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segunda-feira, fevereiro 11, 2008

Sem Ibope

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Não queria passar à frente dos posts sobre os jogos dos nossos gloriosos, mas não posso deixar de anotar um fato que ocorreu ontem.
Estava eu ao computador, na sala de minha casa, cuja janela dá direto para a rua. Apareceu uma mocinha e não gritou nem o "ó de casa", foi logo dizendo que era do Ibope e fazia uma pesquisa de opinião política. "Quer dar a sua?", ofertou. Antes de responder, perguntei se alguém tinha contratado a pesquisa. Ela parou um segundo e sem mais perguntou se eu era universitário. Não entendi a relação, mas respondi que sim. Ela então disse que só podiam ser pessoas com até segundo grau, que a cota de universitários já tinha sido cumprida, e foi se dirigindo à vizinha. Já de lado, indo embora, gritou "uma empresa contratou a pesquisa". Não consegui saber qual era a empresa, que, afinal, não quis saber minha opinião.

6 comentários:

Nicolau disse...

A moça do Ibope só tá preocupada em cumprir a cota que garante o pagamento. Ninguém mandou você ter nível superior.

Marcão disse...

Passei um tempo sobrevivendo de digitar pesquisas eleitorais (feitas à mão), em Fortaleza-CE - o que me rendeu uma bela de uma tendinite no pulso direito. Uma vez, além dos números das respostas, tinha também um item para digitar uma frase dita pelo entrevistado sobre determinado político (da cidade de Icó, no interior cearense, lembro bem). Uma mulher respondeu, sobre o prefeito: "Deus me defenda desse homem! Ele pulou o muro do meu quintal pra roubar meu passarinho!".

Juro, foi a coisa mais surreal que já li sobre qualquer político!

Anselmo disse...

nunca consegui responder a pesquisa de opinião, porque sempre começam perguntando se eu trabalho com comunicação e blablabla ou instituto de pesquisa.

opinião de resultado eles não querem.

agora, ela responder que uma empresa encomendou a pesquisa sobre um tema que você desconhece é a mesma coisa que nada.

Cadê a apuração!

Anônimo disse...

Apuração numa manhã de domingo de uma visita insólita? Que que cê qué mais? Na hora que eu pensei em apurar ela já devia ter cumprido todas as cotas...

Anônimo disse...

marcão, é uma das histórias mais improváveis de se chegar a conhecer que já li. é muita coincidência encontrar uma pessoa nesta vida saiba algo sobre as puladas de muro do prefeito de icó. impressionante, pode me cobrar uma cerveja, que essa merece.

Marcão disse...

Vou cobrar (e beber) a cerveja. E aproveito pra contar sobre o potó, inseto semelhante em cheiro e aparência à nossa maria-fedida, mas solta um líquido urticante. Era uma praga em Icó e deixava em carne viva a pele dos pesquisadores da tal empresa onde eu trampava.