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segunda-feira, setembro 24, 2007

Carros como armas

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Reprodução
Não tenho nada a ver com a vida do ótimo ex-centroavante Casagrande (na foto, socorrido pelos bombeiros), mas a cobertura de seu acidente na chamada mídia televisiva é “blindada” por um corporativismo ridículo. Até a concorrência fez uma cobertura lamentavelmente acrítica: no programa Bate Bola de domingo, o estridente pretenso narrador Paulo Andrade, da ESPN Brasil, deu vivas às boas notícias da noite, segundo as quais o acidentado já estava bem melhor. Não que eu quisesse que o cara tivesse se dado mais mal ainda, mas não tem questionamento nenhum, não?

Quem conhece a região onde se deu o acidente de sábado à noite há de se perguntar: como ele pode ter capotado um Jeep Cherokee ali daquele jeito? A rua Tito – paralela à rua Coriolano, próximo às ruas Camilo, Aurélia e Catão –, é tranqüila, estreita e tem pouco movimento à noite. É difícil imaginar como alguém pode ter batido e arrastado quatro automóveis, sendo que dois ficaram “completamente destruídos”, e ainda ter capotado naquele local da Vila Romana, entre a Lapa e a Vila Pompéia, na zona Oeste da capital.

Já que ninguém pergunta, pergunto eu: como?

O próprio ex-atleta, segundo as reportagens que li, disse aos policiais que toma tranqüilizantes e havia ingerido pequena quantidade de vinho. Ah, tá.

A sorte é que, justamente por ser um local tranqüilo, o acidente não feriu nem matou ninguém. Sorte de quem, por fatalidade, não estava ali.

Se não tenho nada a ver com a vida do Casão, como cidadão acho terrível que celebridades usem seus carrões nas ruas como se usassem armas. E ninguém fala nada.

4 comentários:

Marcão disse...

Rico é cidadão, pobre não. Foi alguém que dirigia como o Casagrande (e que, provavelmente, também tinha tomado "um vinho") que atropelou e matou o Baixinho em julho, em frente ao Bar do Vavá, em Pinheiros, e fugiu.

Óbvio que um caso não tem nada a ver com outro, mas é curioso notar como a justificativa do Casão foi quase idêntica a do Fernando Vanucci quando apresentou o Bola na Rede bêbado. Na ocasião, ele disse que tinha tomado um calmante (ou sei-lá-o-quê) e que, no dia anterior, tinha tomado "um vinhozinho".

Faço minha a interjeição do Edu: "-Ah, tá!".

Edu Maretti disse...

É verdade, Marcão, boa lembrança.

Thalita disse...

ainda que seja verdade a história do tranquilizante com 'um pouco' de vinho... ele nunca poderia ingerir álcool, remédio desse tipo e dirigir depois! Total falta de responsabilidade!

Unknown disse...

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