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terça-feira, agosto 05, 2008

A história do vereador que não teve voto

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Deu no G1 a incrível história de Armando Dias Teixeira, que assumiu uma cadeira de vereador na cidade de Queimada Nova (PI) sem ter tido sequer um voto. Ele foi beneficiado pela cassação de Gildemar José Neto por infidelidade partidária, já que o mesmo foi eleito pelo PDT e depois migrou para o PTB. Armando, do PR, conta que não esperava ter sucesso no pleito e, por isso, acabou votando em outro candidato da coligação que tinha mais chances, sendo que sua mulher também não lhe deu o voto.

A história remete à outra ocorrida também no Piauí. Em junho a cidade de Pau D' Arco do Piauí empossou a Carmem Lúcia Portela Santos (PSB) como vereadora, mesmo tendo recebido apenas um voto. Ela obteve a vaga em função da cassação do mandato do vereador Miguel Abreu do Nascimento, também por infidelidade partidária - foi eleito pelo PSDB e migrou para o PC do B.

Carmem também ficou célebre por questionar o fato do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter computado somente um voto para ela, apesar do seu marido ter garantido que lhe prestigiou na urna. "Ele me assegura que votou em mim. Meu marido é um homem que já tem até mestrado em medicina veterinária pela Universidade Federal do Piauí, é um homem culto, e não consigo entender porque não saíram, pelo menos, a certeza desses dois votos, o meu e o dele."Seria uma outra versão de “infidelidade partidária”?

As cassações ocorreram por causa da decisão do TSE que deliberou que os mandatos obtidos nas eleições pelo sistema proporcional (deputados estaduais, federais e vereadores) pertencem aos partidos políticos e/ou às coligações e não aos candidatos eleitos. Até maio, 368 vereadores já haviam sido cassados.

Outro caso curioso do Piauí ocorreu em Barro Duro. O vereador Nonatinho também foi cassado por ter trocado de partido, mas a dúvida era sobre quem assumiria o lugar dele, o primeiro suplente do partido ou da coligação. Isso porque os suplentes do seu partido, o PSDB, também foram para outras agremiações. O TRE decidiu que o cargo pertencia à coligação e o pastor Evandro (PTB) assumiu a vereança.

5 comentários:

Anônimo disse...

é ótimo quando não tem legislação sobre as coisas.

e coligação pra eleição proporcional é ótimo, porque não tem nenhuma garantia de que ela vá se manter por 4 anos. quer dizer, é capaz de PSDB e PTB estarem, hoje, em posições opostas em Barro Duro. E a solução da fidelidade ter o efeito contrário.

Nicolau disse...

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, já diria o poeta. O esquema é acabar com a coligação ou forçar que ela se mantenha por um mínimo de tempo. E mantenha-se a fidelidade.

Glauco disse...

A gente tem que ver que nesse caso ou se dava a vaga para alguém da coligação ou o partido indicava alguém, o que seria uma situação ainda mais absurda e surreal.

Marcão disse...

Quando eu era criança, teve um candidato a vereador lá na minha cidade que teve só um voto e deu uma surra na esposa.

Anônimo disse...

Dimniuir as casas legislativas pela metade e somente ocuparem as vagas os primeiros mais votados independentes do partido, seria o começo para moralização da politica brasileira e de utilidade ao interesses publico.Municipios sem condições de se manterem devem ser extintos.