quanto foi? Quem jogará a final contra o Brasil?

Glauco disse...

4 a 0. A final é Brasil e Alemanha.

Anônimo disse...

Eu acho que cês tão viajando.

fredi disse...

O problema, Olavo, é exatamente esse, você não está viajando...

Quanto ao jogo lembra de um tempo em que não vivi, quando, parece, o futebol era talento mais que força, como disse Glauco.

O que me impressiona é que quando a Marta pega na bola sempre vem algo inesperado.

Esse é o craque, ou a craque, joga antevê, inventa novos caminhos...

Bons jogadores têm técnica, capacidade física. O craque tem algo diferente, o poder de invenção.

Marcão disse...

Pô, 4 a 0 no Big Brother?!?? Nem interessa a final, o Brasil já é campeão!

Anônimo disse...

Algo que me incomoda no futebol feminino ainda é o autismo com que as goleiras vão na bola.

Isso sim se assemelha ao futebol dos primórdios.

Unknown disse...

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